Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A diretoria de uma escola infantil no centro de São Paulo registrou um boletim de ocorrência por ameaça depois que o entorno da unidade foi pichado com ataques e frases racistas. No último dia 10, postes ao redor da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Monteiro Lobato foram pintados com mensagens como “viva voz é coisa de macaco” e “música, se eu escolho você morre”.

As frases acompanhavam o desenho de um alto-falante cortado por um X. Entre pais de alunos, surgiu a suspeita de que algum morador do bairro tenha feito as pichações, incomodado com o barulho do recreio das crianças ou de alguma atividade promovida no local — professores costumam ensinar cantigas e instrumentos tradicionais brasileiros para os estudantes.

“Eu acho que o cidadão que fez isso está incomodado com a presença de crianças e pais negros, gente de outras classes sociais frequentando o bairro”, afirma o músico Thiago França, que tem uma filha matriculada na escola. A unidade fica no parque Buenos Aires, em Higienópolis.

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação confirmou o registro da ocorrência no 4º DP (Consolação), mas disse que não há provas de que as pichações foram direcionadas à escola. “Escola sem educação, escola sem respeito, escola sem noção” e “pedagogia da violência” estão entre as mensagens deixadas nos postes.

A Secretária de Segurança Pública do governo estadual confirmou que o caso está sendo investigado.

A diretora da Emei, Maria Cláudia Fernandes, conta que depois do episódio uma viatura da GCM (Guarda Civil Metropolitana) começou a fazer a segurança da escola durante o período de aulas. “A gente não tem clareza de onde vem o ataque”, disse.

Além de comunicar a diretoria de ensino, Fernandes diz que solicitou à Polícia Civil acesso às imagens de câmeras de segurança de um prédio vizinho, que podem ter registrado o momento em que os postes foram pichados. Ainda segundo a diretora, a administração do condomínio forneceu um relatório da equipe de segurança, segundo o qual o autor das mensagens seria um “homem aparentemente idoso”.

Professores, pais e alunos devem realizar uma manifestação em frente à escola na próxima quinta-feira (22). O grupo também tenta mobilizar moradores e comerciantes do bairro. “Acho que no mínimo essa pessoa tem que entender que ela está sozinha, ou pelo menos muito pouco amparada nas opiniões dela”, disse França.

A mobilização prevê uma caminhada com cartazes e a limpeza e decoração dos postes depredados com desenhos feitos pelos alunos. Fundada em 1952, a Emei Monteiro Lobato atende hoje 250 crianças de 4 a 6 anos.

Segundo a diretora, a unidade de ensino sofre ataques virtuais desde 2018. As intimidações teriam sido desencadeadas pela divulgação de um vídeo questionando a abordagem de temas como equidade de gênero em sala de aula. O material em questão foi produzido e publicado pelo pai de um aluno em redes sociais.

Em 2021, a diretora Fernandes denunciou as ameaças à Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal. Na ocasião, ela relatou ter recebido “ameaças por telefone, denúncia e visita da polícia civil à unidade e denúncia na Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos”.

LEONARDO ZVARICK / Folhapress

Frases racistas são pichadas em frente a escola infantil municipal em Higienópolis

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A diretoria de uma escola infantil no centro de São Paulo registrou um boletim de ocorrência por ameaça depois que o entorno da unidade foi pichado com ataques e frases racistas. No último dia 10, postes ao redor da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Monteiro Lobato foram pintados com mensagens como “viva voz é coisa de macaco” e “música, se eu escolho você morre”.

As frases acompanhavam o desenho de um alto-falante cortado por um X. Entre pais de alunos, surgiu a suspeita de que algum morador do bairro tenha feito as pichações, incomodado com o barulho do recreio das crianças ou de alguma atividade promovida no local — professores costumam ensinar cantigas e instrumentos tradicionais brasileiros para os estudantes.

- Advertisement -anuncio

“Eu acho que o cidadão que fez isso está incomodado com a presença de crianças e pais negros, gente de outras classes sociais frequentando o bairro”, afirma o músico Thiago França, que tem uma filha matriculada na escola. A unidade fica no parque Buenos Aires, em Higienópolis.

Procurada, a Secretaria Municipal de Educação confirmou o registro da ocorrência no 4º DP (Consolação), mas disse que não há provas de que as pichações foram direcionadas à escola. “Escola sem educação, escola sem respeito, escola sem noção” e “pedagogia da violência” estão entre as mensagens deixadas nos postes.

A Secretária de Segurança Pública do governo estadual confirmou que o caso está sendo investigado.

A diretora da Emei, Maria Cláudia Fernandes, conta que depois do episódio uma viatura da GCM (Guarda Civil Metropolitana) começou a fazer a segurança da escola durante o período de aulas. “A gente não tem clareza de onde vem o ataque”, disse.

Além de comunicar a diretoria de ensino, Fernandes diz que solicitou à Polícia Civil acesso às imagens de câmeras de segurança de um prédio vizinho, que podem ter registrado o momento em que os postes foram pichados. Ainda segundo a diretora, a administração do condomínio forneceu um relatório da equipe de segurança, segundo o qual o autor das mensagens seria um “homem aparentemente idoso”.

Professores, pais e alunos devem realizar uma manifestação em frente à escola na próxima quinta-feira (22). O grupo também tenta mobilizar moradores e comerciantes do bairro. “Acho que no mínimo essa pessoa tem que entender que ela está sozinha, ou pelo menos muito pouco amparada nas opiniões dela”, disse França.

A mobilização prevê uma caminhada com cartazes e a limpeza e decoração dos postes depredados com desenhos feitos pelos alunos. Fundada em 1952, a Emei Monteiro Lobato atende hoje 250 crianças de 4 a 6 anos.

Segundo a diretora, a unidade de ensino sofre ataques virtuais desde 2018. As intimidações teriam sido desencadeadas pela divulgação de um vídeo questionando a abordagem de temas como equidade de gênero em sala de aula. O material em questão foi produzido e publicado pelo pai de um aluno em redes sociais.

Em 2021, a diretora Fernandes denunciou as ameaças à Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal. Na ocasião, ela relatou ter recebido “ameaças por telefone, denúncia e visita da polícia civil à unidade e denúncia na Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos”.

LEONARDO ZVARICK / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.