Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

Ao mesmo tempo em que se populariza a educação positiva entre novos pais e mães nas redes sociais, mais filhos relatam que tiveram familiares “tóxicos” durante sua criação.

O termo “tóxico”, que foi escolhido como palavra do ano pelo dicionário Oxford em 2018, é usado de forma popular para identificar situações de violência psicológica em diversos relacionamentos, inclusive o parental.

Nele, xingamentos, gritos, manipulação emocional, falas depreciativas e chantagens são comuns, segundo a psicóloga da família Manuela Moura, professora do Cefac Bahia (Centro de Estudos da Família da Bahia).

“Durante muito tempo a gente encarou agressão familiar como algo que tinha cunho físico. Depois a gente percebeu que existem outras modalidades de violência que não deixam marcas visíveis”, diz a psicóloga.

Segundo ela, muitas vezes as crianças submetidas a esse tipo de criação se tornam adultos que não acreditam que podem ser amados.

Ainda na infância, há relatos de depressão desenvolvida em meio à violência familiar, afirma a psicóloga Belinda Mandelbaum, coordenadora do Lefam (Laboratório de Estudos da Família), da USP (Universidade de São Paulo).

A criança não identifica a violência psicológica por não ser explícita, diz Moura. “O problema é que o sujeito realmente acredita que ele vale pouco. Ele só vai perceber [a violência] quando tiver condição de enxergar os pais como pessoas com qualidades e defeitos, o que geralmente ocorre na adolescência”.

COMO IDENTIFICAR UM PAI OU MÃE TÓXICOS

Nem toda desavença se enquadra como violência familiar. Alguns casos podem ser mal-estar provocados pelas diferenças entre as pessoas, como é comum em todos os tipos de relacionamento.

Um alerta que pode diferenciar algo natural de um ambiente tóxico, porém, é o medo, diz a psicóloga Moura.

“Medo de falar, de dizer o que pensa, de sustentar suas opiniões, de se vestir como quer”, afirma. “Ou quando você se vê induzido a fazer algo que não quer, em nome da garantia do amor da figura parental”.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define violência intrafamiliar como “toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outra pessoa da família”.

Já a violência psicológica é definida como “toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem”.

QUAL A HORA DE SE AFASTAR?

Antes de pensar em cortar relações, as especialistas recomendam que seja avaliado se a situação familiar é uma dinâmica constante ou um momento específico que ela está atravessando -como luto ou separação. No segundo caso, aconselham esperar o período passar.

Caso seja constante e os pais não estejam abertos a uma reparação, pode ser a hora de se afastar, diz Moura. “Em alguns momentos, a gente precisa entender que não dá. O amor não é garantido só porque é pai ou mãe”.

Ela alerta, porém, que muitas vezes a pessoa pode até mudar de país, mas a dinâmica familiar continua com ela. “Não necessariamente a distância física garante proteção, porque você passou anos da sua vida se relacionando dessa maneira”, diz a professora do CEFAC.

Segundo ela, a ruptura com o ambiente familiar tóxico está mais no processo de autoconhecimento do que no afastamento físico, apesar de a distância diminuir o contato com o sofrimento.

É POSSÍVEL HAVER RECONCILIAÇÃO?

Depois de afastamento e processo de autoconhecimento, é possível se reaproximar de pais considerados “tóxicos”, mas isso não depende apenas do filho.

“Isso está muito direcionado à capacidade de reparação da família, do familiar perceber e refazer sua posição. Essa pessoa também precisa mudar. O filho se reaproxima se aquele outro não for o mesmo que era”, diz Moura.

Mandelbaum afirma que os agressores também precisam de tratamento, porque muitas vezes foram vítimas na infância, e não devem ser demonizados.

GEOVANA OLIVEIRA

Pais e mães tóxicos usam manipulação emocional e depreciação com filhos

Ao mesmo tempo em que se populariza a educação positiva entre novos pais e mães nas redes sociais, mais filhos relatam que tiveram familiares “tóxicos” durante sua criação.

O termo “tóxico”, que foi escolhido como palavra do ano pelo dicionário Oxford em 2018, é usado de forma popular para identificar situações de violência psicológica em diversos relacionamentos, inclusive o parental.

- Advertisement -anuncio

Nele, xingamentos, gritos, manipulação emocional, falas depreciativas e chantagens são comuns, segundo a psicóloga da família Manuela Moura, professora do Cefac Bahia (Centro de Estudos da Família da Bahia).

“Durante muito tempo a gente encarou agressão familiar como algo que tinha cunho físico. Depois a gente percebeu que existem outras modalidades de violência que não deixam marcas visíveis”, diz a psicóloga.

Segundo ela, muitas vezes as crianças submetidas a esse tipo de criação se tornam adultos que não acreditam que podem ser amados.

Ainda na infância, há relatos de depressão desenvolvida em meio à violência familiar, afirma a psicóloga Belinda Mandelbaum, coordenadora do Lefam (Laboratório de Estudos da Família), da USP (Universidade de São Paulo).

A criança não identifica a violência psicológica por não ser explícita, diz Moura. “O problema é que o sujeito realmente acredita que ele vale pouco. Ele só vai perceber [a violência] quando tiver condição de enxergar os pais como pessoas com qualidades e defeitos, o que geralmente ocorre na adolescência”.

COMO IDENTIFICAR UM PAI OU MÃE TÓXICOS

Nem toda desavença se enquadra como violência familiar. Alguns casos podem ser mal-estar provocados pelas diferenças entre as pessoas, como é comum em todos os tipos de relacionamento.

Um alerta que pode diferenciar algo natural de um ambiente tóxico, porém, é o medo, diz a psicóloga Moura.

“Medo de falar, de dizer o que pensa, de sustentar suas opiniões, de se vestir como quer”, afirma. “Ou quando você se vê induzido a fazer algo que não quer, em nome da garantia do amor da figura parental”.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) define violência intrafamiliar como “toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outra pessoa da família”.

Já a violência psicológica é definida como “toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem”.

QUAL A HORA DE SE AFASTAR?

Antes de pensar em cortar relações, as especialistas recomendam que seja avaliado se a situação familiar é uma dinâmica constante ou um momento específico que ela está atravessando -como luto ou separação. No segundo caso, aconselham esperar o período passar.

Caso seja constante e os pais não estejam abertos a uma reparação, pode ser a hora de se afastar, diz Moura. “Em alguns momentos, a gente precisa entender que não dá. O amor não é garantido só porque é pai ou mãe”.

Ela alerta, porém, que muitas vezes a pessoa pode até mudar de país, mas a dinâmica familiar continua com ela. “Não necessariamente a distância física garante proteção, porque você passou anos da sua vida se relacionando dessa maneira”, diz a professora do CEFAC.

Segundo ela, a ruptura com o ambiente familiar tóxico está mais no processo de autoconhecimento do que no afastamento físico, apesar de a distância diminuir o contato com o sofrimento.

É POSSÍVEL HAVER RECONCILIAÇÃO?

Depois de afastamento e processo de autoconhecimento, é possível se reaproximar de pais considerados “tóxicos”, mas isso não depende apenas do filho.

“Isso está muito direcionado à capacidade de reparação da família, do familiar perceber e refazer sua posição. Essa pessoa também precisa mudar. O filho se reaproxima se aquele outro não for o mesmo que era”, diz Moura.

Mandelbaum afirma que os agressores também precisam de tratamento, porque muitas vezes foram vítimas na infância, e não devem ser demonizados.

GEOVANA OLIVEIRA

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.