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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Agora que o “consenso do mercado”, expressão usada pelos economistas, é de contínua queda de juros, uma das questões para investidores individuais tornou-se o que fazer com os investimentos em renda fixa, aqueles que dependem da taxa Selic e do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

A resposta dos especialistas ouvidos pela reportagem é simples. Nada.

A renda fixa deverá continuar atrativa “como sempre foi” definem eles.

No dia 20 de setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a Selic, a taxa básica de juros do país, em meio ponto percentual, ficando em 12,75% ao ano. Foi a segunda queda consecutiva.

Os membros do órgão também sinalizaram que na próxima reunião, marcada para o final de outubro, a tendência é que ocorra um novo corte de meio ponto.

A expectativa do mercado é que no final de 2024, os juros no Brasil estejam em 9,5% ao ano.

“Em nenhum momento [a renda fixa] vai deixar de ser atrativa. Talvez perca rentabilidade, mas sempre vai ser um porto seguro. Quando os juros estiveram em cerca de 3% ao ano, a renda fixa não deixou de ter valor. Traz segurança, traz liquidez”, afirma o economista Rafael Sueishi, líder de renda fixa da Manchester Investimentos.

Desde o início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fustigava o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o que considerava excessiva taxa de juros.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que o comportamento do órgão independente do Executivo era “preocupante”. Centrais sindicais organizaram protestos.

A equipe econômica espera economizar cerca de R$ 310 bilhões da dívida pública com os cortes. Mas o princípio por trás da pressão pela redução é estimular o investimento.

Isso não significa que investimentos conservadores baseados em índices como o CDI serão menos buscados. A única ressalva de especialistas é que opções prefixadas, em que já se sabe o índice de retorno no momento do investimento, tornam-se mais atrativas.

“O CDI ainda é bastante importante e o investidor precisa ter na carteira. Para todos os solavancos da economia, o único goleiro que temos é o CDI. Ele é importante, mas como calibrar isso de cliente para cliente é uma questão do investidor com seu assessor. A gente não pode pensar em renda fixa como pós-fixado. Tem de pensar em prefixado”, defende Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual.

O raciocínio comum entre especialistas de diferentes instituições é que os juros vão baixar e que é interessante diversificar com investimentos de maior risco. Mas a taxa vai continuar alta o suficiente para que papéis como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) não sejam deixados em segundo plano.

“A inflação ainda está acima da meta e o juro real está acima de 5%, então a gente entende que o cenário para esses ativos é positivo. [A taxa de juros] Não caiu de forma tão expressiva para mudar tão completamente a recomendação em termos de risco. Gradualmente, pode fazer sentido para o investidor olhar um pouco mais [para outros investimentos], mas não de maneira drástica”, diz Camilla Dolle, head de renda fixa da XP.

“Investidor só deve ir para renda variável com dinheiro novo. Até pode fazer sentido começar a pensar em tomar mais risco e gradualmente aumentar a parcela de risco. Mas o investidor do varejo [individual], com menos volatilidade e com o ganho que tem hoje na renda fixa, terá apetite baixo para mudar”, analisa Rodrigo Cabraitz, gestor de portfólio da Principal Claritas.

Todo esse cenário contempla estabilidade na economia internacional, especialmente a americana. Mas a garantia de que tudo será calmo (os economistas costumam chamar de “soft landing”) pode ser tão volátil.

John Maynard Keynes (1883-1946), um dos economistas mais influentes da história, definiu que prever a taxa de juros futura é um dos problemas mais intrigantes do mundo.

No horizonte, está a expectativa se a China vai acelerar sua economia, se os Estados Unidos cumprirão o orçamento (e como fica a questão da possível paralisação do governo) e a questão do preço do petróleo.

“Uma taxa ao ano de 9,5% ainda seria muito elevada. Com um cenário de inflação de 4% a 5%, ainda é muito atrativo. [Renda fixa] vai continuar sendo um fator positivo, principalmente para o investidor mais conservador. O que importa no final das contas é o juro real, quanto paga em relação à inflação. O Brasil continua sendo um dos países com maior juro real do mundo. O horizonte da renda fixa, por mais que tenha expectativa de queda dos juros no futuro próximo, ainda é muito animador”, define Rafael Sueishi.

ALEX SABINO / Folhapress

Renda fixa será atrativa, mesmo que juros continuem em queda

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Agora que o “consenso do mercado”, expressão usada pelos economistas, é de contínua queda de juros, uma das questões para investidores individuais tornou-se o que fazer com os investimentos em renda fixa, aqueles que dependem da taxa Selic e do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

A resposta dos especialistas ouvidos pela reportagem é simples. Nada.

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A renda fixa deverá continuar atrativa “como sempre foi” definem eles.

No dia 20 de setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a Selic, a taxa básica de juros do país, em meio ponto percentual, ficando em 12,75% ao ano. Foi a segunda queda consecutiva.

Os membros do órgão também sinalizaram que na próxima reunião, marcada para o final de outubro, a tendência é que ocorra um novo corte de meio ponto.

A expectativa do mercado é que no final de 2024, os juros no Brasil estejam em 9,5% ao ano.

“Em nenhum momento [a renda fixa] vai deixar de ser atrativa. Talvez perca rentabilidade, mas sempre vai ser um porto seguro. Quando os juros estiveram em cerca de 3% ao ano, a renda fixa não deixou de ter valor. Traz segurança, traz liquidez”, afirma o economista Rafael Sueishi, líder de renda fixa da Manchester Investimentos.

Desde o início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fustigava o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o que considerava excessiva taxa de juros.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que o comportamento do órgão independente do Executivo era “preocupante”. Centrais sindicais organizaram protestos.

A equipe econômica espera economizar cerca de R$ 310 bilhões da dívida pública com os cortes. Mas o princípio por trás da pressão pela redução é estimular o investimento.

Isso não significa que investimentos conservadores baseados em índices como o CDI serão menos buscados. A única ressalva de especialistas é que opções prefixadas, em que já se sabe o índice de retorno no momento do investimento, tornam-se mais atrativas.

“O CDI ainda é bastante importante e o investidor precisa ter na carteira. Para todos os solavancos da economia, o único goleiro que temos é o CDI. Ele é importante, mas como calibrar isso de cliente para cliente é uma questão do investidor com seu assessor. A gente não pode pensar em renda fixa como pós-fixado. Tem de pensar em prefixado”, defende Álvaro Frasson, economista do BTG Pactual.

O raciocínio comum entre especialistas de diferentes instituições é que os juros vão baixar e que é interessante diversificar com investimentos de maior risco. Mas a taxa vai continuar alta o suficiente para que papéis como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) não sejam deixados em segundo plano.

“A inflação ainda está acima da meta e o juro real está acima de 5%, então a gente entende que o cenário para esses ativos é positivo. [A taxa de juros] Não caiu de forma tão expressiva para mudar tão completamente a recomendação em termos de risco. Gradualmente, pode fazer sentido para o investidor olhar um pouco mais [para outros investimentos], mas não de maneira drástica”, diz Camilla Dolle, head de renda fixa da XP.

“Investidor só deve ir para renda variável com dinheiro novo. Até pode fazer sentido começar a pensar em tomar mais risco e gradualmente aumentar a parcela de risco. Mas o investidor do varejo [individual], com menos volatilidade e com o ganho que tem hoje na renda fixa, terá apetite baixo para mudar”, analisa Rodrigo Cabraitz, gestor de portfólio da Principal Claritas.

Todo esse cenário contempla estabilidade na economia internacional, especialmente a americana. Mas a garantia de que tudo será calmo (os economistas costumam chamar de “soft landing”) pode ser tão volátil.

John Maynard Keynes (1883-1946), um dos economistas mais influentes da história, definiu que prever a taxa de juros futura é um dos problemas mais intrigantes do mundo.

No horizonte, está a expectativa se a China vai acelerar sua economia, se os Estados Unidos cumprirão o orçamento (e como fica a questão da possível paralisação do governo) e a questão do preço do petróleo.

“Uma taxa ao ano de 9,5% ainda seria muito elevada. Com um cenário de inflação de 4% a 5%, ainda é muito atrativo. [Renda fixa] vai continuar sendo um fator positivo, principalmente para o investidor mais conservador. O que importa no final das contas é o juro real, quanto paga em relação à inflação. O Brasil continua sendo um dos países com maior juro real do mundo. O horizonte da renda fixa, por mais que tenha expectativa de queda dos juros no futuro próximo, ainda é muito animador”, define Rafael Sueishi.

ALEX SABINO / Folhapress

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