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SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados ampliaram a pressão para que o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio do ex-presidente na sua campanha de reeleição, faça mais gestos para a direita de modo a contemplar o bolsonarismo. Aliados do prefeito de São Paulo, no entanto, resistem à investida.

Com 24% de intenções de votos segundo o Datafolha, Nunes é o principal adversário de Guilherme Boulos (PSOL), que marcou 32% no levantamento. Até agora, o prefeito tem congregado uma aliança de partidos de direita e de centro que querem evitar a vitória da esquerda na capital.

A demanda para que o prefeito se mostre mais bolsonarista e passe a defender temas caros à direita ideológica vem depois de recuos na relação entre Nunes e Bolsonaro. E após o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) anunciar que voltou para a disputa pela prefeitura quatro meses após ter desistido de concorrer.

O assunto foi discutido em uma reunião na sede do PL em Brasília, nesta quarta-feira (4), com a presença do ex-presidente; de Valdemar Costa Neto, chefe da sigla; e de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro.

Também na reunião, segundo Wajngarten, ficou acertado que Bolsonaro deve escolher o vice na chapa de Nunes, mas somente a partir de março do ano que vem. E que Valdemar deveria parar de inflar nomes como Marta Suplicy e Milton Leite (União Brasil), que não agradam Bolsonaro.

Além do PL, outros partidos como Republicanos, União Brasil e PP pleiteiam a vice.

A greve dos transportes em São Paulo seria um exemplo de como Nunes ainda não vestiu a camisa da direita. Bolsonaristas apontam que ele hesitou em ligar a greve a Boulos e ao PSOL e, quando finalmente o fez, poderia ter subido ainda mais o tom. Auxiliares do prefeito discordam.

A cobrança para que Nunes vire à direita leva em conta a opinião de bolsonaristas de que o ex-presidente tem sido usado por aliados para garantir votos, mas não tem benefícios em troca. Apesar de a aliança de Nunes ser ampla, eles acreditam que Bolsonaro é o único aliado com potencial de atrair votos e, por isso, o prefeito deveria dar a ele o peso que merece.

O próprio Wajngarten, que tem sido o principal elo entre Bolsonaro e Nunes, já criticou o prefeito em uma indireta pelo X (antigo Twitter) por esse motivo. “Ninguém, repito, ninguém se apropriará de votos bolsonaristas e deixará Bolsonaro distante. A era dos gafanhotos acabou. Fica a dica”, escreveu ele, que é um dos nomes cotados para compor a chapa como vice.

Wajngarten fez a publicação logo após Nunes ter declarado não ter “proximidade” com Bolsonaro, algo que irritou aliados do ex-presidente e foi visto como uma tentativa do prefeito de se desvencilhar dele.

A dubiedade de Nunes tem a ver com a rejeição a Bolsonaro. O Datafolha mostra que 68% rejeitam um nome que seja apoiado pelo ex-presidente. Por outro lado, o prefeito quer evitar que o campo bolsonarista tenha um candidato próprio, o que minaria seus votos, por isso precisa de Bolsonaro em seu palanque.

Mesmo integrantes do PL reconhecem que, ainda que Bolsonaro oficialize apoio a Nunes, não necessariamente será figura presente na sua campanha, justamente para evitar colar no prefeito essa rejeição.

Aliados de Nunes, no entanto, dizem não ver titubeio entre os dois e tampouco a necessidade de que o emedebista se posicione mais à direita. Eles afirmam que o prefeito já explicou a fala sobre não ter proximidade com o ex-presidente e sempre deixou claro que faz questão de ter seu apoio.

Na avaliação desses auxiliares, o aceno mais efetivo para o eleitorado da direita deve vir de Bolsonaro, ao declarar seu apoio ao prefeito, e não de Nunes. Nesse sentido, apontam que o ex-presidente vem aos poucos fazendo sinais públicos em direção ao prefeito.

Em uma demonstração de afinidade, na última terça-feira (3), o deputado bolsonarista Gil Diniz (PL) esteve na prefeitura e publicou uma foto com Nunes —e foi criticado pela militância.

Mas entusiastas da aliança entre Bolsonaro e Nunes dizem ser possível contornar a aversão dos bolsonaristas mais radicais a Nunes, explicando que ele é quem tem mais chance contra Boulos.

Apesar da oscilação entre Nunes e Bolsonaro ser minimizada, o ex-presidente chegou a defender uma candidatura própria do PL e demonstrou insatisfação com as declarações do prefeito em entrevista à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, em setembro.

“Eu gosto dele [Nunes]. Mas não dei a palavra a ele ainda”, afirmou.

O vaivém entre Nunes e Bolsonaro foi um dos motivos que levou Salles a voltar para a disputa, já que na sua opinião o prefeito não conseguiu ocupar o espaço da direita.

Também na reunião desta quarta, Bolsonaro falou sobre seu encontro com Salles, horas antes, a respeito da eleição. O ex-presidente disse ao deputado para tentar se viabilizar pelo PL primeiramente, mas apontou que Valdemar seria um entrave.

Se não fosse possível, Bolsonaro não se oporia a que Salles deixe a sigla, segundo relatos. O parlamentar também teria conseguido uma sinalização de que o ex-presidente não vetaria que ele utilizasse seu nome em uma eventual campanha.

Por isso, Salles já estuda como sair do PL mantendo o mandato de deputado, já que não há janela para que deputados troquem de partido em 2024, apenas vereadores. Ele espera que o partido o libere, mas Valdemar tem dito a interlocutores que não vai fazê-lo.

Salles foi o quarto deputado mais votado no estado, com quase 641 mil votos. Conseguiu ainda eleger mais dois parlamentares do PL. Ele tem dito que tem convites de dois a três partidos para se filiar, mas não listou quais.

No encontro com Bolsonaro, ele levou mais três deputados bolsonaristas para dar peso à causa de que ele representaria muito mais as bandeiras do ex-presidente do que Nunes.

Nunes e seu entorno não veem chances de a candidatura de Salles vingar no PL após os ataques públicos do deputado a Valdemar. E, mesmo na remota possibilidade de que o deputado consiga se candidatar por outra legenda, dizem acreditar que Bolsonaro não iria se indispor com o PL para apoiá-lo.

De acordo com aliados de Nunes, como o prefeito deve ser o único candidato viável à direita de Boulos, acabará sendo a única alternativa dos bolsonaristas —tendo feito gestos a eles ou não.

CAROLINA LINHARES, MARIANNA HOLANDA E JULIA CHAIB / Folhapress

Bolsonaro cobra Nunes a fazer gestos à direita após prefeito hesitar sobre apoio

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados ampliaram a pressão para que o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio do ex-presidente na sua campanha de reeleição, faça mais gestos para a direita de modo a contemplar o bolsonarismo. Aliados do prefeito de São Paulo, no entanto, resistem à investida.

Com 24% de intenções de votos segundo o Datafolha, Nunes é o principal adversário de Guilherme Boulos (PSOL), que marcou 32% no levantamento. Até agora, o prefeito tem congregado uma aliança de partidos de direita e de centro que querem evitar a vitória da esquerda na capital.

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A demanda para que o prefeito se mostre mais bolsonarista e passe a defender temas caros à direita ideológica vem depois de recuos na relação entre Nunes e Bolsonaro. E após o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) anunciar que voltou para a disputa pela prefeitura quatro meses após ter desistido de concorrer.

O assunto foi discutido em uma reunião na sede do PL em Brasília, nesta quarta-feira (4), com a presença do ex-presidente; de Valdemar Costa Neto, chefe da sigla; e de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro.

Também na reunião, segundo Wajngarten, ficou acertado que Bolsonaro deve escolher o vice na chapa de Nunes, mas somente a partir de março do ano que vem. E que Valdemar deveria parar de inflar nomes como Marta Suplicy e Milton Leite (União Brasil), que não agradam Bolsonaro.

Além do PL, outros partidos como Republicanos, União Brasil e PP pleiteiam a vice.

A greve dos transportes em São Paulo seria um exemplo de como Nunes ainda não vestiu a camisa da direita. Bolsonaristas apontam que ele hesitou em ligar a greve a Boulos e ao PSOL e, quando finalmente o fez, poderia ter subido ainda mais o tom. Auxiliares do prefeito discordam.

A cobrança para que Nunes vire à direita leva em conta a opinião de bolsonaristas de que o ex-presidente tem sido usado por aliados para garantir votos, mas não tem benefícios em troca. Apesar de a aliança de Nunes ser ampla, eles acreditam que Bolsonaro é o único aliado com potencial de atrair votos e, por isso, o prefeito deveria dar a ele o peso que merece.

O próprio Wajngarten, que tem sido o principal elo entre Bolsonaro e Nunes, já criticou o prefeito em uma indireta pelo X (antigo Twitter) por esse motivo. “Ninguém, repito, ninguém se apropriará de votos bolsonaristas e deixará Bolsonaro distante. A era dos gafanhotos acabou. Fica a dica”, escreveu ele, que é um dos nomes cotados para compor a chapa como vice.

Wajngarten fez a publicação logo após Nunes ter declarado não ter “proximidade” com Bolsonaro, algo que irritou aliados do ex-presidente e foi visto como uma tentativa do prefeito de se desvencilhar dele.

A dubiedade de Nunes tem a ver com a rejeição a Bolsonaro. O Datafolha mostra que 68% rejeitam um nome que seja apoiado pelo ex-presidente. Por outro lado, o prefeito quer evitar que o campo bolsonarista tenha um candidato próprio, o que minaria seus votos, por isso precisa de Bolsonaro em seu palanque.

Mesmo integrantes do PL reconhecem que, ainda que Bolsonaro oficialize apoio a Nunes, não necessariamente será figura presente na sua campanha, justamente para evitar colar no prefeito essa rejeição.

Aliados de Nunes, no entanto, dizem não ver titubeio entre os dois e tampouco a necessidade de que o emedebista se posicione mais à direita. Eles afirmam que o prefeito já explicou a fala sobre não ter proximidade com o ex-presidente e sempre deixou claro que faz questão de ter seu apoio.

Na avaliação desses auxiliares, o aceno mais efetivo para o eleitorado da direita deve vir de Bolsonaro, ao declarar seu apoio ao prefeito, e não de Nunes. Nesse sentido, apontam que o ex-presidente vem aos poucos fazendo sinais públicos em direção ao prefeito.

Em uma demonstração de afinidade, na última terça-feira (3), o deputado bolsonarista Gil Diniz (PL) esteve na prefeitura e publicou uma foto com Nunes —e foi criticado pela militância.

Mas entusiastas da aliança entre Bolsonaro e Nunes dizem ser possível contornar a aversão dos bolsonaristas mais radicais a Nunes, explicando que ele é quem tem mais chance contra Boulos.

Apesar da oscilação entre Nunes e Bolsonaro ser minimizada, o ex-presidente chegou a defender uma candidatura própria do PL e demonstrou insatisfação com as declarações do prefeito em entrevista à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, em setembro.

“Eu gosto dele [Nunes]. Mas não dei a palavra a ele ainda”, afirmou.

O vaivém entre Nunes e Bolsonaro foi um dos motivos que levou Salles a voltar para a disputa, já que na sua opinião o prefeito não conseguiu ocupar o espaço da direita.

Também na reunião desta quarta, Bolsonaro falou sobre seu encontro com Salles, horas antes, a respeito da eleição. O ex-presidente disse ao deputado para tentar se viabilizar pelo PL primeiramente, mas apontou que Valdemar seria um entrave.

Se não fosse possível, Bolsonaro não se oporia a que Salles deixe a sigla, segundo relatos. O parlamentar também teria conseguido uma sinalização de que o ex-presidente não vetaria que ele utilizasse seu nome em uma eventual campanha.

Por isso, Salles já estuda como sair do PL mantendo o mandato de deputado, já que não há janela para que deputados troquem de partido em 2024, apenas vereadores. Ele espera que o partido o libere, mas Valdemar tem dito a interlocutores que não vai fazê-lo.

Salles foi o quarto deputado mais votado no estado, com quase 641 mil votos. Conseguiu ainda eleger mais dois parlamentares do PL. Ele tem dito que tem convites de dois a três partidos para se filiar, mas não listou quais.

No encontro com Bolsonaro, ele levou mais três deputados bolsonaristas para dar peso à causa de que ele representaria muito mais as bandeiras do ex-presidente do que Nunes.

Nunes e seu entorno não veem chances de a candidatura de Salles vingar no PL após os ataques públicos do deputado a Valdemar. E, mesmo na remota possibilidade de que o deputado consiga se candidatar por outra legenda, dizem acreditar que Bolsonaro não iria se indispor com o PL para apoiá-lo.

De acordo com aliados de Nunes, como o prefeito deve ser o único candidato viável à direita de Boulos, acabará sendo a única alternativa dos bolsonaristas —tendo feito gestos a eles ou não.

CAROLINA LINHARES, MARIANNA HOLANDA E JULIA CHAIB / Folhapress

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