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Algumas semanas atrás, jornalistas cravaram que o técnico italiano Carlo Ancelotti, atual manager do Real Madrid, comandará a seleção brasileira a partir do meio do ano que vem. O treinador teria realizado um acordo verbal com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para assumir a seleção depois do encerramento de seu contrato com o clube espanhol, que termina em junho de 2024.

Essa informação pela primeira vez foi confirmada publicamente por Ednaldo, na última quarta-feira (04/07), quando também anunciou que Fernando Diniz, atual técnico do Fluminense, ficará no comando da seleção até a vinda do italiano.

A conduta adotada pela Confederação Brasileira de Futebol, levantou uma série de questões por parte da mídia nacional, estrangeira e dos próprios torcedores brasileiros, não somente pela escolha individual de cada um deles, mas também por fatores extracampo.

No caso de Ancelotti, o jornal espanhol Marca levantou alguns questionamentos sobre o acordo entre o atual técnico do Real Madrid e a seleção brasileira. O primeiro deles é o possível ‘conflito de interesses’ entre Real Madrid e Seleção, visando a Copa América de 2024. O jornal questionou se o treinador italiano conseguirá exigir desempenho máximo dos jogadores do Real Madrid que atuam pela seleção, como Vini Jr. e Rodrygo, durante a temporada pelo clube madrilenho, ao mesmo tempo que depende que esses mesmos jogadores estejam 100% para a disputa do torneio sul-americano.

Outra questão posta pelo veículo espanhol é que Ancelotti chegará à seleção brasileira às vésperas da Copa América, então como será sua participação na montagem do time que jogará o campeonato? O Marca questiona se é o italiano quem escolherá os jogadores, se estará presente nos jogos da seleção para ver de perto os atletas, ou se somente receberia relatórios da CBF para analisar o elenco.

Já com relação a Diniz, as dúvidas levantadas são do mesmo teor das de Ancelotti. Ao ser colocado como técnico interino pelo período de um ano, o treinador seguirá no comando do Fluminense, dividindo seu tempo entre duas funções, condição que poderá trazer desafios e situações desconfortáveis entre os torcedores de seu clube e dos demais, durante as convocações para os Amistosos e jogos das Eliminatórias. Questionado sobre isso, Diniz rechaçou qualquer problema, ao declarar que “sempre tem um questionamento na convocação, mas não falta de ética. Vou fazer o melhor, com meu senso de justiça”.

A escolha de Fernando Diniz para o comando técnico da seleção brasileira, ainda que pelo curto tempo de no máximo um ano – período em que não acontecerão jogos importantes –, não deixa de ser polêmica. O treinador brasileiro é famoso pelo seu estilo de jogo diferentes dos demais, baseado na posse de bola desde o campo de defesa até o ataque. Considerado para alguns um jogo moderno e criativo, uma vez que manter o adversário sem a bola é garantia de não levar gols, para outros, não agrada, pois coloca o time em situação de perigo desnecessariamente.

Também pesa contra Diniz que seu currículo não seria bom o suficiente para assumir o cargo de técnico da mais famosa seleção do mundo, tendo em conta que conquistou poucos títulos em sua carreira. O técnico de 49 anos está na função desde 2009, quando iniciou no Votoraty, clube do interior de São Paulo, mesmo ano em que conquistou a série A3 do Paulistão. De lá para cá, seu trabalho que mais chamou a atenção foi a frente do Audax, quando foi vice-campeão paulista, em 2016. Neste ano, conquistou seu título de maior expressão: o Campeonato Carioca, após goleada por 4×1 sobre o rival Flamengo na final.

Na seleção, Diniz terá a sua disposição a melhor matéria prima do mundo em termos de jogadores, o que poderá ajudá-lo a pôr em prática o seu estilo de jogo, o famoso “dinizismo”.

A estratégia, no mínimo audaciosa e inédita, escolhida pela CBF, também pode ser considerada perigosa, pois é alicerçada em duas grandes incógnitas. Primeiro, se o técnico italiano realmente assumirá o cargo e, segundo, se o técnico interino conseguirá pôr em ação a sua tão afamada teoria.

Embora a escolha por um profissional estrangeiro seja correta para a maioria, já que a lista de nomes brasileiros não empolga, reforçado pelo fraco desempenho do nosso melhor técnico nas duas últimas Copas do Mundo e, sobretudo, pelo vexatório 7×1 em 2014, Ancelotti não assinou nenhum contrato com a CBF e sequer afirmou publicamente que cumprirá seu pacto verbal com Ednaldo Rodrigues.

Caso o acordo apalavrado com o italiano não se materialize, a CBF tem como “plano B” o próprio Fernando Diniz, que ficaria com um ciclo completo para trabalhar com a seleção até a próxima Copa do Mundo.

Na hipótese do planejamento traçado pela CBF dar inteiramente certo, há grandes chances de sucesso, considerando que a seleção brasileira finalmente teria um dos melhores técnicos do mundo no seu banco de reservas, um treinador a altura dos badalados e midiáticos jogadores brasileiros, pois o italiano não é só elogiado pela sua inteligência técnica e tática, mas também pela sua capacidade de gestão de elencos recheados de estrelas internacionais.

O time brasileiro ainda seria preparado por um dos técnicos de maior o potencial e prestígio no Brasil. Diniz leva consigo a expectativa de que seu estilo de jogo pode ser alçado ao patamar máximo, pois terá a sua disposição jogadores de elevada qualidade técnica, coisa que nunca teve nos clubes que treinou.

O perigo reside justamente nas dúvidas citadas anteriormente, pois nada garante que Carlo Ancelotti cumprirá com o acordo verbal firmado com o presidente da CBF. Se isso não acontecer, a grande expectativa criada seria frustrada e nós, brasileiros, precisaremos torcer para que o promissor técnico Fernando Diniz conquiste, em 2026, algo que até o momento não conseguiu em toda sua carreira: um título de expressão.

Por Felipe Moreira

Um apaixonado por esportes, sobretudo futebol. Formado em Direito e cursando Jornalismo na Universidade Anhembi Morumbi

CBF aposta tudo em um plano ousado e perigoso

Felipe Moreira
Felipe Moreira
Felipe Moreira é um apaixonado por esportes, sobretudo futebol. É formado em Direito e cursa jornalismo na Universidade Anhembi Morumbi.

Algumas semanas atrás, jornalistas cravaram que o técnico italiano Carlo Ancelotti, atual manager do Real Madrid, comandará a seleção brasileira a partir do meio do ano que vem. O treinador teria realizado um acordo verbal com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para assumir a seleção depois do encerramento de seu contrato com o clube espanhol, que termina em junho de 2024.

Essa informação pela primeira vez foi confirmada publicamente por Ednaldo, na última quarta-feira (04/07), quando também anunciou que Fernando Diniz, atual técnico do Fluminense, ficará no comando da seleção até a vinda do italiano.

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A conduta adotada pela Confederação Brasileira de Futebol, levantou uma série de questões por parte da mídia nacional, estrangeira e dos próprios torcedores brasileiros, não somente pela escolha individual de cada um deles, mas também por fatores extracampo.

No caso de Ancelotti, o jornal espanhol Marca levantou alguns questionamentos sobre o acordo entre o atual técnico do Real Madrid e a seleção brasileira. O primeiro deles é o possível ‘conflito de interesses’ entre Real Madrid e Seleção, visando a Copa América de 2024. O jornal questionou se o treinador italiano conseguirá exigir desempenho máximo dos jogadores do Real Madrid que atuam pela seleção, como Vini Jr. e Rodrygo, durante a temporada pelo clube madrilenho, ao mesmo tempo que depende que esses mesmos jogadores estejam 100% para a disputa do torneio sul-americano.

Outra questão posta pelo veículo espanhol é que Ancelotti chegará à seleção brasileira às vésperas da Copa América, então como será sua participação na montagem do time que jogará o campeonato? O Marca questiona se é o italiano quem escolherá os jogadores, se estará presente nos jogos da seleção para ver de perto os atletas, ou se somente receberia relatórios da CBF para analisar o elenco.

Já com relação a Diniz, as dúvidas levantadas são do mesmo teor das de Ancelotti. Ao ser colocado como técnico interino pelo período de um ano, o treinador seguirá no comando do Fluminense, dividindo seu tempo entre duas funções, condição que poderá trazer desafios e situações desconfortáveis entre os torcedores de seu clube e dos demais, durante as convocações para os Amistosos e jogos das Eliminatórias. Questionado sobre isso, Diniz rechaçou qualquer problema, ao declarar que “sempre tem um questionamento na convocação, mas não falta de ética. Vou fazer o melhor, com meu senso de justiça”.

A escolha de Fernando Diniz para o comando técnico da seleção brasileira, ainda que pelo curto tempo de no máximo um ano – período em que não acontecerão jogos importantes –, não deixa de ser polêmica. O treinador brasileiro é famoso pelo seu estilo de jogo diferentes dos demais, baseado na posse de bola desde o campo de defesa até o ataque. Considerado para alguns um jogo moderno e criativo, uma vez que manter o adversário sem a bola é garantia de não levar gols, para outros, não agrada, pois coloca o time em situação de perigo desnecessariamente.

Também pesa contra Diniz que seu currículo não seria bom o suficiente para assumir o cargo de técnico da mais famosa seleção do mundo, tendo em conta que conquistou poucos títulos em sua carreira. O técnico de 49 anos está na função desde 2009, quando iniciou no Votoraty, clube do interior de São Paulo, mesmo ano em que conquistou a série A3 do Paulistão. De lá para cá, seu trabalho que mais chamou a atenção foi a frente do Audax, quando foi vice-campeão paulista, em 2016. Neste ano, conquistou seu título de maior expressão: o Campeonato Carioca, após goleada por 4×1 sobre o rival Flamengo na final.

Na seleção, Diniz terá a sua disposição a melhor matéria prima do mundo em termos de jogadores, o que poderá ajudá-lo a pôr em prática o seu estilo de jogo, o famoso “dinizismo”.

A estratégia, no mínimo audaciosa e inédita, escolhida pela CBF, também pode ser considerada perigosa, pois é alicerçada em duas grandes incógnitas. Primeiro, se o técnico italiano realmente assumirá o cargo e, segundo, se o técnico interino conseguirá pôr em ação a sua tão afamada teoria.

Embora a escolha por um profissional estrangeiro seja correta para a maioria, já que a lista de nomes brasileiros não empolga, reforçado pelo fraco desempenho do nosso melhor técnico nas duas últimas Copas do Mundo e, sobretudo, pelo vexatório 7×1 em 2014, Ancelotti não assinou nenhum contrato com a CBF e sequer afirmou publicamente que cumprirá seu pacto verbal com Ednaldo Rodrigues.

Caso o acordo apalavrado com o italiano não se materialize, a CBF tem como “plano B” o próprio Fernando Diniz, que ficaria com um ciclo completo para trabalhar com a seleção até a próxima Copa do Mundo.

Na hipótese do planejamento traçado pela CBF dar inteiramente certo, há grandes chances de sucesso, considerando que a seleção brasileira finalmente teria um dos melhores técnicos do mundo no seu banco de reservas, um treinador a altura dos badalados e midiáticos jogadores brasileiros, pois o italiano não é só elogiado pela sua inteligência técnica e tática, mas também pela sua capacidade de gestão de elencos recheados de estrelas internacionais.

O time brasileiro ainda seria preparado por um dos técnicos de maior o potencial e prestígio no Brasil. Diniz leva consigo a expectativa de que seu estilo de jogo pode ser alçado ao patamar máximo, pois terá a sua disposição jogadores de elevada qualidade técnica, coisa que nunca teve nos clubes que treinou.

O perigo reside justamente nas dúvidas citadas anteriormente, pois nada garante que Carlo Ancelotti cumprirá com o acordo verbal firmado com o presidente da CBF. Se isso não acontecer, a grande expectativa criada seria frustrada e nós, brasileiros, precisaremos torcer para que o promissor técnico Fernando Diniz conquiste, em 2026, algo que até o momento não conseguiu em toda sua carreira: um título de expressão.

Por Felipe Moreira

Um apaixonado por esportes, sobretudo futebol. Formado em Direito e cursando Jornalismo na Universidade Anhembi Morumbi

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