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CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A cirurgia bariátrica pode levar à perda de 20% a 40% do peso corporal e prevenir doenças crônicas, como câncer e diabetes. Mas será que as canetas emagrecedoras devem substituí-la? O questionamento ganha força com a chegada do Mounjaro, droga para diabetes tipo 2 que recebeu aprovação da Anvisa nesta segunda-feira (25) e é utilizada de modo off label para perda de peso.

Estudos de fase 3 realizados pela Eli Lilly, laboratório responsável pela fórmula, apontaram uma redução média de 26,6% do peso dos participantes durante um ano e sete meses. A marca é superior a de outros medicamentos já disponíveis no mercado. O Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida e também foi autorizado pela agência para diabetes, causou redução de 15% do peso corporal em pacientes diabéticos após 16 meses. Pesquisas feitas com o Wegovy, aprovado para obesidade, mostraram uma perda de 17,4% em dois anos.

O diferencial do Mounjaro está no seu princípio ativo. Antecessores como Ozempic e Wegovy imitam o GLP-1, hormônio produzido no pâncreas e nas células do trato gastrointestinal que contribui com a sensação de saciedade. Já o novo medicamento combina a versão sintética do GLP-1 com a imitação da molécula GIP, que cumpre um papel similar. A dupla forma uma substância chamada tirzepatida, ainda mais potente para inibir a vontade de comer.

O avanço desse tipo de medicação não deve parar tão cedo, segundo a médica Andressa Heimbecher Soares, doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP (Universidade de São Paulo). Especialistas afirmam que é cedo para dizer que as canetas emagrecedoras podem substituir a bariátrica, mas pontuam que as drogas são alternativas àqueles não elegíveis ao procedimento cirúrgico.

A endocrinologista Denise Iezzi, do Hospital Sírio Libanês, afirma que os medicamentos injetáveis ampliam o leque de alternativas para tratar a obesidade. “Já vi muitos suicídios entre pessoas que fizeram o procedimento. Nem todo mundo está apto psicologicamente”, diz.

O ceticismo em torno da substituição da cirurgia pelas drogas também diz respeito ao custo. Uma unidade de Ozempic pode custar mais de R$ 1.000, enquanto o Wegovy chegará às farmácias brasileiras com preço de até R$ 2.450.

A necessidade de uso contínuo dos medicamentos também é vista como barreira, uma vez que a obesidade é abordada como doença crônica. O organismo memoriza o maior peso do paciente e estimula o reganho por meio de mecanismos como a desaceleração metabólica e a indução do apetite, causando a recuperação da massa corporal após o uso das substâncias.

Já na bariátrica, o mecanismo inibidor do apetite passa a fazer parte do organismo, o que causa menor reganho, segundo Carolina Batista, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva.

Além disso, o procedimento também atua em nível hormonal. Há mais de 50 anos, quando a cirurgia começou a ser realizada, acreditava-se que a pessoa emagrecia apenas em decorrência da redução do estômago, que passava a comportar menos comida. Estudos recentes mostram, entretanto, que hormônios produzidos no estômago e no intestino têm papel relevante nessa perda de peso, diz a médica.

A bariátrica pode ser feita de diferentes formas, e as duas mais comuns são a gastrectomia vertical (ou sleeve) e o bypass gástrico. Na primeira, uma parte do estômago é retirada, reduzindo seu volume a 150 ml. Com isso, se reduz a produção de grelina, hormônio secretado no órgão que estimula o apetite. A redução do volume do órgão também faz com que a comida chegue mais rápido ao fim do intestino, acelerando a liberação de moléculas da saciedade como o GLP-1, hormônio imitado nos medicamentos. Isso leva o paciente a comer menos, diz o médico Álvaro Albano, da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).

Já no bypass, o órgão é grampeado e o intestino é ligado à parte do estômago que seguirá funcionando. Assim, a comida chega antes à região intestinal, acelerando a sensação de saciedade em decorrência da liberação do GLP-1. “Não por acaso, as descobertas feitas a partir da bariátrica contribuíram com o surgimento dessas novas medicações para diabetes e obesidade”, diz Albano.

Também está em aberto o potencial dos medicamentos injetáveis na prevenção do câncer, no aumento da expectativa de vida e em outros benefícios da bariátrica já comprovados em estudos de larga escala, diz Albano.

O médico acrescenta ainda que as medicações podem ser usadas como estratégias complementares, quando necessário. “Pacientes com alto grau de obesidade poderão tomar o remédio para emagrecer um pouco antes da cirurgia, garantindo mais segurança no processo”, exemplifica.

LIVIA INÁCIO / Folhapress

Mounjaro pode substituir bariátrica? Especialistas respondem

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A cirurgia bariátrica pode levar à perda de 20% a 40% do peso corporal e prevenir doenças crônicas, como câncer e diabetes. Mas será que as canetas emagrecedoras devem substituí-la? O questionamento ganha força com a chegada do Mounjaro, droga para diabetes tipo 2 que recebeu aprovação da Anvisa nesta segunda-feira (25) e é utilizada de modo off label para perda de peso.

Estudos de fase 3 realizados pela Eli Lilly, laboratório responsável pela fórmula, apontaram uma redução média de 26,6% do peso dos participantes durante um ano e sete meses. A marca é superior a de outros medicamentos já disponíveis no mercado. O Ozempic, que tem como princípio ativo a semaglutida e também foi autorizado pela agência para diabetes, causou redução de 15% do peso corporal em pacientes diabéticos após 16 meses. Pesquisas feitas com o Wegovy, aprovado para obesidade, mostraram uma perda de 17,4% em dois anos.

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O diferencial do Mounjaro está no seu princípio ativo. Antecessores como Ozempic e Wegovy imitam o GLP-1, hormônio produzido no pâncreas e nas células do trato gastrointestinal que contribui com a sensação de saciedade. Já o novo medicamento combina a versão sintética do GLP-1 com a imitação da molécula GIP, que cumpre um papel similar. A dupla forma uma substância chamada tirzepatida, ainda mais potente para inibir a vontade de comer.

O avanço desse tipo de medicação não deve parar tão cedo, segundo a médica Andressa Heimbecher Soares, doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP (Universidade de São Paulo). Especialistas afirmam que é cedo para dizer que as canetas emagrecedoras podem substituir a bariátrica, mas pontuam que as drogas são alternativas àqueles não elegíveis ao procedimento cirúrgico.

A endocrinologista Denise Iezzi, do Hospital Sírio Libanês, afirma que os medicamentos injetáveis ampliam o leque de alternativas para tratar a obesidade. “Já vi muitos suicídios entre pessoas que fizeram o procedimento. Nem todo mundo está apto psicologicamente”, diz.

O ceticismo em torno da substituição da cirurgia pelas drogas também diz respeito ao custo. Uma unidade de Ozempic pode custar mais de R$ 1.000, enquanto o Wegovy chegará às farmácias brasileiras com preço de até R$ 2.450.

A necessidade de uso contínuo dos medicamentos também é vista como barreira, uma vez que a obesidade é abordada como doença crônica. O organismo memoriza o maior peso do paciente e estimula o reganho por meio de mecanismos como a desaceleração metabólica e a indução do apetite, causando a recuperação da massa corporal após o uso das substâncias.

Já na bariátrica, o mecanismo inibidor do apetite passa a fazer parte do organismo, o que causa menor reganho, segundo Carolina Batista, membro do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva.

Além disso, o procedimento também atua em nível hormonal. Há mais de 50 anos, quando a cirurgia começou a ser realizada, acreditava-se que a pessoa emagrecia apenas em decorrência da redução do estômago, que passava a comportar menos comida. Estudos recentes mostram, entretanto, que hormônios produzidos no estômago e no intestino têm papel relevante nessa perda de peso, diz a médica.

A bariátrica pode ser feita de diferentes formas, e as duas mais comuns são a gastrectomia vertical (ou sleeve) e o bypass gástrico. Na primeira, uma parte do estômago é retirada, reduzindo seu volume a 150 ml. Com isso, se reduz a produção de grelina, hormônio secretado no órgão que estimula o apetite. A redução do volume do órgão também faz com que a comida chegue mais rápido ao fim do intestino, acelerando a liberação de moléculas da saciedade como o GLP-1, hormônio imitado nos medicamentos. Isso leva o paciente a comer menos, diz o médico Álvaro Albano, da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).

Já no bypass, o órgão é grampeado e o intestino é ligado à parte do estômago que seguirá funcionando. Assim, a comida chega antes à região intestinal, acelerando a sensação de saciedade em decorrência da liberação do GLP-1. “Não por acaso, as descobertas feitas a partir da bariátrica contribuíram com o surgimento dessas novas medicações para diabetes e obesidade”, diz Albano.

Também está em aberto o potencial dos medicamentos injetáveis na prevenção do câncer, no aumento da expectativa de vida e em outros benefícios da bariátrica já comprovados em estudos de larga escala, diz Albano.

O médico acrescenta ainda que as medicações podem ser usadas como estratégias complementares, quando necessário. “Pacientes com alto grau de obesidade poderão tomar o remédio para emagrecer um pouco antes da cirurgia, garantindo mais segurança no processo”, exemplifica.

LIVIA INÁCIO / Folhapress

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