As atividades do 4º Inova Portos prosseguem nesta quarta-feira (25/10), com mais palestras e projetos tecnológicos para o Porto de Santos. O objetivo é modernizar o maior complexo portuário da América Latina e ele pode ser ampliado. A ideia é inserir a Área Continental de São Vicente no projeto.
A proposta foi comentada nesta terça-feira (24/10) pelo presidente da Autoridade Portuária (APS), Anderson Pomini. Segundo ele, a intenção é fazer uma expansão da poligonal portuária na Área Continental.
“Nós temos diversos projetos em andamento. Estamos estudando, nesse exato momento, em especial, por um pedido diário do prefeito Kayo Amado e do Deputado Estadual Caio França, a revisão da poligonal. Algumas áreas já foram estudadas pelo nosso corpo técnico e se apresentam com essas características portuárias e retro portuárias. Nós analisamos, recentemente, após o pedido do prefeito elementos trazidos por ele que justificam a inserção de algumas áreas continentais da cidade na poligonal do Porto de Santos”.
Ainda de acordo com Anderson Pomini, São Vicente também pode colaborar se tornando uma rede de hidrovias. Segundo ele, a cidade tem o potencial para este sistema de transportes.
“Nada adianta implementarmos mais berços, mais terminais, se não tivermos capacidade de escoamento da produção, daí a importância de conectarmos algumas áreas. Pensando nisso, faremos uma proposta formal ao Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para a expansão da área poligonal, principalmente das cidades com potencial de expansão hidroviária, como São Vicente”.
Potencial da cidade
O ministro das Micro e Pequenas empresas, Márcio França, avaliou o potencial da cidade para o maior Porto da América Latina.
“São Vicente ainda tem muito espaço livre, especialmente na área continental, portanto, na minha visão, a logística ligada ao setor de petróleo vai ser a área que mais vai permitir a expansão. Primeiro, porque o VLT vai para lá, então, isso vai facilitar a questão da mobilidade e, depois, porque São Vicente tem o único local físico no Litoral de São Paulo que comporta um Porto Offshore, sem a necessidade de dragagem”.
O prefeito Kayo Amado (Podemos) ressalta que as tratativas já acontecem há algum tempo. “Desde o início do nosso mandato a gente estava procurando sempre os responsáveis pela questão portuária, para entender como a cidade poderia se conectar com essa dinâmica. Nós acreditamos que, primeiro, há uma reparação histórica”, conta.
“O Porto das Naus é o primeiro porto alfandegado do Brasil e hoje está em ruínas, precisando de investimentos para, inclusive, valorizar a história do porto. Ali é um espaço cultural, mas, que tem uma história portuária. Segundo a questão da área continental e essa é uma questão fundamental. Existem muitas áreas disponíveis, muito próximas, a 16 quilômetros do porto, então, é uma oportunidade que a gente tem de gerar emprego na cidade”, finaliza o prefeito.