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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os protestos dos trabalhadores da França durante o 1º de Maio foram turbinados neste ano pela indignação de parte da população com a reforma da Previdência promulgada pelo presidente do país, Emmanuel Macron. Nesta segunda-feira (1º), 700 mil pessoas foram às ruas pedir maior distribuição de renda, quase seis vezes mais do que em 2022.

Mas até a violência dos protestos atingiu níveis maiores neste ano. De acordo com o Ministério do Interior, 200 pessoas foram presas. O chefe da pasta, Gérald Darmanin, informou que um policial foi gravemente ferido em Paris. Segundo ele, o oficial foi queimado por um coquetel molotov lançado por um manifestante.

Cenas transmitidas pela imprensa local mostram centenas de pessoas em confronto com policiais, que revidaram com bombas e spray de pimenta. Ainda na capital francesa, bicicletas foram incendiadas e pontos de ônibus destruídos próximo à Praça da República.

Os registros evidenciam que as hostilidades, geralmente, envolvem manifestantes com máscaras e bandeiras pretas adeptos à tática black bloc.

A participação deles incomoda alguns manifestantes. Em Lyon, por exemplo, a líder sindical Sonia Paccaud reclamou ao jornal Le Monde: “Nossa parada é instrumentalizada por grupos violentos que nada têm a ver com as lutas que estamos liderando”, disse. “Convocamos, organizamos com segurança e, no final, os incidentes assumem o controle. Eles aproveitaram e paralisaram o cortejo que criamos; é revoltante, é injusto com todos aqueles que se mobilizaram em grande número.”

Em Lyon, cerca de 45 mil trabalhadores participaram das manifestações; a prefeitura diz 17 mil. Já os confrontos, segundo o Le Monde, foram provocados por cerca de mil black blocs, que “assediavam a polícia durante todo o percurso”.

Mas o outro lado pode também ter culpa. As ações policiais nos atos contra a reforma da Previdência nas últimas semanas foram alvo de denúncias de uso excessivo da força, ameaças e até abusos sexuais por parte de integrantes da corporação na repressão de manifestantes.

Ainda nesta segunda, vários países expressaram sua preocupação às Nações Unidas com a violência policial na França. A declaração foi feita por diplomatas da Suécia, Dinamarca, Liechtenstein, Noruega, Luxemburgo e Malásia.

A reforma da Previdência, promulgada por Macron no mês passado, eleva a idade de aposentadoria para 64 anos. O presidente se utilizou de um mecanismo que permite seu governo aprovar projetos de lei sem o aval do Parlamento.

O presidente francês diz que a reforma é necessária para sustentar um dos sistemas previdenciários mais generosos da Europa. Mas a decisão contrariou a vontade da maioria da sociedade francesa, que organizou greves multissetoriais e lotou as ruas do país por várias semanas –Paris chegou a acumular 10 mil toneladas de lixo em meio à paralisação dos garis, por exemplo.

A reforma também cristalizou o descontentamento contra um presidente visto por muitos como distante e indiferente às dificuldades diárias da população. Nesta segunda, em um post no Twitter, ele agradeceu aos trabalhadores franceses. “Vocês contribuem para a nossa soberania”.

Já a primeira-ministra Elisabeth Borne parabenizou os trabalhadores, que “com o seu empenho diário, constroem o futuro do nosso país e nos permitem dar vida ao nosso modelo social”. Mais tarde, ela chamou as cenas de violência nos protestos de inaceitável.

No início de abril, ainda antes da promulgação da lei, a administração de Macron era aprovada por apenas 30% da população.

“O executivo não pode governar sem o apoio de seu povo”, disse Sophie Binet, líder do sindicato CGT, antes do protesto em Paris, acrescentando que seu sindicato ainda não decidiu conversar com o governo sobre outros assuntos trabalhistas.

Laurent Berger, chefe do sindicato reformista CFDT, disse que o governo de Macron foi surdo às demandas de um dos movimentos sociais mais poderosos em décadas. “Devemos trazer outras propostas sobre salários e condições de trabalho para a mesa”, disse ele à BFM TV.

O descontentamento dos manifestantes também atingiu grandes empresas. Em Paris, ativistas ambientais do Extinction Rebellion jogaram tinta sobre a fachada da Fundação Louis Vuitton e pedras do lado de fora do Ritz Hotel.

Em Marselha, no sul do país, cerca de 200 manifestantes ocuparam o hotel de luxo InterContinental, segundo a agência de notícias AFP. Eles quebraram vasos de flores, danificaram poltronas no saguão do hotel e pregaram uma uma etiqueta com a frase “Tem burguês no cardápio” na fachada do estabelecimento.

“A ideia desta ação simbólica é mostrar que a questão das pensões é um problema mais amplo da distribuição da riqueza”, explicou Sébastien Fournier, da central FSU, segundo quem “um dos acionistas do hotel é o fundo de pensão Black Rock, que assessorou Macron em questões previdenciárias”.

Em Nantes, onde um incêndio ocorreu em frente a um prédio da administração local, o metalúrgico aposentado Michel Maingy disse sentir que a batalha pelas pensões estava perdida. Mesmo assim, segundo ele, há lutas a serem vencidas nas negociações sobre as condições de trabalho. “Pouco a pouco, vamos voltar aos trilhos. Precisamos manter o queixo erguido”, disse.

Redação / Folhapress

França faz do 1º de Maio reprise de atos contra a Previdência, e violência se espalha

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os protestos dos trabalhadores da França durante o 1º de Maio foram turbinados neste ano pela indignação de parte da população com a reforma da Previdência promulgada pelo presidente do país, Emmanuel Macron. Nesta segunda-feira (1º), 700 mil pessoas foram às ruas pedir maior distribuição de renda, quase seis vezes mais do que em 2022.

Mas até a violência dos protestos atingiu níveis maiores neste ano. De acordo com o Ministério do Interior, 200 pessoas foram presas. O chefe da pasta, Gérald Darmanin, informou que um policial foi gravemente ferido em Paris. Segundo ele, o oficial foi queimado por um coquetel molotov lançado por um manifestante.

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Cenas transmitidas pela imprensa local mostram centenas de pessoas em confronto com policiais, que revidaram com bombas e spray de pimenta. Ainda na capital francesa, bicicletas foram incendiadas e pontos de ônibus destruídos próximo à Praça da República.

Os registros evidenciam que as hostilidades, geralmente, envolvem manifestantes com máscaras e bandeiras pretas adeptos à tática black bloc.

A participação deles incomoda alguns manifestantes. Em Lyon, por exemplo, a líder sindical Sonia Paccaud reclamou ao jornal Le Monde: “Nossa parada é instrumentalizada por grupos violentos que nada têm a ver com as lutas que estamos liderando”, disse. “Convocamos, organizamos com segurança e, no final, os incidentes assumem o controle. Eles aproveitaram e paralisaram o cortejo que criamos; é revoltante, é injusto com todos aqueles que se mobilizaram em grande número.”

Em Lyon, cerca de 45 mil trabalhadores participaram das manifestações; a prefeitura diz 17 mil. Já os confrontos, segundo o Le Monde, foram provocados por cerca de mil black blocs, que “assediavam a polícia durante todo o percurso”.

Mas o outro lado pode também ter culpa. As ações policiais nos atos contra a reforma da Previdência nas últimas semanas foram alvo de denúncias de uso excessivo da força, ameaças e até abusos sexuais por parte de integrantes da corporação na repressão de manifestantes.

Ainda nesta segunda, vários países expressaram sua preocupação às Nações Unidas com a violência policial na França. A declaração foi feita por diplomatas da Suécia, Dinamarca, Liechtenstein, Noruega, Luxemburgo e Malásia.

A reforma da Previdência, promulgada por Macron no mês passado, eleva a idade de aposentadoria para 64 anos. O presidente se utilizou de um mecanismo que permite seu governo aprovar projetos de lei sem o aval do Parlamento.

O presidente francês diz que a reforma é necessária para sustentar um dos sistemas previdenciários mais generosos da Europa. Mas a decisão contrariou a vontade da maioria da sociedade francesa, que organizou greves multissetoriais e lotou as ruas do país por várias semanas –Paris chegou a acumular 10 mil toneladas de lixo em meio à paralisação dos garis, por exemplo.

A reforma também cristalizou o descontentamento contra um presidente visto por muitos como distante e indiferente às dificuldades diárias da população. Nesta segunda, em um post no Twitter, ele agradeceu aos trabalhadores franceses. “Vocês contribuem para a nossa soberania”.

Já a primeira-ministra Elisabeth Borne parabenizou os trabalhadores, que “com o seu empenho diário, constroem o futuro do nosso país e nos permitem dar vida ao nosso modelo social”. Mais tarde, ela chamou as cenas de violência nos protestos de inaceitável.

No início de abril, ainda antes da promulgação da lei, a administração de Macron era aprovada por apenas 30% da população.

“O executivo não pode governar sem o apoio de seu povo”, disse Sophie Binet, líder do sindicato CGT, antes do protesto em Paris, acrescentando que seu sindicato ainda não decidiu conversar com o governo sobre outros assuntos trabalhistas.

Laurent Berger, chefe do sindicato reformista CFDT, disse que o governo de Macron foi surdo às demandas de um dos movimentos sociais mais poderosos em décadas. “Devemos trazer outras propostas sobre salários e condições de trabalho para a mesa”, disse ele à BFM TV.

O descontentamento dos manifestantes também atingiu grandes empresas. Em Paris, ativistas ambientais do Extinction Rebellion jogaram tinta sobre a fachada da Fundação Louis Vuitton e pedras do lado de fora do Ritz Hotel.

Em Marselha, no sul do país, cerca de 200 manifestantes ocuparam o hotel de luxo InterContinental, segundo a agência de notícias AFP. Eles quebraram vasos de flores, danificaram poltronas no saguão do hotel e pregaram uma uma etiqueta com a frase “Tem burguês no cardápio” na fachada do estabelecimento.

“A ideia desta ação simbólica é mostrar que a questão das pensões é um problema mais amplo da distribuição da riqueza”, explicou Sébastien Fournier, da central FSU, segundo quem “um dos acionistas do hotel é o fundo de pensão Black Rock, que assessorou Macron em questões previdenciárias”.

Em Nantes, onde um incêndio ocorreu em frente a um prédio da administração local, o metalúrgico aposentado Michel Maingy disse sentir que a batalha pelas pensões estava perdida. Mesmo assim, segundo ele, há lutas a serem vencidas nas negociações sobre as condições de trabalho. “Pouco a pouco, vamos voltar aos trilhos. Precisamos manter o queixo erguido”, disse.

Redação / Folhapress

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