São Vicente aguarda para a chegada dos 500 anos de existência, para celebrar o aniversário da primeira cidade do Brasil. Por isso, durante o evento “Summit São Vicente”, o prefeito Kayo Amado (Podemos), deu maiores detalhes do projeto “São Vicente 500 anos”. A ideia é traçar planos estratégicos a médio e longo prazo que impulsionem o progresso da cidade e criem oportunidades para todos os cidadãos no decorrer da próxima década.
De acordo com ele, a meta é construir uma visão compartilhada para o desenvolvimento do município, em uma colaboração ativa entre o poder público, o setor privado, a academia e a sociedade civil.
A Secretaria de Planejamento e Governança (Seplag), com apoio técnico do Movimento Brasil Competitivo e da consultoria Macroplan, tem realizado um estudo geral sobre a cidade. A iniciativa envolve as esferas sociais e econômicas, bem como comparando São Vicente com outras cidades semelhantes.
“O resultado desse estudo trará 12 projetos estratégicos que colocaremos em prática nos próximos nove anos, inclusive viabilizando recursos. Com a marca dos ‘500 anos’ queremos provocar o Governo Federal e Estadual a fazerem parte disso, investindo em São Vicente”, declarou Kayo Amado.
A realização do estudo é feita por meio de entrevistas com diversas lideranças, sociedade civil organizada, instituições, setor privado, além de consulta pública para que a população participe ativamente de forma online pelo site. O resultado será entregue e finalizado em 2024.
Desafio
Rogério Caiuby, conselheiro executivo do Movimento Brasil Competitivo, afirmou que a maior dificuldade é colocar o plano em prática, principalmente pelas mudanças na gestão do Município.
“O desafio é tirar o plano estratégico do papel, seja no setor empresarial, ou, mais difícil ainda, em uma prefeitura, porque sabemos que nenhuma transformação acontece em menos de oito, dez, doze anos. Ou, em outras palavras, teremos transições e é fundamental que o plano continue”.
Caiuby também ressaltou que, para que a continuidade do que foi planejado dê certo, é necessário o comprometimento de diferentes setores.
“Só é possível tirar um plano desses, de longo prazo, do papel, se tiver um engajamento muito forte da sociedade civil, do município de São Vicente, de mãos dadas com o governo”.
Ainda segundo Kayo Amado, apesar de planejar o futuro, segue trabalhando no presente. “Hoje a Cidade está passando pela maior obra de enfrentamento de enchentes da história, com sistema de drenagem e sete comportas, que custou R$ 25 milhões. Isso está acontecendo agora, não estou esperando o planejamento ficar pronto para fazer. A vocação futura de São Vicente, de médio e longo prazo, é a que estamos elaborando, e todo mundo pode participar para que possamos virar a chave da Cidade”.