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Encrenca com o Tio Sam

               O presidente bate de frente contra a política externa americana. Ninguém esperava que houvesse qualquer desencontro entre os Estados Unidos e o Brasil. Afinal, a política externa brasileira é afinada com a do Tio Sam desde a Segunda Guerra Mundial e chegou a ponto de o embaixador brasileiro em Washington declarar que “o que é bom para os Estados Unidos é  bom para o Brasil”. Mas os tempos mudaram e sopram para a esquerda na América Latina, com sua ascensão em vários países. O Brasil quer se posicionar como uma potência média, mas para ser reconhecido precisa dar passos que desagradam aos formuladores de política latino-americana  do Departamento de Estado. Um deles é a aproximação com a República Popular da China, a China comunista, e que deve ser, segundo estrategistas, a maior potência econômica do mundo, com uma população de mais de um bilhão de habitantes. Não há como ignorar as mudanças geopolíticas do mundo atual.

     É uma novidade o posicionamento do Brasil no âmbito internacional. Busca neutralidade entre os Estados Unidos e seus aliados, de um lado, e a Rússia, de outro. Há um interesse da diplomacia brasileira em estreitar laços com países africanos, mas para isso tem que aceitar as diferenças ideológicas e a forma de governo local. A África se abre como um mercado importante para o fornecimento de petróleo e outras matérias-primas e uma oportunidade para as empreiteiras brasileiras venderem serviços, como construção de estradas e barragens hidrelétricas. Nenhum governo, até agora, deu importância para o continente africano, que se liberta do jugo colonial de séculos e busca autonomia e relacionamento. Afinal, Brasil e África têm a história e a tradição entrelaçadas desde os tempos da colonização portuguesa.

     O caminho para a aproximação com a Europa se dá através da Alemanha Ocidental. Com a oposição  dos Estados Unidos, que suspendem o fornecimento de urânio para os laboratórios brasileiros, o Brasil assina um acordo de transferência de tecnologia nuclear com o intuito de ter usinas elétricas termonucleares e desenvolver o ciclo completo do urânio. O restabelecimento de relações diplomáticas com a China é outro passo na mudança da política externa. Primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola, outro país comunista, abre uma cunha no bilateralismo liderado por americanos e soviéticos, a chamada Guerra Fria. O governo militar brasileiro, sob a presidência de Ernesto Geisel, desenvolve uma política conhecida como pragmatismo responsável. Está aberta a possibilidade de novas divergências políticas e diplomáticas com os Estados Unidos na América Latina. Espera-se muito mais no futuro.

Encrenca com o Tio Sam

Heródoto Barbeiro
Heródoto Barbeirohttps://herodoto.com.br/
Heródoto foi o primeiro transmídia da TV brasileira. Jornalista, também é historiador, advogado e professor universitário da Universidade de São Paulo. Possui mais de 50 livros publicados, alguns deles utilizados como referência básica no curso de jornalismo. Já foi âncora de grandes jornais televisivos e apresentou o Roda Viva, da TV Cultura,. Atualmente é apresentador do Jornal Nova Brasil.
O enviado especial do Departamento de Estado dos Estados Unidos para os Direitos Humanos das Pessoas LGBTI, Randy Berry, trouxe bandeira arco-íris ao Consulado dos Estados Unidos no Rio (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Encrenca com o Tio Sam

               O presidente bate de frente contra a política externa americana. Ninguém esperava que houvesse qualquer desencontro entre os Estados Unidos e o Brasil. Afinal, a política externa brasileira é afinada com a do Tio Sam desde a Segunda Guerra Mundial e chegou a ponto de o embaixador brasileiro em Washington declarar que “o que é bom para os Estados Unidos é  bom para o Brasil”. Mas os tempos mudaram e sopram para a esquerda na América Latina, com sua ascensão em vários países. O Brasil quer se posicionar como uma potência média, mas para ser reconhecido precisa dar passos que desagradam aos formuladores de política latino-americana  do Departamento de Estado. Um deles é a aproximação com a República Popular da China, a China comunista, e que deve ser, segundo estrategistas, a maior potência econômica do mundo, com uma população de mais de um bilhão de habitantes. Não há como ignorar as mudanças geopolíticas do mundo atual.

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     É uma novidade o posicionamento do Brasil no âmbito internacional. Busca neutralidade entre os Estados Unidos e seus aliados, de um lado, e a Rússia, de outro. Há um interesse da diplomacia brasileira em estreitar laços com países africanos, mas para isso tem que aceitar as diferenças ideológicas e a forma de governo local. A África se abre como um mercado importante para o fornecimento de petróleo e outras matérias-primas e uma oportunidade para as empreiteiras brasileiras venderem serviços, como construção de estradas e barragens hidrelétricas. Nenhum governo, até agora, deu importância para o continente africano, que se liberta do jugo colonial de séculos e busca autonomia e relacionamento. Afinal, Brasil e África têm a história e a tradição entrelaçadas desde os tempos da colonização portuguesa.

     O caminho para a aproximação com a Europa se dá através da Alemanha Ocidental. Com a oposição  dos Estados Unidos, que suspendem o fornecimento de urânio para os laboratórios brasileiros, o Brasil assina um acordo de transferência de tecnologia nuclear com o intuito de ter usinas elétricas termonucleares e desenvolver o ciclo completo do urânio. O restabelecimento de relações diplomáticas com a China é outro passo na mudança da política externa. Primeiro país do mundo a reconhecer a independência de Angola, outro país comunista, abre uma cunha no bilateralismo liderado por americanos e soviéticos, a chamada Guerra Fria. O governo militar brasileiro, sob a presidência de Ernesto Geisel, desenvolve uma política conhecida como pragmatismo responsável. Está aberta a possibilidade de novas divergências políticas e diplomáticas com os Estados Unidos na América Latina. Espera-se muito mais no futuro.

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