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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A onda de protestos na França após a morte de um adolescente pela polícia levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a deixar antecipadamente a cúpula de chefes de Estado e Governo da União Europeia, que ocorre em Bruxelas, nesta sexta-feira (30).

De maneira incomum, o líder francês cancelou uma entrevista coletiva e voltou a Paris para uma reunião interministerial sobre as manifestações, algumas das quais com episódios violentos. Em casos assim, ele costuma ser substituído pelo primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz.

Durante a noite desta quinta (29) e a madrugada de sexta-feira, 875 pessoas foram presas, metade das quais em Paris, de acordo com o Palácio do Eliseu. Antes, o Ministério do Interior havia falado em 667 prisões, a maioria de pessoas com idades entre 14 e 18 anos.

Ainda segundo cifras do governo, mais de 490 edifícios foram de alguma forma afetados pelos protestos, 2.000 carros foram queimados e mais de 3.880 incêndios foram contabilizados em vias públicas.

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, pediu a todos os prefeitos que interrompam o transporte público em suas cidades a partir das 21h, no horário local. Algumas regiões já haviam se adiantado na medida, como Marselha e Île-de-France, onde fica Paris. Em Bordeaux, informou o Le Figaro, manifestantes invadiram uma loja da rede Decathlon e roubaram equipamento de caça, incluindo munição.

O protagonismo de jovens nos protestos tem preocupado autoridades. Macron pediu que os pais mantenham seus filhos em casa para que fiquem afastados das ruas. “Peço a responsabilidade de mães e pais de família, esse é um lugar que o Estado não pode ocupar.”

O líder francês também afirmou acreditar que as redes sociais têm papel significativo no espraiamento da violência. Ele disse ter pedido a apps como Snapchat e TikTok que retirem do ar os conteúdos que versem sobre violência urbana, por exemplo. “Às vezes temos a impressão de que alguns dos manifestantes estão vivendo nas ruas as cenas que videogames lhes ensinaram”, afirmou.

Em Paris, a primeira-ministra Élisabeth Borne afirmou que o governo examina todas as opções para frear os recentes acontecimentos, “com uma prioridade em mente: o regresso à ordem”. Ela foi questionada se declarar estado de emergência seria uma possibilidade e, de imediato, não descartou a hipótese.

Figuras da direita e da ultradireita francesa têm pressionado o governo por medidas do tipo. O deputado Sébastien Chenu, do Reunião Nacional, partido de Marine Le Pen —que disputou o segundo turno contra Macron—, foi um dos que fez coro e demandou que o país seja “extremamente firme”.

Borne também comunicou que veículos blindados serão levados para as áreas dos protestos e que todos os grandes eventos que demandem mobilização de efetivos de segurança ou representem potencial risco para a ordem pública serão imediatamente cancelados. A situação também levou a ONU a se manifestar. “Este é o momento para que o país enfrente os profundos problemas de racismo e discriminação racial entre em suas forças de segurança”, disse uma porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos.

“Instamos as autoridades a garantirem que o uso da força por parte da polícia contra elementos violentos nas manifestações siga respeitando os princípios da proporcionalidade e da não discriminação”, afirmou Ravina Shamdasani durante entrevista coletiva em Genebra.

O estopim para a atual onda de protestos em solo francês foi a morte de Nahel, 17, de origem argelina, no subúrbio de Paris, em meio a uma abordagem policial na última terça (27). A cena foi filmada por uma testemunha, e o vídeo se espalhou rapidamente pelas redes sociais.

No vídeo, dois policiais de capacete se aproximam da janela do motorista de um carro de luxo. Um deles aparentemente conversa com o adolescente, enquanto o outro aponta a arma. Após alguns segundos, o motorista acelera, ao que o policial armado reage atirando uma vez. Poucos metros à frente, sem direção, o Mercedes AMG sobe numa calçada e bate num poste. O adolescente morreu uma hora depois.

Segundo o promotor público de Nanterre, o adolescente morreu depois de receber um único tiro que o atingiu no braço esquerdo e no peito. O policial alega que queria evitar uma perseguição por temer que outras pessoas se ferissem —o jovem teria cometido várias infrações de trânsito antes de ser parado.

Nesta quinta, o policial pediu desculpas à família de Nahel, segundo sua defesa. O advogado afirma que o agente de 38 anos teria mirado na perna, mas, após ser atingido pelo carro, atirou em direção ao peito.

O agente está detido após a Justiça decretar sua prisão preventiva por homicídio doloso, e o Ministério Público considerar que o uso de sua arma não foi legalmente justificável.

Depois de uma reunião com a primeira-ministra Borne, o prefeito de Nanterre, onde o caso ocorreu, informou que o funeral de Nahel deve ser realizado neste sábado (1º). Ele disse ainda não ter palavras para descrever o que aconteceu. “A emoção e a raiva sentidas pela morte de Nahel ainda são muito fortes e são compartilhadas por toda a população”, afirmou Patrick Jarry, segundo o jornal Le Monde.

Redação / Folhapress

França prende 875 em 3ª noite de protestos; Macron sai às pressas de Bruxelas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A onda de protestos na França após a morte de um adolescente pela polícia levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a deixar antecipadamente a cúpula de chefes de Estado e Governo da União Europeia, que ocorre em Bruxelas, nesta sexta-feira (30).

De maneira incomum, o líder francês cancelou uma entrevista coletiva e voltou a Paris para uma reunião interministerial sobre as manifestações, algumas das quais com episódios violentos. Em casos assim, ele costuma ser substituído pelo primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz.

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Durante a noite desta quinta (29) e a madrugada de sexta-feira, 875 pessoas foram presas, metade das quais em Paris, de acordo com o Palácio do Eliseu. Antes, o Ministério do Interior havia falado em 667 prisões, a maioria de pessoas com idades entre 14 e 18 anos.

Ainda segundo cifras do governo, mais de 490 edifícios foram de alguma forma afetados pelos protestos, 2.000 carros foram queimados e mais de 3.880 incêndios foram contabilizados em vias públicas.

O ministro do Interior, Gérald Darmanin, pediu a todos os prefeitos que interrompam o transporte público em suas cidades a partir das 21h, no horário local. Algumas regiões já haviam se adiantado na medida, como Marselha e Île-de-France, onde fica Paris. Em Bordeaux, informou o Le Figaro, manifestantes invadiram uma loja da rede Decathlon e roubaram equipamento de caça, incluindo munição.

O protagonismo de jovens nos protestos tem preocupado autoridades. Macron pediu que os pais mantenham seus filhos em casa para que fiquem afastados das ruas. “Peço a responsabilidade de mães e pais de família, esse é um lugar que o Estado não pode ocupar.”

O líder francês também afirmou acreditar que as redes sociais têm papel significativo no espraiamento da violência. Ele disse ter pedido a apps como Snapchat e TikTok que retirem do ar os conteúdos que versem sobre violência urbana, por exemplo. “Às vezes temos a impressão de que alguns dos manifestantes estão vivendo nas ruas as cenas que videogames lhes ensinaram”, afirmou.

Em Paris, a primeira-ministra Élisabeth Borne afirmou que o governo examina todas as opções para frear os recentes acontecimentos, “com uma prioridade em mente: o regresso à ordem”. Ela foi questionada se declarar estado de emergência seria uma possibilidade e, de imediato, não descartou a hipótese.

Figuras da direita e da ultradireita francesa têm pressionado o governo por medidas do tipo. O deputado Sébastien Chenu, do Reunião Nacional, partido de Marine Le Pen —que disputou o segundo turno contra Macron—, foi um dos que fez coro e demandou que o país seja “extremamente firme”.

Borne também comunicou que veículos blindados serão levados para as áreas dos protestos e que todos os grandes eventos que demandem mobilização de efetivos de segurança ou representem potencial risco para a ordem pública serão imediatamente cancelados. A situação também levou a ONU a se manifestar. “Este é o momento para que o país enfrente os profundos problemas de racismo e discriminação racial entre em suas forças de segurança”, disse uma porta-voz do Alto Comissariado de Direitos Humanos.

“Instamos as autoridades a garantirem que o uso da força por parte da polícia contra elementos violentos nas manifestações siga respeitando os princípios da proporcionalidade e da não discriminação”, afirmou Ravina Shamdasani durante entrevista coletiva em Genebra.

O estopim para a atual onda de protestos em solo francês foi a morte de Nahel, 17, de origem argelina, no subúrbio de Paris, em meio a uma abordagem policial na última terça (27). A cena foi filmada por uma testemunha, e o vídeo se espalhou rapidamente pelas redes sociais.

No vídeo, dois policiais de capacete se aproximam da janela do motorista de um carro de luxo. Um deles aparentemente conversa com o adolescente, enquanto o outro aponta a arma. Após alguns segundos, o motorista acelera, ao que o policial armado reage atirando uma vez. Poucos metros à frente, sem direção, o Mercedes AMG sobe numa calçada e bate num poste. O adolescente morreu uma hora depois.

Segundo o promotor público de Nanterre, o adolescente morreu depois de receber um único tiro que o atingiu no braço esquerdo e no peito. O policial alega que queria evitar uma perseguição por temer que outras pessoas se ferissem —o jovem teria cometido várias infrações de trânsito antes de ser parado.

Nesta quinta, o policial pediu desculpas à família de Nahel, segundo sua defesa. O advogado afirma que o agente de 38 anos teria mirado na perna, mas, após ser atingido pelo carro, atirou em direção ao peito.

O agente está detido após a Justiça decretar sua prisão preventiva por homicídio doloso, e o Ministério Público considerar que o uso de sua arma não foi legalmente justificável.

Depois de uma reunião com a primeira-ministra Borne, o prefeito de Nanterre, onde o caso ocorreu, informou que o funeral de Nahel deve ser realizado neste sábado (1º). Ele disse ainda não ter palavras para descrever o que aconteceu. “A emoção e a raiva sentidas pela morte de Nahel ainda são muito fortes e são compartilhadas por toda a população”, afirmou Patrick Jarry, segundo o jornal Le Monde.

Redação / Folhapress

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