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Hoje é aniversário de uma das maiores artistas da nossa MPB: a cantora, compositora, instrumentista, arranjadora, ilustradora, escritora, professora e produtora musical, Adriana Calcanhotto! Além de autora e intérprete responsável por diversas músicas de sucesso, também fez parcerias com outros grandes poetas da MPB.

Com seu repertório cheio de poesia e sua inconfundível e deliciosa voz, já produziu em conjunto com Antônio Cícero e Waly Salomão – e compôs canções para outros grandes intérpretes, como Maria Bethânia, Gal Costa, Marisa Monte e Ney Matogrosso.

Preparamos uma matéria especial para homenagear a aniversariante do dia e sua obra, que possui uma contribuição imensa para a música popular brasileira.

Aproveite!

Foto: Leo Aversa / Divulgação

Adriana Calcanhotto

Nascida em Porto Alegre, em 1965, filha de um baterista de jazz e bossa nova e de uma bailarina e professora de Educação Física, Adriana Calcanhotto já cresceu cercada de arte. Aos seis anos ganhou da avó o primeiro violão. 

Aprendeu a tocar o instrumento e também – mais tarde – a cantar, e logo passou a se interessar pela música popular, a literatura e as artes plásticas. Suas influências também passaram pelo Modernismo Brasileiro e pelo Movimento Antropofágico.

Início da música

Sua carreira profissional na música começou em meados dos anos 80, mais precisamente em 1984, se apresentando em formato voz e violão em bares e casas noturnas de sua cidade natal. 

Mas, como ela mesma conta em seu site oficial, logo percebeu que não era cantora de covers e que queria se apropriar das canções. Em 1986, começou a fazer projetos com Luciano Alabarse, diretor teatral de Porto Alegre, pois gostava de pensar no espetáculo como um todo:

“dentro de uma linguagem pop, onde o figurino, a luz, o cenário, os poemas, as ideias, tudo é uma coisa só, não é apenas um recital de música, de cantora.”

Passou então a buscar espaços mais alternativos e de vanguarda na cidade, para se apresentar. Em 1987, Adriana e Luciano montaram um show chamado A Mulher do Pau Brasil, para falar do Modernismo, onde ela encarnava a personagem título e lia trechos da carta de Pero Vaz de Caminha para o rei de Portugal, com suas impressões sobre o Brasil, entre canções muito bem escolhidas para aquele tema.

O sucesso dos primeiros álbuns e primeiras músicas de Adriana Calcanhotto

Em 1989, após uma sequência de temporadas bem-sucedidas no circuito vanguardista de Porto Alegre e São Paulo, Adriana Calcanhotto foi convidada para cantar no Rio de Janeiro.

A boa repercussão da crítica levou ao primeiro disco, Enguiço, em 1990, que traz parte do repertório dos shows que a revelaram e lhe rende o Prêmio Sharp de Revelação Feminina.

Enguiço foi dedicado à Maria Bethânia: Calcanhotto afirma que não existiria como artista se não fosse Bethânia, por isso a homenagem era natural e óbvia.

Entre as músicas do primeiro disco de Adriana Calcanhotto estão:

  • a faixa-título e Mortaes (ambas de sua autoria);
  • e as regravações dos sucessos:
    • Sonífera Ilha (dos Titãs Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Carlos Barmak e Ciro Pessoa);
    • Naquela Estação (de Caetano Veloso e João Donato, que logo entrou na trilha sonora da novela Rainha da Sucata, neste mesmo ano);
    • Caminhoneiro (versão de Erasmo e Roberto Carlos para a canção Gentle on my Mind, de John Hartford);
    • Disseram que eu Voltei Americanizada (de Vicente Paiva e Luís Peixoto, sucesso na voz de Carmem Miranda);
    • e Nunca (de Lupicínio Rodrigues).

Em 1992, Adriana Calcanhotto lançou o seu segundo álbum: Senhas. Das 13 faixas, nove são músicas autorais, entre elas, grandes sucessos que alavancaram ainda mais a carreira da artista no Brasil inteiro, as clássicas:

  • Mentiras (que entrou para a trilha da novela Renascer);
  • Esquadros;
  • e Graffitis;
  • Negros;
  • Senhas;
  •  Segundos;
  • e Água Perrier (parceria dela com Antônio Cícero).

Entre as regravações do disco:

  • o mashup das canções Miséria (dos Titãs Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Sérgio Britto) e Milagres (de Cazuza, Frejat e Denise Barros), com a participação dos Moleques de Rua na percussão;
  • além da clássica O Nome da Cidade (de Caetano Veloso).

Neste álbum, Adriana também atuou como produtora e arranjadora, além de tocar violão.

Em 1994, a artista lançou o disco A Fábrica do Poema, trazendo doses de experimentalismo, com poemas de Augusto de Campos, Gertrude Stein, textos do cineasta Joaquim Pedro de Andrade e parcerias com Waly Salomão, Arnaldo Antunes, Antônio Cícero e Jorge Salomão.

Entre os sucessos do álbum, que recebeu disco de ouro, estão as músicas:

  • Metade;
  • Cariocas;
  • Inverno (parceria com Antônio Cícero);
  • e a faixa-título (parceria com Waly Salomão).

Mais e mais músicas de sucessos

Em 1996, Maria Bethânia gravou duas músicas de Adriana Calcanhotto para o seu disco Âmbar: a faixa que dá nome ao álbum e Uns Versos.

Em 1998, Calcanhotto lançou o disco Maritmo (sem acento mesmo, um jogo de palavras inventado pela artista, com “mar” e ritmo”). O álbum explicita sua paixão pelo mar, como espaço físico e metafísico:

“Queria um ambiente de mar e de dança, de movimento, de levar e trazer, de ondulação e impermanência”, conta a artista.

O disco traz influências da dance music e conta com os grandes sucessos Vambora (dela mesma, que entrou para a trilha da novela Torre de Babel) e Mais Feliz (de Cazuza, Bebel Gilberto e, que entrou para a trilha da novela Suave Veneno), além das canções:

  • Vamos Comer Caetano;
  •  Dançando;
  • e as regravações dos clássicos:
    • Por Isso Corro Demais (de Roberto Carlos);
    • e Quem Vem Pra Beira do Mar (de Dorival Caymmi). 

O álbum é o primeiro de uma trilogia que traz referências sobre o mar no título e conquistou disco de ouro.

Em 2000, Adriana Calcanhotto lançou o álbum ao vivo Público, que recebeu disco de platina e trouxe grandes músicas já consagradas da carreira da artista, além de duas novas regravações de muito sucesso:

  • Devolva-me (da dupla da Jovem Guarda Leno & Lilian, que entrou para a trilha da novela Laços de Família);
  • e Maresia (de Paulo Machado e Antônio Cícero).

O disco também conta com o sucesso Medo de Amar Nº3 (de Péricles Cavalcanti) e com as versões dos clássicos:

  • E o Mundo Não Se Acabou (de Assis Valente);
  • Dona de Castelo (Jards Macalé e Waly Salomão);
  • e Clandestino (do francês Manu Chao).

Este álbum também virou DVD.

Em 2002, foi a vez do disco Cantada, que também ganhou disco de platina e trouxe os grandes sucessos:

  • Pelos Ares (parceria com Antônio Cícero);
  • Justo Agora (só de Calcanhotto);
  • e Cantada (Depois de Ter Você), composta especialmente para Maria Bethânia e interpretada lindamente pelas duas artistas no futuro.

O álbum conta com a participação da banda Los Hermanos, de Moreno Veloso e de Daniel Jobim. Adriana também interpretou no disco duas canções da popstar Madonna – Music e Impressive Instant – e um poema de Carlos Drummond de Andrade.

Multiartista, Adriana Calcanhotto ilustrou, em 2003, o livro-disco O Poeta Aprendiz, de Vinicius de Moraes e Toquinho.

Adriana Partimpim 

Em 2004, com o heterônimo de Adriana Partimpim – apelido pelo qual o pai a chamava na infância – Adriana Calcanhotto lançou o primeiro da sua série de discos com músicas para crianças. O sucesso foi tanto, que o trabalho – além de ganhar disco de ouro – venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Infantil.

Entre as canções do álbum estão os hits:

  • Fico Assim Sem Você (de Abdullah e Cacá Moraes, sucesso na voz de Claudinho & Buchecha);
  • Oito Anos (de Paula Toller e Dunga);
  • e Ciranda da Bailarina (de Chico Buarque e Edu Lobo).

Em 2005, o álbum ganhou uma versão ao vivo, também em DVD, chamado Adriana Partimpim – O Show, que traz também outros clássicos de sucesso, em versões para crianças, como:

  • O Poeta Aprendiz (de Toquinho e Vinicius de Moraes);
  • e uma sequência de composições de Adriana em parceria com o poeta Ferreira Gullar: O Gato e a Pulga, O Ron-Ron do Gatinho, entre outras.

No espetáculo, os músicos usam, além dos instrumentos musicais convencionais, caixas de música, prato e colher, saco plástico, lixa, garrafa pet e até água para fazer a sonoplastia. Também atuam, interpretando personagens infantis.

Em 2007, Adriana participou da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. 

Em 2008, continuou a trilogia com temática sobre o mar – iniciada dez anos antes – e lançou o álbum Maré. Três canções deste trabalho estiveram em trilhas de novelas da Rede Globo:

  • Mulher Sem Razão (de Bebel Gilberto, Cazuza e Dé Palmeira, entrou na novela A Favorita);
  • Três (de Marina Lima e seu irmão Antônio Cícero, em Ciranda de Pedra);
  • e Um Dia Desses (somente de Adriana e com a participação de Moreno Veloso, na novela Três Irmãs).

Outro grande sucesso do disco é a canção Seu Pensamento, parceria de Calcanhotto com Dé Palmeira. O álbum fez muito sucesso em Portugal e ganhou disco de ouro.

Adriana Multitalentos 

Ainda em 2008, a artista aventurou-se pela primeira vez no texto em prosa e lançou o livro Saga Lusa: O Relato de uma Viagem, sobre sua viagem à Portugal na turnê do disco Maré

O livro mostra como foram as 120 horas em que Adriana ficou sem dormir e delirando aos efeitos causados por uma mistura de remédios para curar uma forte gripe. A escrita – feita nos momentos de delírio, insônia e medos – tornou-se a única atividade que Calcanhotto, sentada em frente ao seu computador, conseguia realizar. Tudo isso com muito bom humor e muitas risadas de si mesma!

Em 2009, Adriana Calcanhotto lançou o álbum Partimpim Dois, que conta com mais músicas de sucesso voltados para o público infantil, ou – como prefere dizer Adriana – de classificação livre.

Entre as canções, os grandes clássicos:

  • Gatinha Manhosa (Roberto e Erasmo Carlos);
  • Trenzinho Caipira (de Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar);
  • Bim Bom (João Gilberto);
  • e As Borboletas (Cid Campos e Vinicius de Moraes).

O disco ganhou uma versão em DVD no ano seguinte: Partimpim Dois É Show.

Em 2010, com sua canção Tua, interpretada por Maria Bethânia, Adriana Calcanhotto ganhou o Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa.

Em 2011, a artista ilustrou o livro Melchior, O Mais Melhor, de Vik Muniz.

Micróbio do Samba

Também em 2011, lançou o disco Micróbio do Samba, totalmente autoral e dedicado ao samba. São 12 faixas, onze somente de Adriana e apenas uma em parceria com Dadi: Vem Ver.

Duas canções são grandes sucessos que já tinham sido gravadas por outras duas importantes cantoras da MPB: Beijo Sem, por Teresa Cristina e Marisa Monte; e Vai Saber?, apenas por Marisa. O disco também conta com a composição inédita, somente de Calcanhotto, Mais Perfumado, indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa.

No ano seguinte, a cantora lançou o CD e DVD Multishow ao Vivo – Micróbio Vivo, com sucessos do álbum anterior e também outras canções como Argumento (de Paulinho da Viola) e Esses Moços (de Lupicínio Rodrigues). O disco também conta com a composição inédita, somente de Adriana, Maldito Rádio.

Partimpim Tlês

Em 2012, como Adriana Partimpim, lançou o terceiro da sua série de discos idealizados para crianças: Partimpim Tlês, que conta com clássicos como:

  • Taj Mahal (de Jorge Ben Jor);
  • Lindo Lago do Amor (de Gonzaguinha);
  • Passaredo (de Chico Buarque e Francis Hime);
  • De Onde Vem o Baião (de Gilberto Gil);
  • e Acalanto (de Dorival Caymmi).

Em 2013, Adriana Calcanhotto levou a turnê do show Olhos de Onda para algumas cidades de Portugal e, no ano seguinte, a turnê virou um disco ao vivo com o mesmo nome. Entre as músicas, grandes sucessos já consagrados da carreira da artista, além de canções como:

  • Para Lá (parceria de Adriana com Arnaldo Antunes);
  • Me Dê Motivo (de Michael Sullivan e Paulo Massadas, sucesso na voz de Tim Maia);
  • e Back to Black (de Amy Winehouse).

Neste disco, entre as composições inéditas, somente de Adriana, também estão a faixa-título, Canção de Novela e E Sendo Amor.

Loucura: Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues

Em 2014, a cantora fez um único show em homenagem a seu conterrâneo Lupicínio Rodrigues. A apresentação foi gravada e lançada em CD e DVD, ao vivo, com o nome de Loucura: Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues.

O repertório conta com clássicos do repertório de Lupicínio, como Loucura, Vingança, Felicidade e Nervos de Aço.

Em 2016, Calcanhotto lançou, com curadoria do poeta Eucanaã Ferraz, seu livro de letras Pra Que É Que Serve Uma Canção Como Essa?.

E ela não pára!

De abril de 2018 a fevereiro de 2019, Adriana Calcanhotto trabalhou na turnê musical internacional A Mulher do Pau-Brasil, que passou pelos principais palcos do Brasil e de Portugal, onde a artista havia trabalhado como professora convidada pelo curso de Letras da Universidade de Coimbra

A cantora foi, inclusive, nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa da Universidade de Coimbra, no final de 2015. Em Portugal, ela ministra master classes sobre poesia portuguesa e brasileira, trovadores provençais e galegos, sobre a invenção da língua portuguesa e a canção popular do Brasil.

O show foi idealizado como concerto-tese, uma conclusão da residência artística de Adriana Calcanhotto na Universidade, onde estivera nos últimos dois anos entre cursos e apresentações. A imensa repercussão do show gerou uma turnê, que começou pela Europa e chegou a diversas cidades brasileiras.

Para este espetáculo, Adriana elaborou um roteiro com músicas compostas no período que passou em Portugal – como a inédita e autobiográfica faixa-título (que conta a história lá daquele começo de carreira em Porto Alegre e daquele primeiro espetáculo, que realizou em 1987); e com releituras como As Caravanas (de Chico Buarque); além de outros clássicos de seu repertório já consagrados.

“A ideia foi lidar com a identidade artística e cultural do Brasil a partir dos modernistas. De seus ecos e efeitos no tropicalismo e depois, e na importância para o fim das discussões entre alta e baixa cultura”, conta a artista em seu site oficial.

Nos anos 2018 e 2019, Calcanhotto também ministrou o curso de composição Como Escrever Canções, na Universidade de Coimbra.

Nada Ficou no Lugar

Entre o final de 2018 e o início de 2019, Adriana recebe um álbum-tributo, em que  artistas do novo cenário musical brasileiro interpretam versões de várias de suas canções. O projeto, chamado Nada Ficou no Lugar, conta com a participação de nomes como:

  • Johnny Hooker;
  • Mahmundi;
  • Rubel;
  • Priscila Tossan;
  • Baco Exu do Blues;
  • Alice Caymmi;
  • Larissa Luz;
  • Preta Gil;
  • Duda Beat;
  • Jaloo;
  • e Letrux.

Em 2019, após um hiato de sete anos de gravações em estúdio, Adriana lançou o disco Margem, o último capítulo da trilogia iniciada com Maritmo (1998) e Maré (2008). O álbum conta com os sucessos:

  • Tua e Era Pra Ser, gravados anteriormente por Bethânia;
  • a inédita Dessa Vez;
  • e o funk Meu Bonde.

Sobre Dessa Vez, Adriana fez uma campanha em parceria com a ONG Route Brasil: a cada play na música da cantora no Spotify, seria retirado um plástico, pet ou qualquer unidade de lixo das praias do Rio de Janeiro. A pessoa que teve mais plays ouviu a música 3.638 vezes e ganhou um kit de sustentabilidade especial. A campanha destacou o tema político do álbum, em uma manifestação artística contra a poluição dos mares.

No mesmo ano, a artista fez o espetáculo da Turnê Margem, que tornou-se CD e DVD, lançado em 2020: Margem, Finda a Viagem. O disco conta com clássicos dos discos anteriores e a participação de Rubel, na faixa de sua autoria: Você Me Pergunta. Outras faixas de destaque do disco são:

  • Futuros Amantes (de Chico Buarque);
  • e Porto Alegre (Nos Braços de Calipso), de Péricles Cavalcanti.

Também em 2020, Adriana lançou o disco , com nove composições inéditas da artista, feitas durante a Pandemia de Covid-19. Entre as canções:

  • Bunda Lê Lê;
  • Tive Notícias;
  • e Corre o Munda (feita em homenagem à Coimbra).

O álbum foi composto, produzido, gravado e mixado em 43 dias, entre 27 de março e 8 de maio, e a ficha traz até a hora em que cada canção foi escrita, junto ao dia. Adriana conta que o período de isolamento a inspirou a escrever as canções:

“Tem a ver também com essa coisa de estar em casa, não ter o que fazer, nem outros compromissos, fora as coisas da casa. A criação gosta disso”. 

É como se eu tivesse a missão de fazer pão todos os dias. Mas não sei fazer pães, só sei fazer canções.”.

Junto com o álbum, Adriana Calcanhotto lançou um grande clipe-sequência de todas as músicas, registradas em seu quarto. A artista dedicou o álbum a Moraes Moreira, que morreu no início da pandemia.

Ainda em 2020, Adriana lançou o álbum ao vivo Margem, Finda a Viagem, e em 2021, o disco de remixes, Remix Século XXI.

O mais recente lançamento de Adriana Calcanhotto, Errante, é de 2023 e conta com 11 músicas inéditas.

Viva, Adriana Calcanhotto!

58 anos de Adriana Calcanhotto: a vida, obra e maiores sucessos da artista

Hoje é aniversário de uma das maiores artistas da nossa MPB: a cantora, compositora, instrumentista, arranjadora, ilustradora, escritora, professora e produtora musical, Adriana Calcanhotto! Além de autora e intérprete responsável por diversas músicas de sucesso, também fez parcerias com outros grandes poetas da MPB.

Com seu repertório cheio de poesia e sua inconfundível e deliciosa voz, já produziu em conjunto com Antônio Cícero e Waly Salomão – e compôs canções para outros grandes intérpretes, como Maria Bethânia, Gal Costa, Marisa Monte e Ney Matogrosso.

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Preparamos uma matéria especial para homenagear a aniversariante do dia e sua obra, que possui uma contribuição imensa para a música popular brasileira.

Aproveite!

Foto: Leo Aversa / Divulgação

Adriana Calcanhotto

Nascida em Porto Alegre, em 1965, filha de um baterista de jazz e bossa nova e de uma bailarina e professora de Educação Física, Adriana Calcanhotto já cresceu cercada de arte. Aos seis anos ganhou da avó o primeiro violão. 

Aprendeu a tocar o instrumento e também – mais tarde – a cantar, e logo passou a se interessar pela música popular, a literatura e as artes plásticas. Suas influências também passaram pelo Modernismo Brasileiro e pelo Movimento Antropofágico.

Início da música

Sua carreira profissional na música começou em meados dos anos 80, mais precisamente em 1984, se apresentando em formato voz e violão em bares e casas noturnas de sua cidade natal. 

Mas, como ela mesma conta em seu site oficial, logo percebeu que não era cantora de covers e que queria se apropriar das canções. Em 1986, começou a fazer projetos com Luciano Alabarse, diretor teatral de Porto Alegre, pois gostava de pensar no espetáculo como um todo:

“dentro de uma linguagem pop, onde o figurino, a luz, o cenário, os poemas, as ideias, tudo é uma coisa só, não é apenas um recital de música, de cantora.”

Passou então a buscar espaços mais alternativos e de vanguarda na cidade, para se apresentar. Em 1987, Adriana e Luciano montaram um show chamado A Mulher do Pau Brasil, para falar do Modernismo, onde ela encarnava a personagem título e lia trechos da carta de Pero Vaz de Caminha para o rei de Portugal, com suas impressões sobre o Brasil, entre canções muito bem escolhidas para aquele tema.

O sucesso dos primeiros álbuns e primeiras músicas de Adriana Calcanhotto

Em 1989, após uma sequência de temporadas bem-sucedidas no circuito vanguardista de Porto Alegre e São Paulo, Adriana Calcanhotto foi convidada para cantar no Rio de Janeiro.

A boa repercussão da crítica levou ao primeiro disco, Enguiço, em 1990, que traz parte do repertório dos shows que a revelaram e lhe rende o Prêmio Sharp de Revelação Feminina.

Enguiço foi dedicado à Maria Bethânia: Calcanhotto afirma que não existiria como artista se não fosse Bethânia, por isso a homenagem era natural e óbvia.

Entre as músicas do primeiro disco de Adriana Calcanhotto estão:

  • a faixa-título e Mortaes (ambas de sua autoria);
  • e as regravações dos sucessos:
    • Sonífera Ilha (dos Titãs Branco Mello, Marcelo Fromer, Tony Bellotto, Carlos Barmak e Ciro Pessoa);
    • Naquela Estação (de Caetano Veloso e João Donato, que logo entrou na trilha sonora da novela Rainha da Sucata, neste mesmo ano);
    • Caminhoneiro (versão de Erasmo e Roberto Carlos para a canção Gentle on my Mind, de John Hartford);
    • Disseram que eu Voltei Americanizada (de Vicente Paiva e Luís Peixoto, sucesso na voz de Carmem Miranda);
    • e Nunca (de Lupicínio Rodrigues).

Em 1992, Adriana Calcanhotto lançou o seu segundo álbum: Senhas. Das 13 faixas, nove são músicas autorais, entre elas, grandes sucessos que alavancaram ainda mais a carreira da artista no Brasil inteiro, as clássicas:

  • Mentiras (que entrou para a trilha da novela Renascer);
  • Esquadros;
  • e Graffitis;
  • Negros;
  • Senhas;
  •  Segundos;
  • e Água Perrier (parceria dela com Antônio Cícero).

Entre as regravações do disco:

  • o mashup das canções Miséria (dos Titãs Arnaldo Antunes, Paulo Miklos e Sérgio Britto) e Milagres (de Cazuza, Frejat e Denise Barros), com a participação dos Moleques de Rua na percussão;
  • além da clássica O Nome da Cidade (de Caetano Veloso).

Neste álbum, Adriana também atuou como produtora e arranjadora, além de tocar violão.

Em 1994, a artista lançou o disco A Fábrica do Poema, trazendo doses de experimentalismo, com poemas de Augusto de Campos, Gertrude Stein, textos do cineasta Joaquim Pedro de Andrade e parcerias com Waly Salomão, Arnaldo Antunes, Antônio Cícero e Jorge Salomão.

Entre os sucessos do álbum, que recebeu disco de ouro, estão as músicas:

  • Metade;
  • Cariocas;
  • Inverno (parceria com Antônio Cícero);
  • e a faixa-título (parceria com Waly Salomão).

Mais e mais músicas de sucessos

Em 1996, Maria Bethânia gravou duas músicas de Adriana Calcanhotto para o seu disco Âmbar: a faixa que dá nome ao álbum e Uns Versos.

Em 1998, Calcanhotto lançou o disco Maritmo (sem acento mesmo, um jogo de palavras inventado pela artista, com “mar” e ritmo”). O álbum explicita sua paixão pelo mar, como espaço físico e metafísico:

“Queria um ambiente de mar e de dança, de movimento, de levar e trazer, de ondulação e impermanência”, conta a artista.

O disco traz influências da dance music e conta com os grandes sucessos Vambora (dela mesma, que entrou para a trilha da novela Torre de Babel) e Mais Feliz (de Cazuza, Bebel Gilberto e, que entrou para a trilha da novela Suave Veneno), além das canções:

  • Vamos Comer Caetano;
  •  Dançando;
  • e as regravações dos clássicos:
    • Por Isso Corro Demais (de Roberto Carlos);
    • e Quem Vem Pra Beira do Mar (de Dorival Caymmi). 

O álbum é o primeiro de uma trilogia que traz referências sobre o mar no título e conquistou disco de ouro.

Em 2000, Adriana Calcanhotto lançou o álbum ao vivo Público, que recebeu disco de platina e trouxe grandes músicas já consagradas da carreira da artista, além de duas novas regravações de muito sucesso:

  • Devolva-me (da dupla da Jovem Guarda Leno & Lilian, que entrou para a trilha da novela Laços de Família);
  • e Maresia (de Paulo Machado e Antônio Cícero).

O disco também conta com o sucesso Medo de Amar Nº3 (de Péricles Cavalcanti) e com as versões dos clássicos:

  • E o Mundo Não Se Acabou (de Assis Valente);
  • Dona de Castelo (Jards Macalé e Waly Salomão);
  • e Clandestino (do francês Manu Chao).

Este álbum também virou DVD.

Em 2002, foi a vez do disco Cantada, que também ganhou disco de platina e trouxe os grandes sucessos:

  • Pelos Ares (parceria com Antônio Cícero);
  • Justo Agora (só de Calcanhotto);
  • e Cantada (Depois de Ter Você), composta especialmente para Maria Bethânia e interpretada lindamente pelas duas artistas no futuro.

O álbum conta com a participação da banda Los Hermanos, de Moreno Veloso e de Daniel Jobim. Adriana também interpretou no disco duas canções da popstar Madonna – Music e Impressive Instant – e um poema de Carlos Drummond de Andrade.

Multiartista, Adriana Calcanhotto ilustrou, em 2003, o livro-disco O Poeta Aprendiz, de Vinicius de Moraes e Toquinho.

Adriana Partimpim 

Em 2004, com o heterônimo de Adriana Partimpim – apelido pelo qual o pai a chamava na infância – Adriana Calcanhotto lançou o primeiro da sua série de discos com músicas para crianças. O sucesso foi tanto, que o trabalho – além de ganhar disco de ouro – venceu o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Infantil.

Entre as canções do álbum estão os hits:

  • Fico Assim Sem Você (de Abdullah e Cacá Moraes, sucesso na voz de Claudinho & Buchecha);
  • Oito Anos (de Paula Toller e Dunga);
  • e Ciranda da Bailarina (de Chico Buarque e Edu Lobo).

Em 2005, o álbum ganhou uma versão ao vivo, também em DVD, chamado Adriana Partimpim – O Show, que traz também outros clássicos de sucesso, em versões para crianças, como:

  • O Poeta Aprendiz (de Toquinho e Vinicius de Moraes);
  • e uma sequência de composições de Adriana em parceria com o poeta Ferreira Gullar: O Gato e a Pulga, O Ron-Ron do Gatinho, entre outras.

No espetáculo, os músicos usam, além dos instrumentos musicais convencionais, caixas de música, prato e colher, saco plástico, lixa, garrafa pet e até água para fazer a sonoplastia. Também atuam, interpretando personagens infantis.

Em 2007, Adriana participou da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. 

Em 2008, continuou a trilogia com temática sobre o mar – iniciada dez anos antes – e lançou o álbum Maré. Três canções deste trabalho estiveram em trilhas de novelas da Rede Globo:

  • Mulher Sem Razão (de Bebel Gilberto, Cazuza e Dé Palmeira, entrou na novela A Favorita);
  • Três (de Marina Lima e seu irmão Antônio Cícero, em Ciranda de Pedra);
  • e Um Dia Desses (somente de Adriana e com a participação de Moreno Veloso, na novela Três Irmãs).

Outro grande sucesso do disco é a canção Seu Pensamento, parceria de Calcanhotto com Dé Palmeira. O álbum fez muito sucesso em Portugal e ganhou disco de ouro.

Adriana Multitalentos 

Ainda em 2008, a artista aventurou-se pela primeira vez no texto em prosa e lançou o livro Saga Lusa: O Relato de uma Viagem, sobre sua viagem à Portugal na turnê do disco Maré

O livro mostra como foram as 120 horas em que Adriana ficou sem dormir e delirando aos efeitos causados por uma mistura de remédios para curar uma forte gripe. A escrita – feita nos momentos de delírio, insônia e medos – tornou-se a única atividade que Calcanhotto, sentada em frente ao seu computador, conseguia realizar. Tudo isso com muito bom humor e muitas risadas de si mesma!

Em 2009, Adriana Calcanhotto lançou o álbum Partimpim Dois, que conta com mais músicas de sucesso voltados para o público infantil, ou – como prefere dizer Adriana – de classificação livre.

Entre as canções, os grandes clássicos:

  • Gatinha Manhosa (Roberto e Erasmo Carlos);
  • Trenzinho Caipira (de Heitor Villa-Lobos e Ferreira Gullar);
  • Bim Bom (João Gilberto);
  • e As Borboletas (Cid Campos e Vinicius de Moraes).

O disco ganhou uma versão em DVD no ano seguinte: Partimpim Dois É Show.

Em 2010, com sua canção Tua, interpretada por Maria Bethânia, Adriana Calcanhotto ganhou o Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa.

Em 2011, a artista ilustrou o livro Melchior, O Mais Melhor, de Vik Muniz.

Micróbio do Samba

Também em 2011, lançou o disco Micróbio do Samba, totalmente autoral e dedicado ao samba. São 12 faixas, onze somente de Adriana e apenas uma em parceria com Dadi: Vem Ver.

Duas canções são grandes sucessos que já tinham sido gravadas por outras duas importantes cantoras da MPB: Beijo Sem, por Teresa Cristina e Marisa Monte; e Vai Saber?, apenas por Marisa. O disco também conta com a composição inédita, somente de Calcanhotto, Mais Perfumado, indicada ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa.

No ano seguinte, a cantora lançou o CD e DVD Multishow ao Vivo – Micróbio Vivo, com sucessos do álbum anterior e também outras canções como Argumento (de Paulinho da Viola) e Esses Moços (de Lupicínio Rodrigues). O disco também conta com a composição inédita, somente de Adriana, Maldito Rádio.

Partimpim Tlês

Em 2012, como Adriana Partimpim, lançou o terceiro da sua série de discos idealizados para crianças: Partimpim Tlês, que conta com clássicos como:

  • Taj Mahal (de Jorge Ben Jor);
  • Lindo Lago do Amor (de Gonzaguinha);
  • Passaredo (de Chico Buarque e Francis Hime);
  • De Onde Vem o Baião (de Gilberto Gil);
  • e Acalanto (de Dorival Caymmi).

Em 2013, Adriana Calcanhotto levou a turnê do show Olhos de Onda para algumas cidades de Portugal e, no ano seguinte, a turnê virou um disco ao vivo com o mesmo nome. Entre as músicas, grandes sucessos já consagrados da carreira da artista, além de canções como:

  • Para Lá (parceria de Adriana com Arnaldo Antunes);
  • Me Dê Motivo (de Michael Sullivan e Paulo Massadas, sucesso na voz de Tim Maia);
  • e Back to Black (de Amy Winehouse).

Neste disco, entre as composições inéditas, somente de Adriana, também estão a faixa-título, Canção de Novela e E Sendo Amor.

Loucura: Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues

Em 2014, a cantora fez um único show em homenagem a seu conterrâneo Lupicínio Rodrigues. A apresentação foi gravada e lançada em CD e DVD, ao vivo, com o nome de Loucura: Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues.

O repertório conta com clássicos do repertório de Lupicínio, como Loucura, Vingança, Felicidade e Nervos de Aço.

Em 2016, Calcanhotto lançou, com curadoria do poeta Eucanaã Ferraz, seu livro de letras Pra Que É Que Serve Uma Canção Como Essa?.

E ela não pára!

De abril de 2018 a fevereiro de 2019, Adriana Calcanhotto trabalhou na turnê musical internacional A Mulher do Pau-Brasil, que passou pelos principais palcos do Brasil e de Portugal, onde a artista havia trabalhado como professora convidada pelo curso de Letras da Universidade de Coimbra

A cantora foi, inclusive, nomeada Embaixadora da Língua Portuguesa da Universidade de Coimbra, no final de 2015. Em Portugal, ela ministra master classes sobre poesia portuguesa e brasileira, trovadores provençais e galegos, sobre a invenção da língua portuguesa e a canção popular do Brasil.

O show foi idealizado como concerto-tese, uma conclusão da residência artística de Adriana Calcanhotto na Universidade, onde estivera nos últimos dois anos entre cursos e apresentações. A imensa repercussão do show gerou uma turnê, que começou pela Europa e chegou a diversas cidades brasileiras.

Para este espetáculo, Adriana elaborou um roteiro com músicas compostas no período que passou em Portugal – como a inédita e autobiográfica faixa-título (que conta a história lá daquele começo de carreira em Porto Alegre e daquele primeiro espetáculo, que realizou em 1987); e com releituras como As Caravanas (de Chico Buarque); além de outros clássicos de seu repertório já consagrados.

“A ideia foi lidar com a identidade artística e cultural do Brasil a partir dos modernistas. De seus ecos e efeitos no tropicalismo e depois, e na importância para o fim das discussões entre alta e baixa cultura”, conta a artista em seu site oficial.

Nos anos 2018 e 2019, Calcanhotto também ministrou o curso de composição Como Escrever Canções, na Universidade de Coimbra.

Nada Ficou no Lugar

Entre o final de 2018 e o início de 2019, Adriana recebe um álbum-tributo, em que  artistas do novo cenário musical brasileiro interpretam versões de várias de suas canções. O projeto, chamado Nada Ficou no Lugar, conta com a participação de nomes como:

  • Johnny Hooker;
  • Mahmundi;
  • Rubel;
  • Priscila Tossan;
  • Baco Exu do Blues;
  • Alice Caymmi;
  • Larissa Luz;
  • Preta Gil;
  • Duda Beat;
  • Jaloo;
  • e Letrux.

Em 2019, após um hiato de sete anos de gravações em estúdio, Adriana lançou o disco Margem, o último capítulo da trilogia iniciada com Maritmo (1998) e Maré (2008). O álbum conta com os sucessos:

  • Tua e Era Pra Ser, gravados anteriormente por Bethânia;
  • a inédita Dessa Vez;
  • e o funk Meu Bonde.

Sobre Dessa Vez, Adriana fez uma campanha em parceria com a ONG Route Brasil: a cada play na música da cantora no Spotify, seria retirado um plástico, pet ou qualquer unidade de lixo das praias do Rio de Janeiro. A pessoa que teve mais plays ouviu a música 3.638 vezes e ganhou um kit de sustentabilidade especial. A campanha destacou o tema político do álbum, em uma manifestação artística contra a poluição dos mares.

No mesmo ano, a artista fez o espetáculo da Turnê Margem, que tornou-se CD e DVD, lançado em 2020: Margem, Finda a Viagem. O disco conta com clássicos dos discos anteriores e a participação de Rubel, na faixa de sua autoria: Você Me Pergunta. Outras faixas de destaque do disco são:

  • Futuros Amantes (de Chico Buarque);
  • e Porto Alegre (Nos Braços de Calipso), de Péricles Cavalcanti.

Também em 2020, Adriana lançou o disco , com nove composições inéditas da artista, feitas durante a Pandemia de Covid-19. Entre as canções:

  • Bunda Lê Lê;
  • Tive Notícias;
  • e Corre o Munda (feita em homenagem à Coimbra).

O álbum foi composto, produzido, gravado e mixado em 43 dias, entre 27 de março e 8 de maio, e a ficha traz até a hora em que cada canção foi escrita, junto ao dia. Adriana conta que o período de isolamento a inspirou a escrever as canções:

“Tem a ver também com essa coisa de estar em casa, não ter o que fazer, nem outros compromissos, fora as coisas da casa. A criação gosta disso”. 

É como se eu tivesse a missão de fazer pão todos os dias. Mas não sei fazer pães, só sei fazer canções.”.

Junto com o álbum, Adriana Calcanhotto lançou um grande clipe-sequência de todas as músicas, registradas em seu quarto. A artista dedicou o álbum a Moraes Moreira, que morreu no início da pandemia.

Ainda em 2020, Adriana lançou o álbum ao vivo Margem, Finda a Viagem, e em 2021, o disco de remixes, Remix Século XXI.

O mais recente lançamento de Adriana Calcanhotto, Errante, é de 2023 e conta com 11 músicas inéditas.

Viva, Adriana Calcanhotto!

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