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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A população brasileira está cada vez mais envelhecida, como mostra a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (27).

Em 1980, o IBGE apontou que 4% da população tinha entre 65 anos ou mais. Agora, o número mais que dobrou, e 10,9% dos brasileiros pertencem a esta faixa etária. Hoje, especialistas afirmam que o perfil de idosos mudou ao longo dos anos.

A empresária Creusa do Carmo Maurício Biasioli, 75, sente essa mudança na sociedade. “Quando eu era jovem, uma pessoa com 50 anos já era considerada velha. Hoje, eu e qualquer pessoas com mais idade, pode definir o que fazer da sua vida.”

Hoje, ela comanda uma siderúrgica e afirma que tenta equilibrar a história da empresa com renovação. “Não existe renovação sem um passado por trás. Construí esse passado e busco que o futuro seja galgado em atitudes consistentes e profissionais”, diz.

Para o médico gerontólogo Alexandre Kalache, diante desta pressão numérica foi inevitável uma mudança na percepção sobre o envelhecer no Brasil.

“Estamos mudando a construção social, a percepção do que é o envelhecimento, mas isso vale para uma faixa da população que é privilegiada. No Brasil, a maioria está envelhecendo como envelheceram seus pais e seus avós, porque não tiveram nenhuma oportunidade.”

Para o médico Kalache, é preciso consistência e uma perspectiva de curso de vida, como incentivo a educação que possa ser utilizado nas diferentes fases da vida.

Além de políticas públicas, Kalache afirma que é preciso que empresas também passem a se conscientizar sobre a necessidade de se investir no funcionário. “É preciso reter o empregado e fazer com que ele seja mais produtivo e competitivo, como na saúde, porque se ele for empregado doente, não vai render”, diz ele.

O médico diz ainda ainda que empresas precisam investir no aprendizado e compreender que o funcionário não vai exercer a mesma função para o resto da vida. “Aos 70 anos, você não tem a capacidade funcional, física, respiratória, que tinha 50 anos atrás. Mas, tem outras qualidades e atributos que você não tinha aos 20 anos”, afirma ele.

Gerontólogo, ele alerta que a participação do idoso na sociedade pressupõe que ele esteja ciente dos seus direitos. “Não é um favorzinho, não basta ter prioridade na hora de fazer check-in no aeroporto. É direito de participar ativamente da sociedade.”

Ao 78 anos, Kalache usa sua trajetória para explicar a mudança no perfil dos idosos. “Se eu comparo o meu envelhecimento com o dos meus pais ou meus avós, eles simplesmente amarravam a chuteira”, diz o médico.

Ele é da geração baby boomer, como são classificados aqueles nascidos entre 1945 e 1964, período pós-Segunda Guerra Mundial, que foi marcado por uma explosão de natalidade.

No Brasil, esse aumento da taxa de crescimento populacional começou em 1940 e se estendeu pelos 20 anos seguintes, até alcançar o pico de 2,9% ao ano em 1960.

“As pessoas tinham a ilusão de que viveríamos em paz. Foi também período de crescimento econômico. Tinha 15 anos quando ouvi sobre a pílula anticoncepcional que permitiu que as mulheres pudessem entrar no mercado de trabalho, estudar mais tempo, ter outra visão de mundo.”

ISABELLA MENON / Folhapress

Envelhecer bem ainda é desafio e privilégio no Brasil, diz especialista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A população brasileira está cada vez mais envelhecida, como mostra a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta sexta-feira (27).

Em 1980, o IBGE apontou que 4% da população tinha entre 65 anos ou mais. Agora, o número mais que dobrou, e 10,9% dos brasileiros pertencem a esta faixa etária. Hoje, especialistas afirmam que o perfil de idosos mudou ao longo dos anos.

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A empresária Creusa do Carmo Maurício Biasioli, 75, sente essa mudança na sociedade. “Quando eu era jovem, uma pessoa com 50 anos já era considerada velha. Hoje, eu e qualquer pessoas com mais idade, pode definir o que fazer da sua vida.”

Hoje, ela comanda uma siderúrgica e afirma que tenta equilibrar a história da empresa com renovação. “Não existe renovação sem um passado por trás. Construí esse passado e busco que o futuro seja galgado em atitudes consistentes e profissionais”, diz.

Para o médico gerontólogo Alexandre Kalache, diante desta pressão numérica foi inevitável uma mudança na percepção sobre o envelhecer no Brasil.

“Estamos mudando a construção social, a percepção do que é o envelhecimento, mas isso vale para uma faixa da população que é privilegiada. No Brasil, a maioria está envelhecendo como envelheceram seus pais e seus avós, porque não tiveram nenhuma oportunidade.”

Para o médico Kalache, é preciso consistência e uma perspectiva de curso de vida, como incentivo a educação que possa ser utilizado nas diferentes fases da vida.

Além de políticas públicas, Kalache afirma que é preciso que empresas também passem a se conscientizar sobre a necessidade de se investir no funcionário. “É preciso reter o empregado e fazer com que ele seja mais produtivo e competitivo, como na saúde, porque se ele for empregado doente, não vai render”, diz ele.

O médico diz ainda ainda que empresas precisam investir no aprendizado e compreender que o funcionário não vai exercer a mesma função para o resto da vida. “Aos 70 anos, você não tem a capacidade funcional, física, respiratória, que tinha 50 anos atrás. Mas, tem outras qualidades e atributos que você não tinha aos 20 anos”, afirma ele.

Gerontólogo, ele alerta que a participação do idoso na sociedade pressupõe que ele esteja ciente dos seus direitos. “Não é um favorzinho, não basta ter prioridade na hora de fazer check-in no aeroporto. É direito de participar ativamente da sociedade.”

Ao 78 anos, Kalache usa sua trajetória para explicar a mudança no perfil dos idosos. “Se eu comparo o meu envelhecimento com o dos meus pais ou meus avós, eles simplesmente amarravam a chuteira”, diz o médico.

Ele é da geração baby boomer, como são classificados aqueles nascidos entre 1945 e 1964, período pós-Segunda Guerra Mundial, que foi marcado por uma explosão de natalidade.

No Brasil, esse aumento da taxa de crescimento populacional começou em 1940 e se estendeu pelos 20 anos seguintes, até alcançar o pico de 2,9% ao ano em 1960.

“As pessoas tinham a ilusão de que viveríamos em paz. Foi também período de crescimento econômico. Tinha 15 anos quando ouvi sobre a pílula anticoncepcional que permitiu que as mulheres pudessem entrar no mercado de trabalho, estudar mais tempo, ter outra visão de mundo.”

ISABELLA MENON / Folhapress

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