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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a já esperada queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta semana, a expectativa de analistas do mercado agora é pela volta do chamado “risco fiscal” para o comunicado do Banco Central.

O encontro começa nesta terça-feira (19) e será concluído nesta quarta (20), quando a autoridade monetária divulgará a Selic —hoje em 13,25% ao ano.

Na reunião passada, o comitê retirou do comunicado pela primeira vez em mais de três anos a citação à questão fiscal do país entre os fatores que justificavam uma Selic de dois dígitos.

Na ocasião —início de agosto—, o Congresso estava prestes a aprovar o arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos. A regra passou no Legislativo e entrou em vigor em 31 de agosto após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo analistas, porém, a euforia em torno do novo marco passou, e o que se sobressai no momento é a preocupação com as metas estabelecidas pela regra, que exigem um aumento significativo na arrecadação da União.

O governo tem o objetivo de zerar o déficit em 2024 e chegar a um superávit de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2026.

De acordo com o arcabouço fiscal, caso a meta seja descumprida, a proporção de alta das despesas da União em relação à arrecadação cai a 50%, até a retomada da trajetória de resultados dentro do esperado.

No entanto, analistas do mercado financeiro dizem não acreditar que o governo irá conseguir atingir esse resultado e concordam com a avaliação da IFI (Instituição Fiscal Independente) de que as metas são irrealistas, considerando a legislação vigente quanto a arrecadação e despesas.

A instituição destaca que grande parte da previsão orçamentária depende de receitas que ainda precisam de aprovação no Congresso.

“O Copom deveria voltar o fiscal para os riscos [citados] porque há um grande desafio para a execução da política fiscal”, afirma Caio Megale, economista-chefe da XP.

Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, concorda. “Há um ceticismo no mercado de que o governo vai conseguir atingir a meta.”

Apesar do risco fiscal, os economistas veem espaço para a Selic continuar o trajeto desenhado na última reunião, quando o Copom cortou a taxa básica de juros de 13,75% para 13,25%. No comunicado, o comitê sinalizou reduções de mesma magnitude para as próximas reuniões.

De 39 economistas consultados pela Bloomberg, todos esperam uma redução de 0,5 ponto percentual nesta quarta, levando o juro a 12,75%.

A previsão é que seja uma decisão unânime, diferente da incomum dissidência de 5 a 4 na reunião passada, a primeira dos diretores Gabriel Galípolo e Ailton Aquino —ambos indicados por Lula.

O mercado também espera que o ritmo de cortes siga o mesmo nas reuniões de novembro e de dezembro, com a Selic a 11,75% ao fim deste ano.

Para 2024, a previsão é que o movimento continue até a taxa ir a 10%. Isso equivale a um juro real (acima da inflação) de 6,14%, considerando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 3,86% previsto pelo boletim Focus.

Segundo especialistas, o BC pode tranquilamente chegar até esta taxa de juros com o atual cenário macroeconômico. Para uma Selic menor do que esta, seriam necessárias uma inflação ainda mais contida e uma redução do risco fiscal.

Por mais que o IPCA de agosto tenha ficado abaixo das projeções, a alta nos preços de produtos e serviços ainda preocupa. Segundo cálculos de Mercadante, da Rio Bravo, com base nos dados do IBGE, a alta nos preços de serviços é de 5,43% nos últimos 12 meses.

Neste sentido, analistas do Goldman Sachs afirmam que estão atentos às previsões para o IPCA de 2024 e 2025 que serão divulgadas pelo Copom no comunicado desta quarta-feira, considerando a meta de 3%.

“Estas previsões e o equilíbrio global dos riscos para a inflação serão fundamentais para calibrar a trajetória da taxa Selic, em especial a taxa terminal e o espaço para aceleração do ritmo de flexibilização da política no final de 2023.”

Outro ponto que joga contra uma Selic mais baixa é a resiliência da atividade econômica, já que ela vem de um consumo maior, o que tende a gerar mais inflação.

Em julho, o varejo vendeu mais do que o esperado. Em setembro, o PIB do segundo trimestre também surpreendeu positivamente.

Os dados levaram o Ministério da Fazenda a aumentar sua projeção de crescimento para o PIB deste ano, de 2,5% para 3,2%. A pesquisa Focus também prevê um crescimento maior, de 2,64% na semana passada para 2,89% na publicação desta segunda (18).

Além disso, desde a última reunião do Copom, o mercado passou a precificar que os juros ficarão altos por mais tempo nos Estados Unidos.

Hoje, eles estão na faixa de 5,25% a 5,50%, o que atrai investimentos para a renda fixa do país, valorizando o dólar ante as demais moedas globais. E isso também pode pressionar a inflação brasileira.

JÚLIA MOURA / Folhapress

Mercado espera volta do risco fiscal em comunicado do Copom

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a já esperada queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta semana, a expectativa de analistas do mercado agora é pela volta do chamado “risco fiscal” para o comunicado do Banco Central.

O encontro começa nesta terça-feira (19) e será concluído nesta quarta (20), quando a autoridade monetária divulgará a Selic —hoje em 13,25% ao ano.

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Na reunião passada, o comitê retirou do comunicado pela primeira vez em mais de três anos a citação à questão fiscal do país entre os fatores que justificavam uma Selic de dois dígitos.

Na ocasião —início de agosto—, o Congresso estava prestes a aprovar o arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos. A regra passou no Legislativo e entrou em vigor em 31 de agosto após a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo analistas, porém, a euforia em torno do novo marco passou, e o que se sobressai no momento é a preocupação com as metas estabelecidas pela regra, que exigem um aumento significativo na arrecadação da União.

O governo tem o objetivo de zerar o déficit em 2024 e chegar a um superávit de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2026.

De acordo com o arcabouço fiscal, caso a meta seja descumprida, a proporção de alta das despesas da União em relação à arrecadação cai a 50%, até a retomada da trajetória de resultados dentro do esperado.

No entanto, analistas do mercado financeiro dizem não acreditar que o governo irá conseguir atingir esse resultado e concordam com a avaliação da IFI (Instituição Fiscal Independente) de que as metas são irrealistas, considerando a legislação vigente quanto a arrecadação e despesas.

A instituição destaca que grande parte da previsão orçamentária depende de receitas que ainda precisam de aprovação no Congresso.

“O Copom deveria voltar o fiscal para os riscos [citados] porque há um grande desafio para a execução da política fiscal”, afirma Caio Megale, economista-chefe da XP.

Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, concorda. “Há um ceticismo no mercado de que o governo vai conseguir atingir a meta.”

Apesar do risco fiscal, os economistas veem espaço para a Selic continuar o trajeto desenhado na última reunião, quando o Copom cortou a taxa básica de juros de 13,75% para 13,25%. No comunicado, o comitê sinalizou reduções de mesma magnitude para as próximas reuniões.

De 39 economistas consultados pela Bloomberg, todos esperam uma redução de 0,5 ponto percentual nesta quarta, levando o juro a 12,75%.

A previsão é que seja uma decisão unânime, diferente da incomum dissidência de 5 a 4 na reunião passada, a primeira dos diretores Gabriel Galípolo e Ailton Aquino —ambos indicados por Lula.

O mercado também espera que o ritmo de cortes siga o mesmo nas reuniões de novembro e de dezembro, com a Selic a 11,75% ao fim deste ano.

Para 2024, a previsão é que o movimento continue até a taxa ir a 10%. Isso equivale a um juro real (acima da inflação) de 6,14%, considerando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 3,86% previsto pelo boletim Focus.

Segundo especialistas, o BC pode tranquilamente chegar até esta taxa de juros com o atual cenário macroeconômico. Para uma Selic menor do que esta, seriam necessárias uma inflação ainda mais contida e uma redução do risco fiscal.

Por mais que o IPCA de agosto tenha ficado abaixo das projeções, a alta nos preços de produtos e serviços ainda preocupa. Segundo cálculos de Mercadante, da Rio Bravo, com base nos dados do IBGE, a alta nos preços de serviços é de 5,43% nos últimos 12 meses.

Neste sentido, analistas do Goldman Sachs afirmam que estão atentos às previsões para o IPCA de 2024 e 2025 que serão divulgadas pelo Copom no comunicado desta quarta-feira, considerando a meta de 3%.

“Estas previsões e o equilíbrio global dos riscos para a inflação serão fundamentais para calibrar a trajetória da taxa Selic, em especial a taxa terminal e o espaço para aceleração do ritmo de flexibilização da política no final de 2023.”

Outro ponto que joga contra uma Selic mais baixa é a resiliência da atividade econômica, já que ela vem de um consumo maior, o que tende a gerar mais inflação.

Em julho, o varejo vendeu mais do que o esperado. Em setembro, o PIB do segundo trimestre também surpreendeu positivamente.

Os dados levaram o Ministério da Fazenda a aumentar sua projeção de crescimento para o PIB deste ano, de 2,5% para 3,2%. A pesquisa Focus também prevê um crescimento maior, de 2,64% na semana passada para 2,89% na publicação desta segunda (18).

Além disso, desde a última reunião do Copom, o mercado passou a precificar que os juros ficarão altos por mais tempo nos Estados Unidos.

Hoje, eles estão na faixa de 5,25% a 5,50%, o que atrai investimentos para a renda fixa do país, valorizando o dólar ante as demais moedas globais. E isso também pode pressionar a inflação brasileira.

JÚLIA MOURA / Folhapress

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