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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Icônico. Histórico. Glamouroso. São vários os adjetivos usados para descrever o Copacabana Palace, que neste domingo completa 100 anos. Ele é isso tudo, sim, mas um ou dois termos usados com menos frequência talvez lhe caibam à perfeição: Animado. Festeiro. O Copa (para os íntimos), sempre teve uma predisposição natural para a esbórnia-chique, e nos últimos 25 anos, esta vocação do hotel foi alçada à sua máxima potência.

Além de receber comemorações particulares e toda a sorte de premiações e lançamentos culturais, o Copa parece estar sempre em busca de motivos para fazer um furdunço em seus domínios, indo muito além dos tradicionalíssimos Baile de Gala, no Carnaval, e das festas de Réveillon.

Em 2017, por exemplo, o que seria uma incômoda reforma na borda da piscina serviu de pretexto para uma festa louquíssima -uma das melhores dos últimos anos, aliás. O esquema era o seguinte: quem queria dançar ia para a pista, montada lá dentro (exatamente, na piscina, enorme e sem água, lembre-se). Convidados, um mix que reunia atores, atrizes, a turma da moda carioca, artistas plásticos, músicos e socialites, eram servidos por garçons bonitos, alguns de sunga; sexies sem serem vulgares.

Quem preferia conversar e petiscar ficava em volta, onde ainda havia alguns lounges espalhados, decorados em listras de azul e branco, uma coisa meio navy, sabe como é? Em um deles estava Fernanda Montenegro, tomando uma taça de espumante e conversando sobre astrologia com Mônica Martelli.

Fernandona contava que é libriana com ascendente em capricórnio. “Libra gosta de harmonia, e dizem que capricórnio se vira em qualquer lugar”, explicou. Em seguida, foram postas em debate as personalidades de arianos (“sabem o que querem”, e virginianos, “fazem questão de ter tudo no lugar”).

Porta-bandeira da escola de samba Beija-Flor e ícone do carnaval carioca, Selminha Sorriso se aproximou e pediu para tirar uma foto beijando a mão da atriz. E ela: “Só se eu beijar a sua também”. Fernanda beijou, as duas se abraçaram, e Selminha foi embora até um pouco emocionada. “Ela é um mito, né, cara?”.

As festas durante o dia, na varanda ou à beira da piscina, proporcionaram encontros memoráveis, como o de Danuza Leão e Zeca Pagodinho. Ela o adorava, e deixou isso claro assim que o viu. “Quando é que você vai me chamar para ir a Xerém?”, quis saber a jornalista, com aquela voz rouca, abraçando Zeca. Ele bebia vinho tinto (“Coisa fina”) e os dois engataram um longo papo, encerrado depois de o músico fazer uma rápida massagem no ombro dela.

As festas diurnas, algumas começando pouco antes do pôr do sol, foram uma das marcas da administração de Andrea Natal, diretora-geral do hotel entre 2012 e 2020, e tinham como objetivo atrair um público mais jovem para o Copa, tirar o certo estigma de “careta” que ele ainda carregava. Deu certo e ajudou a rejuvenescer até o Baile de Gala no Carnaval, evento com marchinhas, passistas e gringos achando tudo incrível. O evento tem ingressos a cerca de R$ 5 mil (preço de 2023) e rígido dress code: “fantasia de luxo”, vestido longo ou black tie.

A festa de Carnaval é cringe mesmo, e não tem a menor intenção de ficar moderninha. O bufê ostenta verdadeiros símbolos de status da gastronomia (caviar e cascata de camarões enormes), bebe-se muito e de tudo, e pelo menos até este ano, contava com a fiel cobertura de Amaury Junior. O apresentador, macaco velho na função, algumas vezes se irritou com os convidados indomáveis do baile. “Ah, pô! Olha para a câmera e larga isso, que tá feio” disse ele, tomando o copo das mãos de uma senhora, já de pilequinho, que lhe dava entrevista fantasiada de Carmen Miranda.

Isso foi em 2016. Era ano de Olimpíadas no Rio, e o baile tinha a Grécia como tema. A rainha escolhida foi Mari Paraíba. Nunca tinha ouvido falar? Nem o público que tradicionalmente lota a porta do Copa à espera do desfile dos convidados no tapete vermelho. Mari fez uma aparição cinematográfica, rodeada de homens fortes vestidos de guerreiros, com lanças nas mãos -e ninguém fez festinha para a então ponteira do Minas Tênis. A jogadora de vôlei passou batida pelo povo, numa cena que chegou a comover.

Sabrina Sato surgiu meia hora depois, e aí foi covardia. Como se não bastasse o carisma, ela é do samba. Rainha de bateria de duas escolas, toca tamborim, rebola, faz fotos abraçada com o vendedor de Mentos, sorri, diz que está “na seca”, e que naquele carnaval quer arrumar “um peguete”.

Sabrina era a rainha que o Copa queria, tanto que no ano seguinte, 2017, foi oficialmente coroada. Em seguida vieram, pela ordem, Ísis Valverde, Deborah Secco (fantasiada de Sofia Loren, sentiu o calorão sob a peruca e teve uma queda de pressão em pleno Golden Room) e Camila Queiroz.

Em termos de celebridades internacionais, talvez um ano momentoso tenha sido o de 2013, quando Vincent Cassel e Monica Bellucci aumentaram consideravelmente o PIB de beleza presente no hotel. Pessoas se cutucavam quando os dois passavam, e fãs esperavam a sua vez para fotografar ao lado deles -dela, principalmente.

Ofuscaram até o príncipe Albert de Mônaco, que também não fez a menor questão de ser simpático. Tenso e sempre cercado de seguranças, daqueles que botam a mão na frente da câmera para evitar fotos, Albert não quis falar com a imprensa e fez cara de quem comeu e não gostou quando alguém, brasileiramente, botou a mão em seu ombro direito.

Cassel e Bellucci estavam uma simpatia, até o momento em que ele foi barrado no principal camarote do Golden Room, o que fica do lado direito do palco. “Não pode entrar, senhor”, disse-lhe um segurança ao pé do ouvido. Cassel argumentou, argumentou… E nada. Ele desceu as escadas do palco bufando, pegou Monica pela mão e partiu, decidido, em direção ao mesmo segurança.

“Nós vamos entrar”, anunciou, entre dentes. Avisado pelo rádio, desta vez o rapaz liberou a entrada dos dois. Nesta hora a banda tocava “Esse cara sou eu”, de Roberto Carlos, em ritmo de marchinha, a grande novidade musical no carnaval daquele ano.

CLEO GUIMARÃES / Folhapress

Aniversariante, Copacabana Palace é o cenário das melhores festas do Rio nos últimos 25 anos

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Icônico. Histórico. Glamouroso. São vários os adjetivos usados para descrever o Copacabana Palace, que neste domingo completa 100 anos. Ele é isso tudo, sim, mas um ou dois termos usados com menos frequência talvez lhe caibam à perfeição: Animado. Festeiro. O Copa (para os íntimos), sempre teve uma predisposição natural para a esbórnia-chique, e nos últimos 25 anos, esta vocação do hotel foi alçada à sua máxima potência.

Além de receber comemorações particulares e toda a sorte de premiações e lançamentos culturais, o Copa parece estar sempre em busca de motivos para fazer um furdunço em seus domínios, indo muito além dos tradicionalíssimos Baile de Gala, no Carnaval, e das festas de Réveillon.

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Em 2017, por exemplo, o que seria uma incômoda reforma na borda da piscina serviu de pretexto para uma festa louquíssima -uma das melhores dos últimos anos, aliás. O esquema era o seguinte: quem queria dançar ia para a pista, montada lá dentro (exatamente, na piscina, enorme e sem água, lembre-se). Convidados, um mix que reunia atores, atrizes, a turma da moda carioca, artistas plásticos, músicos e socialites, eram servidos por garçons bonitos, alguns de sunga; sexies sem serem vulgares.

Quem preferia conversar e petiscar ficava em volta, onde ainda havia alguns lounges espalhados, decorados em listras de azul e branco, uma coisa meio navy, sabe como é? Em um deles estava Fernanda Montenegro, tomando uma taça de espumante e conversando sobre astrologia com Mônica Martelli.

Fernandona contava que é libriana com ascendente em capricórnio. “Libra gosta de harmonia, e dizem que capricórnio se vira em qualquer lugar”, explicou. Em seguida, foram postas em debate as personalidades de arianos (“sabem o que querem”, e virginianos, “fazem questão de ter tudo no lugar”).

Porta-bandeira da escola de samba Beija-Flor e ícone do carnaval carioca, Selminha Sorriso se aproximou e pediu para tirar uma foto beijando a mão da atriz. E ela: “Só se eu beijar a sua também”. Fernanda beijou, as duas se abraçaram, e Selminha foi embora até um pouco emocionada. “Ela é um mito, né, cara?”.

As festas durante o dia, na varanda ou à beira da piscina, proporcionaram encontros memoráveis, como o de Danuza Leão e Zeca Pagodinho. Ela o adorava, e deixou isso claro assim que o viu. “Quando é que você vai me chamar para ir a Xerém?”, quis saber a jornalista, com aquela voz rouca, abraçando Zeca. Ele bebia vinho tinto (“Coisa fina”) e os dois engataram um longo papo, encerrado depois de o músico fazer uma rápida massagem no ombro dela.

As festas diurnas, algumas começando pouco antes do pôr do sol, foram uma das marcas da administração de Andrea Natal, diretora-geral do hotel entre 2012 e 2020, e tinham como objetivo atrair um público mais jovem para o Copa, tirar o certo estigma de “careta” que ele ainda carregava. Deu certo e ajudou a rejuvenescer até o Baile de Gala no Carnaval, evento com marchinhas, passistas e gringos achando tudo incrível. O evento tem ingressos a cerca de R$ 5 mil (preço de 2023) e rígido dress code: “fantasia de luxo”, vestido longo ou black tie.

A festa de Carnaval é cringe mesmo, e não tem a menor intenção de ficar moderninha. O bufê ostenta verdadeiros símbolos de status da gastronomia (caviar e cascata de camarões enormes), bebe-se muito e de tudo, e pelo menos até este ano, contava com a fiel cobertura de Amaury Junior. O apresentador, macaco velho na função, algumas vezes se irritou com os convidados indomáveis do baile. “Ah, pô! Olha para a câmera e larga isso, que tá feio” disse ele, tomando o copo das mãos de uma senhora, já de pilequinho, que lhe dava entrevista fantasiada de Carmen Miranda.

Isso foi em 2016. Era ano de Olimpíadas no Rio, e o baile tinha a Grécia como tema. A rainha escolhida foi Mari Paraíba. Nunca tinha ouvido falar? Nem o público que tradicionalmente lota a porta do Copa à espera do desfile dos convidados no tapete vermelho. Mari fez uma aparição cinematográfica, rodeada de homens fortes vestidos de guerreiros, com lanças nas mãos -e ninguém fez festinha para a então ponteira do Minas Tênis. A jogadora de vôlei passou batida pelo povo, numa cena que chegou a comover.

Sabrina Sato surgiu meia hora depois, e aí foi covardia. Como se não bastasse o carisma, ela é do samba. Rainha de bateria de duas escolas, toca tamborim, rebola, faz fotos abraçada com o vendedor de Mentos, sorri, diz que está “na seca”, e que naquele carnaval quer arrumar “um peguete”.

Sabrina era a rainha que o Copa queria, tanto que no ano seguinte, 2017, foi oficialmente coroada. Em seguida vieram, pela ordem, Ísis Valverde, Deborah Secco (fantasiada de Sofia Loren, sentiu o calorão sob a peruca e teve uma queda de pressão em pleno Golden Room) e Camila Queiroz.

Em termos de celebridades internacionais, talvez um ano momentoso tenha sido o de 2013, quando Vincent Cassel e Monica Bellucci aumentaram consideravelmente o PIB de beleza presente no hotel. Pessoas se cutucavam quando os dois passavam, e fãs esperavam a sua vez para fotografar ao lado deles -dela, principalmente.

Ofuscaram até o príncipe Albert de Mônaco, que também não fez a menor questão de ser simpático. Tenso e sempre cercado de seguranças, daqueles que botam a mão na frente da câmera para evitar fotos, Albert não quis falar com a imprensa e fez cara de quem comeu e não gostou quando alguém, brasileiramente, botou a mão em seu ombro direito.

Cassel e Bellucci estavam uma simpatia, até o momento em que ele foi barrado no principal camarote do Golden Room, o que fica do lado direito do palco. “Não pode entrar, senhor”, disse-lhe um segurança ao pé do ouvido. Cassel argumentou, argumentou… E nada. Ele desceu as escadas do palco bufando, pegou Monica pela mão e partiu, decidido, em direção ao mesmo segurança.

“Nós vamos entrar”, anunciou, entre dentes. Avisado pelo rádio, desta vez o rapaz liberou a entrada dos dois. Nesta hora a banda tocava “Esse cara sou eu”, de Roberto Carlos, em ritmo de marchinha, a grande novidade musical no carnaval daquele ano.

CLEO GUIMARÃES / Folhapress

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