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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram que Vila Guilherme e Santana, na zona norte, Penha, na leste, e Barra Funda, na oeste, são os distritos com maior incidência de dengue na capital paulista. Outros 33 compõem a lista. Ao todo, a capital tem 96 distritos.

As informações referem-se ao período de 11 a 15 de junho. Nos 37 distritos, o CI (coeficiente de incidência) -critério do Ministério da Saúde para a classificação desse tipo de doença em relação à população- está acima de cem, o que significa um nível médio de incidência. Quando o índice ultrapassa 300, é considerado epidemia.

Em Vila Guilherme, o índice chegou a 298,2. Em seguida, estão Penha (255,8), Santana (239,1) e Barra Funda (223,2). Há três níveis de incidência: baixa (menos de 100 casos/100 mil hab.), média (de 100 e 300 casos/100 mil hab.) e alta (mais de 300 casos/100 mil hab.).

Para chegar ao coeficiente de incidência, basta multiplicar por 100 mil o número de casos novos e dividir pelo total da população da área em questão. O indicador mostra o risco de os moradores ficarem doentes e a probabilidade de novos casos.

Dos 37, em quatro não houve alteração na incidência, em relação ao penúltimo boletim -de 28 de maio a 10 de junho: Butantã e Vila Jaguara, na região oeste, e Sé e Pari, na região central. Os 33 restantes apresentaram coeficientes mais altos na comparação.

“Detesto essa fala que temos que combater o mosquito, os criadouros e jogar toda a responsabilidade no cidadão. O mosquito da dengue é muito adaptado ao ambiente urbano. Além das condições climatológicas, há a dos espaços públicos”, afirma Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

“Não adianta o sujeito ser cuidadoso na sua casa se os espaços públicos são mal cuidados. O mosquito procria em qualquer lugar que possa acumular água, num jardim mal conservado, onde tenha lixo, num terreno baldio abandonado e não fiscalizado, e nos criadouros dentro das casas. A minha mensagem é: pesquisar nesses locais o que está errado”, diz Araújo. “Acho que eles espelham uma realidade urbana de um mal cuidado do espaço público.”

A Secretaria Municipal da Saúde disse que tem investido no Programa Municipal de Combate à Dengue e demais Arboviroses, com a instalação de 20 mil armadilhas de autodisseminiação de larvicidas em todas as regiões da cidade, com histórico de maior incidência de casos de dengue.

Na zona norte, a prefeitura realizou dois mutirões de combate à dengue no mês de maio, nos dias 10 e 20, com visitas casa a casa, eliminação de criadouros, nebulização com inseticida e orientações à população sobre cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. No dia 18 de maio, a secretaria reforçou a frota de combate ao mosquito com mais sete picapes leves com equipamentos de dispersão dos inseticidas, e dobrou a capacidade operacional na região norte.

Em 2023, até o momento, já foram realizadas 2.186.458 ações de prevenção ao Aedes aegypti na capital, segundo a secretaria.

NÚMEROS DA DENGUE NA CIDADE

De 1º de janeiro a 15 de junho deste ano, a cidade contabilizou 10.520 casos de dengue. No mesmo período de 2022, houve 10.592 e, em 2021, 6.804. Em relação às mortes, a dengue vitimou oito pessoas em 2023 e duas no ano passado.

Em todo o ano de 2015, a capital paulista contabilizou 103.186 casos de dengue. Em 2016, caiu para 16.283. No dois anos seguintes, somou 866 e 586, respectivamente. Em 2019, alcançou 16.966. Em 2020, totalizou 2026 confirmações e em 2021, 7.447. Alguns fatores explicam este ciclo desigual.

Faz parte das características da doença. Cada pico pode vir intercalado por três ou quatro anos com menos casos. O vírus da dengue tem quatro sorotipos. Quando um indivíduo é infectado por um dos tipos, ele adquire imunidade contra aquele vírus, mas ainda fica suscetível aos demais.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ela pode ser benigna ou grave. Os principais sintomas são febre alta -acima de 38°C, dor no corpo, na cabeça, atrás dos olhos e nas articulações, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo.

Se benigna, na maioria dos casos, cura com hidratação. David Uip, infectologista e reitor do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC, explica que, além do choque hemorrágico, a dengue grave pode causar miocardite -inflamação da camada média do músculo cardíaco- e encefalite.

“A dengue está ficando mais grave nas formas clínicas e com níveis de gravidade diferentes. Se você aumenta a incidência e prevalência, se tem mais casos, o risco de doença grave é mais frequente. O outro ponto é a dificuldade do diagnóstico. O inicial é clínico e muitas vezes se confunde com outras doenças de sintomas parecidos, como leptospirose e febre maculosa. Com o sorológico não é diferente, porque a Covid-19 mexeu na resposta imunológica de anticorpos”, diz Uip.

“A terceira dificuldade é a conduta que se toma a partir da presunção diagnóstica, porque você vai decidir a conduta sem ter a certeza. Uma doença você hidrata; a outra dá antibiótico. A Leptospirose, por exemplo, quando complica, dá uma síndrome que altera o fígado e o rim”, completa.

Para o ex-secretário, o trabalho de campo, feito pelos agentes comunitários de saúde e sanitários, é importante no combate à doença.

“Fui secretário de saúde durante cinco anos e de outra secretaria também [Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde]. Tive uma vivência grande, principalmente nas campanhas de dengue. Fui muito para as ruas. Dengue é uma doença que você tem que falar 24 horas por dia, 365 dias por ano. Mudança de hábitos, não ter foco, nem água parada. É preciso sair a campo para ver casa por casa. Tem que ser muito intenso, bem lembrado e vigiado”, afirma Uip.

AEDES AEGYPTI

O mosquito se reproduz em água parada. Vive por cerca de 30 dias, dentro das casas ou em terrenos. Além da dengue, transmite a chikungunya, zika e febre amarela urbana. É a fêmea do mosquito que pica o humano para sugar o sangue -alimento necessário à maturação dos ovos. Tem hábito preferencialmente diurno, em especial no início da manhã e ao entardecer.

COMO ELIMINAR CRIADOUROS

Tampe a caixa d’água e outros reservatórios

Retire as folhas ou sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas

Guarde pneus em locais cobertos

Guarde garrafas com a boca virada para baixo

Limpe ralos, canaletas e outros tipos de escoamento de água

Limpe e retire o acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras

Lave as bordas dos recipientes que acumulam água; use sabão e bucha

Coloque areia nos pratos de vasos de plantas e limpe-os semanalmente

Retire água acumulada em plantas e árvores -cuidado com as bromélias e bambus

Baldes devem ficar com a boca virada para baixo

Limpe as piscinas

Cuidado com tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos e recipientes que podem acumular água.

PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress

37 distritos de SP registram maior incidência de dengue

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Dados da Secretaria Municipal da Saúde mostram que Vila Guilherme e Santana, na zona norte, Penha, na leste, e Barra Funda, na oeste, são os distritos com maior incidência de dengue na capital paulista. Outros 33 compõem a lista. Ao todo, a capital tem 96 distritos.

As informações referem-se ao período de 11 a 15 de junho. Nos 37 distritos, o CI (coeficiente de incidência) -critério do Ministério da Saúde para a classificação desse tipo de doença em relação à população- está acima de cem, o que significa um nível médio de incidência. Quando o índice ultrapassa 300, é considerado epidemia.

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Em Vila Guilherme, o índice chegou a 298,2. Em seguida, estão Penha (255,8), Santana (239,1) e Barra Funda (223,2). Há três níveis de incidência: baixa (menos de 100 casos/100 mil hab.), média (de 100 e 300 casos/100 mil hab.) e alta (mais de 300 casos/100 mil hab.).

Para chegar ao coeficiente de incidência, basta multiplicar por 100 mil o número de casos novos e dividir pelo total da população da área em questão. O indicador mostra o risco de os moradores ficarem doentes e a probabilidade de novos casos.

Dos 37, em quatro não houve alteração na incidência, em relação ao penúltimo boletim -de 28 de maio a 10 de junho: Butantã e Vila Jaguara, na região oeste, e Sé e Pari, na região central. Os 33 restantes apresentaram coeficientes mais altos na comparação.

“Detesto essa fala que temos que combater o mosquito, os criadouros e jogar toda a responsabilidade no cidadão. O mosquito da dengue é muito adaptado ao ambiente urbano. Além das condições climatológicas, há a dos espaços públicos”, afirma Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

“Não adianta o sujeito ser cuidadoso na sua casa se os espaços públicos são mal cuidados. O mosquito procria em qualquer lugar que possa acumular água, num jardim mal conservado, onde tenha lixo, num terreno baldio abandonado e não fiscalizado, e nos criadouros dentro das casas. A minha mensagem é: pesquisar nesses locais o que está errado”, diz Araújo. “Acho que eles espelham uma realidade urbana de um mal cuidado do espaço público.”

A Secretaria Municipal da Saúde disse que tem investido no Programa Municipal de Combate à Dengue e demais Arboviroses, com a instalação de 20 mil armadilhas de autodisseminiação de larvicidas em todas as regiões da cidade, com histórico de maior incidência de casos de dengue.

Na zona norte, a prefeitura realizou dois mutirões de combate à dengue no mês de maio, nos dias 10 e 20, com visitas casa a casa, eliminação de criadouros, nebulização com inseticida e orientações à população sobre cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. No dia 18 de maio, a secretaria reforçou a frota de combate ao mosquito com mais sete picapes leves com equipamentos de dispersão dos inseticidas, e dobrou a capacidade operacional na região norte.

Em 2023, até o momento, já foram realizadas 2.186.458 ações de prevenção ao Aedes aegypti na capital, segundo a secretaria.

NÚMEROS DA DENGUE NA CIDADE

De 1º de janeiro a 15 de junho deste ano, a cidade contabilizou 10.520 casos de dengue. No mesmo período de 2022, houve 10.592 e, em 2021, 6.804. Em relação às mortes, a dengue vitimou oito pessoas em 2023 e duas no ano passado.

Em todo o ano de 2015, a capital paulista contabilizou 103.186 casos de dengue. Em 2016, caiu para 16.283. No dois anos seguintes, somou 866 e 586, respectivamente. Em 2019, alcançou 16.966. Em 2020, totalizou 2026 confirmações e em 2021, 7.447. Alguns fatores explicam este ciclo desigual.

Faz parte das características da doença. Cada pico pode vir intercalado por três ou quatro anos com menos casos. O vírus da dengue tem quatro sorotipos. Quando um indivíduo é infectado por um dos tipos, ele adquire imunidade contra aquele vírus, mas ainda fica suscetível aos demais.

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ela pode ser benigna ou grave. Os principais sintomas são febre alta -acima de 38°C, dor no corpo, na cabeça, atrás dos olhos e nas articulações, mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo.

Se benigna, na maioria dos casos, cura com hidratação. David Uip, infectologista e reitor do Centro Universitário Faculdade de Medicina do ABC, explica que, além do choque hemorrágico, a dengue grave pode causar miocardite -inflamação da camada média do músculo cardíaco- e encefalite.

“A dengue está ficando mais grave nas formas clínicas e com níveis de gravidade diferentes. Se você aumenta a incidência e prevalência, se tem mais casos, o risco de doença grave é mais frequente. O outro ponto é a dificuldade do diagnóstico. O inicial é clínico e muitas vezes se confunde com outras doenças de sintomas parecidos, como leptospirose e febre maculosa. Com o sorológico não é diferente, porque a Covid-19 mexeu na resposta imunológica de anticorpos”, diz Uip.

“A terceira dificuldade é a conduta que se toma a partir da presunção diagnóstica, porque você vai decidir a conduta sem ter a certeza. Uma doença você hidrata; a outra dá antibiótico. A Leptospirose, por exemplo, quando complica, dá uma síndrome que altera o fígado e o rim”, completa.

Para o ex-secretário, o trabalho de campo, feito pelos agentes comunitários de saúde e sanitários, é importante no combate à doença.

“Fui secretário de saúde durante cinco anos e de outra secretaria também [Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde]. Tive uma vivência grande, principalmente nas campanhas de dengue. Fui muito para as ruas. Dengue é uma doença que você tem que falar 24 horas por dia, 365 dias por ano. Mudança de hábitos, não ter foco, nem água parada. É preciso sair a campo para ver casa por casa. Tem que ser muito intenso, bem lembrado e vigiado”, afirma Uip.

AEDES AEGYPTI

O mosquito se reproduz em água parada. Vive por cerca de 30 dias, dentro das casas ou em terrenos. Além da dengue, transmite a chikungunya, zika e febre amarela urbana. É a fêmea do mosquito que pica o humano para sugar o sangue -alimento necessário à maturação dos ovos. Tem hábito preferencialmente diurno, em especial no início da manhã e ao entardecer.

COMO ELIMINAR CRIADOUROS

Tampe a caixa d’água e outros reservatórios

Retire as folhas ou sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas

Guarde pneus em locais cobertos

Guarde garrafas com a boca virada para baixo

Limpe ralos, canaletas e outros tipos de escoamento de água

Limpe e retire o acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras

Lave as bordas dos recipientes que acumulam água; use sabão e bucha

Coloque areia nos pratos de vasos de plantas e limpe-os semanalmente

Retire água acumulada em plantas e árvores -cuidado com as bromélias e bambus

Baldes devem ficar com a boca virada para baixo

Limpe as piscinas

Cuidado com tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos e recipientes que podem acumular água.

PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress

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