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A realidade muitas vezes é cruel. Fome, doenças, desigualdades, crimes, corrupção, desemprego … Li num artigo de jornal uma frase que me chamou à atenção: as sereias deixaram de ser vistas pelos navegantes pela falta de rum nos navios.

A vida como ela é tem momentos difíceis de suportar; por isso o otimista vive melhor, porque consegue fazê-lo com mais esperança e leveza, vendo o lado bom das coisas. A finitude do homem, pensemos, é intrigante, mas, talvez, a imortalidade também … Imagine-se viver eternamente e vivenciar desgraças por séculos ou milênios …

A fantasia, de certo modo, pode atenuar a crueza da realidade, mas a criação de avatares não nos tira do mundo físico ou real. O caminho nesta vida possui terrenos movediços e no decorrer dela cada um sabe onde e quando o “sapato aperta”.

O saudoso poeta, Thiago de Mello, ponderou que não aprendera um novo caminho, mas um jeito novo de caminhar. É bem por aí. Se não há um caminho novo, tentemos uma maneira inovadora nessa caminhada na busca da felicidade, cientes, porém, que teremos pedras e armadilhas pelo caminho, como poetizou Drummond.

É que o homem, no seu culto ao egocentrismo, torna-se o seu próprio lobo (Thomas Hobbes). A realidade deve ser enfrentada, mas pode ser mitigada naquilo que é ruim, através de sonhos e projetos, que tragam a esperança de uma vida ou de um mundo melhor.

Ver sereias, objeto do título deste artigo, significa que os navegadores de então deixavam suas famílias e viviam a realidade de saírem para perigosos mares, sem saber, todavia, se chegariam ao destino – se é que tinham … Fernando Pessoa, em “Mar Português”, explicaria bem melhor …

Nesse contexto, é que os desbravadores dos oceanos precisavam de sonhos ou de fantasias: para manter a esperança – vendo sereias e tomando rum. É assim que é a vida: estamos sempre de partida, sem saber exatamente para onde e o que virá …

Isso faz lembrar, Shakespeare, em Menestrel: “Com o tempo se aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão”.

Uma coisa é certa e ninguém nos tira: o direito de sonhar!

Acredito que independentemente de sereias ou rum, sem fé, amor e sonhos, o sapiens sucumbirá.

E isso é realidade.

Um brinde às sereias

Adelmo Pinho
Adelmo Pinho
Adelmo Pinho foi Procurador do Estado de São Paulo, está como Promotor de Justiça desde 1995. É escritor, articulista e cronista.

A realidade muitas vezes é cruel. Fome, doenças, desigualdades, crimes, corrupção, desemprego … Li num artigo de jornal uma frase que me chamou à atenção: as sereias deixaram de ser vistas pelos navegantes pela falta de rum nos navios.

A vida como ela é tem momentos difíceis de suportar; por isso o otimista vive melhor, porque consegue fazê-lo com mais esperança e leveza, vendo o lado bom das coisas. A finitude do homem, pensemos, é intrigante, mas, talvez, a imortalidade também … Imagine-se viver eternamente e vivenciar desgraças por séculos ou milênios …

A fantasia, de certo modo, pode atenuar a crueza da realidade, mas a criação de avatares não nos tira do mundo físico ou real. O caminho nesta vida possui terrenos movediços e no decorrer dela cada um sabe onde e quando o “sapato aperta”.

O saudoso poeta, Thiago de Mello, ponderou que não aprendera um novo caminho, mas um jeito novo de caminhar. É bem por aí. Se não há um caminho novo, tentemos uma maneira inovadora nessa caminhada na busca da felicidade, cientes, porém, que teremos pedras e armadilhas pelo caminho, como poetizou Drummond.

É que o homem, no seu culto ao egocentrismo, torna-se o seu próprio lobo (Thomas Hobbes). A realidade deve ser enfrentada, mas pode ser mitigada naquilo que é ruim, através de sonhos e projetos, que tragam a esperança de uma vida ou de um mundo melhor.

Ver sereias, objeto do título deste artigo, significa que os navegadores de então deixavam suas famílias e viviam a realidade de saírem para perigosos mares, sem saber, todavia, se chegariam ao destino – se é que tinham … Fernando Pessoa, em “Mar Português”, explicaria bem melhor …

Nesse contexto, é que os desbravadores dos oceanos precisavam de sonhos ou de fantasias: para manter a esperança – vendo sereias e tomando rum. É assim que é a vida: estamos sempre de partida, sem saber exatamente para onde e o que virá …

Isso faz lembrar, Shakespeare, em Menestrel: “Com o tempo se aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão”.

Uma coisa é certa e ninguém nos tira: o direito de sonhar!

Acredito que independentemente de sereias ou rum, sem fé, amor e sonhos, o sapiens sucumbirá.

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E isso é realidade.

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