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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Passando pela Europa com a turnê “Meu Coco”, Caetano Veloso se encontrou com o papa Francisco na tarde desta quinta-feira (28). O artista afirmou estar preocupado com a violência na Bahia, seu estado natal, e fez um “pedido de socorro” na carta que entregou ao pontífice.

“A violência também tomou conta da Bahia, estado em que nasci há 81 anos. Estou assustado ao constatar que – apenas nestes primeiros 24 dias de setembro – já foram registradas pelo menos 46 mortes em confrontos policiais em todo o estado. A proporção é de quase duas mortes por dia neste mês. Essas mortes aconteceram principalmente em bairros periféricos de Salvador, como Alto das Pombas, Calabar, Valéria e Águas Claras”.

No documento, o cantor ainda menciona dona Canô, sua mãe, que lutava pela despoluição do Rio Subaé e fazia campanhas pela restauração da igreja de Nossa Senhora da Purificação, da qual sempre foi devota.

CONFIRA ABAIXO A ÍNTEGRA DA CARTA ESCRITA POR CAETANO VELOSO

“Vaticano, 28 de setembro de 2023

Vossa Santidade, Papa Francisco,

É com alegria especial que chego aqui, na Santa Sé, para este encontro. Sou da cidade de Santo Amaro da Purificação. E desde menino acompanhava encantado a minha mãe, Dona Canô, com seus gestos de simplicidade, afeto e sabedoria.

Ela lutava em defesa da despoluição do Rio Subaé e fazia campanhas pela restauração da igreja de Nossa Senhora da Purificação, da qual sempre foi ardorosa devota.

Em 2007, na festa do centenário dela, a família, amigos e a cidade de Santo Amaro promoveram durante o ano uma série de homenagens à dona Canô. E o que nela provocou maior emoção foi a Igreja da Purificação receber a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.

É com esses ensinamentos de paz que chego aqui, diante de Vossa Santidade.

Nesses 10 anos de pontificado do primeiro Papa da América Latina, jesuíta e de nome Francisco, tenho acompanhado suas posições denunciando injustiças, alertando para a situação dos migrantes e sendo o autor da primeira encíclica ambiental: Laudato si – Sobre o cuidado da casa comum. O texto é uma advertência necessária sobre as responsabilidades humanas nas alterações climáticas.

Santo Padre, onde moro, na cidade do Rio de Janeiro, a violência atingiu índices iguais aos das grandes guerras pelo mundo. E o pior: vitimando cada vez mais crianças. A lista de meninos e meninas mortos por armas de fogo na Região Metropolitana do Rio assombra. Só este ano, 10 crianças morreram dessa forma.

Recentemente, entrou nesta estatística a menina Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos, atingida por um tiro quando estava em casa, no Morro do Dendê, comunidade da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.

As vítimas têm em comum o fato de terem tido uma morte repentina enquanto viviam seus cotidianos. Com idades entre 9 e 13 anos. A chamada “guerra às drogas” até hoje não reduziu o comércio ou o uso delas. Mas o número de jovens, em sua maioria negros, mortos a bala não para de crescer.

Esse destino trágico também vitimou: Juan Davi de Souza Faria, 11 anos; Rafaelly da Rocha Vieira, 10 anos; Maria Eduarda Carvalho Martins, 9 anos; Ester de Assis Oliveira, 9 anos; Jhenyfer Luz Silva de Souza, 12 anos; Lohan Samuel Nunes Dutra, 11 anos; Yan Gabriel Marques, 12 anos; Dijalma de Azevedo, 11 anos; Thiago Menezes Flausino, 13 anos.

A violência também tomou conta da Bahia, estado em que nasci há 81 anos. Estou assustado ao constatar que – apenas nestes primeiros 24 dias de setembro – já foram registradas pelo menos 46 mortes em confrontos policiais em todo o estado. A proporção é de quase duas mortes por dia neste mês. Essas mortes aconteceram principalmente em bairros periféricos de Salvador, como Alto das Pombas, Calabar, Valéria e Águas Claras.

Diante dessa situação de agravamento da violência no Brasil peço que Vossa Santidade volte o seu olhar e suas orações para o nosso país. Tenho certeza de que sua mensagem de paz será ouvida no país que tem como padroeira Nossa Senhora Aparecida.

Com profunda admiração, meu abraço fraterno e meu pedido de socorro.

Caetano Veloso”

Redação / Folhapress

Caetano Veloso se encontra com papa Francisco e pede ajuda na luta pela violência na Bahia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Passando pela Europa com a turnê “Meu Coco”, Caetano Veloso se encontrou com o papa Francisco na tarde desta quinta-feira (28). O artista afirmou estar preocupado com a violência na Bahia, seu estado natal, e fez um “pedido de socorro” na carta que entregou ao pontífice.

“A violência também tomou conta da Bahia, estado em que nasci há 81 anos. Estou assustado ao constatar que – apenas nestes primeiros 24 dias de setembro – já foram registradas pelo menos 46 mortes em confrontos policiais em todo o estado. A proporção é de quase duas mortes por dia neste mês. Essas mortes aconteceram principalmente em bairros periféricos de Salvador, como Alto das Pombas, Calabar, Valéria e Águas Claras”.

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No documento, o cantor ainda menciona dona Canô, sua mãe, que lutava pela despoluição do Rio Subaé e fazia campanhas pela restauração da igreja de Nossa Senhora da Purificação, da qual sempre foi devota.

CONFIRA ABAIXO A ÍNTEGRA DA CARTA ESCRITA POR CAETANO VELOSO

“Vaticano, 28 de setembro de 2023

Vossa Santidade, Papa Francisco,

É com alegria especial que chego aqui, na Santa Sé, para este encontro. Sou da cidade de Santo Amaro da Purificação. E desde menino acompanhava encantado a minha mãe, Dona Canô, com seus gestos de simplicidade, afeto e sabedoria.

Ela lutava em defesa da despoluição do Rio Subaé e fazia campanhas pela restauração da igreja de Nossa Senhora da Purificação, da qual sempre foi ardorosa devota.

Em 2007, na festa do centenário dela, a família, amigos e a cidade de Santo Amaro promoveram durante o ano uma série de homenagens à dona Canô. E o que nela provocou maior emoção foi a Igreja da Purificação receber a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida.

É com esses ensinamentos de paz que chego aqui, diante de Vossa Santidade.

Nesses 10 anos de pontificado do primeiro Papa da América Latina, jesuíta e de nome Francisco, tenho acompanhado suas posições denunciando injustiças, alertando para a situação dos migrantes e sendo o autor da primeira encíclica ambiental: Laudato si – Sobre o cuidado da casa comum. O texto é uma advertência necessária sobre as responsabilidades humanas nas alterações climáticas.

Santo Padre, onde moro, na cidade do Rio de Janeiro, a violência atingiu índices iguais aos das grandes guerras pelo mundo. E o pior: vitimando cada vez mais crianças. A lista de meninos e meninas mortos por armas de fogo na Região Metropolitana do Rio assombra. Só este ano, 10 crianças morreram dessa forma.

Recentemente, entrou nesta estatística a menina Eloah da Silva dos Santos, de 5 anos, atingida por um tiro quando estava em casa, no Morro do Dendê, comunidade da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.

As vítimas têm em comum o fato de terem tido uma morte repentina enquanto viviam seus cotidianos. Com idades entre 9 e 13 anos. A chamada “guerra às drogas” até hoje não reduziu o comércio ou o uso delas. Mas o número de jovens, em sua maioria negros, mortos a bala não para de crescer.

Esse destino trágico também vitimou: Juan Davi de Souza Faria, 11 anos; Rafaelly da Rocha Vieira, 10 anos; Maria Eduarda Carvalho Martins, 9 anos; Ester de Assis Oliveira, 9 anos; Jhenyfer Luz Silva de Souza, 12 anos; Lohan Samuel Nunes Dutra, 11 anos; Yan Gabriel Marques, 12 anos; Dijalma de Azevedo, 11 anos; Thiago Menezes Flausino, 13 anos.

A violência também tomou conta da Bahia, estado em que nasci há 81 anos. Estou assustado ao constatar que – apenas nestes primeiros 24 dias de setembro – já foram registradas pelo menos 46 mortes em confrontos policiais em todo o estado. A proporção é de quase duas mortes por dia neste mês. Essas mortes aconteceram principalmente em bairros periféricos de Salvador, como Alto das Pombas, Calabar, Valéria e Águas Claras.

Diante dessa situação de agravamento da violência no Brasil peço que Vossa Santidade volte o seu olhar e suas orações para o nosso país. Tenho certeza de que sua mensagem de paz será ouvida no país que tem como padroeira Nossa Senhora Aparecida.

Com profunda admiração, meu abraço fraterno e meu pedido de socorro.

Caetano Veloso”

Redação / Folhapress

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