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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Roberto Bitencourt, deu declarações confusas e divergentes sobre a suposta decisão do militar de confessar sua atuação e a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na venda de joias –caso investigado pela Polícia Federal.

As versões sobre o caso se alteraram de quarta-feira (16), primeiro dia de trabalho do criminalista como defensor de Cid, a esta sexta-feira (18). O vaivém atenua e agrava a situação de Bolsonaro, a depender do avanço e recuo de Bitencourt.

Na quarta, em entrevista à GloboNews, o advogado disse que não sabia detalhes das acusações contra Cid porque havia recém-assumido a defesa do militar e nem sequer tinha encontrado o cliente.

Mesmo sem conhecer o caso, Bitencourt havia afirmado que Cid é um “militar, mas ele é um assessor”.

“Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”, disse.

A tese defendida inicialmente seria a de que Cid, como assessor da Presidência, apenas “obedecia ordens”.

“Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele”, disse. “Alguém mandou, alguém determinou, ele é só o assessor. Assessor cumpre ordens. Vamos examinar os fatos, saber quem é quem, até onde vai a responsabilidade de um e de outro”, completou.

Horas após a entrevista, Bitencourt teve um primeiro encontro com Mauro Cid no Batalhão do Exército, em Brasília. A conversa durou cerca de três horas, e o advogado teve o primeiro contato com o caso.

Na quinta-feira (17), o criminalista deu entrevista à Folha de S.Paulo com tom mais ameno. Logo na primeira pergunta, o advogado disse que já havia concedido muitas entrevistas e que a atitude poderia “irritar o outro lado também”. “É bom não cutucar abelha com vara curta”, afirmou.

Questionado sobre quem seria o “outro lado”, ele respondeu: “O chefe dele, é claro”.

Nos 30 minutos de entrevista, Cezar Bitencourt afirmou que o objetivo da Polícia Federal seria chegar até Bolsonaro, não Cid, e que a chance de fechar uma delação premiada seria “zero” e “nula”.

Ele disse ainda que o trabalho de Cid não consistia em somente cumprir ordens.

“Assessor está lá para cumprir ordens, ajudar. Mas também não deixa de ter uma certa autonomia para fazer o meio, como, onde e quando. Essas coisas, um assessor competente e preparado, como é o Cid, o Cid é muito preparado. Excelente pessoa, intelectual, cumpridor de missões. Tem cabeça, inteligência”, afirmou.

A Folha de S.Paulo ainda o questionou se, no caso das joias levadas e vendidas nos Estados Unidos, Cid teria trabalhado a mando de alguém.

“Especificamente, a gente não conversou sobre isso. Mas eu tenho a impressão de que ele tinha certa autonomia. E mais: se eu erro aqui, eu conserto ali. Se fiz uma coisa errada aqui, posso consertar lá.”

Horas após a entrevista, a revista Veja publicou reportagem com uma nova versão de Bitencourt. Nela, ele disse que Cid decidira confessar a atuação na venda das joias e declarar que havia cometido o crime por ordem de Bolsonaro.

“O Cid não nega os fatos. Ele assume que foi pegar as joias. ‘Resolve isso lá’. Ele foi resolver. ‘Vende a joia’. Ele vende a joia […] Na verdade, é confissão [e não colaboração].”

O advogado confirmou a versão para a Folha de S.Paulo e outros jornais. “Ele confessa que comprou as joias evidentemente a mando do presidente. Comprou e vendeu. ‘Resolva esse negócio e venda’, foi mais ou menos assim”, disse.

“Ele vai confessar o que ele praticou, comprou e vendeu, o atestado das vacinas. Ele vai confessar”, completou.

Nesta sexta-feira, porém, Bitencourt deu nova versão para o jornal o Estado de S. Paulo. “Não, não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Vejs (sic) não se falou em joias!”, escreveu em mensagem.

À GloboNews, mais tarde, ele disse que o caso não se trata de joias, mas de somente uma: um relógio da marca Rolex. E que não se trataria de uma confissão, mas “esclarecimentos” a serem feitos aos investigadores.

Bitencourt disse ainda que Cid não iria culpar Bolsonaro pelo esquema. “Tem muitas coisas que não tem nada a ver. Na realidade houve um equívoco, houve má-fé. Em primeiro lugar [é um equívoco] que o Cid vai dedurar o Bolsonaro”, afirmou.

Cezar Roberto Bitencourt é o terceiro advogado de Mauro Cid desde que o militar foi preso, em 3 de maio. O primeiro, Rodrigo Roca, deixou a defesa do tenente-coronel sete dias após a prisão.

O segundo defensor de Cid foi o advogado Bernardo Fenelon, que deixou o caso na última semana alegando “questões íntimas”.

CÉZAR FEITOZA / Folhapress

Advogado de Cid causa confusão com série de avanços e recuos sobre joias de Bolsonaro

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Roberto Bitencourt, deu declarações confusas e divergentes sobre a suposta decisão do militar de confessar sua atuação e a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na venda de joias –caso investigado pela Polícia Federal.

As versões sobre o caso se alteraram de quarta-feira (16), primeiro dia de trabalho do criminalista como defensor de Cid, a esta sexta-feira (18). O vaivém atenua e agrava a situação de Bolsonaro, a depender do avanço e recuo de Bitencourt.

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Na quarta, em entrevista à GloboNews, o advogado disse que não sabia detalhes das acusações contra Cid porque havia recém-assumido a defesa do militar e nem sequer tinha encontrado o cliente.

Mesmo sem conhecer o caso, Bitencourt havia afirmado que Cid é um “militar, mas ele é um assessor”.

“Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”, disse.

A tese defendida inicialmente seria a de que Cid, como assessor da Presidência, apenas “obedecia ordens”.

“Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele”, disse. “Alguém mandou, alguém determinou, ele é só o assessor. Assessor cumpre ordens. Vamos examinar os fatos, saber quem é quem, até onde vai a responsabilidade de um e de outro”, completou.

Horas após a entrevista, Bitencourt teve um primeiro encontro com Mauro Cid no Batalhão do Exército, em Brasília. A conversa durou cerca de três horas, e o advogado teve o primeiro contato com o caso.

Na quinta-feira (17), o criminalista deu entrevista à Folha de S.Paulo com tom mais ameno. Logo na primeira pergunta, o advogado disse que já havia concedido muitas entrevistas e que a atitude poderia “irritar o outro lado também”. “É bom não cutucar abelha com vara curta”, afirmou.

Questionado sobre quem seria o “outro lado”, ele respondeu: “O chefe dele, é claro”.

Nos 30 minutos de entrevista, Cezar Bitencourt afirmou que o objetivo da Polícia Federal seria chegar até Bolsonaro, não Cid, e que a chance de fechar uma delação premiada seria “zero” e “nula”.

Ele disse ainda que o trabalho de Cid não consistia em somente cumprir ordens.

“Assessor está lá para cumprir ordens, ajudar. Mas também não deixa de ter uma certa autonomia para fazer o meio, como, onde e quando. Essas coisas, um assessor competente e preparado, como é o Cid, o Cid é muito preparado. Excelente pessoa, intelectual, cumpridor de missões. Tem cabeça, inteligência”, afirmou.

A Folha de S.Paulo ainda o questionou se, no caso das joias levadas e vendidas nos Estados Unidos, Cid teria trabalhado a mando de alguém.

“Especificamente, a gente não conversou sobre isso. Mas eu tenho a impressão de que ele tinha certa autonomia. E mais: se eu erro aqui, eu conserto ali. Se fiz uma coisa errada aqui, posso consertar lá.”

Horas após a entrevista, a revista Veja publicou reportagem com uma nova versão de Bitencourt. Nela, ele disse que Cid decidira confessar a atuação na venda das joias e declarar que havia cometido o crime por ordem de Bolsonaro.

“O Cid não nega os fatos. Ele assume que foi pegar as joias. ‘Resolve isso lá’. Ele foi resolver. ‘Vende a joia’. Ele vende a joia […] Na verdade, é confissão [e não colaboração].”

O advogado confirmou a versão para a Folha de S.Paulo e outros jornais. “Ele confessa que comprou as joias evidentemente a mando do presidente. Comprou e vendeu. ‘Resolva esse negócio e venda’, foi mais ou menos assim”, disse.

“Ele vai confessar o que ele praticou, comprou e vendeu, o atestado das vacinas. Ele vai confessar”, completou.

Nesta sexta-feira, porém, Bitencourt deu nova versão para o jornal o Estado de S. Paulo. “Não, não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Vejs (sic) não se falou em joias!”, escreveu em mensagem.

À GloboNews, mais tarde, ele disse que o caso não se trata de joias, mas de somente uma: um relógio da marca Rolex. E que não se trataria de uma confissão, mas “esclarecimentos” a serem feitos aos investigadores.

Bitencourt disse ainda que Cid não iria culpar Bolsonaro pelo esquema. “Tem muitas coisas que não tem nada a ver. Na realidade houve um equívoco, houve má-fé. Em primeiro lugar [é um equívoco] que o Cid vai dedurar o Bolsonaro”, afirmou.

Cezar Roberto Bitencourt é o terceiro advogado de Mauro Cid desde que o militar foi preso, em 3 de maio. O primeiro, Rodrigo Roca, deixou a defesa do tenente-coronel sete dias após a prisão.

O segundo defensor de Cid foi o advogado Bernardo Fenelon, que deixou o caso na última semana alegando “questões íntimas”.

CÉZAR FEITOZA / Folhapress

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