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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cada oito horas, um balão foi avistado nas imediações de aeroportos brasileiros neste ano. A frequência das aparições coloca em alerta constante controladores de tráfego aéreo, devido ao risco de colisão com aviões no ar. Além do impacto nas operações e atrasos nos voos, em muitos casos, os artefatos caem dentro dos limites dos aeródromos, colocando em perigo funcionários e passageiros.

Devido ao risco de incêndio, soltar balão é considerado crime ambiental. A proibição, contudo, não inibe a atividade. De janeiro a maio de 2023, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou 436 ocorrências envolvendo balões em áreas próximas de aeroportos –o recorde para o período desde o início da série histórica em 2012.

A cada dez incidentes, quatro acontecem em São Paulo, geralmente na região metropolitana. Com a aproximação do período de festas juninas, a tendência é que as ocorrências se multipliquem.

“Além do aspecto cultural muito forte, a questão climática também favorece a soltura de balões nessa época. O tempo seco com céu aberto e pouco vento cria as condições ideais para essa prática ilegal”, explica o capitão Vitor Calandrini, da Polícia Militar Ambiental, classificando o período de maio a agosto como “temporada de balões”.

No ano passado, a corporação se uniu ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e outras organizações para monitorar e fiscalizar grupos de baloeiros. A ação conjunta foi motivada pelo grande número de incidentes em áreas de aeroportos e pelo incêndio florestal que consumiu cerca de 80% da área do Parque Estadual do Juquery, na Grande São Paulo, em 2021.

“O nosso foco é evitar o lançamento dos balões. Depois que ele é lançado no ar, fica à deriva e pode cair em qualquer local, provocar um incêndio ou acidente aéreo e viajar quilômetros sem controle”, disse o promotor de justiça Luis Fernando Rocha, que atua no Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) do MP.

Segundo a PM Ambiental, 129 balões foram apreendidos em São Paulo ao longo de 2022, o que levou à autuação de 257 pessoas –somadas, as multas ultrapassam R$ 2,5 milhões. Nesse ano, até o final de maio, a polícia apreendeu 17 balões.

A operação mais recente foi em Guararema (Grande SP), onde foi descoberta uma fábrica clandestina com três máquinas industriais utilizadas para confeccionar os balões. Segundo o MP, o material era revendido para grupos de baloeiros da região.

O processo de fabricação costuma ser demorado e pode levar vários meses dependendo do tamanho do balão. Os materiais mais utilizados são papel, madeira e cola, e botijões de gás servem como fogareiros improvisados. Fogos de artifício também são acoplados à estrutura com frequência.

A legislação brasileira proíbe a fabricação, venda, transporte e soltura de balões, com pena de um a três anos de detenção e aplicação de multa a partir de R$ 10 mil. O código penal também prevê reclusão de dois a cinco anos pelo perigo criado ao transporte aéreo.

Segundo o promotor Rocha, apesar do reconhecido risco da prática, a questão cultural impõe dificuldades à desarticulação dos grupos de baloeiros. “Mesmo sabendo que é ilegal, a maioria dessas pessoas não têm noção do perigo dessa atividade. São grupos que soltam balões há muito tempo por lazer, e a nossa maior dificuldade é demonstrar que é uma prática que traz muitos riscos”, disse.

Atualmente, baloeiros utilizam grupos fechados em redes sociais e aplicativos de mensagens para o compartilhamento de informações, divulgação das atividades e organização de eventos. Segundo a polícia, os encontros reúnem dezenas de pessoas antes mesmo de amanhecer.

“Para encher um balão de 30 metros, demora pelo menos três horas. Por isso, eles procuram locais espaçosos e discretos — normalmente campos de futebol ou sítios alugados”, explica o capitão Calandrini, citando como preferenciais as regiões do Alto Tietê, ABC e os extremos das zonas norte e sul da capital.

Segundo o MP, nos eventos, os grupos se dividem em equipes de lançamento e resgate. Estes perseguem o balão de carro e até invadem áreas restritas e de risco atrás do material. Há inclusive o pagamento de prêmios, financiados pelos próprios participantes, para quem consegue recuperar o balão caído.

O Corpo de Bombeiros alerta para o risco de incêndio em áreas urbanas e em vegetação –nesse ano, duas ocorrências em São Paulo exigiram o atendimento da corporação. Autoridades orientam a população a denunciar a atividade pelos telefones 190 (Polícia Militar) e 181 (disque-denúncia). O MP também disponibiliza canal de denúncia anônima na internet.

LEONARDO ZVARICK / Folhapress

Incidentes com balões atingem recorde e preocupam autoridades em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cada oito horas, um balão foi avistado nas imediações de aeroportos brasileiros neste ano. A frequência das aparições coloca em alerta constante controladores de tráfego aéreo, devido ao risco de colisão com aviões no ar. Além do impacto nas operações e atrasos nos voos, em muitos casos, os artefatos caem dentro dos limites dos aeródromos, colocando em perigo funcionários e passageiros.

Devido ao risco de incêndio, soltar balão é considerado crime ambiental. A proibição, contudo, não inibe a atividade. De janeiro a maio de 2023, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou 436 ocorrências envolvendo balões em áreas próximas de aeroportos –o recorde para o período desde o início da série histórica em 2012.

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A cada dez incidentes, quatro acontecem em São Paulo, geralmente na região metropolitana. Com a aproximação do período de festas juninas, a tendência é que as ocorrências se multipliquem.

“Além do aspecto cultural muito forte, a questão climática também favorece a soltura de balões nessa época. O tempo seco com céu aberto e pouco vento cria as condições ideais para essa prática ilegal”, explica o capitão Vitor Calandrini, da Polícia Militar Ambiental, classificando o período de maio a agosto como “temporada de balões”.

No ano passado, a corporação se uniu ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e outras organizações para monitorar e fiscalizar grupos de baloeiros. A ação conjunta foi motivada pelo grande número de incidentes em áreas de aeroportos e pelo incêndio florestal que consumiu cerca de 80% da área do Parque Estadual do Juquery, na Grande São Paulo, em 2021.

“O nosso foco é evitar o lançamento dos balões. Depois que ele é lançado no ar, fica à deriva e pode cair em qualquer local, provocar um incêndio ou acidente aéreo e viajar quilômetros sem controle”, disse o promotor de justiça Luis Fernando Rocha, que atua no Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) do MP.

Segundo a PM Ambiental, 129 balões foram apreendidos em São Paulo ao longo de 2022, o que levou à autuação de 257 pessoas –somadas, as multas ultrapassam R$ 2,5 milhões. Nesse ano, até o final de maio, a polícia apreendeu 17 balões.

A operação mais recente foi em Guararema (Grande SP), onde foi descoberta uma fábrica clandestina com três máquinas industriais utilizadas para confeccionar os balões. Segundo o MP, o material era revendido para grupos de baloeiros da região.

O processo de fabricação costuma ser demorado e pode levar vários meses dependendo do tamanho do balão. Os materiais mais utilizados são papel, madeira e cola, e botijões de gás servem como fogareiros improvisados. Fogos de artifício também são acoplados à estrutura com frequência.

A legislação brasileira proíbe a fabricação, venda, transporte e soltura de balões, com pena de um a três anos de detenção e aplicação de multa a partir de R$ 10 mil. O código penal também prevê reclusão de dois a cinco anos pelo perigo criado ao transporte aéreo.

Segundo o promotor Rocha, apesar do reconhecido risco da prática, a questão cultural impõe dificuldades à desarticulação dos grupos de baloeiros. “Mesmo sabendo que é ilegal, a maioria dessas pessoas não têm noção do perigo dessa atividade. São grupos que soltam balões há muito tempo por lazer, e a nossa maior dificuldade é demonstrar que é uma prática que traz muitos riscos”, disse.

Atualmente, baloeiros utilizam grupos fechados em redes sociais e aplicativos de mensagens para o compartilhamento de informações, divulgação das atividades e organização de eventos. Segundo a polícia, os encontros reúnem dezenas de pessoas antes mesmo de amanhecer.

“Para encher um balão de 30 metros, demora pelo menos três horas. Por isso, eles procuram locais espaçosos e discretos — normalmente campos de futebol ou sítios alugados”, explica o capitão Calandrini, citando como preferenciais as regiões do Alto Tietê, ABC e os extremos das zonas norte e sul da capital.

Segundo o MP, nos eventos, os grupos se dividem em equipes de lançamento e resgate. Estes perseguem o balão de carro e até invadem áreas restritas e de risco atrás do material. Há inclusive o pagamento de prêmios, financiados pelos próprios participantes, para quem consegue recuperar o balão caído.

O Corpo de Bombeiros alerta para o risco de incêndio em áreas urbanas e em vegetação –nesse ano, duas ocorrências em São Paulo exigiram o atendimento da corporação. Autoridades orientam a população a denunciar a atividade pelos telefones 190 (Polícia Militar) e 181 (disque-denúncia). O MP também disponibiliza canal de denúncia anônima na internet.

LEONARDO ZVARICK / Folhapress

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