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O Brasil está discutindo com os demais integrantes do Programa Artemis de que forma pode contribuir com a iniciativa, um projeto da Nasa (agência espacial americana) para levar astronautas à Lua e estabelecer uma base no satélite como ponto intermediário de missões para Marte.

“No início, pretendemos nos engajar em aspectos científicos e estamos prospectando desenvolver um satélite para estudo de clima espacial para ser lançado à Lua”, afirma a AEB (Agência Espacial Brasileira), em nota, à reportagem.

“Além disso, estamos prospectando com a comunidade científica brasileira outras linhas de pesquisa, entre elas, por exemplo, a possibilidade de o Brasil aportar resultados em agricultura espacial”, complementa a agência.

A semente para a criação do Programa Artemis está na política conhecida como Visão para Exploração Espacial, apresentada em 2004 por George W. Bush. Durante a gestão Donald Trump, o programa lunar foi rebatizado –mudou de Constellation para Artemis (irmã de Apolo na mitologia grega)– com a promessa de levar a primeira mulher à Lua.

No ano passado, foi realizada a primeira missão do programa, o lançamento do foguete Space Launch System (Sistema de Lançamento Espacial), ou SLS. A Artemis 2, prevista para novembro de 2024, consistirá em um voo tripulado –serão uma mulher e três homens– às imediações da Lua. Em 2025, deverá ser lançada a terceira missão, com o pouso de astronautas no satélite.

Até o momento, 28 países assinaram os chamados Acordos Artemis. O Brasil, 12º signatário, firmou o documento em 15 de junho de 2021.

Pelos acordos, os países assumem que todas as atividades serão conduzidas para fins pacíficos; descrever publicamente suas políticas e planos; adotar a interoperabilidade de sistemas; prestar assistência a astronautas em perigo; e divulgar publicamente os dados científicos.

O programa também prevê a participação de astronautas de diferentes países, porém o Brasil não figura nesse grupo. “Não há no momento previsão de um astronauta brasileiro participando das missões à Lua”, diz a AEB. “Entretanto, não se pode descartar que o cenário mude no futuro.”

Em paralelo, nações como Índia e China investem em viagens ao satélite, em uma nova corrida à Lua meio século depois do fim da disputa espacial entre União Soviética e Estados Unidos.

PLANOS DO BRASIL PARA O ESPAÇO

A participação no Programa Artemis está prevista no Pnae (Programa Nacional de Atividades Espaciais) 2022-2031, que traz como visão de futuro o Brasil ser o país sul-americano líder no mercado espacial.

Nesse sentido, o plano nacional apresenta cinco fatores críticos para o fortalecimento do setor, a começar pela articulação entre governo, indústria, academia e sociedade.

A sensibilização da opinião pública em relação à temática espacial e a criação de oportunidades de investimento figuram como outros dois aspectos fundamentais. Completam a lista a priorização de tecnologias que possam se transformar em produto em curto e médio prazo e a compatibilização de iniciativas civis e de defesa.

O documento também enumera os objetivos estratégicos até 2031. São eles: estabelecer, desenvolver e manter um Programa Espacial Brasileiro de Estado, com garantia de recursos de curto, médio e longo prazos; atender às necessidades da sociedade e do Estado; desenvolver a indústria nacional; estimular negócios; fomentar o desenvolvimento de competências científica, tecnológica e de inovação; garantir a não dependência no desenvolvimento e no controle dos sistemas espaciais nacionais; e consolidar o entendimento sobre os benefícios do setor espacial.

Quanto aos investimentos, esses são apresentados em cinco possíveis cenários e divididos nas vertentes missões espaciais, acesso ao espaço, desenvolvimento de competências e infraestrutura de aplicações.

Em um cenário de investimento de R$ 1,2 bilhão para o período de 2022 a 2031, são previstos R$ 580 milhões (49%) para infraestrutura e aplicações (equipamentos de solo, recursos logísticos e sistemas computacionais). Outros R$ 480 milhões (40%) devem ser destinados a missões espaciais. O restante é voltado tanto para desenvolvimento de competências quanto para acesso ao espaço (desenvolvimento de veículos lançadores e seus sistemas).

Nesse processo, a AEB espera ver empresas internacionais escolhendo o Brasil para fazer lançamentos espaciais. Também há a intenção, por exemplo, de organizar missões com satélites de pequeno porte, que façam a coleta de dados ambientais, e o voo do Veículo Lançador de Microssatélites VLM-1.

Já no modelo de maior investimento, com cerca de R$ 13,2 bilhões, são previstos R$ 7,2 bilhões (55%) para missões espaciais; R$ 3,2 bilhões (24%) para acesso ao espaço; R$ 1,5 bilhão para infraestrutura e aplicações; e R$ 1,3 bilhão (10%) para desenvolvimento de competências.

Para a agência, com esse montante, seria possível o desenvolvimento de satélites de grande porte para órbita baixa e de satélites geoestacionários, e lançamentos recorrentes de veículos lançadores nacionais para órbita baixa.

STEFHANIE PIOVEZAN / Folhapress

Brasil cogita pesquisar agricultura espacial em missão da Nasa à Lua

Dois astronautas caminham na superfície lunar |Foto: Ilustração Artística/NASA

O Brasil está discutindo com os demais integrantes do Programa Artemis de que forma pode contribuir com a iniciativa, um projeto da Nasa (agência espacial americana) para levar astronautas à Lua e estabelecer uma base no satélite como ponto intermediário de missões para Marte.

“No início, pretendemos nos engajar em aspectos científicos e estamos prospectando desenvolver um satélite para estudo de clima espacial para ser lançado à Lua”, afirma a AEB (Agência Espacial Brasileira), em nota, à reportagem.

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“Além disso, estamos prospectando com a comunidade científica brasileira outras linhas de pesquisa, entre elas, por exemplo, a possibilidade de o Brasil aportar resultados em agricultura espacial”, complementa a agência.

A semente para a criação do Programa Artemis está na política conhecida como Visão para Exploração Espacial, apresentada em 2004 por George W. Bush. Durante a gestão Donald Trump, o programa lunar foi rebatizado –mudou de Constellation para Artemis (irmã de Apolo na mitologia grega)– com a promessa de levar a primeira mulher à Lua.

No ano passado, foi realizada a primeira missão do programa, o lançamento do foguete Space Launch System (Sistema de Lançamento Espacial), ou SLS. A Artemis 2, prevista para novembro de 2024, consistirá em um voo tripulado –serão uma mulher e três homens– às imediações da Lua. Em 2025, deverá ser lançada a terceira missão, com o pouso de astronautas no satélite.

Até o momento, 28 países assinaram os chamados Acordos Artemis. O Brasil, 12º signatário, firmou o documento em 15 de junho de 2021.

Pelos acordos, os países assumem que todas as atividades serão conduzidas para fins pacíficos; descrever publicamente suas políticas e planos; adotar a interoperabilidade de sistemas; prestar assistência a astronautas em perigo; e divulgar publicamente os dados científicos.

O programa também prevê a participação de astronautas de diferentes países, porém o Brasil não figura nesse grupo. “Não há no momento previsão de um astronauta brasileiro participando das missões à Lua”, diz a AEB. “Entretanto, não se pode descartar que o cenário mude no futuro.”

Em paralelo, nações como Índia e China investem em viagens ao satélite, em uma nova corrida à Lua meio século depois do fim da disputa espacial entre União Soviética e Estados Unidos.

PLANOS DO BRASIL PARA O ESPAÇO

A participação no Programa Artemis está prevista no Pnae (Programa Nacional de Atividades Espaciais) 2022-2031, que traz como visão de futuro o Brasil ser o país sul-americano líder no mercado espacial.

Nesse sentido, o plano nacional apresenta cinco fatores críticos para o fortalecimento do setor, a começar pela articulação entre governo, indústria, academia e sociedade.

A sensibilização da opinião pública em relação à temática espacial e a criação de oportunidades de investimento figuram como outros dois aspectos fundamentais. Completam a lista a priorização de tecnologias que possam se transformar em produto em curto e médio prazo e a compatibilização de iniciativas civis e de defesa.

O documento também enumera os objetivos estratégicos até 2031. São eles: estabelecer, desenvolver e manter um Programa Espacial Brasileiro de Estado, com garantia de recursos de curto, médio e longo prazos; atender às necessidades da sociedade e do Estado; desenvolver a indústria nacional; estimular negócios; fomentar o desenvolvimento de competências científica, tecnológica e de inovação; garantir a não dependência no desenvolvimento e no controle dos sistemas espaciais nacionais; e consolidar o entendimento sobre os benefícios do setor espacial.

Quanto aos investimentos, esses são apresentados em cinco possíveis cenários e divididos nas vertentes missões espaciais, acesso ao espaço, desenvolvimento de competências e infraestrutura de aplicações.

Em um cenário de investimento de R$ 1,2 bilhão para o período de 2022 a 2031, são previstos R$ 580 milhões (49%) para infraestrutura e aplicações (equipamentos de solo, recursos logísticos e sistemas computacionais). Outros R$ 480 milhões (40%) devem ser destinados a missões espaciais. O restante é voltado tanto para desenvolvimento de competências quanto para acesso ao espaço (desenvolvimento de veículos lançadores e seus sistemas).

Nesse processo, a AEB espera ver empresas internacionais escolhendo o Brasil para fazer lançamentos espaciais. Também há a intenção, por exemplo, de organizar missões com satélites de pequeno porte, que façam a coleta de dados ambientais, e o voo do Veículo Lançador de Microssatélites VLM-1.

Já no modelo de maior investimento, com cerca de R$ 13,2 bilhões, são previstos R$ 7,2 bilhões (55%) para missões espaciais; R$ 3,2 bilhões (24%) para acesso ao espaço; R$ 1,5 bilhão para infraestrutura e aplicações; e R$ 1,3 bilhão (10%) para desenvolvimento de competências.

Para a agência, com esse montante, seria possível o desenvolvimento de satélites de grande porte para órbita baixa e de satélites geoestacionários, e lançamentos recorrentes de veículos lançadores nacionais para órbita baixa.

STEFHANIE PIOVEZAN / Folhapress

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