Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O PAC original, inventado em 2007, buscava fazer parecer que o país crescia porque o governo investia, quando de fato era a expansão da economia que elevava a arrecadação e permitia mais investimento público. Seria difícil reeditar essa ficção com o Novo PAC.

Na década retrasada, a disparada dos preços dos produtos primários de exportação alimentava recordes de receita e garantia o superávit das contas do Tesouro; hoje, Brasília precisa limitar despesas para reduzir um déficit exorbitante.

cenário internacional é incerto, com juros elevados em países ricos, e as perspectivas para o PIB brasileiro são de desempenho não mais do que medíocre. Mesmo que o governo petista consiga elevar a coleta de impostos, há outras despesas na fila.

Não é por acaso que, falatório à parte, as pretensões soem bem mais modestas agora.

Desde seu nome, o Programa de Aceleração do Crescimento ecoa a crença de que o desenvolvimento econômico deve ser fomentado pelo Estado, como foi norma no país entre as décadas de 1930 e 1980. Tal pensamento, enraizado na esquerda nacional, é também encontradiço entre militares e até industriais.

Nos anos de grande ativismo, o investimento do governo federal chegou à casa dos 2% do PIB, e o do setor público como um todo (incluindo estados, municípios e empresas estatais), a um pico de 10,6% em 1976, segundo série histórica elaborada pelo Observatório de Política Fiscal da FGV.

Não se vê nada parecido com o aparato estatal estabelecido desde a redemocratização do país, que dá clara prioridade aos programas de seguridade social.

No auge do primeiro PAC, coincidente com o ano eleitoral de 2010, o investimento custeado pelo Tesouro Nacional atingiu 0,84% do PIB, enquanto o total a cargo da máquina pública foi a 4,72%.

Já começavam a se esgotar, àquela altura, os impactos de um período excepcionalmente favorável para os países emergentes exportadores de commodities. A arrecadação do governo perdeu impulso, assim como os aportes em infraestrutura.

Já era evidente que o PAC estava longe de cumprir suas previsões grandiloquentes. Atrasos frequentes revelavam deficiências de gestão e projetos mal elaborados. De melhor, o programa proporcionava transparência no acompanhamento das obras.

A insistência do governo Dilma Rousseff (PT) em manter o gasto público em alta fracassou em fomentar o crescimento econômico e, a partir de 2014, tornou deficitárias as contas do Tesouro. Daí em diante, os investimentos minguaram.

Essa modalidade de despesa, por não ser de caráter obrigatório, é a mais visada nos momentos de ajuste orçamentário. No ano passado, sempre de acordo com os números da FGV, os desembolsos federais não passaram de 0,26% do PIB, ou R$ 25,5 bilhões.

É plausível que o novo PAC possibilite algum alento para os aportes em infraestrutura. Não pela listagem reciclada dos projetos de sempre e pelos números costumeiramente inflados, mas com algum relaxamento do controle fiscal.

Daí a imaginar que o programa terá impacto econômico relevante vai grande distância. Elevar a hoje anêmica taxa total de investimento do país, de cerca de 18% para desejados 25% do PIB, depende muito mais do setor privado.

GUSTAVO PATU / Folhapress

Novo PAC evidencia dificuldade em reeditar ficção do original

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O PAC original, inventado em 2007, buscava fazer parecer que o país crescia porque o governo investia, quando de fato era a expansão da economia que elevava a arrecadação e permitia mais investimento público. Seria difícil reeditar essa ficção com o Novo PAC.

Na década retrasada, a disparada dos preços dos produtos primários de exportação alimentava recordes de receita e garantia o superávit das contas do Tesouro; hoje, Brasília precisa limitar despesas para reduzir um déficit exorbitante.

- Advertisement -anuncio

cenário internacional é incerto, com juros elevados em países ricos, e as perspectivas para o PIB brasileiro são de desempenho não mais do que medíocre. Mesmo que o governo petista consiga elevar a coleta de impostos, há outras despesas na fila.

Não é por acaso que, falatório à parte, as pretensões soem bem mais modestas agora.

Desde seu nome, o Programa de Aceleração do Crescimento ecoa a crença de que o desenvolvimento econômico deve ser fomentado pelo Estado, como foi norma no país entre as décadas de 1930 e 1980. Tal pensamento, enraizado na esquerda nacional, é também encontradiço entre militares e até industriais.

Nos anos de grande ativismo, o investimento do governo federal chegou à casa dos 2% do PIB, e o do setor público como um todo (incluindo estados, municípios e empresas estatais), a um pico de 10,6% em 1976, segundo série histórica elaborada pelo Observatório de Política Fiscal da FGV.

Não se vê nada parecido com o aparato estatal estabelecido desde a redemocratização do país, que dá clara prioridade aos programas de seguridade social.

No auge do primeiro PAC, coincidente com o ano eleitoral de 2010, o investimento custeado pelo Tesouro Nacional atingiu 0,84% do PIB, enquanto o total a cargo da máquina pública foi a 4,72%.

Já começavam a se esgotar, àquela altura, os impactos de um período excepcionalmente favorável para os países emergentes exportadores de commodities. A arrecadação do governo perdeu impulso, assim como os aportes em infraestrutura.

Já era evidente que o PAC estava longe de cumprir suas previsões grandiloquentes. Atrasos frequentes revelavam deficiências de gestão e projetos mal elaborados. De melhor, o programa proporcionava transparência no acompanhamento das obras.

A insistência do governo Dilma Rousseff (PT) em manter o gasto público em alta fracassou em fomentar o crescimento econômico e, a partir de 2014, tornou deficitárias as contas do Tesouro. Daí em diante, os investimentos minguaram.

Essa modalidade de despesa, por não ser de caráter obrigatório, é a mais visada nos momentos de ajuste orçamentário. No ano passado, sempre de acordo com os números da FGV, os desembolsos federais não passaram de 0,26% do PIB, ou R$ 25,5 bilhões.

É plausível que o novo PAC possibilite algum alento para os aportes em infraestrutura. Não pela listagem reciclada dos projetos de sempre e pelos números costumeiramente inflados, mas com algum relaxamento do controle fiscal.

Daí a imaginar que o programa terá impacto econômico relevante vai grande distância. Elevar a hoje anêmica taxa total de investimento do país, de cerca de 18% para desejados 25% do PIB, depende muito mais do setor privado.

GUSTAVO PATU / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.