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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A plataforma Discord, usada para conversas em texto, voz e vídeo, virou alvo de investigação depois que passou a ser utilizada por grupos que incitam e praticam crimes como exploração sexual, pedofilia, homofobia, racismo, apologia do nazismo e maus-tratos de animais.

Na avaliação do promotor de Justiça Danilo Pugliesi, embora diferentes tipos de discurso de ódio sejam encontrados nesses grupos, o que une os usuários é a misoginia.

“Há um discurso de que a mulher é a causadora de todo o mal. Nos grupos, os jovens afirmam ter dificuldades [com mulheres] em decorrência do empoderamento delas”, afirma Pugliesi.

O promotor afirma que há no Discord um agrupamento de diferentes microgrupos, que se relacionam e abastecem uns aos outros. “Os grupos compartilham material, treinam discursos. O linguajar deles é o mesmo, as referências são as mesmas. É um encontro de grupos diferentes de ódio.”

Até esta terça (27), ao menos dez pessoas foram presas/apreendidas no país por crimes cometidos no Discord. A informação é da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que apreendeu dois adolescentes suspeitos de participarem de grupos de pornografia infantil. Eles são investigados por associação criminosa; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio; e estupro virtual.

As prisões acontecem no âmbito de operação deflagrada em março pela Polícia Federal em parceria com a Polícia Civil de diferentes estados.

À Folha de S.Paulo o Discord afirmou que tem uma “política de zero tolerância para atividades que sejam potencialmente prejudiciais à sociedade”.

Sobre as prisões dos adolescentes nesta terça no Rio, a plataforma disse não comentar casos específicos, mas citou iniciativas para derrubar grupos criminosos.

“Com nossos esforços para combater ameaças à segurança infantil, nós proativamente removemos cerca de 98% das comunidades que encontramos com materiais de abuso infantil no Brasil ao longo dos últimos seis meses”, diz a nota.

CANAL DE DENÚNCIAS

Nesta segunda (26), o Ministério Público de São Paulo lançou um canal para receber denúncias de crimes de misoginia praticados no Discord. As vítimas podem procurar a Promotoria por meio do email nai.intolerancia@mpsp.mp.br.

A Promotoria também instaurou inquérito para investigar o Discord. Foram solicitadas, por exemplo, informações para entender qual é a política da plataforma para bloqueio e derrubada de conteúdo e usuários.

De acordo com Pugliesi, o objetivo é apurar se o Discord utiliza algum tipo de ferramenta de detecção de material de origem criminosa.

“Há outras plataformas que conseguem detectar material de pedofilia, nudez explícita e automutilação. Queremos saber se o Discord tem essas ferramentas e, se tiver, por que não está surtindo efeito”, disse o promotor.

“Sabemos que a plataforma é usada para lazer e até educação. Não queremos derrubar a plataforma, mas entendemos que todo serviço deve ser oferecido de forma segura. Estamos investigando se a plataforma é segura ou não. Se não, é preciso que ela crie medidas para se tornar segura”, acrescentou.

A plataforma surgiu em 2015 e se popularizou para bate-papo durante jogos online. Tudo isso circula em grupos que misturam usuários adultos com menores de 18 anos.

ISABELLA MENON / Folhapress

Misoginia é fio condutor de crimes no Discord, afirma promotor

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A plataforma Discord, usada para conversas em texto, voz e vídeo, virou alvo de investigação depois que passou a ser utilizada por grupos que incitam e praticam crimes como exploração sexual, pedofilia, homofobia, racismo, apologia do nazismo e maus-tratos de animais.

Na avaliação do promotor de Justiça Danilo Pugliesi, embora diferentes tipos de discurso de ódio sejam encontrados nesses grupos, o que une os usuários é a misoginia.

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“Há um discurso de que a mulher é a causadora de todo o mal. Nos grupos, os jovens afirmam ter dificuldades [com mulheres] em decorrência do empoderamento delas”, afirma Pugliesi.

O promotor afirma que há no Discord um agrupamento de diferentes microgrupos, que se relacionam e abastecem uns aos outros. “Os grupos compartilham material, treinam discursos. O linguajar deles é o mesmo, as referências são as mesmas. É um encontro de grupos diferentes de ódio.”

Até esta terça (27), ao menos dez pessoas foram presas/apreendidas no país por crimes cometidos no Discord. A informação é da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que apreendeu dois adolescentes suspeitos de participarem de grupos de pornografia infantil. Eles são investigados por associação criminosa; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio; e estupro virtual.

As prisões acontecem no âmbito de operação deflagrada em março pela Polícia Federal em parceria com a Polícia Civil de diferentes estados.

À Folha de S.Paulo o Discord afirmou que tem uma “política de zero tolerância para atividades que sejam potencialmente prejudiciais à sociedade”.

Sobre as prisões dos adolescentes nesta terça no Rio, a plataforma disse não comentar casos específicos, mas citou iniciativas para derrubar grupos criminosos.

“Com nossos esforços para combater ameaças à segurança infantil, nós proativamente removemos cerca de 98% das comunidades que encontramos com materiais de abuso infantil no Brasil ao longo dos últimos seis meses”, diz a nota.

CANAL DE DENÚNCIAS

Nesta segunda (26), o Ministério Público de São Paulo lançou um canal para receber denúncias de crimes de misoginia praticados no Discord. As vítimas podem procurar a Promotoria por meio do email nai.intolerancia@mpsp.mp.br.

A Promotoria também instaurou inquérito para investigar o Discord. Foram solicitadas, por exemplo, informações para entender qual é a política da plataforma para bloqueio e derrubada de conteúdo e usuários.

De acordo com Pugliesi, o objetivo é apurar se o Discord utiliza algum tipo de ferramenta de detecção de material de origem criminosa.

“Há outras plataformas que conseguem detectar material de pedofilia, nudez explícita e automutilação. Queremos saber se o Discord tem essas ferramentas e, se tiver, por que não está surtindo efeito”, disse o promotor.

“Sabemos que a plataforma é usada para lazer e até educação. Não queremos derrubar a plataforma, mas entendemos que todo serviço deve ser oferecido de forma segura. Estamos investigando se a plataforma é segura ou não. Se não, é preciso que ela crie medidas para se tornar segura”, acrescentou.

A plataforma surgiu em 2015 e se popularizou para bate-papo durante jogos online. Tudo isso circula em grupos que misturam usuários adultos com menores de 18 anos.

ISABELLA MENON / Folhapress

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