Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A rainha Elizabeth 2ª experimentou momentos algo anedóticos pouco antes de morrer, há onze meses, aos 96 anos. Precisou desconvidar seu filho predileto, o malfalado príncipe Andrew, da procissão da Ordem da Jarreteira, grupo honorífico criado em tempos medievais.

Dizem que monarcas nunca se enganam, mas ela se enganou e precisou recuar. A informação está em “A Rainha – A Vida de Elizabeth 2ª”, do biógrafo Andrew Morton, lançada no Brasil pela editora BestSeller.

No catálogo da Amazon, o título é um dos 27 disponíveis sobre a soberana. Mas essa biografia tem a vantagem de ter sido concluída depois da morte da rainha. E conta curiosidades e intrigas dos últimos meses do total de 70 anos em que ela ocupou o trono.

O cancelamento do convite ao seu filho preferido foi um pedido do então príncipe Charles e do filho dele, o segundo na linha de sucessão, o príncipe William. Andrew se tornara o que Morton chama de um “personagem tóxico” após se envolver com o milionário e pedófilo americano Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

No mesmo escândalo, uma amiga de Andrew, Ghislaine Maxwell, foi condenada a 20 anos de prisão por proxenetismo (exploração da prostituição) de menores. O príncipe teria ainda pago US$ 15 milhões (R$ 73 milhões na cotação atual) em um acordo judicial com uma mulher que o acusava de tê-la forçado a manter relações sexuais com ele quando tinha 17 anos.

A rainha cedeu ao herdeiro e ao neto e determinou que Andrew, se fosse o caso, só frequentasse os “momentos privados” da Jarreteira, quando não há por perto cinegrafistas ou fotógrafos.

Em tempo. A ordem é uma instituição de cavalheiros criada por Eduardo 3º, que morreu em 1377, e é a mais antiga do gênero entre as monarquias europeias. Seu patrono é São Jorge, também patrono da Inglaterra.

Morton, um biógrafo condescendente, afirma que o cancelamento do convite a Andrew foi uma maneira de a rainha demonstrar que Charles e William já compartilhavam do poder do trono. Mas pode-se também dizer que Elizabeth 2ª, sabendo que Andrew não era flor que se cheire, quis mesmo assim convidá-lo porque já estava mais ou menos gagá.

O fato é que em qualquer circunstância a imagem da rainha seria protegida como forma de fidelidade à própria monarquia, diz o biógrafo. Foi o que aconteceu em dois episódios que envolveram o príncipe Harry, que se desligou da corte e mora hoje na Califórnia com a esposa, Meghan Markle, e os dois filhos.

No primeiro episódio, o casal participou de uma cerimônia em que apresentou a Charles sua netinha que nascera nos Estados Unidos, a princesa Lilibet. Entra em cena um fotógrafo que Harry contratou. De imediato, a rainha se disse muito cansada e, ao se retirar, encerrou a festinha, que ficou sem registro de imagens.

Harry e a família também estiveram em Londres para o jubileu da rainha, como é chamada a festa por suas sete décadas de reinado. Nada de errado aconteceu, nenhum imprevisto. Mas a notícia era o temor, por parte da corte, de que o príncipe chegasse dos Estados Unidos “pautado” por um de seus empregadores, a Netflix e outras empresas de mídia, para chamar a atenção. Teria sido impróprio, diz o biógrafo de Elizabeth, porque o centro das atenções deveria ser apenas a rainha.

A biografia de Andrew Morton é extensa e percorre a vida da soberana antes e depois de sua coroação, em 1953. O texto vale, no entanto, pelo lado insólito de uma velhice que precisava ser vivida segundo as regras do protocolo real.

Compromissos eram sucessivamente cancelados de última hora porque, segundo a linguagem eufêmica do Palácio de Buckingham, a rainha enfrentava “problemas episódicos de mobilidade”. Tinha dificuldade para andar ou permanecer de pé.

Ela não compareceu a nenhum dos eventos programados para os quatro dias de seu jubileu. Limitou-se a aparecer duas vezes no balcão do palácio e acenar para a multidão.

E pela primeira vez em seu longo reinado, deixou de comparecer ao Parlamento para a leitura da fala do trono, que é em verdade uma declaração sobre questões políticas inteiramente redigida pelo primeiro-ministro. A leitura foi feita pelo então príncipe de Gales, o atual rei Charles 3º.

Já passando as férias de verão no castelo na Escócia em que morreria, a rainha estava excepcionalmente bem disposta na tarde em que recebeu a visita do teólogo Iain Greenshields, a quem mostrou os jardins do castelo e com quem conversou sobre a fé.

Elizabeth 2ª morreu às 15h10 de 8 de outubro. Dois de seus filhos, Charles e Anne, estavam presentes.

A então primeira-ministra, Liz Truss, foi informada às 16h30, e duas horas depois a notícia se tornou pública.

O biógrafo Andrew Morton não dá outros detalhes sobre a morte da rainha além de relatar os rumores de que ela fora vítima de câncer nos ossos ou sofrera um AVC. A expressão “idade avançada”, que consta no atestado de óbito, é trivial demais para ser tomada como terminologia científica.

A RAINHA – A VIDA DE ELIZABETH 2ª

Preço: R$ 50,20 (420 págs.); R$ 45,43 (ebook)

Autoria: Andrew Morton

Editora: BestSeller

Tradução: Alessandra Bonrruquer

JOÃO BATISTA NATALI / Folhapress

Biografia de Elizabeth 2ª narra intrigas de seus últimos meses de reinado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A rainha Elizabeth 2ª experimentou momentos algo anedóticos pouco antes de morrer, há onze meses, aos 96 anos. Precisou desconvidar seu filho predileto, o malfalado príncipe Andrew, da procissão da Ordem da Jarreteira, grupo honorífico criado em tempos medievais.

Dizem que monarcas nunca se enganam, mas ela se enganou e precisou recuar. A informação está em “A Rainha – A Vida de Elizabeth 2ª”, do biógrafo Andrew Morton, lançada no Brasil pela editora BestSeller.

- Advertisement -anuncio

No catálogo da Amazon, o título é um dos 27 disponíveis sobre a soberana. Mas essa biografia tem a vantagem de ter sido concluída depois da morte da rainha. E conta curiosidades e intrigas dos últimos meses do total de 70 anos em que ela ocupou o trono.

O cancelamento do convite ao seu filho preferido foi um pedido do então príncipe Charles e do filho dele, o segundo na linha de sucessão, o príncipe William. Andrew se tornara o que Morton chama de um “personagem tóxico” após se envolver com o milionário e pedófilo americano Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

No mesmo escândalo, uma amiga de Andrew, Ghislaine Maxwell, foi condenada a 20 anos de prisão por proxenetismo (exploração da prostituição) de menores. O príncipe teria ainda pago US$ 15 milhões (R$ 73 milhões na cotação atual) em um acordo judicial com uma mulher que o acusava de tê-la forçado a manter relações sexuais com ele quando tinha 17 anos.

A rainha cedeu ao herdeiro e ao neto e determinou que Andrew, se fosse o caso, só frequentasse os “momentos privados” da Jarreteira, quando não há por perto cinegrafistas ou fotógrafos.

Em tempo. A ordem é uma instituição de cavalheiros criada por Eduardo 3º, que morreu em 1377, e é a mais antiga do gênero entre as monarquias europeias. Seu patrono é São Jorge, também patrono da Inglaterra.

Morton, um biógrafo condescendente, afirma que o cancelamento do convite a Andrew foi uma maneira de a rainha demonstrar que Charles e William já compartilhavam do poder do trono. Mas pode-se também dizer que Elizabeth 2ª, sabendo que Andrew não era flor que se cheire, quis mesmo assim convidá-lo porque já estava mais ou menos gagá.

O fato é que em qualquer circunstância a imagem da rainha seria protegida como forma de fidelidade à própria monarquia, diz o biógrafo. Foi o que aconteceu em dois episódios que envolveram o príncipe Harry, que se desligou da corte e mora hoje na Califórnia com a esposa, Meghan Markle, e os dois filhos.

No primeiro episódio, o casal participou de uma cerimônia em que apresentou a Charles sua netinha que nascera nos Estados Unidos, a princesa Lilibet. Entra em cena um fotógrafo que Harry contratou. De imediato, a rainha se disse muito cansada e, ao se retirar, encerrou a festinha, que ficou sem registro de imagens.

Harry e a família também estiveram em Londres para o jubileu da rainha, como é chamada a festa por suas sete décadas de reinado. Nada de errado aconteceu, nenhum imprevisto. Mas a notícia era o temor, por parte da corte, de que o príncipe chegasse dos Estados Unidos “pautado” por um de seus empregadores, a Netflix e outras empresas de mídia, para chamar a atenção. Teria sido impróprio, diz o biógrafo de Elizabeth, porque o centro das atenções deveria ser apenas a rainha.

A biografia de Andrew Morton é extensa e percorre a vida da soberana antes e depois de sua coroação, em 1953. O texto vale, no entanto, pelo lado insólito de uma velhice que precisava ser vivida segundo as regras do protocolo real.

Compromissos eram sucessivamente cancelados de última hora porque, segundo a linguagem eufêmica do Palácio de Buckingham, a rainha enfrentava “problemas episódicos de mobilidade”. Tinha dificuldade para andar ou permanecer de pé.

Ela não compareceu a nenhum dos eventos programados para os quatro dias de seu jubileu. Limitou-se a aparecer duas vezes no balcão do palácio e acenar para a multidão.

E pela primeira vez em seu longo reinado, deixou de comparecer ao Parlamento para a leitura da fala do trono, que é em verdade uma declaração sobre questões políticas inteiramente redigida pelo primeiro-ministro. A leitura foi feita pelo então príncipe de Gales, o atual rei Charles 3º.

Já passando as férias de verão no castelo na Escócia em que morreria, a rainha estava excepcionalmente bem disposta na tarde em que recebeu a visita do teólogo Iain Greenshields, a quem mostrou os jardins do castelo e com quem conversou sobre a fé.

Elizabeth 2ª morreu às 15h10 de 8 de outubro. Dois de seus filhos, Charles e Anne, estavam presentes.

A então primeira-ministra, Liz Truss, foi informada às 16h30, e duas horas depois a notícia se tornou pública.

O biógrafo Andrew Morton não dá outros detalhes sobre a morte da rainha além de relatar os rumores de que ela fora vítima de câncer nos ossos ou sofrera um AVC. A expressão “idade avançada”, que consta no atestado de óbito, é trivial demais para ser tomada como terminologia científica.

A RAINHA – A VIDA DE ELIZABETH 2ª

Preço: R$ 50,20 (420 págs.); R$ 45,43 (ebook)

Autoria: Andrew Morton

Editora: BestSeller

Tradução: Alessandra Bonrruquer

JOÃO BATISTA NATALI / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.