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SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Depois de três anos fechado, o Museu da Cultura Afro-Brasileira, o Muncab, no centro Histórico de Salvador, foi reaberto ao público durante este mês da Consciência Negra. “Eu vi várias pessoas que estiveram aqui e depois colocaram nas redes sociais que se sentem renascendo com a exposição”, diz Cintia Maria, diretora do Muncab.

Até março do ano que vem, fica em cartaz a exposição coletiva “Um Defeito de Cor”, baseada no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves, que compartilha a curadoria com Marcelo Campos e Amanda Bonan.

“Levar a exposição para a Bahia é como fazer a história voltar para casa. Foi lá que tudo começou, é lá que os personagens do livro vivem boa parte das suas trajetórias, é de lá que veio a luta pela liberdade que modificou os rumos da escravidão no Brasil, a rebelião malê”, diz Gonçalves.

Antes, “Um Defeito de Cor” esteve em cartaz no Museu de Arte do Rio, o MAR, onde estreou. Em 2024, será o tema da Portela no desfile das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro.

Para transformar a obra em exposição, foi preservada a divisão original do livro em dez capítulos. No museu, dez ambientes expositivos demarcam o espaço tratando de temas como a cosmogonia dos ciclos da vida e da morte, a resistência dos quilombos, as revoltas populares durante o Brasil Império e o sincretismo religioso.

“A exposição não conta a história do livro, é um outro tipo de interpretação com proximidade dos assuntos que o livro aborda”, diz Marcelo Campos, que teve a ideia de fazer a mostra.

Misturando obras que vieram do MAR, como as de Pierre Verger e Carybé, com outras que fazem parte do acervo do Muncab, como as de Yêdamaria, Mestre Didi e Emanoel Araújo, são cerca de 350 trabalhos de cem artistas do Brasil, da África e das Américas, integrados e sem divisão por artistas.

“Os curadores tiveram muito cuidado em não focar na dor e no sofrimento, mas nas lutas e nas conquistas”, diz Maria.

Em junho, o Muncab firmou uma parceria com a prefeitura de Salvador, com recursos do Fundo Nacional de Cultura, para a reforma dos dois casarões em que funciona o museu, e que no passado abrigaram o Tesouro do estado da Bahia e o Serviço de Assistência Pública municipal.

“O Muncab fortalece a identidade negra, promove o respeito pelas raízes afro-brasileiras e inspira orgulho nas futuras gerações”, diz o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho.

O projeto de expansão do Muncab prevê também a construção de um espaço anexo e o uso de um prédio de oito andares para exposições permanentes, com uma linguagem artística diferente em cada andar, o que o transformará no maior museu de cultura afro-diaspórica na América Latina.

“A reabertura traz para nós a expectativa de que o processo vai continuar”, diz o poeta José Carlos Capinan, atual presidente de honra da Amafro, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira. “É um museu sobretudo para celebrar a liberdade”, afirma.

A história do Muncab se confunde com a luta de Capinan por sua criação e manutenção. Foi a partir de uma ideia dada a ele por Francisco Weffort, ex-ministro da Cultura, que o letrista de “Ponteio” e “Soy Loco por Ti, América” começou a se organizar através da Amafro, reunindo nomes como o artista plástico Emanoel Araújo, os historiadores Ubiratan Castro e Jaime Sodré, e os advogados Carlinhos Marighella e Antonio Menezes.

Aberto em 2011, o Muncab realizou sua primeira exposição dois anos antes, ainda em obras, com uma mostra sobre o Benin. Capinan esteve à frente do museu até o ano passado, quando se afastou por problemas de saúde e passou o bastão para a gestão coletiva de Cintia Maria e Jamile Coelho, que começaram no Muncab como voluntárias.

“Um dos nossos desafios é que esse não se torne um museu elitista, porque as artes visuais têm muito essa característica”, afirma a diretora.

“Assumam o museu como um museu nosso, como um museu que tem uma importância muito grande na forma de contar a história narrativa da escravidão e a narrativa da libertação”, diz Capinan ao público.

A reabertura do Muncab faz parte do “Novembro Salvador Capital Afro”, série de eventos realizados na capital baiana durante o Mês da Consciência Negra, que incluiu o festival Liberatum, que reuniu nomes internacionais como o Nobel de Literatura Wole Soyinka, escritor nigeriano, e as atrizes Viola Davis, Angela Bassett e Rossy de Palma.

LUCAS FRÓES / Folhapress

Museu da Cultura Afro-Brasileira, fechado há 3 anos, é reaberto em Salvador

SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Depois de três anos fechado, o Museu da Cultura Afro-Brasileira, o Muncab, no centro Histórico de Salvador, foi reaberto ao público durante este mês da Consciência Negra. “Eu vi várias pessoas que estiveram aqui e depois colocaram nas redes sociais que se sentem renascendo com a exposição”, diz Cintia Maria, diretora do Muncab.

Até março do ano que vem, fica em cartaz a exposição coletiva “Um Defeito de Cor”, baseada no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves, que compartilha a curadoria com Marcelo Campos e Amanda Bonan.

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“Levar a exposição para a Bahia é como fazer a história voltar para casa. Foi lá que tudo começou, é lá que os personagens do livro vivem boa parte das suas trajetórias, é de lá que veio a luta pela liberdade que modificou os rumos da escravidão no Brasil, a rebelião malê”, diz Gonçalves.

Antes, “Um Defeito de Cor” esteve em cartaz no Museu de Arte do Rio, o MAR, onde estreou. Em 2024, será o tema da Portela no desfile das escolas de samba do Carnaval do Rio de Janeiro.

Para transformar a obra em exposição, foi preservada a divisão original do livro em dez capítulos. No museu, dez ambientes expositivos demarcam o espaço tratando de temas como a cosmogonia dos ciclos da vida e da morte, a resistência dos quilombos, as revoltas populares durante o Brasil Império e o sincretismo religioso.

“A exposição não conta a história do livro, é um outro tipo de interpretação com proximidade dos assuntos que o livro aborda”, diz Marcelo Campos, que teve a ideia de fazer a mostra.

Misturando obras que vieram do MAR, como as de Pierre Verger e Carybé, com outras que fazem parte do acervo do Muncab, como as de Yêdamaria, Mestre Didi e Emanoel Araújo, são cerca de 350 trabalhos de cem artistas do Brasil, da África e das Américas, integrados e sem divisão por artistas.

“Os curadores tiveram muito cuidado em não focar na dor e no sofrimento, mas nas lutas e nas conquistas”, diz Maria.

Em junho, o Muncab firmou uma parceria com a prefeitura de Salvador, com recursos do Fundo Nacional de Cultura, para a reforma dos dois casarões em que funciona o museu, e que no passado abrigaram o Tesouro do estado da Bahia e o Serviço de Assistência Pública municipal.

“O Muncab fortalece a identidade negra, promove o respeito pelas raízes afro-brasileiras e inspira orgulho nas futuras gerações”, diz o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho.

O projeto de expansão do Muncab prevê também a construção de um espaço anexo e o uso de um prédio de oito andares para exposições permanentes, com uma linguagem artística diferente em cada andar, o que o transformará no maior museu de cultura afro-diaspórica na América Latina.

“A reabertura traz para nós a expectativa de que o processo vai continuar”, diz o poeta José Carlos Capinan, atual presidente de honra da Amafro, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira. “É um museu sobretudo para celebrar a liberdade”, afirma.

A história do Muncab se confunde com a luta de Capinan por sua criação e manutenção. Foi a partir de uma ideia dada a ele por Francisco Weffort, ex-ministro da Cultura, que o letrista de “Ponteio” e “Soy Loco por Ti, América” começou a se organizar através da Amafro, reunindo nomes como o artista plástico Emanoel Araújo, os historiadores Ubiratan Castro e Jaime Sodré, e os advogados Carlinhos Marighella e Antonio Menezes.

Aberto em 2011, o Muncab realizou sua primeira exposição dois anos antes, ainda em obras, com uma mostra sobre o Benin. Capinan esteve à frente do museu até o ano passado, quando se afastou por problemas de saúde e passou o bastão para a gestão coletiva de Cintia Maria e Jamile Coelho, que começaram no Muncab como voluntárias.

“Um dos nossos desafios é que esse não se torne um museu elitista, porque as artes visuais têm muito essa característica”, afirma a diretora.

“Assumam o museu como um museu nosso, como um museu que tem uma importância muito grande na forma de contar a história narrativa da escravidão e a narrativa da libertação”, diz Capinan ao público.

A reabertura do Muncab faz parte do “Novembro Salvador Capital Afro”, série de eventos realizados na capital baiana durante o Mês da Consciência Negra, que incluiu o festival Liberatum, que reuniu nomes internacionais como o Nobel de Literatura Wole Soyinka, escritor nigeriano, e as atrizes Viola Davis, Angela Bassett e Rossy de Palma.

LUCAS FRÓES / Folhapress

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