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O que causa o sofrimento humano? Por que ele existe? Para o Cristianismo, a origem do sofrimento humano está relacionada ao pecado. Na Bíblia, Gênesis 3 (Antigo Testamento), existe referência ao “pecado original” cometido por Adão e Eva, considerado o primeiro casal da humanidade.

Segundo a crença Cristã, toda a criação (humanidade) foi contaminada e sujeita ao sofrimento eterno, pelo então pecado do casal que afrontou a Deus. Para religiões ou doutrinas que pregam a reencarnação (nova vida em forma física após a morte), o sofrimento pode ser entendido como uma forma de purificação da alma (ou espírito), para o seu progresso a cada vida nascida.

O Budismo, Hinduísmo e o Espiritismo (Kardecismo) pregam a reencarnação. Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, considerado um ateu e contrário à metafísica, “o sofrimento é necessário para a formação do homem e sem as dores não é possível tornar-se guia e educador da humanidade”. Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, elencou em algumas obras fontes do sofrimento como sendo o relacionamento do ser humano com o próprio corpo e suas limitações (doença, velhice, …); o lidar com o social – relacionamento com o outro; e a força dos fenômenos naturais destrutivos.

Sidarta Gautama, figura central do Budismo, denominado “Buda” (aquele que atingiu a “iluminação”) concluiu que o sofrimento é originado da mente humana e não por injustiça social ou azar, sendo que aquela reagiria com o desejo e este, por si, nunca se satisfaz.

Assim, quando a mente experimenta algo desagradável, como a dor, quer livrar-se dela, mas mesmo quando experimenta momentos agradáveis também não está satisfeita, porque não quer que isso acabe. Por exemplo, se desejo comprar um imóvel e consigo, estou feliz até a sua aquisição. Depois, deixo de estar, porque tenho outros desejos, como comprar um automóvel ou fazer uma viagem internacional.

Se procuro um amor e o encontro, deixo de ter satisfação, porque o conquistei ou quero outro melhor ou diferente. O desejo, assim, seria a causa do sofrimento humano. Esse tema foi abordado por Yuval Noah Harari, no Best-Seller Internacional “Sapiens”, no tópico sobre a lei da religião.

Harari faz a seguinte reflexão sobre o assunto, com as indagações: Mas, como fazer com que a mente aceite as coisas como são, sem desejar? A aceitar a tristeza como tristeza, a alegria como alegria, a dor como dor? A solução de Gautama (Buda) foi obtida através de meditação, com a eliminação do desejo e, por consequência, do sofrimento.

Por outro lado, pensando sob uma ótica comum e mundana, abster-se de desejar algo ou tudo que é terreno, não significaria deixar de ter motivação para viver? Viver sem desejar é possível?

Enfim, em síntese, não há dúvida de que o sofrimento é uma forma de dor humana, mas a sua origem e a possibilidade ou não do seu controle estão sujeitas a várias interpretações, do ponto de vista religioso, ateísta, filosófico e da psicanálise.

A Origem do Sofrimento

Adelmo Pinho
Adelmo Pinho
Adelmo Pinho foi Procurador do Estado de São Paulo, está como Promotor de Justiça desde 1995. É escritor, articulista e cronista.

O que causa o sofrimento humano? Por que ele existe? Para o Cristianismo, a origem do sofrimento humano está relacionada ao pecado. Na Bíblia, Gênesis 3 (Antigo Testamento), existe referência ao “pecado original” cometido por Adão e Eva, considerado o primeiro casal da humanidade.

Segundo a crença Cristã, toda a criação (humanidade) foi contaminada e sujeita ao sofrimento eterno, pelo então pecado do casal que afrontou a Deus. Para religiões ou doutrinas que pregam a reencarnação (nova vida em forma física após a morte), o sofrimento pode ser entendido como uma forma de purificação da alma (ou espírito), para o seu progresso a cada vida nascida.

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O Budismo, Hinduísmo e o Espiritismo (Kardecismo) pregam a reencarnação. Para o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, considerado um ateu e contrário à metafísica, “o sofrimento é necessário para a formação do homem e sem as dores não é possível tornar-se guia e educador da humanidade”. Sigmund Freud, considerado o “pai da psicanálise”, elencou em algumas obras fontes do sofrimento como sendo o relacionamento do ser humano com o próprio corpo e suas limitações (doença, velhice, …); o lidar com o social – relacionamento com o outro; e a força dos fenômenos naturais destrutivos.

Sidarta Gautama, figura central do Budismo, denominado “Buda” (aquele que atingiu a “iluminação”) concluiu que o sofrimento é originado da mente humana e não por injustiça social ou azar, sendo que aquela reagiria com o desejo e este, por si, nunca se satisfaz.

Assim, quando a mente experimenta algo desagradável, como a dor, quer livrar-se dela, mas mesmo quando experimenta momentos agradáveis também não está satisfeita, porque não quer que isso acabe. Por exemplo, se desejo comprar um imóvel e consigo, estou feliz até a sua aquisição. Depois, deixo de estar, porque tenho outros desejos, como comprar um automóvel ou fazer uma viagem internacional.

Se procuro um amor e o encontro, deixo de ter satisfação, porque o conquistei ou quero outro melhor ou diferente. O desejo, assim, seria a causa do sofrimento humano. Esse tema foi abordado por Yuval Noah Harari, no Best-Seller Internacional “Sapiens”, no tópico sobre a lei da religião.

Harari faz a seguinte reflexão sobre o assunto, com as indagações: Mas, como fazer com que a mente aceite as coisas como são, sem desejar? A aceitar a tristeza como tristeza, a alegria como alegria, a dor como dor? A solução de Gautama (Buda) foi obtida através de meditação, com a eliminação do desejo e, por consequência, do sofrimento.

Por outro lado, pensando sob uma ótica comum e mundana, abster-se de desejar algo ou tudo que é terreno, não significaria deixar de ter motivação para viver? Viver sem desejar é possível?

Enfim, em síntese, não há dúvida de que o sofrimento é uma forma de dor humana, mas a sua origem e a possibilidade ou não do seu controle estão sujeitas a várias interpretações, do ponto de vista religioso, ateísta, filosófico e da psicanálise.

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