Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A delegação chefiada pelo ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, fez um discurso em tom de ameaça contra a Guiana durante uma reunião de autoridades sul-americanas realizada no Palácio do Itamaraty, na semana passada, em Brasília.

Os discursos inflamados de Gil e do vice-ministro de Defesa, Félix Osorio, num encontro fechado entre chanceleres e ministros de Defesa, foram um dos elementos que fizeram o governo Lula (PT) aumentar a preocupação em relação ao referendo que o regime de Nicolás Maduro convocou para 3 de dezembro sobre o Essequibo, território da Guiana reivindicado por Caracas.

Trata-se de uma consulta popular em que os votantes responderão se concordam ou não com a reivindicação sobre os 160.000 km² m (área pouco maior que o Acre) que a Venezuela alega ser parte do seu território. A pauta histórica une os venezuelanos há mais de cem anos, razão pela qual a expectativa é que o “sim” ganhe por ampla maioria. A Guiana classificou o movimento venezuelano como uma “ameaça existencial”.

Gil e Osorio foram os representantes do regime Maduro numa reunião na quarta (22), no Itamaraty, sobre segurança regional da qual participaram países sul-americanos.

A Folha de S.Paulo ouviu relatos de diversas autoridades que estavam presentes e classificaram o momento como “tenso”, com discursos dos venezuelanos em tom de “ameaça” e muito acima do tom para uma reunião diplomática. Quando coube à delegação da Venezuela se pronunciar, as autoridades chavistas se referiram ao referendo e declararam que, a depender do resultado, Caracas “pode ser forçada pelo povo” a tomar determinadas atitudes.

Ainda de acordo com os relatos, os chavistas ainda afirmaram que a Venezuela não aceita ser roubada ou enganada, que se defenderá contra interesses imperialistas e revisará acordos impostos injustamente —expressões que fazem parte da retórica do regime sobre a disputa territorial do Essequibo.

A Guiana estava representada na reunião. Segundo os presentes, as autoridades do país também trataram da crise fronteiriça, ao destacar que a Guiana está preocupada com as recentes ações da Venezuela. Elas também defenderam que o tema deve ser tratado no âmbito da Corte Internacional de Justiça, algo rechaçado pelo regime Maduro.

O acirramento das tensões conforme o dia do referendo se aproxima levou o embaixador Celso Amorim, principal conselheiro de Lula para assuntos internacionais, a viajar na última semana a Caracas para uma reunião com Maduro.

O governo Lula quis fazer chegar ao ditador venezuelano a mensagem de que não apoia nenhuma medida fora das negociações diplomáticas ou da arbitragem internacional. Interlocutores de Lula disseram que o Planalto está preocupado com uma situação “potencialmente conflituosa” numa região próxima do território brasileiro.

A avaliação no governo é que o referendo atualmente é mais um movimento político de Maduro, que busca capitalizar-se com o amplo apoio que a reivindicação do Essequibo tem em todos os espectros políticos da Venezuela. O Planalto teme, porém, que uma escalada possa fazer a situação fugir do controle.

Durante a reunião, o chanceler Mauro Vieira defendeu aos presentes que a dimensão básica da integração sul-americana é a formação de uma “zona de paz e cooperação” que sirva como elemento de dissuasão contra ingerência de países de fora da região. Vieira também declarou que o Brasil resolveu todas as suas disputas territoriais por negociações e repetiu a mensagem em declaração a jornalistas após o encontro.

“O Brasil fez uma exortação, como todos os outros países, para o entendimento, para a discussão diplomática e para a solução pacífica das controvérsias Eu tive a ocasião de dizer que o Brasil, a respeito dos comentários dois países [Venezuela e Guiana], estimulava como todos os outros países da região que as controvérsias sejam sempre dirimidas por negociações, por entendimento, por arbitragem, por recursos a tribunais internacionais, como a corte em Haia; sempre que possível, isso é o ideal”, declarou o chanceler.

“Nós mesmo tivemos nove questões de fronteiras com os países vizinhos. Com todos eles resolvemos as nossas diferenças de fronteiras e territoriais através da negociação. E sempre fomos respeitosos dos acordos atingidos”, afirmou.

RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress

Autoridades da Venezuela fizeram discurso de ameaça contra Guiana no Itamaraty

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A delegação chefiada pelo ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, fez um discurso em tom de ameaça contra a Guiana durante uma reunião de autoridades sul-americanas realizada no Palácio do Itamaraty, na semana passada, em Brasília.

Os discursos inflamados de Gil e do vice-ministro de Defesa, Félix Osorio, num encontro fechado entre chanceleres e ministros de Defesa, foram um dos elementos que fizeram o governo Lula (PT) aumentar a preocupação em relação ao referendo que o regime de Nicolás Maduro convocou para 3 de dezembro sobre o Essequibo, território da Guiana reivindicado por Caracas.

- Advertisement -anuncio

Trata-se de uma consulta popular em que os votantes responderão se concordam ou não com a reivindicação sobre os 160.000 km² m (área pouco maior que o Acre) que a Venezuela alega ser parte do seu território. A pauta histórica une os venezuelanos há mais de cem anos, razão pela qual a expectativa é que o “sim” ganhe por ampla maioria. A Guiana classificou o movimento venezuelano como uma “ameaça existencial”.

Gil e Osorio foram os representantes do regime Maduro numa reunião na quarta (22), no Itamaraty, sobre segurança regional da qual participaram países sul-americanos.

A Folha de S.Paulo ouviu relatos de diversas autoridades que estavam presentes e classificaram o momento como “tenso”, com discursos dos venezuelanos em tom de “ameaça” e muito acima do tom para uma reunião diplomática. Quando coube à delegação da Venezuela se pronunciar, as autoridades chavistas se referiram ao referendo e declararam que, a depender do resultado, Caracas “pode ser forçada pelo povo” a tomar determinadas atitudes.

Ainda de acordo com os relatos, os chavistas ainda afirmaram que a Venezuela não aceita ser roubada ou enganada, que se defenderá contra interesses imperialistas e revisará acordos impostos injustamente —expressões que fazem parte da retórica do regime sobre a disputa territorial do Essequibo.

A Guiana estava representada na reunião. Segundo os presentes, as autoridades do país também trataram da crise fronteiriça, ao destacar que a Guiana está preocupada com as recentes ações da Venezuela. Elas também defenderam que o tema deve ser tratado no âmbito da Corte Internacional de Justiça, algo rechaçado pelo regime Maduro.

O acirramento das tensões conforme o dia do referendo se aproxima levou o embaixador Celso Amorim, principal conselheiro de Lula para assuntos internacionais, a viajar na última semana a Caracas para uma reunião com Maduro.

O governo Lula quis fazer chegar ao ditador venezuelano a mensagem de que não apoia nenhuma medida fora das negociações diplomáticas ou da arbitragem internacional. Interlocutores de Lula disseram que o Planalto está preocupado com uma situação “potencialmente conflituosa” numa região próxima do território brasileiro.

A avaliação no governo é que o referendo atualmente é mais um movimento político de Maduro, que busca capitalizar-se com o amplo apoio que a reivindicação do Essequibo tem em todos os espectros políticos da Venezuela. O Planalto teme, porém, que uma escalada possa fazer a situação fugir do controle.

Durante a reunião, o chanceler Mauro Vieira defendeu aos presentes que a dimensão básica da integração sul-americana é a formação de uma “zona de paz e cooperação” que sirva como elemento de dissuasão contra ingerência de países de fora da região. Vieira também declarou que o Brasil resolveu todas as suas disputas territoriais por negociações e repetiu a mensagem em declaração a jornalistas após o encontro.

“O Brasil fez uma exortação, como todos os outros países, para o entendimento, para a discussão diplomática e para a solução pacífica das controvérsias Eu tive a ocasião de dizer que o Brasil, a respeito dos comentários dois países [Venezuela e Guiana], estimulava como todos os outros países da região que as controvérsias sejam sempre dirimidas por negociações, por entendimento, por arbitragem, por recursos a tribunais internacionais, como a corte em Haia; sempre que possível, isso é o ideal”, declarou o chanceler.

“Nós mesmo tivemos nove questões de fronteiras com os países vizinhos. Com todos eles resolvemos as nossas diferenças de fronteiras e territoriais através da negociação. E sempre fomos respeitosos dos acordos atingidos”, afirmou.

RICARDO DELLA COLETTA / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.