Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Líderes do Congresso e dirigentes partidários pressionam para que o fundo eleitoral seja mais uma vez inflado e atinja, em 2024, um novo recorde.

Na campanha de 2022, foram usados quase R$ 5 bilhões de dinheiro público para financiar as despesas de candidatos aos cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Mas integrantes de diferentes cores partidárias se unem para contestar a ideia de que o valor do fundão eleitoral foi elevado. É comum, mesmo entre parlamentares eleitos, ouvir reclamações sobre campanhas feitas com verba curta.

Para 2024, líderes envolvidos na discussão do Orçamento argumentam que o fundo precisa subir, pois o número de candidatos e de vagas será ainda maior.

Para se ter uma ideia, em 2020, última eleição municipal, foram disputados 58.208 cargos de vereador, além dos postos de prefeito e vice-prefeito em 5.568 municípios do país.

Outra justificativa dada é que, com o fim das coligações em eleições proporcionais (no caso de vereadores), a campanha precisa de mais financiamento —em 2020, essa medida já valia, mas a pandemia limitou a necessidade de verba e de atuação política dos candidatos.

Dirigentes partidários veem o resultado da eleição municipal como um primeiro passo e um pilar para fortalecer a corrida de 2026 nos estados e para cargos federais. Quem tem mais prefeitos aliados e capilaridade política pode largar na frente na disputa estadual e presidencial.

Conseguir elevar o fundão para o novo recorde, porém, deverá gerar mais um desgaste para a imagem da classe política. Parlamentares reconhecem que o plano é polêmico, mas esse é um assunto caro para as cúpulas partidárias, que pleiteiam mais dinheiro.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) propôs uma trava para que o fundão de 2024 não ultrapassasse os R$ 5 bilhões da campanha do ano passado. Isso foi inserido no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que dá as bases para a formulação do Orçamento do próximo ano.

O início do processo de análise do projeto da LDO está previsto para esta semana. Mas ainda não há previsão para que o relator, Danilo Forte (União Brasil-CE), apresente as mudanças no texto.

Apesar de a discussão do projeto ainda estar em fase preliminar, Forte tem relatado a aliados que há pressão para que a trava colocada por Haddad seja derrubada ou flexibilizada.

Mesmo dentro do PL, partido com maior bancada e que deverá receber a maior cota do fundo, há pedidos para que o Orçamento de 2024 reserve mais dinheiro para a campanha eleitoral –pelo menos, para que o valor seja reajustado pela inflação, o que somaria cerca de R$ 5,5 bilhões.

O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alguns técnicos da área de Orçamento do Congresso consideram que o dispositivo proposto por Haddad não é suficiente para estabelecer um teto para o financiamento de campanha, pois a lei que criou o fundão daria margem para o Congresso aprovar a verba que achar adequada.

Como isso não é um consenso, a ideia que ganha força é a de mudar o projeto da LDO e abrir caminho para que o Orçamento, que trata propriamente dos valores de cada despesa pública, possa prever um fundão acima de R$ 5 bilhões.

Quando discutia o tamanho do fundo da campanha de 2022, o Congresso travou um embate com Bolsonaro.

Inicialmente, a articulação foi para o fundão ficar com R$ 5,7 bilhões. Bolsonaro vetou. A equipe econômica dele brigava para manter esse gasto em R$ 2,1 bilhões.

Cardeais partidários partiram para a negociação e chegaram a um valor intermediário com o governo, o patamar de R$ 5 bilhões. Portanto o desgaste político já está na conta do Congresso quando se traçam estratégias para inflar o fundão.

Em 2020, ano de eleição municipal, o Congresso tentou emplacar uma transferência de quase R$ 4 bilhões para o fundo. Mas teve que recuar por causa da repercussão negativa. O valor foi então estabelecido em R$ 2 bilhões (quantia sem correção da inflação do período).

Até 2015, as grandes empresas, como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos candidatos. Naquele ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu a doação empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibra o jogo democrático.

Para as eleições de 2018 foi criado então o fundo eleitoral, de R$ 1,7 bilhão, que se somou aos recursos já existentes do fundo partidário, em torno de R$ 1 bilhão.

Apesar da proibição do Supremo, há brechas que mantêm o desequilíbrio em favor dos mais ricos, devido às doações de empresas feitas por meio de seus executivos, como pessoa física, além do autofinanciamento —ou seja, a possibilidade de os candidatos bancarem suas próprias campanhas, limitados apenas pelo teto estabelecido para cada candidatura.

THIAGO RESENDE / Folhapress

Líderes do Congresso e partidos pressionam por fundo eleitoral recorde para 2024

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Líderes do Congresso e dirigentes partidários pressionam para que o fundo eleitoral seja mais uma vez inflado e atinja, em 2024, um novo recorde.

Na campanha de 2022, foram usados quase R$ 5 bilhões de dinheiro público para financiar as despesas de candidatos aos cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

- Advertisement -anuncio

Mas integrantes de diferentes cores partidárias se unem para contestar a ideia de que o valor do fundão eleitoral foi elevado. É comum, mesmo entre parlamentares eleitos, ouvir reclamações sobre campanhas feitas com verba curta.

Para 2024, líderes envolvidos na discussão do Orçamento argumentam que o fundo precisa subir, pois o número de candidatos e de vagas será ainda maior.

Para se ter uma ideia, em 2020, última eleição municipal, foram disputados 58.208 cargos de vereador, além dos postos de prefeito e vice-prefeito em 5.568 municípios do país.

Outra justificativa dada é que, com o fim das coligações em eleições proporcionais (no caso de vereadores), a campanha precisa de mais financiamento —em 2020, essa medida já valia, mas a pandemia limitou a necessidade de verba e de atuação política dos candidatos.

Dirigentes partidários veem o resultado da eleição municipal como um primeiro passo e um pilar para fortalecer a corrida de 2026 nos estados e para cargos federais. Quem tem mais prefeitos aliados e capilaridade política pode largar na frente na disputa estadual e presidencial.

Conseguir elevar o fundão para o novo recorde, porém, deverá gerar mais um desgaste para a imagem da classe política. Parlamentares reconhecem que o plano é polêmico, mas esse é um assunto caro para as cúpulas partidárias, que pleiteiam mais dinheiro.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) propôs uma trava para que o fundão de 2024 não ultrapassasse os R$ 5 bilhões da campanha do ano passado. Isso foi inserido no projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que dá as bases para a formulação do Orçamento do próximo ano.

O início do processo de análise do projeto da LDO está previsto para esta semana. Mas ainda não há previsão para que o relator, Danilo Forte (União Brasil-CE), apresente as mudanças no texto.

Apesar de a discussão do projeto ainda estar em fase preliminar, Forte tem relatado a aliados que há pressão para que a trava colocada por Haddad seja derrubada ou flexibilizada.

Mesmo dentro do PL, partido com maior bancada e que deverá receber a maior cota do fundo, há pedidos para que o Orçamento de 2024 reserve mais dinheiro para a campanha eleitoral –pelo menos, para que o valor seja reajustado pela inflação, o que somaria cerca de R$ 5,5 bilhões.

O PL é o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alguns técnicos da área de Orçamento do Congresso consideram que o dispositivo proposto por Haddad não é suficiente para estabelecer um teto para o financiamento de campanha, pois a lei que criou o fundão daria margem para o Congresso aprovar a verba que achar adequada.

Como isso não é um consenso, a ideia que ganha força é a de mudar o projeto da LDO e abrir caminho para que o Orçamento, que trata propriamente dos valores de cada despesa pública, possa prever um fundão acima de R$ 5 bilhões.

Quando discutia o tamanho do fundo da campanha de 2022, o Congresso travou um embate com Bolsonaro.

Inicialmente, a articulação foi para o fundão ficar com R$ 5,7 bilhões. Bolsonaro vetou. A equipe econômica dele brigava para manter esse gasto em R$ 2,1 bilhões.

Cardeais partidários partiram para a negociação e chegaram a um valor intermediário com o governo, o patamar de R$ 5 bilhões. Portanto o desgaste político já está na conta do Congresso quando se traçam estratégias para inflar o fundão.

Em 2020, ano de eleição municipal, o Congresso tentou emplacar uma transferência de quase R$ 4 bilhões para o fundo. Mas teve que recuar por causa da repercussão negativa. O valor foi então estabelecido em R$ 2 bilhões (quantia sem correção da inflação do período).

Até 2015, as grandes empresas, como bancos e empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos candidatos. Naquele ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu a doação empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibra o jogo democrático.

Para as eleições de 2018 foi criado então o fundo eleitoral, de R$ 1,7 bilhão, que se somou aos recursos já existentes do fundo partidário, em torno de R$ 1 bilhão.

Apesar da proibição do Supremo, há brechas que mantêm o desequilíbrio em favor dos mais ricos, devido às doações de empresas feitas por meio de seus executivos, como pessoa física, além do autofinanciamento —ou seja, a possibilidade de os candidatos bancarem suas próprias campanhas, limitados apenas pelo teto estabelecido para cada candidatura.

THIAGO RESENDE / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.