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TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) – Um levantamento realizado por acadêmicos das universidades americanas de Princeton, Harvard e do Massachusetts Institute of Technology constatou que cerca de 20 mil cientistas de ascendência chinesa que atuavam nos Estados Unidos deixaram o país entre 2010 e 2021.

O índice de êxodo aumento ao longo do período, passando de 900 no primeiro ano para 2.621 no último. De 2019 a 2021, houve uma disparada na taxa de saída “coincidindo com o lançamento da China Initiative em 2018”, segundo o estudo.

A força-tarefa China Initiative foi criada pelo Departamento de Justiça dos EUA para combater uma suposta espionagem industrial feita por cientistas de origem chinesa. Foi acusada de “enviesamento racial” e fechada no ano passado, após reveses judiciais.

“Há dúvidas, no entanto, sobre até que ponto o abandono formal do nome China Initiative foi acompanhado por mudanças substanciais nas práticas do governo”, indicou a pesquisa, que contabiliza investigações contra 150 acadêmicos e “muitos mais em segredo”, até o momento.

No ano mais recente do levantamento, 2021, dois terços dos que deixaram os EUA foram para a China. Por ramo de atuação, houve equilíbrio na saída de profissionais de ciências biológicas, físicas e matemáticas, com pequena superioridade dos primeiros.

Um trabalho complementar realizado entre 2021 e 2022 constatou que 35% do total de 1.400 acadêmicos sino-americanos entrevistados não se sentem bem-vindos nas universidades dos EUA em que trabalhavam. Mais que o dobro, 72%, disseram não se sentir seguros nos locais.

Perto de dois terços relacionaram seus temores à sinofobia em alta nos EUA.

O estudo, intitulado “Caught in the Crossfire: Fears of Chinese-American Scientists”, algo como vítimas do do fogo cruzado, temendo cientistas sino-americanos, foi publicado no semanário PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), com o propósito expresso de “ajudar a reter talentos científicos e fortalecer a liderança global dos EUA”.

Ex-diretor para China no Conselho de Segurança Nacional dos EUA, o consultor Ryan Hass afirmou que os Estados Unidos perdem seu poder “de atratividade dos melhores talentos chineses, pondo em risco sua capacidade de inovação” num momento em que a disputa por eles se intensifica ao comentar o estudo.

O retorno dos cientistas vem sendo anunciado regularmente em plataformas e jornais chineses. Talvez o mais emblemático desses acadêmicos seja Xie Xiaoliang, biofísico que trocou Harvard pela Academia Chinesa de Ciências e a cidadania americana pela chinesa pouco mais de dois meses atrás.

Outro foi o médico Chen Zhoufeng, que voltou ao país natal em maio como pesquisador sênior num instituto de neurologia em Shenzhen após mais de 30 anos nos EUA. O laboratório que ele dirigia na Universidade Washington, no Missouri, foi fechado pela China Initiative.

Também investigado pela força-tarefa, o biólogo Xiang-Dong Fu deixou para trás três décadas na Universidade da Califórnia em San Diego na virada do ano e assumiu um laboratório em Hangzhou para pesquisas sobre a doença de Alzheimer, entre outras frentes.

O movimento, do ponto de vista da China, não se restringe aos EUA, abrangendo o retorno de cientistas de Reino Unido, Suécia e outros países europeus. E não seria efeito só de perseguição no exterior, mas também de estímulos de Pequim, como o Programa Mil Talentos, lançado há 16 anos.

Falando à mídia estatal, Chen Qi, professor de relações internacionais da Universidade Tsinghua, em Pequim, comentou que “o elemento mais importante na competição sino-americana é o fator humano” e que a China precisa se estabelecer “como um ímã global de talentos”.

Além dos cientistas estabelecidos, que voltam para posições de liderança em pesquisa, também estão retornando mais estudantes chineses recém-formados no exterior. Segundo levantamento da plataforma de recrutamento Zhaopin, o número foi 8,6% maior no ano passado, alcançando 1,14 milhão.

Eles enfrentam um mercado de trabalho extremamente competitivo, disputando vagas com os 11,6 milhões de recém-formados em universidades chinesas. De acordo com o Escritório Nacional de Estatística, o desemprego entre jovens de 16 a 24 anos alcançou o recorde de 21,3% em julho.

Os salários que recebem, segundo estudo de outra plataforma, a empresa de recrutamento Liepin, estão em queda. A média anual para recém-formados no exterior foi de 268 mil yuans (cerca de R$ 182 mil) em 2020, em comparação com 204,5 mil yuans (R$ 139 mil) no primeiro semestre de 2023.

NELSON DE SÁ / Folhapress

Fuga de cérebros chineses dos EUA se acelerou na última década, aponta estudo

TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) – Um levantamento realizado por acadêmicos das universidades americanas de Princeton, Harvard e do Massachusetts Institute of Technology constatou que cerca de 20 mil cientistas de ascendência chinesa que atuavam nos Estados Unidos deixaram o país entre 2010 e 2021.

O índice de êxodo aumento ao longo do período, passando de 900 no primeiro ano para 2.621 no último. De 2019 a 2021, houve uma disparada na taxa de saída “coincidindo com o lançamento da China Initiative em 2018”, segundo o estudo.

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A força-tarefa China Initiative foi criada pelo Departamento de Justiça dos EUA para combater uma suposta espionagem industrial feita por cientistas de origem chinesa. Foi acusada de “enviesamento racial” e fechada no ano passado, após reveses judiciais.

“Há dúvidas, no entanto, sobre até que ponto o abandono formal do nome China Initiative foi acompanhado por mudanças substanciais nas práticas do governo”, indicou a pesquisa, que contabiliza investigações contra 150 acadêmicos e “muitos mais em segredo”, até o momento.

No ano mais recente do levantamento, 2021, dois terços dos que deixaram os EUA foram para a China. Por ramo de atuação, houve equilíbrio na saída de profissionais de ciências biológicas, físicas e matemáticas, com pequena superioridade dos primeiros.

Um trabalho complementar realizado entre 2021 e 2022 constatou que 35% do total de 1.400 acadêmicos sino-americanos entrevistados não se sentem bem-vindos nas universidades dos EUA em que trabalhavam. Mais que o dobro, 72%, disseram não se sentir seguros nos locais.

Perto de dois terços relacionaram seus temores à sinofobia em alta nos EUA.

O estudo, intitulado “Caught in the Crossfire: Fears of Chinese-American Scientists”, algo como vítimas do do fogo cruzado, temendo cientistas sino-americanos, foi publicado no semanário PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), com o propósito expresso de “ajudar a reter talentos científicos e fortalecer a liderança global dos EUA”.

Ex-diretor para China no Conselho de Segurança Nacional dos EUA, o consultor Ryan Hass afirmou que os Estados Unidos perdem seu poder “de atratividade dos melhores talentos chineses, pondo em risco sua capacidade de inovação” num momento em que a disputa por eles se intensifica ao comentar o estudo.

O retorno dos cientistas vem sendo anunciado regularmente em plataformas e jornais chineses. Talvez o mais emblemático desses acadêmicos seja Xie Xiaoliang, biofísico que trocou Harvard pela Academia Chinesa de Ciências e a cidadania americana pela chinesa pouco mais de dois meses atrás.

Outro foi o médico Chen Zhoufeng, que voltou ao país natal em maio como pesquisador sênior num instituto de neurologia em Shenzhen após mais de 30 anos nos EUA. O laboratório que ele dirigia na Universidade Washington, no Missouri, foi fechado pela China Initiative.

Também investigado pela força-tarefa, o biólogo Xiang-Dong Fu deixou para trás três décadas na Universidade da Califórnia em San Diego na virada do ano e assumiu um laboratório em Hangzhou para pesquisas sobre a doença de Alzheimer, entre outras frentes.

O movimento, do ponto de vista da China, não se restringe aos EUA, abrangendo o retorno de cientistas de Reino Unido, Suécia e outros países europeus. E não seria efeito só de perseguição no exterior, mas também de estímulos de Pequim, como o Programa Mil Talentos, lançado há 16 anos.

Falando à mídia estatal, Chen Qi, professor de relações internacionais da Universidade Tsinghua, em Pequim, comentou que “o elemento mais importante na competição sino-americana é o fator humano” e que a China precisa se estabelecer “como um ímã global de talentos”.

Além dos cientistas estabelecidos, que voltam para posições de liderança em pesquisa, também estão retornando mais estudantes chineses recém-formados no exterior. Segundo levantamento da plataforma de recrutamento Zhaopin, o número foi 8,6% maior no ano passado, alcançando 1,14 milhão.

Eles enfrentam um mercado de trabalho extremamente competitivo, disputando vagas com os 11,6 milhões de recém-formados em universidades chinesas. De acordo com o Escritório Nacional de Estatística, o desemprego entre jovens de 16 a 24 anos alcançou o recorde de 21,3% em julho.

Os salários que recebem, segundo estudo de outra plataforma, a empresa de recrutamento Liepin, estão em queda. A média anual para recém-formados no exterior foi de 268 mil yuans (cerca de R$ 182 mil) em 2020, em comparação com 204,5 mil yuans (R$ 139 mil) no primeiro semestre de 2023.

NELSON DE SÁ / Folhapress

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