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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Em esforço para recuperar a influência de outrora sobre a América Latina, o presidente dos EUA, Joe Biden, recebe nesta quinta-feira (20) o líder colombiano Gustavo Petro na Casa Branca.

A Colômbia é o principal parceiro estratégico dos EUA na América do Sul, mas a eleição do primeiro nome de esquerda à Presidência do país implica pressão por mudanças de abordagem em políticas importantes para os americanos na região, como a relação com a Venezuela e o combate ao tráfico de drogas.

Petro chega à Casa Branca com a demanda de que mais sanções contra o regime do ditador Nicolás Maduro sejam aliviadas. O líder colombiano restabeleceu relações diplomáticas com o vizinho logo após assumir o cargo e organiza uma cúpula na próxima terça (25) com a participação de nações da região, além de europeus e os EUA, para promover o diálogo entre o chavista e a oposição. Em discurso na ONU nesta semana, Petro afirmou que o objetivo da conferência é ter “mais democracia e zero sanção”.

Washington já se disse disposta a retirar as punições, não sem a contrapartida da organização de eleições livres no ano que vem. “Nossa política para Venezuela é clara, estamos prontos e já demonstramos nossa vontade de aliviar a pressão das sanções em apoio a negociações que resultem em eleições livres e justas”, disse nesta semana Juan Gonzalez, assessor sênior de Biden no Conselho de Segurança Nacional.

Segundo ele, a Casa Branca pode suspender as sanções, desde que haja a divulgação de um calendário eleitoral, o registro de eleitores e o convite a observadores eleitorais, o que chamou de “princípios básicos”. “A ideia de que a suspensão unilateral das sanções vai melhorar as condições dos venezuelanos é imprecisa”, disse ele. “A realidade é que as [más] condições humanitárias no país datam de antes das sanções, como resultado de gestão ruim da economia e redução das liberdades civis e democráticas.”

Outro tema na mesa é a abordagem da comunidade internacional contra o tráfico de drogas no país, o maior produtor de cocaína do mundo. Ao longo de menos de um ano de mandato, o líder colombiano afirmou diversas vezes que “a guerra às drogas falhou”. Biden é um defensor da descriminalização da maconha, mas os Estados Unidos historicamente lideram o combate aos cartéis no país.

Além disso, os presidentes devem tratar de migração, em meio a recordes históricos de imigrantes cruzando a fronteira americana com o México. Durante a campanha presidencial colombiana, houve pressão para que os EUA se manifestassem contra o então candidato, revelou Gonzalez. “Houve pedidos de algumas partes para que falássemos contra Petro, até mesmo [de membros] do nosso sistema político”, afirmou. “Nossa atitude com a região é que os colombianos decidem quem são seus líderes.”

Conservadores de origem latina nos Estados Unidos se manifestaram contra a eleição de Petro, como o senador Marco Rubio, da Flórida, para quem “o governo Biden não pode deixar os terroristas escaparem, porque Petro vai pegar leve com eles”. O republicano também pediu a manutenção da pressão contra grupos como as Farc e o ELN (Exército de Libertação Nacional) e chamou Maduro de “narcoditador que não merece o apoio e o endosso dos americanos, não importa o que Petro diga”.

A visita do presidente colombiano faz parte de uma tentativa de reaproximação com líderes latino-americanos num momento em que a China expande consideravelmente seus investimentos na região e líderes de esquerda se mostram mais abertos a Pequim. Nos primeiros meses deste ano, Biden recebeu na Casa Branca o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o líder argentino, Alberto Fernández.

Antecessores de Petro, como Álvaro Uribe, Juan Manuel Santos e Iván Duque, também tiveram boas relações com os chineses. Análise do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais publicada no final de 2022 apontou haver investimentos chineses na casa de US$ 2 bilhões no país. A Colômbia, porém, não é parte formal da Nova Rota da Seda e também não tem status de parceiro estratégico de Pequim na região.

THIAGO AMÂNCIO / Folhapress

Colombiano Petro visita Biden e deve pedir alívio de sanções à Venezuela

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Em esforço para recuperar a influência de outrora sobre a América Latina, o presidente dos EUA, Joe Biden, recebe nesta quinta-feira (20) o líder colombiano Gustavo Petro na Casa Branca.

A Colômbia é o principal parceiro estratégico dos EUA na América do Sul, mas a eleição do primeiro nome de esquerda à Presidência do país implica pressão por mudanças de abordagem em políticas importantes para os americanos na região, como a relação com a Venezuela e o combate ao tráfico de drogas.

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Petro chega à Casa Branca com a demanda de que mais sanções contra o regime do ditador Nicolás Maduro sejam aliviadas. O líder colombiano restabeleceu relações diplomáticas com o vizinho logo após assumir o cargo e organiza uma cúpula na próxima terça (25) com a participação de nações da região, além de europeus e os EUA, para promover o diálogo entre o chavista e a oposição. Em discurso na ONU nesta semana, Petro afirmou que o objetivo da conferência é ter “mais democracia e zero sanção”.

Washington já se disse disposta a retirar as punições, não sem a contrapartida da organização de eleições livres no ano que vem. “Nossa política para Venezuela é clara, estamos prontos e já demonstramos nossa vontade de aliviar a pressão das sanções em apoio a negociações que resultem em eleições livres e justas”, disse nesta semana Juan Gonzalez, assessor sênior de Biden no Conselho de Segurança Nacional.

Segundo ele, a Casa Branca pode suspender as sanções, desde que haja a divulgação de um calendário eleitoral, o registro de eleitores e o convite a observadores eleitorais, o que chamou de “princípios básicos”. “A ideia de que a suspensão unilateral das sanções vai melhorar as condições dos venezuelanos é imprecisa”, disse ele. “A realidade é que as [más] condições humanitárias no país datam de antes das sanções, como resultado de gestão ruim da economia e redução das liberdades civis e democráticas.”

Outro tema na mesa é a abordagem da comunidade internacional contra o tráfico de drogas no país, o maior produtor de cocaína do mundo. Ao longo de menos de um ano de mandato, o líder colombiano afirmou diversas vezes que “a guerra às drogas falhou”. Biden é um defensor da descriminalização da maconha, mas os Estados Unidos historicamente lideram o combate aos cartéis no país.

Além disso, os presidentes devem tratar de migração, em meio a recordes históricos de imigrantes cruzando a fronteira americana com o México. Durante a campanha presidencial colombiana, houve pressão para que os EUA se manifestassem contra o então candidato, revelou Gonzalez. “Houve pedidos de algumas partes para que falássemos contra Petro, até mesmo [de membros] do nosso sistema político”, afirmou. “Nossa atitude com a região é que os colombianos decidem quem são seus líderes.”

Conservadores de origem latina nos Estados Unidos se manifestaram contra a eleição de Petro, como o senador Marco Rubio, da Flórida, para quem “o governo Biden não pode deixar os terroristas escaparem, porque Petro vai pegar leve com eles”. O republicano também pediu a manutenção da pressão contra grupos como as Farc e o ELN (Exército de Libertação Nacional) e chamou Maduro de “narcoditador que não merece o apoio e o endosso dos americanos, não importa o que Petro diga”.

A visita do presidente colombiano faz parte de uma tentativa de reaproximação com líderes latino-americanos num momento em que a China expande consideravelmente seus investimentos na região e líderes de esquerda se mostram mais abertos a Pequim. Nos primeiros meses deste ano, Biden recebeu na Casa Branca o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o líder argentino, Alberto Fernández.

Antecessores de Petro, como Álvaro Uribe, Juan Manuel Santos e Iván Duque, também tiveram boas relações com os chineses. Análise do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais publicada no final de 2022 apontou haver investimentos chineses na casa de US$ 2 bilhões no país. A Colômbia, porém, não é parte formal da Nova Rota da Seda e também não tem status de parceiro estratégico de Pequim na região.

THIAGO AMÂNCIO / Folhapress

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