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               O Brasil quer se juntar a outros países emergentes, também chamados de terceiro mundo, para resistir ao imperialismo. A política externa brasileira é de um alinhamento automático aos Estados Unidos. Isso nasce quando o dólar substitui a libra inglesa no comércio mundial, depois da Primeira Grande Guerra. O Brasil procura manter uma balança comercial favorável para estocar moedas estrangeiras e bancar as importações de produtos com alto valor agregado. Vender produtos primários, que futuramente serão conhecidos como commodities, é enxugar gelo, dizem os economistas de uma linha mais crítica. Sempre haverá déficit na balança comercial e o efeito colateral disso é o aumento da dívida externa nas mãos dos banqueiros de Wall Street e da City. Romper esse atavismo histórico é um desafio imenso para qualquer governo brasileiro. Mesmo os que buscam apoio nos sindicatos e partidos políticos de esquerda.

               De fato, o poder geopolítico se concentra no hemisfério norte. Os formuladores da política externa chegam à conclusão que é preciso se afastar dos parceiros tradicionais e procurar no mundo outras opções. Uma delas é juntar os chamados países emergentes e desafiar as super potências. Para isso é necessária a formulação de uma diretriz que conquiste a opinião pública dessas nações. Inicialmente, o eixo de decisão deve se deslocar da Europa e dos Estados Unidos para a Ásia. Os futurólogos garantem que o eixo econômico mundial vai se mudar mais uma vez. No passado, do Mediterrâneo para o Atlântico, no presente do Atlântico para o Índico/Pacífico. Há inúmeros entraves nessa ação, entre eles a disputa geopolítica mundial e as guerras que se espalham por vários continentes. Atrás dos combatentes há sempre uma potência que financia armas, promessa de reconhecimento das vitórias e acordos e alianças comerciais favoráveis ao vencedor aliado.

               O ministro das relações exteriores do Brasil é defensor de uma política externa independente. O presidente da República aprova a ideia que tem também o apoio das forças políticas de esquerda. Esta desfralda a bandeira de combate ao imperialismo americano, acusado de dominar os países da América Latina desde o século 19. Chega da prática de “o que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”. A alternativa é incluir o Brasil nos movimentos dos países não alinhados, que têm entre os seus líderes o indiano Nehru, o egípcio Nasser e o iugoslavo Tito. O bloco se declara neutro e se distancia tanto dos Estados Unidos como da União Soviética, que vivem a Guerra Fria e a ameaça de um confronto nuclear. O presidente brasileiro, João Goulart, e o ministro San Tiago Dantas planejam a adesão do Brasil ao bloco. A direita e os partidos políticos conservadores são contra a ideia e estão claramente ao lado dos interesses americanos no Brasil. Essa divergência se junta a tantas outras que movem a oposição política ao governo de Goulart, e colabora para o golpe que depôs o presidente em 1964.

Heródoto Barbeiro: países unidos

Heródoto Barbeiro
Heródoto Barbeirohttps://herodoto.com.br/
Heródoto foi o primeiro transmídia da TV brasileira. Jornalista, também é historiador, advogado e professor universitário da Universidade de São Paulo. Possui mais de 50 livros publicados, alguns deles utilizados como referência básica no curso de jornalismo. Já foi âncora de grandes jornais televisivos e apresentou o Roda Viva, da TV Cultura,. Atualmente é apresentador do Jornal Nova Brasil.
DEXON DEE/SHUTTERSTOCK

               O Brasil quer se juntar a outros países emergentes, também chamados de terceiro mundo, para resistir ao imperialismo. A política externa brasileira é de um alinhamento automático aos Estados Unidos. Isso nasce quando o dólar substitui a libra inglesa no comércio mundial, depois da Primeira Grande Guerra. O Brasil procura manter uma balança comercial favorável para estocar moedas estrangeiras e bancar as importações de produtos com alto valor agregado. Vender produtos primários, que futuramente serão conhecidos como commodities, é enxugar gelo, dizem os economistas de uma linha mais crítica. Sempre haverá déficit na balança comercial e o efeito colateral disso é o aumento da dívida externa nas mãos dos banqueiros de Wall Street e da City. Romper esse atavismo histórico é um desafio imenso para qualquer governo brasileiro. Mesmo os que buscam apoio nos sindicatos e partidos políticos de esquerda.

               De fato, o poder geopolítico se concentra no hemisfério norte. Os formuladores da política externa chegam à conclusão que é preciso se afastar dos parceiros tradicionais e procurar no mundo outras opções. Uma delas é juntar os chamados países emergentes e desafiar as super potências. Para isso é necessária a formulação de uma diretriz que conquiste a opinião pública dessas nações. Inicialmente, o eixo de decisão deve se deslocar da Europa e dos Estados Unidos para a Ásia. Os futurólogos garantem que o eixo econômico mundial vai se mudar mais uma vez. No passado, do Mediterrâneo para o Atlântico, no presente do Atlântico para o Índico/Pacífico. Há inúmeros entraves nessa ação, entre eles a disputa geopolítica mundial e as guerras que se espalham por vários continentes. Atrás dos combatentes há sempre uma potência que financia armas, promessa de reconhecimento das vitórias e acordos e alianças comerciais favoráveis ao vencedor aliado.

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               O ministro das relações exteriores do Brasil é defensor de uma política externa independente. O presidente da República aprova a ideia que tem também o apoio das forças políticas de esquerda. Esta desfralda a bandeira de combate ao imperialismo americano, acusado de dominar os países da América Latina desde o século 19. Chega da prática de “o que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil”. A alternativa é incluir o Brasil nos movimentos dos países não alinhados, que têm entre os seus líderes o indiano Nehru, o egípcio Nasser e o iugoslavo Tito. O bloco se declara neutro e se distancia tanto dos Estados Unidos como da União Soviética, que vivem a Guerra Fria e a ameaça de um confronto nuclear. O presidente brasileiro, João Goulart, e o ministro San Tiago Dantas planejam a adesão do Brasil ao bloco. A direita e os partidos políticos conservadores são contra a ideia e estão claramente ao lado dos interesses americanos no Brasil. Essa divergência se junta a tantas outras que movem a oposição política ao governo de Goulart, e colabora para o golpe que depôs o presidente em 1964.

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