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Inflação vai aumentar e prejudicar os maios pobres com o alta dos combustíveis Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O reajuste nas refinarias de 24,9% no preço do óleo diesel, de 18,7% da gasolina e de 16% do gás de botijão, autorizado pela Petrobras a partir de hoje, deverá aumentar entre 0,5 e 0,6 ponto porcentual a inflação oficial do País, que, no ano, deve passar da casa de 6%, de acordo com cálculos de economistas.

O impacto deste reajuste no Índice de Preço ao Consumidor Amplo deve se concentrar neste mês e no próximo, elevando as projeções mensais de inflação, de março e abril, para algo mais próximo a 1%. Os alimentos serão os produtos mais afetados.

“Basicamente, aumentos de diesel vão virar aumentos de preços da comida”, afirmou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira.

André Braz, coordenador de índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, lembrou que o diesel subiu mais de 40% no ano passado e que a pressão de custo no transporte público vem de longa data.

O impacto que o reajuste do diesel e da gasolina provoca é muito maior do que parece à primeira vista porque ambos os produtos são preços de referência, ou seja, eles balizam outros reajustes e espalham inflação.

“A Petrobras controla preços dos combustíveis, mas não controla preços de derivados, como resinas plásticas usadas na embalagem de defensivos, em tubos na construção civil, em peças para a indústria automobilística”, afirmou Braz, apontando os inúmeros setores afetados pela alta do petróleo e combustíveis.

Fábio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, explicou que os combustíveis funcionam como preços que indexam outros preços.

“Num primeiro momento, o impacto ocorre diretamente nos produtos de consumo imediato, como a gasolina, o gás, mas esse reajuste acaba contaminando os serviços também.”

Ele disse acreditar que as compras online, que deram um salto na pandemia, tenderão a ficar mais caras com o reajuste dos combustíveis. Outro possível desdobramento é o encarecimento da energia elétrica. Com a aproximação do período de seca, as termoelétricas movidas a diesel acabam sendo acionadas, o que pode encarecer a conta de luz.

Congresso

O Senado aprovou ontem o projeto que cria a Conta de Estabilização dos Preços dos Combustíveis, um fundo com o objetivo de frear a alta dos preços.

A proposta também determina a ampliação do auxílio-gás, benefício que custeia parte do botijão de gás, e cria o auxílio-gasolina, destinando um vale nos valores de 100 e 300 reais para taxistas, motoboys e motoristas de aplicativos.

Após ser adiada três vezes por falta de consenso, a votação segue para a Câmara dos Deputados.

Já a Câmara dos Deputados aprovou no início da madrugada o projeto que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e criticado pelos governadores, que não querem abrir mão de arrecadação e ameaçam recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

Com a aprovação, o ICMS, principal fonte de arrecadação dos Estados, deverá ser cobrado sobre o litro do combustível, e não mais sobre o preço final do produto, que inclui outros impostos e outros valores embutidos.

O modelo de cobrança deverá ser em apenas uma etapa da comercialização, e não em toda a cadeia até o posto de gasolina. Em resumo, o texto prevê que o ICMS, que é um tributo estadual, incidirá sobre os combustíveis uma única vez.

Atualmente, o imposto sofre um “efeito cascata”, ou seja, é cobrado mais de uma vez ao longo da cadeia de produção dos combustíveis. O projeto segue agora para a sanção presidencial, mas para entrar em vigor ainda dependerá de uma regra de transição.

Ontem, ainda pela manhã, logo após o anúncio do aumento nos preços dos combustíveis, houve uma correria aos postos de todo o país. Os consumidores queriam aproveitar o preço sem o novo reajuste, mas houve muitos casos em que os donos dos estabelecimentos se anteciparam e começaram a vender a gasolina velha pelo preço da nova.

Murro na mesa

À noite, em sua tradicional live das quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas sofre com o problema dos constantes reajustes por causa de políticas erradas do passado. Afirmou que sem o aumento que entra em vigor hoje haveria risco de desabastecimento no país. Bolsonaro disse que se resolvesse daria um murro para obrigar a Petrobras a reduzir os preços dos combustíveis.

Ainda ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pode estudar a criação de um subsídio ao diesel se a guerra entre Rússia e Ucrânia se prolongar. De acordo com o ministro, as medidas aprovadas nesta quinta-feira pelo Congresso podem reduzir em 60 centavos o preço do litro do diesel nas refinarias, o que, segundo ele, atenuaria a alta do diesel em dois terços. Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, negou que o governo estude alterar a política de preços da Petrobras.

Alta dos combustíveis terá impacto nos alimentos e provocar aumento da inflação

Inflação vai aumentar e prejudicar os maios pobres com o alta dos combustíveis Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

O reajuste nas refinarias de 24,9% no preço do óleo diesel, de 18,7% da gasolina e de 16% do gás de botijão, autorizado pela Petrobras a partir de hoje, deverá aumentar entre 0,5 e 0,6 ponto porcentual a inflação oficial do País, que, no ano, deve passar da casa de 6%, de acordo com cálculos de economistas.

O impacto deste reajuste no Índice de Preço ao Consumidor Amplo deve se concentrar neste mês e no próximo, elevando as projeções mensais de inflação, de março e abril, para algo mais próximo a 1%. Os alimentos serão os produtos mais afetados.

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“Basicamente, aumentos de diesel vão virar aumentos de preços da comida”, afirmou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira.

André Braz, coordenador de índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, lembrou que o diesel subiu mais de 40% no ano passado e que a pressão de custo no transporte público vem de longa data.

O impacto que o reajuste do diesel e da gasolina provoca é muito maior do que parece à primeira vista porque ambos os produtos são preços de referência, ou seja, eles balizam outros reajustes e espalham inflação.

“A Petrobras controla preços dos combustíveis, mas não controla preços de derivados, como resinas plásticas usadas na embalagem de defensivos, em tubos na construção civil, em peças para a indústria automobilística”, afirmou Braz, apontando os inúmeros setores afetados pela alta do petróleo e combustíveis.

Fábio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, explicou que os combustíveis funcionam como preços que indexam outros preços.

“Num primeiro momento, o impacto ocorre diretamente nos produtos de consumo imediato, como a gasolina, o gás, mas esse reajuste acaba contaminando os serviços também.”

Ele disse acreditar que as compras online, que deram um salto na pandemia, tenderão a ficar mais caras com o reajuste dos combustíveis. Outro possível desdobramento é o encarecimento da energia elétrica. Com a aproximação do período de seca, as termoelétricas movidas a diesel acabam sendo acionadas, o que pode encarecer a conta de luz.

Congresso

O Senado aprovou ontem o projeto que cria a Conta de Estabilização dos Preços dos Combustíveis, um fundo com o objetivo de frear a alta dos preços.

A proposta também determina a ampliação do auxílio-gás, benefício que custeia parte do botijão de gás, e cria o auxílio-gasolina, destinando um vale nos valores de 100 e 300 reais para taxistas, motoboys e motoristas de aplicativos.

Após ser adiada três vezes por falta de consenso, a votação segue para a Câmara dos Deputados.

Já a Câmara dos Deputados aprovou no início da madrugada o projeto que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e criticado pelos governadores, que não querem abrir mão de arrecadação e ameaçam recorrer ao Supremo Tribunal Federal.

Com a aprovação, o ICMS, principal fonte de arrecadação dos Estados, deverá ser cobrado sobre o litro do combustível, e não mais sobre o preço final do produto, que inclui outros impostos e outros valores embutidos.

O modelo de cobrança deverá ser em apenas uma etapa da comercialização, e não em toda a cadeia até o posto de gasolina. Em resumo, o texto prevê que o ICMS, que é um tributo estadual, incidirá sobre os combustíveis uma única vez.

Atualmente, o imposto sofre um “efeito cascata”, ou seja, é cobrado mais de uma vez ao longo da cadeia de produção dos combustíveis. O projeto segue agora para a sanção presidencial, mas para entrar em vigor ainda dependerá de uma regra de transição.

Ontem, ainda pela manhã, logo após o anúncio do aumento nos preços dos combustíveis, houve uma correria aos postos de todo o país. Os consumidores queriam aproveitar o preço sem o novo reajuste, mas houve muitos casos em que os donos dos estabelecimentos se anteciparam e começaram a vender a gasolina velha pelo preço da nova.

Murro na mesa

À noite, em sua tradicional live das quintas-feiras, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas sofre com o problema dos constantes reajustes por causa de políticas erradas do passado. Afirmou que sem o aumento que entra em vigor hoje haveria risco de desabastecimento no país. Bolsonaro disse que se resolvesse daria um murro para obrigar a Petrobras a reduzir os preços dos combustíveis.

Ainda ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo pode estudar a criação de um subsídio ao diesel se a guerra entre Rússia e Ucrânia se prolongar. De acordo com o ministro, as medidas aprovadas nesta quinta-feira pelo Congresso podem reduzir em 60 centavos o preço do litro do diesel nas refinarias, o que, segundo ele, atenuaria a alta do diesel em dois terços. Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, negou que o governo estude alterar a política de preços da Petrobras.

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