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Quando falamos de literatura brasileira, não há como não lembrarmos de Cora Coralina

A vida da poetisa e contista é um exemplo de resiliência, paixão pela poesia e a capacidade de encontrar beleza nas experiências mais simples e cotidianas. 

Nascida como Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, em 20 de agosto de 1889, em Goiás Velho, Goiás, Cora Coralina é uma das mais importantes poetisas da literatura brasileira. Sua trajetória de vida e sua produção literária são marcadas por desafios, superações e uma profunda conexão com a cultura e a história de Goiás.

Entendendo sua importância, Cora Coralina é nossa escolhida da vez do Foras de Séries, séries de matérias que homenageiam grandes personalidades brasileiras. 

Neste episódio, vamos explorar a biografia da poetisa e contista brasileira! Ficou curioso(a)?! Continue com a gente! 

cora-coralina-biografia
Conheça a história de Cora Coralina. | Foto: Montagem.

Infância e Juventude de Cora Coralina

Cora Coralina é filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Passou sua infância vivendo em uma casa construída às margens do rio vermelho. Acredita-se que a casa tenha sido construída por volta do século XVIII, o que a torna uma das primeiras construções da região. 

Desde muito cedo, Cora demonstrou uma paixão pela leitura e pela escrita. Ela frequentemente lia os livros da modesta biblioteca de seu pai e começou a escrever poemas e contos. Esses primeiros passos em direção à literatura demonstraram a resiliência e a determinação que a acompanhariam ao longo de sua vida.

Casamento e Maternidade

Em 1911, Cora Coralina passou a viver com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e os dois foram morar no estado de São Paulo. Em 1925, eles se casaram. 

Durante a juventude, ela teve seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. No entanto, dois deles morreram. 

Mesmo com os afazeres domésticos, sua paixão pela escrita nunca se apagou, e ela continuou a compor poesias e histórias durante esse período, muitas vezes em segredo.

Em 1934, seu marido morreu e ela se tornou doceira para poder sustentar seus quatro filhos. Nos anos seguintes ela exerceu outras atividades, como vender livros, abrir uma loja de tecido e até escrever para o jornal da cidade. 

Reconhecimento Literário Tardio

Apesar de sua dedicação à escrita, Cora Coralina só alcançou o reconhecimento literário muitos anos depois. Aos 70 anos, ela decidiu aprender datilografia para entregar suas poesias a editores. 

Durante décadas, suas obras eram rejeitadas por editoras e críticos literários, que não consideravam sua poesia digna de atenção. No entanto, Cora nunca desistiu de sua paixão pela escrita e continuou a escrever, mesmo que suas obras fossem ignoradas.

Foi apenas em 1965, aos 76 anos, que Cora Coralina publicou seu primeiro livro, “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais.” A obra foi recebida com entusiasmo e elogios da crítica literária, finalmente dando a Cora o reconhecimento que ela merecia há tanto tempo. Este livro é uma compilação de sua poesia, que destila a beleza e a simplicidade do cotidiano, inspirada em sua infância e na vida em Goiás.

Em 1970, ela assumiu a cadeira nº 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, seu segundo livro, “Meu Livro de Cordel”, foi lançado. Mas foi em 1980 que Cora Coralina conquistou o auge do reconhecimento, quando Carlos Drummond de Andrade publicou um artigo sobre a poetisa no Jornal do Brasil.

Principais Obras de Cora Coralina

Cora Coralina produziu uma série de obras literárias que encantaram leitores e críticos. Além de “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais,” algumas de suas principais obras incluem:

“Meu Livro de Cordel” (1976)

Nesta obra, Cora Coralina explora a tradição da literatura de cordel, com versos simples e temas populares. Ela traz sua perspectiva única e poética para esses contos, mergulhando no imaginário do sertão brasileiro.

“Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha” (1983)

Este livro é uma espécie de memórias de Cora Coralina, em que ela narra passagens de sua vida com uma mistura de poesia e prosa. É uma obra que revela sua sensibilidade e introspecção.

“Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985)

Neste livro, Cora Coralina mais uma vez mergulha nas memórias de sua infância e nos aspectos rurais de Goiás. Ela tece histórias que celebram a simplicidade da vida no interior do Brasil.

Prêmios e Reconhecimento

Cora Coralina não apenas conquistou o reconhecimento do público, mas também foi honrada com prêmios e homenagens por sua contribuição à literatura brasileira. Entre os prêmios mais notáveis estão:

Prêmio Juca Pato (1983)

Cora Coralina foi a vencedora deste prestigiado prêmio, que é concedido pela União Brasileira de Escritores (UBE) aos autores que se destacam na literatura. A poetisa foi a primeira mulher a ganhar a premiação. 

Prêmio Jabuti (1984)

Ela recebeu o Prêmio Jabuti, uma das mais importantes premiações literárias do Brasil, na categoria de “Melhor Livro de Ficção” por “Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha.”

Doutorado Honoris Causa (1982)

A poetisa foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em reconhecimento à sua contribuição à literatura brasileira.

Morte, Legado e Influência

No dia 10 de abril de 1985, Cora Coralina morreu vítima de uma pneumonia, aos 95 anos. O legado da poetisa transcende sua própria vida e obra. Sua poesia, marcada pela simplicidade, pela valorização da cultura regional e pela sensibilidade à vida cotidiana, continua a inspirar gerações de escritores e leitores. Ela se tornou um ícone da literatura goiana e uma figura querida em todo o Brasil.

Além disso, Cora Coralina foi uma pioneira na luta pelos direitos das mulheres. Em uma época em que as mulheres tinham menos oportunidades e voz na sociedade, ela encontrou maneiras de expressar sua criatividade e contribuir para a cultura brasileira. Ela abriu portas para outras escritoras e mostrou que o talento e a paixão podem superar obstáculos.

Cora Coralina não apenas deixou um legado literário duradouro, mas também contribuiu para a riqueza da cultura brasileira, celebrando as paisagens e a cultura de Goiás. 

Hoje, Cora Coralina é uma figura venerada na literatura brasileira, um ícone que inspira escritores e leitores a explorar o poder das palavras e a encontrar a poesia nas experiências mais comuns. Sua vida e obra permanecem como um farol de luz, iluminando o caminho daqueles que buscam a beleza na simplicidade e a resiliência no rosto da adversidade.

Gostou de conferir a biografia de Cora Coralina? Para conhecer mais sobre a poetisa e contista brasileira, continue acompanhando os próximos episódios do Foras de Série, na Novabrasil!

Cora Coralina Biografia: Tudo sobre a poetisa e contista brasileira

Quando falamos de literatura brasileira, não há como não lembrarmos de Cora Coralina

A vida da poetisa e contista é um exemplo de resiliência, paixão pela poesia e a capacidade de encontrar beleza nas experiências mais simples e cotidianas. 

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Nascida como Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, em 20 de agosto de 1889, em Goiás Velho, Goiás, Cora Coralina é uma das mais importantes poetisas da literatura brasileira. Sua trajetória de vida e sua produção literária são marcadas por desafios, superações e uma profunda conexão com a cultura e a história de Goiás.

Entendendo sua importância, Cora Coralina é nossa escolhida da vez do Foras de Séries, séries de matérias que homenageiam grandes personalidades brasileiras. 

Neste episódio, vamos explorar a biografia da poetisa e contista brasileira! Ficou curioso(a)?! Continue com a gente! 

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Conheça a história de Cora Coralina. | Foto: Montagem.

Infância e Juventude de Cora Coralina

Cora Coralina é filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Passou sua infância vivendo em uma casa construída às margens do rio vermelho. Acredita-se que a casa tenha sido construída por volta do século XVIII, o que a torna uma das primeiras construções da região. 

Desde muito cedo, Cora demonstrou uma paixão pela leitura e pela escrita. Ela frequentemente lia os livros da modesta biblioteca de seu pai e começou a escrever poemas e contos. Esses primeiros passos em direção à literatura demonstraram a resiliência e a determinação que a acompanhariam ao longo de sua vida.

Casamento e Maternidade

Em 1911, Cora Coralina passou a viver com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e os dois foram morar no estado de São Paulo. Em 1925, eles se casaram. 

Durante a juventude, ela teve seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. No entanto, dois deles morreram. 

Mesmo com os afazeres domésticos, sua paixão pela escrita nunca se apagou, e ela continuou a compor poesias e histórias durante esse período, muitas vezes em segredo.

Em 1934, seu marido morreu e ela se tornou doceira para poder sustentar seus quatro filhos. Nos anos seguintes ela exerceu outras atividades, como vender livros, abrir uma loja de tecido e até escrever para o jornal da cidade. 

Reconhecimento Literário Tardio

Apesar de sua dedicação à escrita, Cora Coralina só alcançou o reconhecimento literário muitos anos depois. Aos 70 anos, ela decidiu aprender datilografia para entregar suas poesias a editores. 

Durante décadas, suas obras eram rejeitadas por editoras e críticos literários, que não consideravam sua poesia digna de atenção. No entanto, Cora nunca desistiu de sua paixão pela escrita e continuou a escrever, mesmo que suas obras fossem ignoradas.

Foi apenas em 1965, aos 76 anos, que Cora Coralina publicou seu primeiro livro, “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais.” A obra foi recebida com entusiasmo e elogios da crítica literária, finalmente dando a Cora o reconhecimento que ela merecia há tanto tempo. Este livro é uma compilação de sua poesia, que destila a beleza e a simplicidade do cotidiano, inspirada em sua infância e na vida em Goiás.

Em 1970, ela assumiu a cadeira nº 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, seu segundo livro, “Meu Livro de Cordel”, foi lançado. Mas foi em 1980 que Cora Coralina conquistou o auge do reconhecimento, quando Carlos Drummond de Andrade publicou um artigo sobre a poetisa no Jornal do Brasil.

Principais Obras de Cora Coralina

Cora Coralina produziu uma série de obras literárias que encantaram leitores e críticos. Além de “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais,” algumas de suas principais obras incluem:

“Meu Livro de Cordel” (1976)

Nesta obra, Cora Coralina explora a tradição da literatura de cordel, com versos simples e temas populares. Ela traz sua perspectiva única e poética para esses contos, mergulhando no imaginário do sertão brasileiro.

“Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha” (1983)

Este livro é uma espécie de memórias de Cora Coralina, em que ela narra passagens de sua vida com uma mistura de poesia e prosa. É uma obra que revela sua sensibilidade e introspecção.

“Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985)

Neste livro, Cora Coralina mais uma vez mergulha nas memórias de sua infância e nos aspectos rurais de Goiás. Ela tece histórias que celebram a simplicidade da vida no interior do Brasil.

Prêmios e Reconhecimento

Cora Coralina não apenas conquistou o reconhecimento do público, mas também foi honrada com prêmios e homenagens por sua contribuição à literatura brasileira. Entre os prêmios mais notáveis estão:

Prêmio Juca Pato (1983)

Cora Coralina foi a vencedora deste prestigiado prêmio, que é concedido pela União Brasileira de Escritores (UBE) aos autores que se destacam na literatura. A poetisa foi a primeira mulher a ganhar a premiação. 

Prêmio Jabuti (1984)

Ela recebeu o Prêmio Jabuti, uma das mais importantes premiações literárias do Brasil, na categoria de “Melhor Livro de Ficção” por “Vintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha.”

Doutorado Honoris Causa (1982)

A poetisa foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás (UFG), em reconhecimento à sua contribuição à literatura brasileira.

Morte, Legado e Influência

No dia 10 de abril de 1985, Cora Coralina morreu vítima de uma pneumonia, aos 95 anos. O legado da poetisa transcende sua própria vida e obra. Sua poesia, marcada pela simplicidade, pela valorização da cultura regional e pela sensibilidade à vida cotidiana, continua a inspirar gerações de escritores e leitores. Ela se tornou um ícone da literatura goiana e uma figura querida em todo o Brasil.

Além disso, Cora Coralina foi uma pioneira na luta pelos direitos das mulheres. Em uma época em que as mulheres tinham menos oportunidades e voz na sociedade, ela encontrou maneiras de expressar sua criatividade e contribuir para a cultura brasileira. Ela abriu portas para outras escritoras e mostrou que o talento e a paixão podem superar obstáculos.

Cora Coralina não apenas deixou um legado literário duradouro, mas também contribuiu para a riqueza da cultura brasileira, celebrando as paisagens e a cultura de Goiás. 

Hoje, Cora Coralina é uma figura venerada na literatura brasileira, um ícone que inspira escritores e leitores a explorar o poder das palavras e a encontrar a poesia nas experiências mais comuns. Sua vida e obra permanecem como um farol de luz, iluminando o caminho daqueles que buscam a beleza na simplicidade e a resiliência no rosto da adversidade.

Gostou de conferir a biografia de Cora Coralina? Para conhecer mais sobre a poetisa e contista brasileira, continue acompanhando os próximos episódios do Foras de Série, na Novabrasil!

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