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Ele manda mais do que o presidente da República. É isso que se cochicha nos corredores do palácio do Poder Executivo. O político vem de uma região longínqua do Brasil, mas graças a sua habilidade de negociação, é muito influente na capital do país. A imprensa cobre seus passos, fazem entrevistas que sempre dão uma chamada na primeira página. E contribui para aumentar o número de inimigos. A concentração do poder não está mais tão fácil para as bancadas mais numerosas de deputados paulistas e mineiros. Outros estados da federação querem maior participação nos destinos do Brasil e uma bocada cada vez maior no orçamento nacional. A chave do cofre ainda está na mão do presidente, mas para gastar, empregar apadrinhados, nomear cabos eleitorais e construir estradas que beneficiem o agronegócio é preciso o apoio do Congresso Nacional. E isso não é nada fácil e o fazedor de presidentes sabe bem disso.

               Ele é uma verdadeira eminência parda. Tem um objetivo constante: quer ser presidente da República. Para isso, ora apoia um candidato, ora outro e é o verdadeiro dono de partido político. Um cacique eleitoral como tantos outros, sem ideologia definida, sem um plano de desenvolvimento para o país, apenas com o desejo de ter o poder presidencial nas mãos. Há mais de uma década frequenta redações para espalhar notícias de seu interesse e restaurantes onde negocia o que pode arrancar de verbas federais. Por isso é procurado por governadores e prefeitos. Estes fazem fila na porta do seu gabinete. Não escapa do anedotário nacional e é constantemente chamado de “a raposa”, o terror dos galinheiros políticos, ou de “galo”, o chefe do terreiro.

               A disputa pela presidência provoca uma divisão perigosa no país, e tudo o que o Brasil não precisa é de uma guerra civil. Tenta emplacar um militar na presidência, sem êxito. Mas lança a candidatura de um mineiro e ganha a eleição. Isso provoca uma rebelião do Rio de Janeiro. Manifestações de rua terminam em pancadaria e o fazedor de presidentes teve o carro cercado pela multidão e por pouco não foi linchado. Perguntado pelo motorista o que deveria fazer no meio da massa, teria respondido: “nem tão depressa que possam pensar que estou com medo, nem tão devagar que possa parecer provocação”. Só falta sofrer um atentado e alguém tentar matá-lo com uma facada. O senador Pinheiro Machado antecipa a sua morte. Não pode sobreviver à luta política, cavalgando de bombacha  e esporeando o pequeno Partido Republicano Conservador. O senador gaúcho sofre um atentado no hotel no Rio de Janeiro, a capital da República, e morre. Logo os jornalistas reproduzem as famosas últimas frases do cacique político ao receber a facada: “Ah, canalha, pena que não seja no Senado, como Júlio César…”.

Heródoto Barbeiro: fazedor de Presidentes

Ele manda mais do que o presidente da República. É isso que se cochicha nos corredores do palácio do Poder Executivo. O político vem de uma região longínqua do Brasil, mas graças a sua habilidade de negociação, é muito influente na capital do país. A imprensa cobre seus passos, fazem entrevistas que sempre dão uma chamada na primeira página. E contribui para aumentar o número de inimigos. A concentração do poder não está mais tão fácil para as bancadas mais numerosas de deputados paulistas e mineiros. Outros estados da federação querem maior participação nos destinos do Brasil e uma bocada cada vez maior no orçamento nacional. A chave do cofre ainda está na mão do presidente, mas para gastar, empregar apadrinhados, nomear cabos eleitorais e construir estradas que beneficiem o agronegócio é preciso o apoio do Congresso Nacional. E isso não é nada fácil e o fazedor de presidentes sabe bem disso.

               Ele é uma verdadeira eminência parda. Tem um objetivo constante: quer ser presidente da República. Para isso, ora apoia um candidato, ora outro e é o verdadeiro dono de partido político. Um cacique eleitoral como tantos outros, sem ideologia definida, sem um plano de desenvolvimento para o país, apenas com o desejo de ter o poder presidencial nas mãos. Há mais de uma década frequenta redações para espalhar notícias de seu interesse e restaurantes onde negocia o que pode arrancar de verbas federais. Por isso é procurado por governadores e prefeitos. Estes fazem fila na porta do seu gabinete. Não escapa do anedotário nacional e é constantemente chamado de “a raposa”, o terror dos galinheiros políticos, ou de “galo”, o chefe do terreiro.

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               A disputa pela presidência provoca uma divisão perigosa no país, e tudo o que o Brasil não precisa é de uma guerra civil. Tenta emplacar um militar na presidência, sem êxito. Mas lança a candidatura de um mineiro e ganha a eleição. Isso provoca uma rebelião do Rio de Janeiro. Manifestações de rua terminam em pancadaria e o fazedor de presidentes teve o carro cercado pela multidão e por pouco não foi linchado. Perguntado pelo motorista o que deveria fazer no meio da massa, teria respondido: “nem tão depressa que possam pensar que estou com medo, nem tão devagar que possa parecer provocação”. Só falta sofrer um atentado e alguém tentar matá-lo com uma facada. O senador Pinheiro Machado antecipa a sua morte. Não pode sobreviver à luta política, cavalgando de bombacha  e esporeando o pequeno Partido Republicano Conservador. O senador gaúcho sofre um atentado no hotel no Rio de Janeiro, a capital da República, e morre. Logo os jornalistas reproduzem as famosas últimas frases do cacique político ao receber a facada: “Ah, canalha, pena que não seja no Senado, como Júlio César…”.

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