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Você sabia que a dívida pública global, que considera quanto os governos devem a seus credores, encontra-se hoje no nível mais alto dos últimos 72 anos (excluindo o período de pandemia)? O tema preocupa. Está difícil para a maior parte dos países equilibrar as finanças públicas, como disse poucos dias atrás uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O que explica tamanho endividamento? Quais podem ser os riscos para o mundo?

O alerta mais recente veio do diretor do departamento de assuntos fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Victor Gaspar. Em entrevista à imprensa estrangeira nos últimos dias, ele disse que governos ao redor do mundo deveriam tomar atitudes mais contundentes para controlar os gastos públicos e aumentar as receitas, senão há o risco de atrapalhar os esforços dos bancos centrais no combate à inflação.

Gaspar não está sozinho na análise. Desde que as economias desenvolvidas levaram os juros a níveis não vistos há décadas, analistas têm direcionado olhar especial para a elevação da dívida pública global. A razão é simples: dívida alta em cenário de juros altos significa dívida cara.

Isso porque os governos, quando muito endividados e mergulhados em dilemas fiscais, causam desconfiança nos investidores que compram seus títulos públicos, especialmente em meio ao aumento da taxa básica. “Qual a garantia de retorno?”, eles se perguntam. Para compensar o risco, a saída é pedir uma recompensa maior, o que acaba aumentando o custo da dívida do país. Sim, trata-se de um processo que se retroalimenta.

Gráfico em linhas que mostra o histórico da dívida pública em seis países no mundo e uma projeção até dois mil e vinte e oito.

Para entender por que tantos países chegaram até esse ponto, vale voltar um pouco no tempo. Três anos atrás, a situação já não era muito boa. Com a chegada da pandemia de covid-19, os gastos dos governos deram um salto enorme. O objetivo, claro, era apoiar a população em um momento em que muitos perderam seus empregos e viram sua fonte de renda secar. Só nos Estados Unidos, o socorro financeiro à sociedade foi de quase US$ 4 trilhões, somando as despesas de 2020 e 2021.

O problema é que a receita dos governos, naturalmente, veio abaixo. A restrição à produção de bens industriais e à prestação de serviços fez o PIB global (e, consequentemente, a arrecadação de impostos) despencar.

Ninguém ficou de fora. Isso ocorreu tanto nas economias desenvolvidas quanto nas emergentes. Entre os países europeus mais avançados, por exemplo, vimos que a dívida pública subiu, em 2020, cerca de 20 pontos percentuais.

Depois disso, o endividamento dos governos até caiu, como mostra o gráfico acima. Mas a maior parte deles ainda apresenta uma dívida pública em nível superior ao registrado antes da pandemia. E a previsão é que permaneça assim por um bom tempo.

O FMI projeta que a dívida pública bruta das economias avançadas aumente em média 0,8 ponto percentual por ano entre 2023 e 2028, um crescimento dez vezes mais rápido que o visto antes da crise sanitária (2014 a 2019).

A explicação para essa estimativa de alta persistente da dívida pública em relação ao PIB está, basicamente, em dois pontos:

– O PIB mundial está crescendo pouco, o que faz a razão dívida/PIB resultar em um número maior;

– O custo da dívida tende a seguir alto nos próximos anos, já que os juros globais devem demorar a voltar aos níveis de antes.

Isso impõe riscos à economia global. A necessidade de se endividar cada vez mais simplesmente para pagar suas dívidas acaba fazendo com que governos deixem de investir em áreas essenciais, como saúde, educação e meio ambiente.

Outra preocupação está na possibilidade de as dívidas de alguns governos se tornarem impagáveis, levando-os a postergar pagamentos ou emitir mais moedas. O resultado poderia ser mais inflação e crise de confiança.

Dívida pública mundial exige alerta dos governos

Marcelo Mazzei
Marcelo Mazzei
Formado em Administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, atuou desde 1988 como gestor de médias e grandes empresas de diversos ramos da economia, ocupando cargos de Gerência e Direção. De 2018 a 2023 atuou como Secretário de Desenvolvimento Econômico do município de Araçatuba e atualmente é CEO do GERAR – Grupo de Empreendedores da Região de Araçatuba, cujo foco é promover o inter-relacionamento entre as empresas filiadas, promovendo network entre elas, através de palestras, business meeting e workshops.

Você sabia que a dívida pública global, que considera quanto os governos devem a seus credores, encontra-se hoje no nível mais alto dos últimos 72 anos (excluindo o período de pandemia)? O tema preocupa. Está difícil para a maior parte dos países equilibrar as finanças públicas, como disse poucos dias atrás uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O que explica tamanho endividamento? Quais podem ser os riscos para o mundo?

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O alerta mais recente veio do diretor do departamento de assuntos fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Victor Gaspar. Em entrevista à imprensa estrangeira nos últimos dias, ele disse que governos ao redor do mundo deveriam tomar atitudes mais contundentes para controlar os gastos públicos e aumentar as receitas, senão há o risco de atrapalhar os esforços dos bancos centrais no combate à inflação.

Gaspar não está sozinho na análise. Desde que as economias desenvolvidas levaram os juros a níveis não vistos há décadas, analistas têm direcionado olhar especial para a elevação da dívida pública global. A razão é simples: dívida alta em cenário de juros altos significa dívida cara.

Isso porque os governos, quando muito endividados e mergulhados em dilemas fiscais, causam desconfiança nos investidores que compram seus títulos públicos, especialmente em meio ao aumento da taxa básica. “Qual a garantia de retorno?”, eles se perguntam. Para compensar o risco, a saída é pedir uma recompensa maior, o que acaba aumentando o custo da dívida do país. Sim, trata-se de um processo que se retroalimenta.

Gráfico em linhas que mostra o histórico da dívida pública em seis países no mundo e uma projeção até dois mil e vinte e oito.

Para entender por que tantos países chegaram até esse ponto, vale voltar um pouco no tempo. Três anos atrás, a situação já não era muito boa. Com a chegada da pandemia de covid-19, os gastos dos governos deram um salto enorme. O objetivo, claro, era apoiar a população em um momento em que muitos perderam seus empregos e viram sua fonte de renda secar. Só nos Estados Unidos, o socorro financeiro à sociedade foi de quase US$ 4 trilhões, somando as despesas de 2020 e 2021.

O problema é que a receita dos governos, naturalmente, veio abaixo. A restrição à produção de bens industriais e à prestação de serviços fez o PIB global (e, consequentemente, a arrecadação de impostos) despencar.

Ninguém ficou de fora. Isso ocorreu tanto nas economias desenvolvidas quanto nas emergentes. Entre os países europeus mais avançados, por exemplo, vimos que a dívida pública subiu, em 2020, cerca de 20 pontos percentuais.

Depois disso, o endividamento dos governos até caiu, como mostra o gráfico acima. Mas a maior parte deles ainda apresenta uma dívida pública em nível superior ao registrado antes da pandemia. E a previsão é que permaneça assim por um bom tempo.

O FMI projeta que a dívida pública bruta das economias avançadas aumente em média 0,8 ponto percentual por ano entre 2023 e 2028, um crescimento dez vezes mais rápido que o visto antes da crise sanitária (2014 a 2019).

A explicação para essa estimativa de alta persistente da dívida pública em relação ao PIB está, basicamente, em dois pontos:

– O PIB mundial está crescendo pouco, o que faz a razão dívida/PIB resultar em um número maior;

– O custo da dívida tende a seguir alto nos próximos anos, já que os juros globais devem demorar a voltar aos níveis de antes.

Isso impõe riscos à economia global. A necessidade de se endividar cada vez mais simplesmente para pagar suas dívidas acaba fazendo com que governos deixem de investir em áreas essenciais, como saúde, educação e meio ambiente.

Outra preocupação está na possibilidade de as dívidas de alguns governos se tornarem impagáveis, levando-os a postergar pagamentos ou emitir mais moedas. O resultado poderia ser mais inflação e crise de confiança.

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