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TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) – A campanha presidencial em Taiwan para as eleições de 13 de janeiro vive uma semana crucial, com a aproximação do fim do prazo para a oposição apresentar um candidato de unidade. No momento, o candidato do governo segue à frente nas pesquisas.

O impasse coincide com a cúpula dos líderes de EUA e China, Joe Biden e Xi Jinping, que após meses de negociação marcaram para esta quarta (15) um encontro em San Francisco, na Califórnia, no qual Taiwan e os presidenciáveis devem estar entre os temas em discussão.

A oposição está dividida entre dois nomes: Hou Yu-ih, do KMT (Kuomintang ou Partido Nacionalista da China), e Ko Wen-je, do TPP (Partido do Povo de Taiwan). Embora o KMT seja a legenda maior e mais tradicional, Hou aparecia com um apoio de 21,1% no fim de outubro, contra 25,6% de Ko.

Realizado pela Fundação Taiwanesa de Opinião Pública, considerada independente, o levantamento mostrou Lai Ching-te, do PDD (Partido Democrático Progressista), atual vice-presidente taiwanês, com 29,7%. Ainda na frente, mas pela primeira vez abaixo de 30%.

A pesquisa animou a oposição a buscar unidade, sobretudo pelo crescimento na desaprovação da presidente Tsai Ing-wen, também do PDD. Após uma sequência de escândalos, a fatia dos que a desaprovam alcançou 53%, a maior em quatro anos e meio.

As lideranças de KMT e TPP se reuniram no início do mês e fecharam acordo para as eleições legislativas, que também acontecem em 13 de janeiro. Mas não houve acerto quanto à candidatura presidencial única nem sequer sobre um programa que aproximasse as plataformas de Hou e Ko.

“Ainda existe uma chance”, diz o cientista político Yan Zhensheng, da Universidade Nacional de Taiwan, lembrando que o prazo para registro das candidaturas vai de 20 a 24 deste mês, “mas é preciso que o acordo saia uma semana antes, para permitir pesquisa”.

Como propôs Ko, o nome sairia de uma pesquisa nacional ou de uma média de levantamentos, com o segundo colocado passando a vice ou futuro primeiro-ministro. Seu argumento foi que os partidos taiwaneses fazem assim, historicamente, inclusive o KMT.

Resistente a ficar sem candidato próprio, o KMT sugeriu alternativas como ouvir os candidatos legislativos distritais —o que levaria quase certamente à escolha do nome do partido, que tem 69 deles contra 11 do pequeno TPP. As negociações acabaram suspensas.

A aproximação do prazo rachou o KMT no fim de semana. Seu último presidente de Taiwan, no período 2008-16, Ma Ying-jeou, defendeu a proposta de Ko. Justificou dizendo acreditar que Hou venceria uma consulta nacional, diante de pesquisas recentes que o põem em segundo lugar.

Ko agradeceu Ma publicamente, afirmando que não desistirá da unificação até o último minuto. Hou comentou que Ma havia mostrado sua preocupação em garantir a alternância de poder em Taiwan, há oito anos com o PDD, e pediu maior proximidade de Ko para achar um solução.

Segundo o cientista político Yan, “se eles apresentarem uma chapa unificada, a chance de derrotarem o PDD seria superior a 75%”.

A caminho de San Francisco, o que preocupa Xi e até mesmo Biden é o nome escolhido pelo partido do governo, Lai. Em contraponto à atual presidente, moderada e que o derrotou quando saiu candidata, ele é abertamente a favor da independência de Taiwan, cujo nome oficial é República da China.

“Lai é visto na China continental, nas palavras dele mesmo, como um trabalhador pragmático pela independência”, diz Zichen Wang, pesquisador do Centro para China e Globalização (CCG), um “think tank” influente de Pequim, considerado independente.

A visão na capital chinesa é que ele “não vem sendo e não será alguém que conduz à estabilidade no estreito de Taiwan”, descreve Zichen. “Se um candidato não pertencente ao DPP vencer, pode haver mais prosperidade, com intercâmbios de estudantes, turismo e cooperação econômica.”

Diretor de China na consultoria estratégica ASG, de Washington, Paul Triolo avalia que “o cálculo de Pequim hoje é impulsionado principalmente, se não exclusivamente, pelo que os EUA fazem em relação a Taiwan”, importando menos a sua política interna.

Yan, da Universidade de Taiwan, acrescenta que “Washington não confia em Lai, por sua proclamação anterior sobre a independência, e na viagem ele foi confinado a uma exposição pública muito limitada”, referência à visita feita pelo candidato governista aos EUA, em agosto.

“Hou é visto como o mais previsível dos três”, prossegue Yan. “Embora os EUA tenham indicado que não têm um preferido, é provável que Washington se sinta mais à vontade com uma vitória de Hou.” Ele também viajou, em setembro, ficando mais tempo e tendo mais acesso ao establishment em Washington.

Um quarto postulante, o independente Terry Gou, fundador da empresa de tecnologia Foxconn e originalmente ligado ao KMT, não vem conseguindo maior sustentação, permanecendo em torno de 6% das intenções de voto, como no levantamento da semana passada do instituto Formosa.

NELSON DE SÁ / Folhapress

À sombra de Xi e Biden, eleição taiwanesa tem semana decisiva

TAIPÉ, TAIWAN (FOLHAPRESS) – A campanha presidencial em Taiwan para as eleições de 13 de janeiro vive uma semana crucial, com a aproximação do fim do prazo para a oposição apresentar um candidato de unidade. No momento, o candidato do governo segue à frente nas pesquisas.

O impasse coincide com a cúpula dos líderes de EUA e China, Joe Biden e Xi Jinping, que após meses de negociação marcaram para esta quarta (15) um encontro em San Francisco, na Califórnia, no qual Taiwan e os presidenciáveis devem estar entre os temas em discussão.

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A oposição está dividida entre dois nomes: Hou Yu-ih, do KMT (Kuomintang ou Partido Nacionalista da China), e Ko Wen-je, do TPP (Partido do Povo de Taiwan). Embora o KMT seja a legenda maior e mais tradicional, Hou aparecia com um apoio de 21,1% no fim de outubro, contra 25,6% de Ko.

Realizado pela Fundação Taiwanesa de Opinião Pública, considerada independente, o levantamento mostrou Lai Ching-te, do PDD (Partido Democrático Progressista), atual vice-presidente taiwanês, com 29,7%. Ainda na frente, mas pela primeira vez abaixo de 30%.

A pesquisa animou a oposição a buscar unidade, sobretudo pelo crescimento na desaprovação da presidente Tsai Ing-wen, também do PDD. Após uma sequência de escândalos, a fatia dos que a desaprovam alcançou 53%, a maior em quatro anos e meio.

As lideranças de KMT e TPP se reuniram no início do mês e fecharam acordo para as eleições legislativas, que também acontecem em 13 de janeiro. Mas não houve acerto quanto à candidatura presidencial única nem sequer sobre um programa que aproximasse as plataformas de Hou e Ko.

“Ainda existe uma chance”, diz o cientista político Yan Zhensheng, da Universidade Nacional de Taiwan, lembrando que o prazo para registro das candidaturas vai de 20 a 24 deste mês, “mas é preciso que o acordo saia uma semana antes, para permitir pesquisa”.

Como propôs Ko, o nome sairia de uma pesquisa nacional ou de uma média de levantamentos, com o segundo colocado passando a vice ou futuro primeiro-ministro. Seu argumento foi que os partidos taiwaneses fazem assim, historicamente, inclusive o KMT.

Resistente a ficar sem candidato próprio, o KMT sugeriu alternativas como ouvir os candidatos legislativos distritais —o que levaria quase certamente à escolha do nome do partido, que tem 69 deles contra 11 do pequeno TPP. As negociações acabaram suspensas.

A aproximação do prazo rachou o KMT no fim de semana. Seu último presidente de Taiwan, no período 2008-16, Ma Ying-jeou, defendeu a proposta de Ko. Justificou dizendo acreditar que Hou venceria uma consulta nacional, diante de pesquisas recentes que o põem em segundo lugar.

Ko agradeceu Ma publicamente, afirmando que não desistirá da unificação até o último minuto. Hou comentou que Ma havia mostrado sua preocupação em garantir a alternância de poder em Taiwan, há oito anos com o PDD, e pediu maior proximidade de Ko para achar um solução.

Segundo o cientista político Yan, “se eles apresentarem uma chapa unificada, a chance de derrotarem o PDD seria superior a 75%”.

A caminho de San Francisco, o que preocupa Xi e até mesmo Biden é o nome escolhido pelo partido do governo, Lai. Em contraponto à atual presidente, moderada e que o derrotou quando saiu candidata, ele é abertamente a favor da independência de Taiwan, cujo nome oficial é República da China.

“Lai é visto na China continental, nas palavras dele mesmo, como um trabalhador pragmático pela independência”, diz Zichen Wang, pesquisador do Centro para China e Globalização (CCG), um “think tank” influente de Pequim, considerado independente.

A visão na capital chinesa é que ele “não vem sendo e não será alguém que conduz à estabilidade no estreito de Taiwan”, descreve Zichen. “Se um candidato não pertencente ao DPP vencer, pode haver mais prosperidade, com intercâmbios de estudantes, turismo e cooperação econômica.”

Diretor de China na consultoria estratégica ASG, de Washington, Paul Triolo avalia que “o cálculo de Pequim hoje é impulsionado principalmente, se não exclusivamente, pelo que os EUA fazem em relação a Taiwan”, importando menos a sua política interna.

Yan, da Universidade de Taiwan, acrescenta que “Washington não confia em Lai, por sua proclamação anterior sobre a independência, e na viagem ele foi confinado a uma exposição pública muito limitada”, referência à visita feita pelo candidato governista aos EUA, em agosto.

“Hou é visto como o mais previsível dos três”, prossegue Yan. “Embora os EUA tenham indicado que não têm um preferido, é provável que Washington se sinta mais à vontade com uma vitória de Hou.” Ele também viajou, em setembro, ficando mais tempo e tendo mais acesso ao establishment em Washington.

Um quarto postulante, o independente Terry Gou, fundador da empresa de tecnologia Foxconn e originalmente ligado ao KMT, não vem conseguindo maior sustentação, permanecendo em torno de 6% das intenções de voto, como no levantamento da semana passada do instituto Formosa.

NELSON DE SÁ / Folhapress

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