Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dos órgãos colocados pelo presidente Lula (PT) no cardápio de negociações com o centrão, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) tem orçamento bilionário e distribui desde pequenos banheiros, caminhões de lixo e cisternas até centrais de tratamento de esgoto para milhares de municípios.

O órgão havia sido extinto no começo da gestão petista, que planejava distribuir as atividades da fundação entre os ministérios da Saúde e das Cidades, mas o Congresso Nacional decidiu recriá-lo.

Criado em 1991, o órgão serviu historicamente para acomodações políticas. Com a mudança de planos, Lula deu aval para que aliados negociem o comando da Funasa para atrair mais partidos à base do governo.

Na sexta-feira (14) o governo publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, a criação de uma comissão composta por integrantes do governo e especialistas indicados por parlamentares para discutir o novo desenho da fundação.

Além de escoar indicações parlamentares em ações de impacto eleitoral, a Funasa atua na melhora do saneamento básico, por exemplo, ao analisar a qualidade da água em pequenos municípios.

A fundação também lida com obras de engenharia, como a restauração de casas que ficam em regiões que apresentam maior risco de circulação da doença de Chagas.

Em 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), a Funasa teve orçamento de R$ 3,4 bilhões, com estruturas distribuídas pelas 27 unidades da Federação.

Durante a gestão passada, viu ainda subir o aporte de emendas parlamentares. O órgão recebeu R$ 726,7 milhões em 2020 para indicações de deputados e senadores, enquanto esse valor variou de R$ 81 milhões a R$ 240 milhões nos orçamentos de 2014 a 2019.

O comando da Funasa passou por diversos grupos políticos, como MDB, PP e PTB. Bolsonaro chegou a nomear um militar, o coronel Giovanne Gomes da Silva, que deixou o cargo sob pressão de uma investigação.

Um dos cotados para assumir a presidência do órgão é o deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), que já foi o chefe da fundação de 2007 a 2010, quando estava no PMDB.

A ideia de extinguir a Funasa foi apresentada pelo grupo da saúde no gabinete de transição de governo, do qual a ministra Nísia Trindade fez parte e que apontou que a fundação poderia ser esvaziada por realizar o mesmo que outros órgãos do governo.

A Funasa também foi centro de diversas apurações de órgãos de controle. A CGU (Controladoria-Geral da União) indicou, em 2011, que desvios da fundação poderiam ultrapassar R$ 500 milhões.

Em 2008, o então ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quase perdeu o cargo após se tornar alvo do Congresso por citar que a ação da Funasa era de “baixa qualidade e corrupta”.

Um relatório da CGU de 2022 também citou mau uso do dinheiro público. Segundo o documento, que mirou ações do órgão no Ceará, de 303 convênios avaliados, só 3 tinham sido executados no prazo inicialmente previsto.

Além disso, havia convênios de R$ 189 milhões, assinados de 2011 a 2019, mas sem recursos efetivamente liberados. Ou seja, sem o início das obras.

Relatório de auditoria interna de 2022 da fundação mostrou ainda, sem entrar em detalhes, mudança de perfil do órgão no último ano de Bolsonaro.

O documento afirma que a fundação “passou da massiva celebração de convênios com estados e municípios” para a “instalação de sistemas simplificados e abastecimento de água e de captação de água de chuva”.

A mudança sinaliza foco, no ano eleitoral, para entregas de cisternas ou sistemas de abastecimento d’água por captação subterrânea.

Esse tipo de entrega massiva de equipamentos para pequenos municípios desperta o interesse de parlamentares, que direcionam os recursos para as suas bases eleitorais.

A Funasa também fornece caminhões coletores de lixo e financia a instalação de pequenos banheiros em casas de regiões mais pobres. Também realiza obras mais complexas de engenharia, como instalações de redes coletoras de esgoto e estações de tratamento.

O orçamento da Funasa previsto para 2023 era de aproximadamente R$ 3 bilhões. Ainda não está definido o volume de recursos disponíveis na reformulação do órgão.

Relatório de gestão da fundação sobre suas atividades no ano passado diz que o órgão tem perdido pessoal. Eram 2.600 funcionários em 2018, chegando a 1.588 em 2022.

“A estimativa é de agravamento, já que 44% dessa força de trabalho goza do abono de permanência, tendo, portanto, condições de se aposentar”, diz o documento.

Além de significar uma derrota para Lula, a recriação da Funasa pelos congressistas também impactou na estrutura prevista para a Esplanada. O presidente resolveu ter 37 ministérios (14 a mais do que tinha Bolsonaro), mas determinou que não houvesse despesas adicionais na montagem das novas pastas.

MATEUS VARGAS / Folhapress

Fundação negociada por Lula com centrão tem verba bilionária e distribui banheiro e sistema de esgoto

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dos órgãos colocados pelo presidente Lula (PT) no cardápio de negociações com o centrão, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) tem orçamento bilionário e distribui desde pequenos banheiros, caminhões de lixo e cisternas até centrais de tratamento de esgoto para milhares de municípios.

O órgão havia sido extinto no começo da gestão petista, que planejava distribuir as atividades da fundação entre os ministérios da Saúde e das Cidades, mas o Congresso Nacional decidiu recriá-lo.

- Advertisement -anuncio

Criado em 1991, o órgão serviu historicamente para acomodações políticas. Com a mudança de planos, Lula deu aval para que aliados negociem o comando da Funasa para atrair mais partidos à base do governo.

Na sexta-feira (14) o governo publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, a criação de uma comissão composta por integrantes do governo e especialistas indicados por parlamentares para discutir o novo desenho da fundação.

Além de escoar indicações parlamentares em ações de impacto eleitoral, a Funasa atua na melhora do saneamento básico, por exemplo, ao analisar a qualidade da água em pequenos municípios.

A fundação também lida com obras de engenharia, como a restauração de casas que ficam em regiões que apresentam maior risco de circulação da doença de Chagas.

Em 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), a Funasa teve orçamento de R$ 3,4 bilhões, com estruturas distribuídas pelas 27 unidades da Federação.

Durante a gestão passada, viu ainda subir o aporte de emendas parlamentares. O órgão recebeu R$ 726,7 milhões em 2020 para indicações de deputados e senadores, enquanto esse valor variou de R$ 81 milhões a R$ 240 milhões nos orçamentos de 2014 a 2019.

O comando da Funasa passou por diversos grupos políticos, como MDB, PP e PTB. Bolsonaro chegou a nomear um militar, o coronel Giovanne Gomes da Silva, que deixou o cargo sob pressão de uma investigação.

Um dos cotados para assumir a presidência do órgão é o deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), que já foi o chefe da fundação de 2007 a 2010, quando estava no PMDB.

A ideia de extinguir a Funasa foi apresentada pelo grupo da saúde no gabinete de transição de governo, do qual a ministra Nísia Trindade fez parte e que apontou que a fundação poderia ser esvaziada por realizar o mesmo que outros órgãos do governo.

A Funasa também foi centro de diversas apurações de órgãos de controle. A CGU (Controladoria-Geral da União) indicou, em 2011, que desvios da fundação poderiam ultrapassar R$ 500 milhões.

Em 2008, o então ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quase perdeu o cargo após se tornar alvo do Congresso por citar que a ação da Funasa era de “baixa qualidade e corrupta”.

Um relatório da CGU de 2022 também citou mau uso do dinheiro público. Segundo o documento, que mirou ações do órgão no Ceará, de 303 convênios avaliados, só 3 tinham sido executados no prazo inicialmente previsto.

Além disso, havia convênios de R$ 189 milhões, assinados de 2011 a 2019, mas sem recursos efetivamente liberados. Ou seja, sem o início das obras.

Relatório de auditoria interna de 2022 da fundação mostrou ainda, sem entrar em detalhes, mudança de perfil do órgão no último ano de Bolsonaro.

O documento afirma que a fundação “passou da massiva celebração de convênios com estados e municípios” para a “instalação de sistemas simplificados e abastecimento de água e de captação de água de chuva”.

A mudança sinaliza foco, no ano eleitoral, para entregas de cisternas ou sistemas de abastecimento d’água por captação subterrânea.

Esse tipo de entrega massiva de equipamentos para pequenos municípios desperta o interesse de parlamentares, que direcionam os recursos para as suas bases eleitorais.

A Funasa também fornece caminhões coletores de lixo e financia a instalação de pequenos banheiros em casas de regiões mais pobres. Também realiza obras mais complexas de engenharia, como instalações de redes coletoras de esgoto e estações de tratamento.

O orçamento da Funasa previsto para 2023 era de aproximadamente R$ 3 bilhões. Ainda não está definido o volume de recursos disponíveis na reformulação do órgão.

Relatório de gestão da fundação sobre suas atividades no ano passado diz que o órgão tem perdido pessoal. Eram 2.600 funcionários em 2018, chegando a 1.588 em 2022.

“A estimativa é de agravamento, já que 44% dessa força de trabalho goza do abono de permanência, tendo, portanto, condições de se aposentar”, diz o documento.

Além de significar uma derrota para Lula, a recriação da Funasa pelos congressistas também impactou na estrutura prevista para a Esplanada. O presidente resolveu ter 37 ministérios (14 a mais do que tinha Bolsonaro), mas determinou que não houvesse despesas adicionais na montagem das novas pastas.

MATEUS VARGAS / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.