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Esporte vai muito além de competição ou atividade física. Ele é capaz de promover cidadania, solidariedade e criar laços que duram a vida toda. Um exemplo é visto em Santos, onde um pai e filho encontraram no surf, a melhor forma de reforçar o vínculo amoroso de ambos.

Miro e Matheus Ramires são um exemplo de que a construção do vínculo familiar é uma via de mão dupla quando se fala de ensinar e que o surfe é um caminho para, além de uma vida saudável, fortalecer a união.

O aposentado Miro Ramires, 66 anos, desde pequeno frequentava a praia do José Menino e era apaixonado pelo mar, mas nunca pode praticar o surfe, pois precisou a começar a trabalhar muito cedo para a ajudar a família e, na época que ele era adolescente, o esporte ainda enfrentava preconceitos, chegando a ser proibido em Santos.

O tempo foi passando e, com as responsabilidades, Miro voltou sua rotina para o trabalho e esse desejo de se sentir livre nas ondas ficou esquecido. Casou, teve um casal de filhos e seguiu a vida. Seu primogênito, incentivado por ele, aprendeu o ofício de ser comerciante e a paixão por esportes. Mas o surfe continuava sendo vetado na família e Matheus seguiu fazendo atividades físicas em quadras.

Há cerca de 10 anos, na faculdade, Matheus conheceu Cisco Araña, coordenador da Escola Radical de Surfe e da Escola de Surfe Adaptado, que o estimulou a praticar a modalidade.

O sonho de pegar onda junto com o pai ganhou força quando Miro recebeu ultimato do médico. Com exames de glicemia e colesterol alterados, ele teria que adotar um ritmo de vida mais saudável, com mais qualidade, cuidando da alimentação e praticando esporte.

Se até aquele momento Miro tinha sido o grande professor na vida para Matheus, houve uma inversão a partir do início da atividade. “Tudo o que aprendi na vida, inclusive minha profissão, veio por conta do meu pai, que me ensinou e está sempre do meu lado me inspirando. Mas com o surfe foi o contrário. Eu que comecei antes”, lembra.

“A verdade é que eu aprendi muito com ele. Eu sou um surfista de alma, mas nunca pude seguir isso. De repente, chegou num momento que eu estava mais tranquilo e, graças a ele, eu estou aqui. Tive um problema e precisava fazer atividade física e, com ele me incentivando, eu acabei vindo. E não saio mais”.

Miro fez parte da primeira turma de alunos com mais de 60 anos da Escola Radical Pública de Surfe e os efeitos foram visíveis. “O surfe foi uma válvula de escape perfeito para ele que estava num momento de vida estressante de trabalho. Colocamos ele na água junto com o Cisco e ele renovou. É uma nova pessoa, com qualidade de vida, de saúde, de bem-estar, de pensamento. O surfe tem isso de muito bom. Traz essa energia do mar, nos revigora e não tem nada mais gostoso do que poder começar o dia na água, na natureza, tomando muito sol”, conta o filho.

Mas além dos benefícios físicos, Matheus comemora a proximidade que passou a ter com o pai. “A nossa conexão sempre foi muito forte, um lance de amizade e de trocas. E conseguir trazer tudo isso para dentro do mar, abre mais a percepção de mundo e consegue dividir coisas que eram bloqueadas”.

Eles passaram a pegar onda juntos e conversam todos os dias, logo cedo, sobre as condições do mar. “Não tem nada mais gostoso do que a gente poder começar o dia na água, na natureza, tomando muito sol. E é muito mais legal ainda você poder dividir isso com seu pai. Não tem sensação melhor no mundo”, emociona-se.

Vida superada

E foi o surfe que ajudou a dupla a enfrentar uma fase difícil. No final do ano passado, Matheus foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, um câncer no sistema linfático, e deu início ao tratamento nos primeiros meses de 2023. “O surfe e o contato com a natureza deu toda a tranquilidade que ele precisava para este momento”, avalia o pai.

E depois deste desafio, este Dia dos Pais ganha um sabor especial para a família Ramires. “Acabei de me tornar pai há dois meses. Tudo aquilo que a gente escuta e não sabe como é, agora, esses sentimentos afloram na gente. Dá muito mais valor nessa relação de pai e filho, família e amizade..Se eu conseguir passar para minha filha um pouquinho só de tudo o que meu pai me ensinou, tenho certeza que ela vai ser um ser humano fantástico”, afirma Matheus, que já planeja levar mais uma geração da família para o mar.

“O surfe veio para consolidar e unir de vez a nossa relação. O surfe me uniu ao meu filho e nada mais vai desunir. Nem a onda, onde eu vou junto com ele”, finaliza Miro.

Pai e filho são unidos pelo amor ao surf

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Santos

Esporte vai muito além de competição ou atividade física. Ele é capaz de promover cidadania, solidariedade e criar laços que duram a vida toda. Um exemplo é visto em Santos, onde um pai e filho encontraram no surf, a melhor forma de reforçar o vínculo amoroso de ambos.

Miro e Matheus Ramires são um exemplo de que a construção do vínculo familiar é uma via de mão dupla quando se fala de ensinar e que o surfe é um caminho para, além de uma vida saudável, fortalecer a união.

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O aposentado Miro Ramires, 66 anos, desde pequeno frequentava a praia do José Menino e era apaixonado pelo mar, mas nunca pode praticar o surfe, pois precisou a começar a trabalhar muito cedo para a ajudar a família e, na época que ele era adolescente, o esporte ainda enfrentava preconceitos, chegando a ser proibido em Santos.

O tempo foi passando e, com as responsabilidades, Miro voltou sua rotina para o trabalho e esse desejo de se sentir livre nas ondas ficou esquecido. Casou, teve um casal de filhos e seguiu a vida. Seu primogênito, incentivado por ele, aprendeu o ofício de ser comerciante e a paixão por esportes. Mas o surfe continuava sendo vetado na família e Matheus seguiu fazendo atividades físicas em quadras.

Há cerca de 10 anos, na faculdade, Matheus conheceu Cisco Araña, coordenador da Escola Radical de Surfe e da Escola de Surfe Adaptado, que o estimulou a praticar a modalidade.

O sonho de pegar onda junto com o pai ganhou força quando Miro recebeu ultimato do médico. Com exames de glicemia e colesterol alterados, ele teria que adotar um ritmo de vida mais saudável, com mais qualidade, cuidando da alimentação e praticando esporte.

Se até aquele momento Miro tinha sido o grande professor na vida para Matheus, houve uma inversão a partir do início da atividade. “Tudo o que aprendi na vida, inclusive minha profissão, veio por conta do meu pai, que me ensinou e está sempre do meu lado me inspirando. Mas com o surfe foi o contrário. Eu que comecei antes”, lembra.

“A verdade é que eu aprendi muito com ele. Eu sou um surfista de alma, mas nunca pude seguir isso. De repente, chegou num momento que eu estava mais tranquilo e, graças a ele, eu estou aqui. Tive um problema e precisava fazer atividade física e, com ele me incentivando, eu acabei vindo. E não saio mais”.

Miro fez parte da primeira turma de alunos com mais de 60 anos da Escola Radical Pública de Surfe e os efeitos foram visíveis. “O surfe foi uma válvula de escape perfeito para ele que estava num momento de vida estressante de trabalho. Colocamos ele na água junto com o Cisco e ele renovou. É uma nova pessoa, com qualidade de vida, de saúde, de bem-estar, de pensamento. O surfe tem isso de muito bom. Traz essa energia do mar, nos revigora e não tem nada mais gostoso do que poder começar o dia na água, na natureza, tomando muito sol”, conta o filho.

Mas além dos benefícios físicos, Matheus comemora a proximidade que passou a ter com o pai. “A nossa conexão sempre foi muito forte, um lance de amizade e de trocas. E conseguir trazer tudo isso para dentro do mar, abre mais a percepção de mundo e consegue dividir coisas que eram bloqueadas”.

Eles passaram a pegar onda juntos e conversam todos os dias, logo cedo, sobre as condições do mar. “Não tem nada mais gostoso do que a gente poder começar o dia na água, na natureza, tomando muito sol. E é muito mais legal ainda você poder dividir isso com seu pai. Não tem sensação melhor no mundo”, emociona-se.

Vida superada

E foi o surfe que ajudou a dupla a enfrentar uma fase difícil. No final do ano passado, Matheus foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, um câncer no sistema linfático, e deu início ao tratamento nos primeiros meses de 2023. “O surfe e o contato com a natureza deu toda a tranquilidade que ele precisava para este momento”, avalia o pai.

E depois deste desafio, este Dia dos Pais ganha um sabor especial para a família Ramires. “Acabei de me tornar pai há dois meses. Tudo aquilo que a gente escuta e não sabe como é, agora, esses sentimentos afloram na gente. Dá muito mais valor nessa relação de pai e filho, família e amizade..Se eu conseguir passar para minha filha um pouquinho só de tudo o que meu pai me ensinou, tenho certeza que ela vai ser um ser humano fantástico”, afirma Matheus, que já planeja levar mais uma geração da família para o mar.

“O surfe veio para consolidar e unir de vez a nossa relação. O surfe me uniu ao meu filho e nada mais vai desunir. Nem a onda, onde eu vou junto com ele”, finaliza Miro.

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