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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma nova pesquisa desenvolveu uma vacina contra a malária com a tecnologia de mRNA, a mesma adotada em alguns imunizantes contra a Covid-19, e que também se vale de um mecanismo para aumentar a atuação das células imunes do fígado. Com a defesa ao órgão, pode ocorrer uma quebra no ciclo da doença antes que alcance estágios críticos.

A procura por uma vacina para a malária ocorre há anos. Uma delas é a Mosquirix. Ela foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2021 após ser desenvolvida por 35 anos. Com uma eficácia de cerca de 50% no primeiro ano após a aplicação, o imunizante é indicado para o tipo da doença mais predominante na África -no Brasil, ela não é muito vantajosa.

Outra vacina contra a malária, esta mais poderosa, foi feita pela equipe da Universidade de Oxford que criou a vacina da AstraZeneca. O imunizante foi aprovado para uso em Gana em abril de 2023.

Ainda existe a tecnologia de mRNA, adotada em algumas vacinas contra a Covid-19. Nesse caso, uma parte do RNA do patógeno é utilizada para dar o estopim na resposta imune, sem haver qualquer incorporação no DNA do ser vivo vacinado.

A tecnologia também é estudada para o caso da malária e foi a adotada no novo estudo publicado nesta quinta (20) na revista Nature Immunology. A ideia dos autores, que são ligados principalmente a centros de pesquisas da Nova Zelândia e Austrália, foi partir do mRNA para gerar uma reposta imune no fígado das pessoas.

Isso porque é nesse órgão que acontece uma parte importante do ciclo da doença no organismo humano. Causada por protozoários, a malária é transmitida para humanos pela picada de mosquitos. Depois de 30 minutos no organismo, esses parasitas entram no fígado e lá ficam por cerca de 15 dias. Depois, invadem a corrente sanguínea, e os sintomas começam a aparecer, como febre, dor de cabeça e calafrio.

Ou seja, os autores buscaram formas de a vacina gerar uma resposta imune concentrada no fígado a fim de evitar a conclusão do ciclo do protozoário. Para alcançar esse objetivo, o enfoque foi dado as células T presentes no tecido do órgão. Essas células são uma importante ferramentas, ao lado dos anticorpos, no combate a microrganismos invasores.

O modelo de mRNA foi adotado para a pesquisa, mas ele por si só não trouxe resultados muito positivos na geração das células T do fígado. Então, os cientistas partiram para adicionar um adjuvante, substância que potencializa o efeito de uma vacina, que pudesse impulsionar essa resposta imune concentrada no órgão.

O ingrediente selecionado já vinha sendo estudado para terapia celular em casos de câncer de fígado. Por meio de adaptações, ele passou a compor a vacina e, então, teve uma ação considerável em gerar as células T do fígado.

Também não houve indicativos de que a vacina é contraindicada para quem já teve malária, aspecto que é um entrave na construção de um fármaco. “Nossa vacina ainda é capaz de gerar células imunes específicas do fígado e fornecer proteção mesmo quando os modelos animais foram pré-expostos à doença”, afirmou Lauren Holz, da Universidade de Melbourne e um dos coautores do estudo, ao material de divulgação do estudo.

Os dados são animadores, mas ainda é preciso bastante tempo para confirmar que o imunizante será seguro e eficaz em humanos. Todos os testes foram pré-clínicos, só em animais, e agora os cientistas pretendem partir para avaliar o produto em pessoas. Isso, no entanto, pode levar anos e demanda bastante investimento.

SAMUEL FERNANDES / Folhapress

Estudo propõe vacina contra malária que visa a defesa do fígado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma nova pesquisa desenvolveu uma vacina contra a malária com a tecnologia de mRNA, a mesma adotada em alguns imunizantes contra a Covid-19, e que também se vale de um mecanismo para aumentar a atuação das células imunes do fígado. Com a defesa ao órgão, pode ocorrer uma quebra no ciclo da doença antes que alcance estágios críticos.

A procura por uma vacina para a malária ocorre há anos. Uma delas é a Mosquirix. Ela foi aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2021 após ser desenvolvida por 35 anos. Com uma eficácia de cerca de 50% no primeiro ano após a aplicação, o imunizante é indicado para o tipo da doença mais predominante na África -no Brasil, ela não é muito vantajosa.

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Outra vacina contra a malária, esta mais poderosa, foi feita pela equipe da Universidade de Oxford que criou a vacina da AstraZeneca. O imunizante foi aprovado para uso em Gana em abril de 2023.

Ainda existe a tecnologia de mRNA, adotada em algumas vacinas contra a Covid-19. Nesse caso, uma parte do RNA do patógeno é utilizada para dar o estopim na resposta imune, sem haver qualquer incorporação no DNA do ser vivo vacinado.

A tecnologia também é estudada para o caso da malária e foi a adotada no novo estudo publicado nesta quinta (20) na revista Nature Immunology. A ideia dos autores, que são ligados principalmente a centros de pesquisas da Nova Zelândia e Austrália, foi partir do mRNA para gerar uma reposta imune no fígado das pessoas.

Isso porque é nesse órgão que acontece uma parte importante do ciclo da doença no organismo humano. Causada por protozoários, a malária é transmitida para humanos pela picada de mosquitos. Depois de 30 minutos no organismo, esses parasitas entram no fígado e lá ficam por cerca de 15 dias. Depois, invadem a corrente sanguínea, e os sintomas começam a aparecer, como febre, dor de cabeça e calafrio.

Ou seja, os autores buscaram formas de a vacina gerar uma resposta imune concentrada no fígado a fim de evitar a conclusão do ciclo do protozoário. Para alcançar esse objetivo, o enfoque foi dado as células T presentes no tecido do órgão. Essas células são uma importante ferramentas, ao lado dos anticorpos, no combate a microrganismos invasores.

O modelo de mRNA foi adotado para a pesquisa, mas ele por si só não trouxe resultados muito positivos na geração das células T do fígado. Então, os cientistas partiram para adicionar um adjuvante, substância que potencializa o efeito de uma vacina, que pudesse impulsionar essa resposta imune concentrada no órgão.

O ingrediente selecionado já vinha sendo estudado para terapia celular em casos de câncer de fígado. Por meio de adaptações, ele passou a compor a vacina e, então, teve uma ação considerável em gerar as células T do fígado.

Também não houve indicativos de que a vacina é contraindicada para quem já teve malária, aspecto que é um entrave na construção de um fármaco. “Nossa vacina ainda é capaz de gerar células imunes específicas do fígado e fornecer proteção mesmo quando os modelos animais foram pré-expostos à doença”, afirmou Lauren Holz, da Universidade de Melbourne e um dos coautores do estudo, ao material de divulgação do estudo.

Os dados são animadores, mas ainda é preciso bastante tempo para confirmar que o imunizante será seguro e eficaz em humanos. Todos os testes foram pré-clínicos, só em animais, e agora os cientistas pretendem partir para avaliar o produto em pessoas. Isso, no entanto, pode levar anos e demanda bastante investimento.

SAMUEL FERNANDES / Folhapress

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