Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

Redação – Reunidos em Paris para a Cúpula do Novo Pacto Financeiro, que recebeu mais de cem chefes de Estado e líderes globais de países em desenvolvimento e também do mundo desenvolvido mostraram em seus discursos concordar sobre a necessidade de reforma dos sistemas de financiamento multilateral e de bancos de desenvolvimentos.

O encerramento da cúpula contou com discursos de lideranças do bloco desenvolvido, como Alemanha e França, e de países em desenvolvimento, como Brasil, África do Sul, China, Quênia, Barbados, entre outros.

O encontro de dois dias promoveu seis mesas redondas para discutir a reforma de instituições financeiras, com o objetivo de alavancar o investimento em infraestrutura básica e ações climáticas nos países em desenvolvimento.

Na cúpula, o Banco Mundial anunciou que incluirá uma nova cláusula em seus acordos com os países mais vulneráveis à crise climática, prevendo a suspensão temporária de suas dívidas

Durante o período em que se recuperam de catástrofes climáticas, os países terão suas dívidas temporariamente suspensas. A medida evita que países percam credibilidade junto às agências de classificação de risco, facilitando a busca de investimentos e crédito.

O anúncio já era esperado pelos franceses e estava entre as discussões que alcançaram consenso nos grupos de trabalho que antecederam o encontro em Paris. A inspiração veio da primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

Ela havia sugerido a medida como parte da Bridgetown Initiative, movimento que criou justamente para repensar o financiamento aos países mais vulneráveis ao clima, como é o caso da ilha caribenha de Barbados, que enfrenta atualmente uma temporada de furacões com fortes tempestades.

Outra iniciativa anunciada pelo Banco Mundial busca incentivar o investimento privado nos países em desenvolvimento. O órgão deve oferecer uma garantia —na proporção de um para um— aos investimentos privados feitos em países classificados como mais arriscados.

No encerramento da cúpula, o presidente francês Emmanuel Macron destacou a decisão do Banco Mundial entre os principais resultados das discussões —que ele espera que avancem nos próximos encontros de líderes globais, como o G20, em setembro; a reunião do FMI, em outubro; e a COP28 do Clima, em novembro.

Macron reforçou a necessidade de articulação entre os bancos de desenvolvimento, que deveria ocorrer através de uma estrutura multilateral que coordene esforços, evitando a competição entre os atores.

O presidente francês voltou a defender a taxação do transporte marítimo e de outros modais. “Isso só vai funcionar se for verdadeiramente internacional”, disse.

O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, defendeu, para além das reformas financeiras, uma reforma no comércio. Como exemplo, citou a concentração do comércio de fertilizantes, que gerou impactos sobre o preço dos alimentos no mundo devido à Guerra da Ucrânia.

“Muitos países africanos e do mundo todo produzem fertilizantes, mas eles são monopolizados pelos mesmos poucos [países]”, exemplificou. A diversificação dos mercados é uma estratégia de segurança buscada pela União Europeia também na área energética, após o corte do gás russo.

“O desenvolvimento da China não é uma ameaça, mas uma oportunidade aos outros países”, afirmou o premiê chinês, Li Qiang, também no encerramento da cúpula.

O líder reforçou números do crescimento econômico da China —cujo PIB cresceu 4,5% no primeiro trimestre do ano— e também do investimento em clima, que tem na China a maior capacidade instalada para energia renovável, de acordo com o primeiro-ministro.

O líder chinês mostrou apoio à proposta de reforma do FMI e do Banco Mundial, defendeu a parceria para aumentar o financiamento e a tecnologia nos países em desenvolvimento e disse que a China já ofereceu mais alívio da dívida a países em desenvolvimento do que qualquer banco.

Qiang definiu o país como uma grande economia e, ainda assim, como um país em desenvolvimento —algo que o bloco desenvolvido tem questionado nos últimos anos. O líder chinês ainda lembrou aos países ricos que, ao tratar da pauta climática, precisam encarar o fato de que eles têm responsabilidades históricas, em referência às emissões de carbono acumuladas e ao financiamento climático acordado.

“A China se unirá aos esforços internacionais para evitar o protecionismo comercial e manter as cadeias industriais e de suprimentos globais seguras e estáveis, incentivando também as empresas multinacionais a fazerem mais investimentos nos países em desenvolvimento”, disse Qiang.

Já Lula, que também endossou a defesa da reforma do FMI e do Banco Mundial, criticou a ausência de menção à palavra “desigualdade” pelos outros líderes.

“Junto da questão climática, temos que colocar a desigualdade. Salarial, de raça, de gênero, de saúde”, propôs Lula, acrescentando que o mundo aumentou a concentração de riqueza. “Se não discutir a desigualdade com igual prioridade à questão climática, podemos ter um clima muito bom e o povo morrendo de fome em vários países”, afirmou.

A repórter viajou a convite da Embaixada da França no Brasil.

O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.

Banco Mundial suspenderá dívida de países que se recuperam de catástrofes

Redação – Reunidos em Paris para a Cúpula do Novo Pacto Financeiro, que recebeu mais de cem chefes de Estado e líderes globais de países em desenvolvimento e também do mundo desenvolvido mostraram em seus discursos concordar sobre a necessidade de reforma dos sistemas de financiamento multilateral e de bancos de desenvolvimentos.

O encerramento da cúpula contou com discursos de lideranças do bloco desenvolvido, como Alemanha e França, e de países em desenvolvimento, como Brasil, África do Sul, China, Quênia, Barbados, entre outros.

- Advertisement -anuncio

O encontro de dois dias promoveu seis mesas redondas para discutir a reforma de instituições financeiras, com o objetivo de alavancar o investimento em infraestrutura básica e ações climáticas nos países em desenvolvimento.

Na cúpula, o Banco Mundial anunciou que incluirá uma nova cláusula em seus acordos com os países mais vulneráveis à crise climática, prevendo a suspensão temporária de suas dívidas

Durante o período em que se recuperam de catástrofes climáticas, os países terão suas dívidas temporariamente suspensas. A medida evita que países percam credibilidade junto às agências de classificação de risco, facilitando a busca de investimentos e crédito.

O anúncio já era esperado pelos franceses e estava entre as discussões que alcançaram consenso nos grupos de trabalho que antecederam o encontro em Paris. A inspiração veio da primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.

Ela havia sugerido a medida como parte da Bridgetown Initiative, movimento que criou justamente para repensar o financiamento aos países mais vulneráveis ao clima, como é o caso da ilha caribenha de Barbados, que enfrenta atualmente uma temporada de furacões com fortes tempestades.

Outra iniciativa anunciada pelo Banco Mundial busca incentivar o investimento privado nos países em desenvolvimento. O órgão deve oferecer uma garantia —na proporção de um para um— aos investimentos privados feitos em países classificados como mais arriscados.

No encerramento da cúpula, o presidente francês Emmanuel Macron destacou a decisão do Banco Mundial entre os principais resultados das discussões —que ele espera que avancem nos próximos encontros de líderes globais, como o G20, em setembro; a reunião do FMI, em outubro; e a COP28 do Clima, em novembro.

Macron reforçou a necessidade de articulação entre os bancos de desenvolvimento, que deveria ocorrer através de uma estrutura multilateral que coordene esforços, evitando a competição entre os atores.

O presidente francês voltou a defender a taxação do transporte marítimo e de outros modais. “Isso só vai funcionar se for verdadeiramente internacional”, disse.

O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, defendeu, para além das reformas financeiras, uma reforma no comércio. Como exemplo, citou a concentração do comércio de fertilizantes, que gerou impactos sobre o preço dos alimentos no mundo devido à Guerra da Ucrânia.

“Muitos países africanos e do mundo todo produzem fertilizantes, mas eles são monopolizados pelos mesmos poucos [países]”, exemplificou. A diversificação dos mercados é uma estratégia de segurança buscada pela União Europeia também na área energética, após o corte do gás russo.

“O desenvolvimento da China não é uma ameaça, mas uma oportunidade aos outros países”, afirmou o premiê chinês, Li Qiang, também no encerramento da cúpula.

O líder reforçou números do crescimento econômico da China —cujo PIB cresceu 4,5% no primeiro trimestre do ano— e também do investimento em clima, que tem na China a maior capacidade instalada para energia renovável, de acordo com o primeiro-ministro.

O líder chinês mostrou apoio à proposta de reforma do FMI e do Banco Mundial, defendeu a parceria para aumentar o financiamento e a tecnologia nos países em desenvolvimento e disse que a China já ofereceu mais alívio da dívida a países em desenvolvimento do que qualquer banco.

Qiang definiu o país como uma grande economia e, ainda assim, como um país em desenvolvimento —algo que o bloco desenvolvido tem questionado nos últimos anos. O líder chinês ainda lembrou aos países ricos que, ao tratar da pauta climática, precisam encarar o fato de que eles têm responsabilidades históricas, em referência às emissões de carbono acumuladas e ao financiamento climático acordado.

“A China se unirá aos esforços internacionais para evitar o protecionismo comercial e manter as cadeias industriais e de suprimentos globais seguras e estáveis, incentivando também as empresas multinacionais a fazerem mais investimentos nos países em desenvolvimento”, disse Qiang.

Já Lula, que também endossou a defesa da reforma do FMI e do Banco Mundial, criticou a ausência de menção à palavra “desigualdade” pelos outros líderes.

“Junto da questão climática, temos que colocar a desigualdade. Salarial, de raça, de gênero, de saúde”, propôs Lula, acrescentando que o mundo aumentou a concentração de riqueza. “Se não discutir a desigualdade com igual prioridade à questão climática, podemos ter um clima muito bom e o povo morrendo de fome em vários países”, afirmou.

A repórter viajou a convite da Embaixada da França no Brasil.

O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.