Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Parlamento britânico aprovou nesta terça-feira (18) uma controversa lei que busca combater a imigração ilegal, restringindo assim drasticamente o direito ao asilo no país. A norma foi muito criticada pela ONU, que considera a medida contrária ao direito internacional em relação a refugiados.

Agora, o plano do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para facilitar o envio de requerentes de asilo para Ruanda deve se tornar lei depois de o governo derrotar as tentativas da Câmara de fazer mudanças na legislação. A regra ainda precisa ser ratificada pelo rei Charles 3º, uma mera formalidade.

Com a lei, os migrantes que entrarem de forma ilegal no Reino Unido não poderão mais solicitar asilo no país. Além da medida, o governo deseja que essas pessoas sejam rapidamente detidas e expulsas, seja para seu local de origem ou para outro Estado, como Ruanda –a mais de 7.000 km de distância.

A ONU condenou a aprovação da lei e afirmou que o texto entra em contradição com as obrigações do Reino Unido no que diz respeito aos direitos humanos e aos refugiados. O alto comissário das Nações Unidas para direitos humanos, Volker Turk, disse que a regra gera “preocupações legais muito sérias” e estabelece “precedente preocupante para o desmantelamento de obrigações relacionadas ao asilo”.

A iniciativa é vista como crucial pelo premiê britânico. Líder do Partido Conservador, Sunak estabeleceu como prioridade a luta contra a imigração irregular e prometeu deter as chegadas de migrantes.

O foco é o Canal da Mancha, que separa o Reino Unido da França e é usado para travessias clandestinas.

A aprovação do projeto coincidiu com a chegada de um barco a Portland, no sul da Inglaterra, para abrigar requerentes de asilo. O governo defendeu o uso da embarcação, que seria uma alternativa mais barata do que hotéis. Batizado de Bibby Stockholm, o barco receberá quase 500 solicitantes de asilo na próxima semana. A medida foi muito criticada por ONGs, que chamaram a embarcação de “barco-prisão”.

O projeto de lei ficou bloqueado durante semanas no Parlamento, depois de a Câmara Alta apresentar diversos pedidos de emendas, para restringir as detenções de menores de idade e evitar formas de escravidão moderna. O governo britânico, por sua vez, acusa os migrantes sem documentos de “furar a fila de espera” em detrimento daqueles que chegam ao país por vias seguras ou legais.

Segundo a ONU, “a maioria das pessoas que fogem da guerra ou da perseguição não tem acesso a documentos como passaportes ou vistos”, e as vias legais raramente estão disponíveis para elas.

No ano passado, o Reino Unido anunciou um acordo com Ruanda para enviar ao país migrantes em situação irregular, mas nenhuma expulsão foi concretizada. O primeiro voo no âmbito do pacto, previsto para junho de 2022, foi cancelado após uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos. No fim de junho, a Justiça britânica declarou o projeto ilegal, mas o governo anunciou um recurso contra a decisão.

A iniciativa horrorizou a oposição e vários setores da sociedade, incluindo grupos de direitos civis e líderes religiosos, que a classificaram de desumana. A ONU e a ONG Anistia Internacional também condenaram a proposta, e até mesmo o rei Charles 3º teria se oposto à iniciativa, descrevendo-a como aterradora.

A justificativa do governo é que o projeto dificultaria a vida de organizações criminosas que praticam tráfico humano. Na prática, porém, ela é um aceno ao eleitorado do Partido Conservador, que se opõe a políticas de imigração, num momento em que o governo enfrentava inflação alta e seguidas greves.

Mais de 45 mil migrantes chegaram de maneira irregular à Inglaterra em 2022, crescimento de 60% na comparação com 2021. Desde o início deste ano foram registradas mais de 13 mil chegadas.

O governo publicou uma estimativa do impacto financeiro que o plano provocaria. O relatório destaca que o custo inicial de transferência de uma pessoa para um terceiro país seria de 169 mil libras (R$ 1,03 milhão), mas que seriam economizadas de 106 mil a 165 mil libras (R$ 649 mil a R$ 1 milhão) a cada quatro anos para cada refugiado que não permaneça no território britânico.

Redação / Folhapress

Reino Unido aprova controversa lei anti-imigração para restringir pedidos de asilo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Parlamento britânico aprovou nesta terça-feira (18) uma controversa lei que busca combater a imigração ilegal, restringindo assim drasticamente o direito ao asilo no país. A norma foi muito criticada pela ONU, que considera a medida contrária ao direito internacional em relação a refugiados.

Agora, o plano do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, para facilitar o envio de requerentes de asilo para Ruanda deve se tornar lei depois de o governo derrotar as tentativas da Câmara de fazer mudanças na legislação. A regra ainda precisa ser ratificada pelo rei Charles 3º, uma mera formalidade.

- Advertisement -anuncio

Com a lei, os migrantes que entrarem de forma ilegal no Reino Unido não poderão mais solicitar asilo no país. Além da medida, o governo deseja que essas pessoas sejam rapidamente detidas e expulsas, seja para seu local de origem ou para outro Estado, como Ruanda –a mais de 7.000 km de distância.

A ONU condenou a aprovação da lei e afirmou que o texto entra em contradição com as obrigações do Reino Unido no que diz respeito aos direitos humanos e aos refugiados. O alto comissário das Nações Unidas para direitos humanos, Volker Turk, disse que a regra gera “preocupações legais muito sérias” e estabelece “precedente preocupante para o desmantelamento de obrigações relacionadas ao asilo”.

A iniciativa é vista como crucial pelo premiê britânico. Líder do Partido Conservador, Sunak estabeleceu como prioridade a luta contra a imigração irregular e prometeu deter as chegadas de migrantes.

O foco é o Canal da Mancha, que separa o Reino Unido da França e é usado para travessias clandestinas.

A aprovação do projeto coincidiu com a chegada de um barco a Portland, no sul da Inglaterra, para abrigar requerentes de asilo. O governo defendeu o uso da embarcação, que seria uma alternativa mais barata do que hotéis. Batizado de Bibby Stockholm, o barco receberá quase 500 solicitantes de asilo na próxima semana. A medida foi muito criticada por ONGs, que chamaram a embarcação de “barco-prisão”.

O projeto de lei ficou bloqueado durante semanas no Parlamento, depois de a Câmara Alta apresentar diversos pedidos de emendas, para restringir as detenções de menores de idade e evitar formas de escravidão moderna. O governo britânico, por sua vez, acusa os migrantes sem documentos de “furar a fila de espera” em detrimento daqueles que chegam ao país por vias seguras ou legais.

Segundo a ONU, “a maioria das pessoas que fogem da guerra ou da perseguição não tem acesso a documentos como passaportes ou vistos”, e as vias legais raramente estão disponíveis para elas.

No ano passado, o Reino Unido anunciou um acordo com Ruanda para enviar ao país migrantes em situação irregular, mas nenhuma expulsão foi concretizada. O primeiro voo no âmbito do pacto, previsto para junho de 2022, foi cancelado após uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos. No fim de junho, a Justiça britânica declarou o projeto ilegal, mas o governo anunciou um recurso contra a decisão.

A iniciativa horrorizou a oposição e vários setores da sociedade, incluindo grupos de direitos civis e líderes religiosos, que a classificaram de desumana. A ONU e a ONG Anistia Internacional também condenaram a proposta, e até mesmo o rei Charles 3º teria se oposto à iniciativa, descrevendo-a como aterradora.

A justificativa do governo é que o projeto dificultaria a vida de organizações criminosas que praticam tráfico humano. Na prática, porém, ela é um aceno ao eleitorado do Partido Conservador, que se opõe a políticas de imigração, num momento em que o governo enfrentava inflação alta e seguidas greves.

Mais de 45 mil migrantes chegaram de maneira irregular à Inglaterra em 2022, crescimento de 60% na comparação com 2021. Desde o início deste ano foram registradas mais de 13 mil chegadas.

O governo publicou uma estimativa do impacto financeiro que o plano provocaria. O relatório destaca que o custo inicial de transferência de uma pessoa para um terceiro país seria de 169 mil libras (R$ 1,03 milhão), mas que seriam economizadas de 106 mil a 165 mil libras (R$ 649 mil a R$ 1 milhão) a cada quatro anos para cada refugiado que não permaneça no território britânico.

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.