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Há exatos 82 anos, em 28 de agosto de 1941, entrava no ar o programa noticioso que revolucionou a história do radiojornalismo brasileiro: o Repórter Esso, produto de comunicação da gigante do petróleo estadunidense, Standard Oil Company of Brazil, nacionalmente conhecida como Esso Brasileira de Petróleo.

Saiba mais:

Gravacao do Repórter Esso com Heron Domingues | Foto: Arquivo Nacional do Rádio

Repórter Esso

No projeto original, o programa trazia notícias sobre a Segunda Guerra Mundial – que estava em curso na época de sua estreia – em horários fixos ao longo do dia e também em edições extraordinárias, quando necessário. 

Inovador, o Repórter Esso tinha cinco minutos de duração e normas rígidas de conteúdo, com notícias curtas e diretas, praticando o contrário do que vigorava na época em jornais falados, que costumavam durar mais tempo e utilizar bastante adjetivação, baseado em um modelo europeu de se fazer radiojornalismo e também basicamente lendo as notícias que eram dadas nos jornais impressos. 

A influência do Repórter Esso

Quando se refere à influência do Repórter Esso na história do rádio brasileiro, o pesquisador Luciano Klöckner, autor do livro O Repórter Esso: A Síntese Radiofônica Mundial que Fez História, ressalta que é preciso lembrar o contexto histórico em que o programa foi lançado: criado para dar notícias da guerra, foi resultado da pressão norte-americana para que o governo de Getúlio Vargas aderisse aos Aliados contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). 

Era o tempo da chamada “política de boa vizinhança” dos Estados Unidos, para se firmar como potência mundial e liderança entre as nações das Américas. E o Brasil entrava na onda do american way of life (estilo de vida americano), trazendo elementos que iam da Coca-Cola ao personagem da Disney Zé Carioca, aliado a grandes projetos estruturais – como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

As notícias

Além das notícias da guerra – enviadas por uma agência internacional de notícias sob controle dos Estados Unidos – o Repórter Esso também dava ênfase às notícias de autoridades, notáveis, estrelas, astros de cinema e feitos científicos norte-americanos.

O programa já existia em outros países e – ao longo de sua história – foi transmitido em 15 nações por 60 emissoras. No Brasil, seu conteúdo era supervisionado pela agência de publicidade McCann-Erickson e produzido pela agência internacional de notícias United Press Associations (UPA). 

O modelo inaugurado pelo Repórter Esso foi – depois – seguido por outras emissoras do Brasil e da América Latina.

Rádio Nacional

A estreia do programa foi na Rádio Nacional, emissora estatal que dominava a audiência na época. Mas depois, com imensa audiência e prestígio, o Repórter Esso passou a ser transmitido também em outras rádios. 

Seu slogan era: “O primeiro a dar as últimas” e alguns de seus locutores ficaram marcados pelo enorme prestígio que conquistaram por causa da apresentação do programa. Um deles foi Heron Domingues, voz do Repórter Esso na Nacional de 1944 a 1962. 

Heron Domingues foi a voz do Repórter Esso na Nacional de 1944 a 1962 | Foto: Acervo EBC

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o programa – que se colocava como “ testemunha ocular da história”, passou a introduzir aos poucos notícias do nosso país e também regionais de cada estado em que era transmitido, sendo responsável por grandes mobilizações na sociedade como um todo.

Por que o Repórter Esso acabou?

Até que, em 1964, o radiojornalismo em geral foi atingido duramente pelo regime militar, como aconteceu com todos os meios de comunicação, como emissoras de TV e jornais impressos. O Repórter Esso sobreviveu até 1968 na rádio e até 1970 na televisão, onde estreou em 1952.

Para Luciano Klökner, o desgaste político que culminou com o fim do Repórter Esso tem a ditadura militar entre seus motivadores – embora não seja o único motivo:

“Houve queda de audiência motivada pela concorrência com outras emissoras e a televisão, e ainda o interesse da empresa [Esso] de distribuir verbas publicitárias, sem concentrá-la em um único programa”.

A última transmissão do Repórter Esso aconteceu em 31 de dezembro de 1968, mas não sem antes o programa marcar para sempre a história do radiojornalismo brasileiro. Ao longo de quase três décadas, toda vez que a edição do Repórter Esso ia ao ar, o país literalmente parava para escutar.

“Não há como negar a importância do Repórter Esso para o jornalismo mundial. Na atualidade, as principais redes de rádio, de televisão, e mesmo da internet, se utilizam, talvez até sem perceber, da estrutura, do formato e das normas expressas pelo manual desse noticioso”, afirma Klökner.

Fonte: Agência Brasil

82 anos de Repórter Esso

Há exatos 82 anos, em 28 de agosto de 1941, entrava no ar o programa noticioso que revolucionou a história do radiojornalismo brasileiro: o Repórter Esso, produto de comunicação da gigante do petróleo estadunidense, Standard Oil Company of Brazil, nacionalmente conhecida como Esso Brasileira de Petróleo.

Saiba mais:

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Gravacao do Repórter Esso com Heron Domingues | Foto: Arquivo Nacional do Rádio

Repórter Esso

No projeto original, o programa trazia notícias sobre a Segunda Guerra Mundial – que estava em curso na época de sua estreia – em horários fixos ao longo do dia e também em edições extraordinárias, quando necessário. 

Inovador, o Repórter Esso tinha cinco minutos de duração e normas rígidas de conteúdo, com notícias curtas e diretas, praticando o contrário do que vigorava na época em jornais falados, que costumavam durar mais tempo e utilizar bastante adjetivação, baseado em um modelo europeu de se fazer radiojornalismo e também basicamente lendo as notícias que eram dadas nos jornais impressos. 

A influência do Repórter Esso

Quando se refere à influência do Repórter Esso na história do rádio brasileiro, o pesquisador Luciano Klöckner, autor do livro O Repórter Esso: A Síntese Radiofônica Mundial que Fez História, ressalta que é preciso lembrar o contexto histórico em que o programa foi lançado: criado para dar notícias da guerra, foi resultado da pressão norte-americana para que o governo de Getúlio Vargas aderisse aos Aliados contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). 

Era o tempo da chamada “política de boa vizinhança” dos Estados Unidos, para se firmar como potência mundial e liderança entre as nações das Américas. E o Brasil entrava na onda do american way of life (estilo de vida americano), trazendo elementos que iam da Coca-Cola ao personagem da Disney Zé Carioca, aliado a grandes projetos estruturais – como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

As notícias

Além das notícias da guerra – enviadas por uma agência internacional de notícias sob controle dos Estados Unidos – o Repórter Esso também dava ênfase às notícias de autoridades, notáveis, estrelas, astros de cinema e feitos científicos norte-americanos.

O programa já existia em outros países e – ao longo de sua história – foi transmitido em 15 nações por 60 emissoras. No Brasil, seu conteúdo era supervisionado pela agência de publicidade McCann-Erickson e produzido pela agência internacional de notícias United Press Associations (UPA). 

O modelo inaugurado pelo Repórter Esso foi – depois – seguido por outras emissoras do Brasil e da América Latina.

Rádio Nacional

A estreia do programa foi na Rádio Nacional, emissora estatal que dominava a audiência na época. Mas depois, com imensa audiência e prestígio, o Repórter Esso passou a ser transmitido também em outras rádios. 

Seu slogan era: “O primeiro a dar as últimas” e alguns de seus locutores ficaram marcados pelo enorme prestígio que conquistaram por causa da apresentação do programa. Um deles foi Heron Domingues, voz do Repórter Esso na Nacional de 1944 a 1962. 

Heron Domingues foi a voz do Repórter Esso na Nacional de 1944 a 1962 | Foto: Acervo EBC

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o programa – que se colocava como “ testemunha ocular da história”, passou a introduzir aos poucos notícias do nosso país e também regionais de cada estado em que era transmitido, sendo responsável por grandes mobilizações na sociedade como um todo.

Por que o Repórter Esso acabou?

Até que, em 1964, o radiojornalismo em geral foi atingido duramente pelo regime militar, como aconteceu com todos os meios de comunicação, como emissoras de TV e jornais impressos. O Repórter Esso sobreviveu até 1968 na rádio e até 1970 na televisão, onde estreou em 1952.

Para Luciano Klökner, o desgaste político que culminou com o fim do Repórter Esso tem a ditadura militar entre seus motivadores – embora não seja o único motivo:

“Houve queda de audiência motivada pela concorrência com outras emissoras e a televisão, e ainda o interesse da empresa [Esso] de distribuir verbas publicitárias, sem concentrá-la em um único programa”.

A última transmissão do Repórter Esso aconteceu em 31 de dezembro de 1968, mas não sem antes o programa marcar para sempre a história do radiojornalismo brasileiro. Ao longo de quase três décadas, toda vez que a edição do Repórter Esso ia ao ar, o país literalmente parava para escutar.

“Não há como negar a importância do Repórter Esso para o jornalismo mundial. Na atualidade, as principais redes de rádio, de televisão, e mesmo da internet, se utilizam, talvez até sem perceber, da estrutura, do formato e das normas expressas pelo manual desse noticioso”, afirma Klökner.

Fonte: Agência Brasil

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