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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Alunos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) estão em greve. Na noite desta segunda (25), eles aprovaram apoio à manifestação iniciada por estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) em razão da falta de professores na instituição. Mas não sem confusão.

O histórico da unidade responsável pelos cursos de engenharia é de aversão a paralisações. A última ocorreu em 2002, também motivada por déficit de docentes.

Pressionada pela maciça adesão de outras unidades ao boicote às aulas, a Poli convocou uma assembleia emergencial. A ideia do Grêmio Politécnico, do Diretório Acadêmico e da Atlética era deliberar acerca de um plebiscito pela anuência ou pela condenação à greve.

Cerca de 300 estudantes compareceram. Por maioria, rejeitaram postergar qualquer decisão, descartando o plebiscito, e decretaram naquele momento a diretriz de paralisação e “cadeiraço”.

O tumulto estava instaurado. Os derrotados chamavam a assembleia de antidemocrática. Xingamentos eram trocados. Agentes da Polícia Militar e da guarda universitária apareciam por todos os lados. As primeiras cadeiras eram colocadas nas portas e portões.

“Acredito que, da maneira que foi feita, a decisão pela greve é autoritária e puramente militante”, disse Guilherme Martins, 24, estudante de engenharia civil. “Se a reunião estava marcada para elaborar um plebiscito, isso deveria ter sido feito”, continuou.

Gestora do centro acadêmico de engenharia elétrica da Politécnica, Ana Custodio, 20, discorda. Para ela, foi acertada a rápida decisão pela greve. “A opinião da maioria sempre se impõe”, afirmou.

A administração da Escola Politécnica cancelou todas as atividades desta terça-feira (26) e afirma estar em permanente contato e diálogo com as lideranças estudantis.

Nesta manhã, porém, os alunos contrários à paralisação adentraram a Cidade Universitária dispostos a derrubar quaisquer barreiras e ocupar as salas. Alguns professores os apoiavam. Houve novo confronto de ideias. Mais uma vez os grevistas saíram vencedores.

PARALISAÇÃO GANHA CORPO

O imbróglio na USP começou na noite do último dia 18, quando alunos dos cursos de letras e geografia pretendiam realizar um protesto contra a falta de professores.

Por volta das 19h, a diretoria da FFLCH enviou um email aos estudantes dizendo que todas as atividades estavam suspensas. Na sequência, os prédios foram esvaziados e trancados devido ao temor de que fossem invadidos. A guarda universitária foi acionada na sequência, e viaturas da Polícia Militar foram enviadas ao local.

Após a ação, alunos de outros cursos da FFLCH -ciências sociais, história e filosofia- decidiram apoiar a paralisação. Já nesta manhã, representantes das demais unidades de ensino da instituição votaram por se unir aos grevistas.

Na segunda, uma lista de exigências foi endereçada ao diretor do espaço, Paulo Martins: liberação dos prédios; saída dos agentes de segurança dos espaços estudantis; o agendamento de uma reunião entre a reitoria e os alunos; e uma retratação pública de Martins, gravado xingando os protestantes.

Os três primeiros pontos foram atendidos. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Martins disse não pretender pedir desculpas por sua atitude e criticou os articuladores do movimento, dizendo que eles “usam as mesmas armas da direita bolsonarista”. A declaração gerou revolta.

Demais unidades da USP começaram a abraçar a greve. Apenas as faculdades de Medicina, Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, Odontologia e Farmácia, além da Escola de Educação Física e Esporte, não se manifestaram sobre o tema.

Nas últimas duas décadas, a universidade paulista ampliou o número de estudantes matriculados sem garantir o mesmo ritmo na contratação de professores. Assim, a proporção de docente por aluno diminuiu 28% no período.

Em 2002, a instituição tinha 0,07 educador para cada matriculado, em média. Em 2022, o número caiu para 0,05. Os dados foram obtidos pela Associação de Docentes a partir do anuário estatístico da universidade.

Em nota, a reitoria da USP diz realizar esforço para contratar novos profissionais. “No último ano, disponibilizamos 879 vagas para a contratação de professores, concedidas a partir das demandas apresentadas pelas próprias unidades”, diz a nota. “Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas.”

BRUNO LUCCA / Folhapress

Alunos da Escola Politécnica da USP entram em greve após duas décadas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Alunos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) estão em greve. Na noite desta segunda (25), eles aprovaram apoio à manifestação iniciada por estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) em razão da falta de professores na instituição. Mas não sem confusão.

O histórico da unidade responsável pelos cursos de engenharia é de aversão a paralisações. A última ocorreu em 2002, também motivada por déficit de docentes.

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Pressionada pela maciça adesão de outras unidades ao boicote às aulas, a Poli convocou uma assembleia emergencial. A ideia do Grêmio Politécnico, do Diretório Acadêmico e da Atlética era deliberar acerca de um plebiscito pela anuência ou pela condenação à greve.

Cerca de 300 estudantes compareceram. Por maioria, rejeitaram postergar qualquer decisão, descartando o plebiscito, e decretaram naquele momento a diretriz de paralisação e “cadeiraço”.

O tumulto estava instaurado. Os derrotados chamavam a assembleia de antidemocrática. Xingamentos eram trocados. Agentes da Polícia Militar e da guarda universitária apareciam por todos os lados. As primeiras cadeiras eram colocadas nas portas e portões.

“Acredito que, da maneira que foi feita, a decisão pela greve é autoritária e puramente militante”, disse Guilherme Martins, 24, estudante de engenharia civil. “Se a reunião estava marcada para elaborar um plebiscito, isso deveria ter sido feito”, continuou.

Gestora do centro acadêmico de engenharia elétrica da Politécnica, Ana Custodio, 20, discorda. Para ela, foi acertada a rápida decisão pela greve. “A opinião da maioria sempre se impõe”, afirmou.

A administração da Escola Politécnica cancelou todas as atividades desta terça-feira (26) e afirma estar em permanente contato e diálogo com as lideranças estudantis.

Nesta manhã, porém, os alunos contrários à paralisação adentraram a Cidade Universitária dispostos a derrubar quaisquer barreiras e ocupar as salas. Alguns professores os apoiavam. Houve novo confronto de ideias. Mais uma vez os grevistas saíram vencedores.

PARALISAÇÃO GANHA CORPO

O imbróglio na USP começou na noite do último dia 18, quando alunos dos cursos de letras e geografia pretendiam realizar um protesto contra a falta de professores.

Por volta das 19h, a diretoria da FFLCH enviou um email aos estudantes dizendo que todas as atividades estavam suspensas. Na sequência, os prédios foram esvaziados e trancados devido ao temor de que fossem invadidos. A guarda universitária foi acionada na sequência, e viaturas da Polícia Militar foram enviadas ao local.

Após a ação, alunos de outros cursos da FFLCH -ciências sociais, história e filosofia- decidiram apoiar a paralisação. Já nesta manhã, representantes das demais unidades de ensino da instituição votaram por se unir aos grevistas.

Na segunda, uma lista de exigências foi endereçada ao diretor do espaço, Paulo Martins: liberação dos prédios; saída dos agentes de segurança dos espaços estudantis; o agendamento de uma reunião entre a reitoria e os alunos; e uma retratação pública de Martins, gravado xingando os protestantes.

Os três primeiros pontos foram atendidos. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Martins disse não pretender pedir desculpas por sua atitude e criticou os articuladores do movimento, dizendo que eles “usam as mesmas armas da direita bolsonarista”. A declaração gerou revolta.

Demais unidades da USP começaram a abraçar a greve. Apenas as faculdades de Medicina, Economia, Administração, Contabilidade e Atuária, Odontologia e Farmácia, além da Escola de Educação Física e Esporte, não se manifestaram sobre o tema.

Nas últimas duas décadas, a universidade paulista ampliou o número de estudantes matriculados sem garantir o mesmo ritmo na contratação de professores. Assim, a proporção de docente por aluno diminuiu 28% no período.

Em 2002, a instituição tinha 0,07 educador para cada matriculado, em média. Em 2022, o número caiu para 0,05. Os dados foram obtidos pela Associação de Docentes a partir do anuário estatístico da universidade.

Em nota, a reitoria da USP diz realizar esforço para contratar novos profissionais. “No último ano, disponibilizamos 879 vagas para a contratação de professores, concedidas a partir das demandas apresentadas pelas próprias unidades”, diz a nota. “Temos 641 vagas para preencher e 238 já foram preenchidas.”

BRUNO LUCCA / Folhapress

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