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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nem bem os indianos terminaram de comemorar o pouso da Chandrayaan-3 na Lua, e o mundo já se prepara para acompanhar mais uma jornada não tripulada à superfície do satélite natural: nesta sexta (25), o Japão deve lançar a missão Slim, que pode fazer do país o quinto a atingir semelhante feito, logo depois da Índia.

A decolagem está prevista para as 21h34 de sexta (pelo horário de Brasília), o que equivale a 9h34 de sábado pelo fuso horário japonês. Ela voará junto com um satélite astrofísico de raios X, a bordo de um foguete H-IIA, da Mitsubishi Heavy Industries, partindo do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão.

Será, de fato, a segunda chance de o país realizar uma alunissagem bem-sucedida. A primeira foi conduzida por uma empresa japonesa, ispace, com um módulo de pouso chamado Hakuto-R. Lançado em dezembro do ano passado, o modesto veículo realizou com sucesso todas as etapas do voo até a Lua, indo até lá por uma trajetória de baixa energia, que consumiu meses no espaço. Entretanto, nos últimos segundos antes de consumar o pouso, em abril deste ano, um conflito entre os sensores e o computador de bordo levou o combustível a se esgotar antes de a sonda tocar o solo, e ela se espatifou no chão em alta velocidade. Não fosse isso, seria o Japão o quarto país a pousar na Lua, não a Índia.

Agora, a missão é conduzida não por uma empresa, mas pela própria agência espacial japonesa, a Jaxa. Slim é uma sigla para Smart Lander for Investigating Moon, ou Pousador Inteligente para Investigação da Lua. A palavra também brinca com o termo “slim”, magro em inglês, já que se trata de uma missão de pequeno porte: 590 kg ao todo, dos quais dois terços são combustível.

O acrônimo dá uma boa pista de seu principal objetivo: testar técnicas automatizadas para realizar um pouso de alta precisão na superfície lunar. É interessante destacar que todos esses pousos até hoje, seja na Lua, em Marte ou qualquer outro corpo celeste, têm baixa precisão. Ou seja, os gerentes conseguem escolher a região aproximada do pouso, que tem a forma de uma elipse desenhada sobre o solo, mas o local exato em que o veículo vai descer depende de fatores fora de controle.

A título de exemplo, a área de pouso designada para a Apollo 11, primeira alunissagem tripulada, em 1969, era uma elipse de 20 km por 5 km. A Apollo 12 fez uma demonstração impressionante de precisão ao ser pilotada por um astronauta para descer a apenas 163 metros da sonda não tripulada Surveyor 3, lançada anos antes pelos Estados Unidos.

A Slim pretende melhorar ainda mais esse número, com um veículo muito menor e sem depender de um piloto a bordo. Sua precisão esperada é de cem metros, o que viabilizaria a exploração de locais mais desafiadores e cientificamente interessantes, sem precisar se preocupar tanto com acidentes geográficos próximos que coloquem em risco a missão. O plano é que ele desça dentro da cratera Shioli, no Mare Nectaris, próximo ao equador lunar, na face que se mantém sempre voltada para a Terra. Isso, contudo, vai demorar.

Pegando uma trajetória de baixa energia (a exemplo da missão Hakuto-R da ispace), a sonda só deve entrar em órbita lunar três a quatro meses após o lançamento, e depois passará entre duas e quatro semanas girando ao redor da Lua antes de iniciar o procedimento de pouso. Será entre o final deste ano e o começo do próximo.

É, contudo, mais um sinal do novo entusiasmo que tomou conta do planejamento de missões lunares. A Nasa, agência espacial americana, já projeta um retorno tripulado à Lua com o programa Artemis. O primeiro voo orbital com astronautas deve ocorrer no fim do ano que vem. Já a primeira alunissagem tripulada segue oficialmente marcada para o fim de 2025, mas muito provavelmente escapará para 2026 ou 2027 -o principal entrave é o desenvolvimento do Starship, veículo criado pela SpaceX e selecionado pela agência para o pouso.

Os chineses, por sua vez, trabalham de forma mais discreta, mas já prometem um pouso lunar tripulado para o fim desta década. Além disso, o país mantém uma parceria com a Rússia para o desenvolvimento de uma estação de pesquisa no satélite natural, composta de início por missões não tripuladas -a primeira delas teria sido a russa Luna-25, não tivesse fracassado no último sábado (19) em pousar.

Sul-coreanos também lançaram sua primeira missão orbital à Lua no ano passado, e diversas empresas de vários países, sobretudo os EUA, pretendem realizar voos e pousos no solo lunar, no que parece ser uma mudança significativa no paradigma de exploração. A japonesa Slim é a próxima desta fila, mas está longe de ser a última missão à Lua a ser lançada nos próximos meses e anos.

SALVADOR NOGUEIRA / Folhapress

Japão é o próximo a lançar espaçonave para tentar pouso na Lua

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nem bem os indianos terminaram de comemorar o pouso da Chandrayaan-3 na Lua, e o mundo já se prepara para acompanhar mais uma jornada não tripulada à superfície do satélite natural: nesta sexta (25), o Japão deve lançar a missão Slim, que pode fazer do país o quinto a atingir semelhante feito, logo depois da Índia.

A decolagem está prevista para as 21h34 de sexta (pelo horário de Brasília), o que equivale a 9h34 de sábado pelo fuso horário japonês. Ela voará junto com um satélite astrofísico de raios X, a bordo de um foguete H-IIA, da Mitsubishi Heavy Industries, partindo do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão.

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Será, de fato, a segunda chance de o país realizar uma alunissagem bem-sucedida. A primeira foi conduzida por uma empresa japonesa, ispace, com um módulo de pouso chamado Hakuto-R. Lançado em dezembro do ano passado, o modesto veículo realizou com sucesso todas as etapas do voo até a Lua, indo até lá por uma trajetória de baixa energia, que consumiu meses no espaço. Entretanto, nos últimos segundos antes de consumar o pouso, em abril deste ano, um conflito entre os sensores e o computador de bordo levou o combustível a se esgotar antes de a sonda tocar o solo, e ela se espatifou no chão em alta velocidade. Não fosse isso, seria o Japão o quarto país a pousar na Lua, não a Índia.

Agora, a missão é conduzida não por uma empresa, mas pela própria agência espacial japonesa, a Jaxa. Slim é uma sigla para Smart Lander for Investigating Moon, ou Pousador Inteligente para Investigação da Lua. A palavra também brinca com o termo “slim”, magro em inglês, já que se trata de uma missão de pequeno porte: 590 kg ao todo, dos quais dois terços são combustível.

O acrônimo dá uma boa pista de seu principal objetivo: testar técnicas automatizadas para realizar um pouso de alta precisão na superfície lunar. É interessante destacar que todos esses pousos até hoje, seja na Lua, em Marte ou qualquer outro corpo celeste, têm baixa precisão. Ou seja, os gerentes conseguem escolher a região aproximada do pouso, que tem a forma de uma elipse desenhada sobre o solo, mas o local exato em que o veículo vai descer depende de fatores fora de controle.

A título de exemplo, a área de pouso designada para a Apollo 11, primeira alunissagem tripulada, em 1969, era uma elipse de 20 km por 5 km. A Apollo 12 fez uma demonstração impressionante de precisão ao ser pilotada por um astronauta para descer a apenas 163 metros da sonda não tripulada Surveyor 3, lançada anos antes pelos Estados Unidos.

A Slim pretende melhorar ainda mais esse número, com um veículo muito menor e sem depender de um piloto a bordo. Sua precisão esperada é de cem metros, o que viabilizaria a exploração de locais mais desafiadores e cientificamente interessantes, sem precisar se preocupar tanto com acidentes geográficos próximos que coloquem em risco a missão. O plano é que ele desça dentro da cratera Shioli, no Mare Nectaris, próximo ao equador lunar, na face que se mantém sempre voltada para a Terra. Isso, contudo, vai demorar.

Pegando uma trajetória de baixa energia (a exemplo da missão Hakuto-R da ispace), a sonda só deve entrar em órbita lunar três a quatro meses após o lançamento, e depois passará entre duas e quatro semanas girando ao redor da Lua antes de iniciar o procedimento de pouso. Será entre o final deste ano e o começo do próximo.

É, contudo, mais um sinal do novo entusiasmo que tomou conta do planejamento de missões lunares. A Nasa, agência espacial americana, já projeta um retorno tripulado à Lua com o programa Artemis. O primeiro voo orbital com astronautas deve ocorrer no fim do ano que vem. Já a primeira alunissagem tripulada segue oficialmente marcada para o fim de 2025, mas muito provavelmente escapará para 2026 ou 2027 -o principal entrave é o desenvolvimento do Starship, veículo criado pela SpaceX e selecionado pela agência para o pouso.

Os chineses, por sua vez, trabalham de forma mais discreta, mas já prometem um pouso lunar tripulado para o fim desta década. Além disso, o país mantém uma parceria com a Rússia para o desenvolvimento de uma estação de pesquisa no satélite natural, composta de início por missões não tripuladas -a primeira delas teria sido a russa Luna-25, não tivesse fracassado no último sábado (19) em pousar.

Sul-coreanos também lançaram sua primeira missão orbital à Lua no ano passado, e diversas empresas de vários países, sobretudo os EUA, pretendem realizar voos e pousos no solo lunar, no que parece ser uma mudança significativa no paradigma de exploração. A japonesa Slim é a próxima desta fila, mas está longe de ser a última missão à Lua a ser lançada nos próximos meses e anos.

SALVADOR NOGUEIRA / Folhapress

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