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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O produtor musical João Marcello Bôscoli, filho mais velho de Elis Regina, diz que se “emocionou muitíssimo” ao ver o comercial da Volkswagen em que sua mãe e a irmã, Maria Rita, aparecem juntas. A campanha publicitária, lançada na terça (4), foi feita por meio de Inteligência Artificial.

“Ver a Elis cantando ao lado da filha que ela não viu crescer, isso me comoveu muito”, afirma ele à reportagem.

João disse entender e respeitar, mas não concordar com críticas que algumas pessoas fizeram pelo fato da imagem da cantora, que se posicionou contra a ditadura, ser associada a uma marca que teve ligação com o regime.

Ex-funcionários e suas famílias disseram que o serviço de segurança da VW no Brasil colaborou com os militares para identificar possíveis suspeitos, que foram detidos e torturados. Em 2020, o grupo concordou em pagar R$ 36 milhões para indenizar as vítimas que foram torturadas ou parentes de pessoas mortas nesse período.

“Se nós formos criar uma restrição a marcas que se envolverem em algum momento com algum tipo de governo ou algum tipo de ditadura ou coisa pior, a gente tem que pegar todas as empresas japonesas, todas as empresas alemãs, muitas empresas brasileiras, americanas e holandesas e estabelecer o mesmo tipo de crítica”, afirma.

“Se a gente for fazer essa revisão muito, muito apurada vão sobrar quantas empresas?”, indaga.

“Eu mesmo tenho uma série de marcas que uso e gosto muito que quando você vai ver a história…Por exemplo, quase todos os microfones que eu gosto são alemães ou austríacos, e aí?”, questiona.

“Da minha parte da parte e do meu irmão [Pedro Mariano], eu posso dizer que a gente consentiu a propaganda pensando em primeiro lugar -e eu tenho convicção de que para a Maria Rita também– na exposição que a Elis teria e que seria uma apresentação dela para as novas gerações”, explica.

“Uma artista que morreu há 41 anos ser estrela de uma campanha que envolve uma nova tecnologia e que está gerando esse nível de atenção e de debate, eu acho extremamente positivo”, prossegue.

Ele afirma ainda que a mãe surgiu para o Brasil por meio de uma nova tecnologia, que era a televisão. “Embora a TV já existisse no Brasil desde 1950, ela ainda estava engatinhando em 1964 e 1965. E à época, por incrível que pareça, havia pessoas dizendo que assistir a Elis Regina na televisão não era a mesma coisa que ver ao vivo, porque aquela caixa [TV] não era a mesma coisa, etc. Crítica é uma coisa normal”, pontua.

João Marcello acrescenta que ele e os dois irmãos são muito cuidadosos ao autorizar o uso da imagem da mãe. “Nos últimos dez anos, a gente fez três campanhas publicitárias com ela apenas. E temos mais de cinco, seis convites por ano”, completa. “Foi um momento muito interessante [para a propaganda]. E a gente já viu que explodiu a a busca por Elis nas plataformas de música”.

O comercial apresenta um clone do cantora que dirige um carro ao lado de Maria Rita enquanto, juntas, cantam a música “Como Nossos Pais” em tom nostálgico. Para trazer Elis para 2023 foi usada a tecnologia deepfake, que recria rostos e vozes para aplicar no corpo de um dublê.

O produtor musical diz que ficou “muito feliz com o resultado” e com a reação das pessoas. “O que eu recebi de mensagens no celular de amigos jornalistas e publicitários. E coisas como: ‘nossa, eu assisti agora e não pude me conter’, ‘não é do meu feitio, mas eu chorei'”, relata.

“É uma coisa rara você ter uma campanha publicitária que consegue realmente emocionar as pessoas”, completa.

Também questionado pelas críticas que a propaganda recebeu pelo uso da Inteligência Artificial, João Marcello diz que é “saudável que haja ponderações”.

“É um debate público, em que as pessoas expressam suas opiniões. E estamos agora vendo os limites disso [do uso da tecnologia] na prática, e não através de ensaios acadêmicos”, diz.

João Marcello pontua que a própria Elis, além de outros grandes nomes da MPB como Gal Costa, Milton Nascimento e Rita Lee, conviveram com críticas. “Eu realmente acho natural”.

O produtor afirma também ter obtido avaliações feitas junto ao público, que mostram que mais de 80% das pessoas que viram o comercial gostaram da campanha.

MÔNICA BERGAMO / Folhapress

Filho de Elis relata emoção com anúncio da VW e diz não ser possível restringir empresas por apoio a ditaduras

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O produtor musical João Marcello Bôscoli, filho mais velho de Elis Regina, diz que se “emocionou muitíssimo” ao ver o comercial da Volkswagen em que sua mãe e a irmã, Maria Rita, aparecem juntas. A campanha publicitária, lançada na terça (4), foi feita por meio de Inteligência Artificial.

“Ver a Elis cantando ao lado da filha que ela não viu crescer, isso me comoveu muito”, afirma ele à reportagem.

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João disse entender e respeitar, mas não concordar com críticas que algumas pessoas fizeram pelo fato da imagem da cantora, que se posicionou contra a ditadura, ser associada a uma marca que teve ligação com o regime.

Ex-funcionários e suas famílias disseram que o serviço de segurança da VW no Brasil colaborou com os militares para identificar possíveis suspeitos, que foram detidos e torturados. Em 2020, o grupo concordou em pagar R$ 36 milhões para indenizar as vítimas que foram torturadas ou parentes de pessoas mortas nesse período.

“Se nós formos criar uma restrição a marcas que se envolverem em algum momento com algum tipo de governo ou algum tipo de ditadura ou coisa pior, a gente tem que pegar todas as empresas japonesas, todas as empresas alemãs, muitas empresas brasileiras, americanas e holandesas e estabelecer o mesmo tipo de crítica”, afirma.

“Se a gente for fazer essa revisão muito, muito apurada vão sobrar quantas empresas?”, indaga.

“Eu mesmo tenho uma série de marcas que uso e gosto muito que quando você vai ver a história…Por exemplo, quase todos os microfones que eu gosto são alemães ou austríacos, e aí?”, questiona.

“Da minha parte da parte e do meu irmão [Pedro Mariano], eu posso dizer que a gente consentiu a propaganda pensando em primeiro lugar -e eu tenho convicção de que para a Maria Rita também– na exposição que a Elis teria e que seria uma apresentação dela para as novas gerações”, explica.

“Uma artista que morreu há 41 anos ser estrela de uma campanha que envolve uma nova tecnologia e que está gerando esse nível de atenção e de debate, eu acho extremamente positivo”, prossegue.

Ele afirma ainda que a mãe surgiu para o Brasil por meio de uma nova tecnologia, que era a televisão. “Embora a TV já existisse no Brasil desde 1950, ela ainda estava engatinhando em 1964 e 1965. E à época, por incrível que pareça, havia pessoas dizendo que assistir a Elis Regina na televisão não era a mesma coisa que ver ao vivo, porque aquela caixa [TV] não era a mesma coisa, etc. Crítica é uma coisa normal”, pontua.

João Marcello acrescenta que ele e os dois irmãos são muito cuidadosos ao autorizar o uso da imagem da mãe. “Nos últimos dez anos, a gente fez três campanhas publicitárias com ela apenas. E temos mais de cinco, seis convites por ano”, completa. “Foi um momento muito interessante [para a propaganda]. E a gente já viu que explodiu a a busca por Elis nas plataformas de música”.

O comercial apresenta um clone do cantora que dirige um carro ao lado de Maria Rita enquanto, juntas, cantam a música “Como Nossos Pais” em tom nostálgico. Para trazer Elis para 2023 foi usada a tecnologia deepfake, que recria rostos e vozes para aplicar no corpo de um dublê.

O produtor musical diz que ficou “muito feliz com o resultado” e com a reação das pessoas. “O que eu recebi de mensagens no celular de amigos jornalistas e publicitários. E coisas como: ‘nossa, eu assisti agora e não pude me conter’, ‘não é do meu feitio, mas eu chorei'”, relata.

“É uma coisa rara você ter uma campanha publicitária que consegue realmente emocionar as pessoas”, completa.

Também questionado pelas críticas que a propaganda recebeu pelo uso da Inteligência Artificial, João Marcello diz que é “saudável que haja ponderações”.

“É um debate público, em que as pessoas expressam suas opiniões. E estamos agora vendo os limites disso [do uso da tecnologia] na prática, e não através de ensaios acadêmicos”, diz.

João Marcello pontua que a própria Elis, além de outros grandes nomes da MPB como Gal Costa, Milton Nascimento e Rita Lee, conviveram com críticas. “Eu realmente acho natural”.

O produtor afirma também ter obtido avaliações feitas junto ao público, que mostram que mais de 80% das pessoas que viram o comercial gostaram da campanha.

MÔNICA BERGAMO / Folhapress

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