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Faz tempo que aprendi a perder. Não que eu goste, longe disso, mas reconheço que o mundo não é só composto de ganhadores. O mercado abomina esse pensamento. Seres perdedores devem ser banidos da face da terra. Ouço isso é me divirto. Quem assim pensa, age ou retumba, não consegue reconhecer a vida. O otimismo é uma virtude, mas o desprezo da realidade é uma doença.

Lidamos a vida toda com as perdas. O mais louco é que nunca fomos ensinados a conviver com isso. Perdemos ingenuidade, alegria, pessoas, tempo, dinheiro, espaço, saúde, esperanças, enfim, uma infinidade de coisas que não nos damos conta. Nada é mais nocivo do que um coach vomitando fantasias. Nada é mais nauseante que um palestrante “motivador” cavando a auto ajuda no cemitério do mundo real.

Sartre, maravilhosamente dispõe que somos frutos de nossas escolhas, e isso retrata a fotografia exata do que somos. Escolhemos baseados em quê? A conta dos ganhos passa, obrigatoriamente, pela razão da perda. Isso tem nome: vida.

Não somos máquinas ajustadas para a vitória cotidiana. Falhamos tantas vezes na engrenagem dos nossos propósitos. Mas a crueldade do mundo das falácias nos apresenta um outro cenário. O resultado é a depressão como mal do século.

Não somos heróis de nós mesmos, aliás, nem heróis somos. O heroísmo é uma farsa criada para sublimar o homem e dispor a ele um universo mercantil. Acredita-se no mundo das vantagens exacerbadas, dos valores incondicionais. Pura fantasia.

Falo tudo isso, depois da derrota do Brasil para a Croácia, mas isso vale também para qualquer outra “derrota”. Os que ganharam, não necessariamente são os mais felizes, mas certamente são os que terão mais responsabilidade de justificar o porquê da vitória. Assim é a gramática da existência. Poder é alternância. Nunca existiu nada para sempre. Até as pedras foram frutos de modificações. O homem então, nem se fala.

Concebemos a tristeza da perda, certamente. Mas no lugar do lamento, deve haver a resiliência. Renascer é a sabedoria da natureza. Recompor o que foi feito de errado, reescolher e plantar. Regar com a parcimônia do entendimento. Entender que nada depende somente de nós. Tomar ciência de que tudo que existe tem um significado. Nada é por acaso. A brisa que sopra pode transformar-se no furacão que assola.

Quando perdi meu pai, e confesso ter sido uma das mais doloridas perdas da minha vida, imaginei que o mundo terminasse ali. Estupidez da minha parte. A vida me ensina que o tempo que vivi ao lado dele, foi a escolástica da minha alma, a aprendizagem do que eu deveria ser e muitas vezes, longe do que sou. Em síntese, meu pai vive no sangue das minhas veias de sabedoria. Isso tem nome: família.

Teremos novas copas do mundo. Algumas ganharemos, outras aprenderemos a errar menos e compreender um pouco mais o sentido de viver. Perder é um direito inalienável do ser humano.

Pelo meu direito de perder

Faz tempo que aprendi a perder. Não que eu goste, longe disso, mas reconheço que o mundo não é só composto de ganhadores. O mercado abomina esse pensamento. Seres perdedores devem ser banidos da face da terra. Ouço isso é me divirto. Quem assim pensa, age ou retumba, não consegue reconhecer a vida. O otimismo é uma virtude, mas o desprezo da realidade é uma doença.

Lidamos a vida toda com as perdas. O mais louco é que nunca fomos ensinados a conviver com isso. Perdemos ingenuidade, alegria, pessoas, tempo, dinheiro, espaço, saúde, esperanças, enfim, uma infinidade de coisas que não nos damos conta. Nada é mais nocivo do que um coach vomitando fantasias. Nada é mais nauseante que um palestrante “motivador” cavando a auto ajuda no cemitério do mundo real.

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Sartre, maravilhosamente dispõe que somos frutos de nossas escolhas, e isso retrata a fotografia exata do que somos. Escolhemos baseados em quê? A conta dos ganhos passa, obrigatoriamente, pela razão da perda. Isso tem nome: vida.

Não somos máquinas ajustadas para a vitória cotidiana. Falhamos tantas vezes na engrenagem dos nossos propósitos. Mas a crueldade do mundo das falácias nos apresenta um outro cenário. O resultado é a depressão como mal do século.

Não somos heróis de nós mesmos, aliás, nem heróis somos. O heroísmo é uma farsa criada para sublimar o homem e dispor a ele um universo mercantil. Acredita-se no mundo das vantagens exacerbadas, dos valores incondicionais. Pura fantasia.

Falo tudo isso, depois da derrota do Brasil para a Croácia, mas isso vale também para qualquer outra “derrota”. Os que ganharam, não necessariamente são os mais felizes, mas certamente são os que terão mais responsabilidade de justificar o porquê da vitória. Assim é a gramática da existência. Poder é alternância. Nunca existiu nada para sempre. Até as pedras foram frutos de modificações. O homem então, nem se fala.

Concebemos a tristeza da perda, certamente. Mas no lugar do lamento, deve haver a resiliência. Renascer é a sabedoria da natureza. Recompor o que foi feito de errado, reescolher e plantar. Regar com a parcimônia do entendimento. Entender que nada depende somente de nós. Tomar ciência de que tudo que existe tem um significado. Nada é por acaso. A brisa que sopra pode transformar-se no furacão que assola.

Quando perdi meu pai, e confesso ter sido uma das mais doloridas perdas da minha vida, imaginei que o mundo terminasse ali. Estupidez da minha parte. A vida me ensina que o tempo que vivi ao lado dele, foi a escolástica da minha alma, a aprendizagem do que eu deveria ser e muitas vezes, longe do que sou. Em síntese, meu pai vive no sangue das minhas veias de sabedoria. Isso tem nome: família.

Teremos novas copas do mundo. Algumas ganharemos, outras aprenderemos a errar menos e compreender um pouco mais o sentido de viver. Perder é um direito inalienável do ser humano.

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