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FOLHAPRESS – Na cidade de São Paulo, 1.964 pessoas concorreram às 55 cadeiras da Câmara de Vereadores em 2020. Ou seja, a cada 35 que tentaram, um foi eleito. No Rio de Janeiro, a competição foi quase tão difícil: 1.758 candidatos para 51 vagas, ou um escolhido a cada 34.

É uma proeza e tanto se tornar vereador nas duas maiores cidades do país. Mais árduo é o caminho dos candidatos LGBTQIA+, que enfrentam não apenas os outros postulantes, mas, principalmente, o preconceito. No caso da turma envolvida na disputa de 2020, havia um agravante, a presença de Jair Bolsonaro, um político abertamente homofóbico, na Presidência.

Esses destemidos estão em “Corpolítica”, que estreou na última quinta (8) nos cinemas. O diretor Pedro Henrique França e sua equipe acompanharam quatro candidatos com esse perfil: dois na corrida paulistana -Erika Hilton, trans do PSOL, e William de Lucca, gay do PT- e outros dois na carioca -Monica Benicio, lésbica do PSOL, e Andréa Bak, bissexual também do PSOL.

Em entrevistas ao lado da mãe, cada um deles revive sua trajetória. Erika e sua mãe, por exemplo, lembram quando ela foi expulsa de casa na adolescência, viveu da prostituição e, anos depois, foi acolhida novamente pela família e retomou os estudos.

A mãe de Monica se recorda das primeiras vezes que a filha levou Marielle Franco para a casa da família. Como se sabe, elas se casaram anos depois, e Marielle foi assassinada em março de 2018, quando estava no seu segundo ano de mandato como vereadora no Rio.

Atividade aparentemente prosaica da vida eleitoral, a abordagem de pessoas nas ruas em busca de voto requer cuidado e paciência dos candidatos LGBTQIA+, como mostra o documentário.

Como a chance de serem rechaçados é maior do que no caso dos políticos tradicionais, pensam duas vezes antes de iniciar uma conversa com um desconhecido.

“Corpolítica” está claramente ao lado daqueles que pretendem levar a representatividade para a arena política, o que o aproxima das alas progressistas. Ouve, aliás, outros ativistas, como o ex-deputado federal Jean Wyllys.

Mas o filme também ganha ao dar voz a vereadores mais conservadores, como Fernando Holiday, gay, e Thammy Miranda, trans, ambos de São Paulo. É uma iniciativa que enriquece o debate.

No seu desfecho, “Corpolítica” informa que as eleições brasileiras de 2020 tiveram 546 candidatos LGBTQIA+, dos quais 97 foram eleitos. Há uma evolução em curso, mas evidentemente o número ainda é muito baixo.

Quem sabe esse filme, urgente e necessário, seja capaz de estimular outros tantos a entrar na luta política.

CORPOLÍTICA

Quando Nos cinemas

Classificação 12 anos

Produção Brasil, 2022

Direção Pedro Henrique França

Avaliação Bom

NAIEF HADDAD / Folhapress

‘Corpolítica’ mostra desafios da luta política de candidatos LGBTQIA+

FOLHAPRESS – Na cidade de São Paulo, 1.964 pessoas concorreram às 55 cadeiras da Câmara de Vereadores em 2020. Ou seja, a cada 35 que tentaram, um foi eleito. No Rio de Janeiro, a competição foi quase tão difícil: 1.758 candidatos para 51 vagas, ou um escolhido a cada 34.

É uma proeza e tanto se tornar vereador nas duas maiores cidades do país. Mais árduo é o caminho dos candidatos LGBTQIA+, que enfrentam não apenas os outros postulantes, mas, principalmente, o preconceito. No caso da turma envolvida na disputa de 2020, havia um agravante, a presença de Jair Bolsonaro, um político abertamente homofóbico, na Presidência.

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Esses destemidos estão em “Corpolítica”, que estreou na última quinta (8) nos cinemas. O diretor Pedro Henrique França e sua equipe acompanharam quatro candidatos com esse perfil: dois na corrida paulistana -Erika Hilton, trans do PSOL, e William de Lucca, gay do PT- e outros dois na carioca -Monica Benicio, lésbica do PSOL, e Andréa Bak, bissexual também do PSOL.

Em entrevistas ao lado da mãe, cada um deles revive sua trajetória. Erika e sua mãe, por exemplo, lembram quando ela foi expulsa de casa na adolescência, viveu da prostituição e, anos depois, foi acolhida novamente pela família e retomou os estudos.

A mãe de Monica se recorda das primeiras vezes que a filha levou Marielle Franco para a casa da família. Como se sabe, elas se casaram anos depois, e Marielle foi assassinada em março de 2018, quando estava no seu segundo ano de mandato como vereadora no Rio.

Atividade aparentemente prosaica da vida eleitoral, a abordagem de pessoas nas ruas em busca de voto requer cuidado e paciência dos candidatos LGBTQIA+, como mostra o documentário.

Como a chance de serem rechaçados é maior do que no caso dos políticos tradicionais, pensam duas vezes antes de iniciar uma conversa com um desconhecido.

“Corpolítica” está claramente ao lado daqueles que pretendem levar a representatividade para a arena política, o que o aproxima das alas progressistas. Ouve, aliás, outros ativistas, como o ex-deputado federal Jean Wyllys.

Mas o filme também ganha ao dar voz a vereadores mais conservadores, como Fernando Holiday, gay, e Thammy Miranda, trans, ambos de São Paulo. É uma iniciativa que enriquece o debate.

No seu desfecho, “Corpolítica” informa que as eleições brasileiras de 2020 tiveram 546 candidatos LGBTQIA+, dos quais 97 foram eleitos. Há uma evolução em curso, mas evidentemente o número ainda é muito baixo.

Quem sabe esse filme, urgente e necessário, seja capaz de estimular outros tantos a entrar na luta política.

CORPOLÍTICA

Quando Nos cinemas

Classificação 12 anos

Produção Brasil, 2022

Direção Pedro Henrique França

Avaliação Bom

NAIEF HADDAD / Folhapress

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