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BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) – Não coube nem a Xi Jinping, nem ao experiente ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, fazer o discurso da China na Assembleia-Geral da ONU nesta quinta-feira (21). Foi o vice de Xi, Han Zheng, quem subiu ao púlpito com novas ameaças a Taiwan, críticas aos Estados Unidos e acenos ao chamado Sul Global.

Nada que fosse além das expectativas para a participação chinesa em Nova York, no entanto. Sem as duas principais figuras políticas internacionais do país no evento, coube a Han basicamente elencar, sem maiores comprometimentos e ênfases, os pontos principais da política externa da China em pouco mais de 13 minutos —o protocolo pede que os discursos não excedam 15 minutos.

A fala reforçou pontos de tensão entre o país asiático e o Ocidente, notadamente os Estados Unidos, ao renovar as ameaças a Taiwan e criticar o que Han chamou de uso da democracia e dos direitos humanos para interferência em assuntos internos —referência velada à reprovação internacional do tratamento dado por Pequim à minoria étnica uigur em Xinjiang—, sinalizações costumeiras e sem variações do tom habitual.

“Existe apenas uma China no mundo. Taiwan tem sido uma parte inalienável do território chinês, e ninguém, nenhuma força, deve subestimar o poder do povo chinês de garantir a sua soberania e integridade territorial”, afirmou Han, ecoando a política de uma só China, formalmente adotada pelas Nações Unidas a partir do não reconhecimento de Taiwan, considerada uma província rebelde pela China, como integrante da organização desde 1971.

No discurso, Pequim também cutucou os Estados Unidos com críticas indiretas a seu grande rival na Guerra Fria 2.0. “Um pequeno número de países arbitrariamente impuseram sanções unilaterais ilegais. A comunidade internacional deve resistir conjuntamente a esses atos”, afirmou Han, reprovação que também funciona como aceno a aliados que vão da Coreia do Norte e Rússia a Irã e Cuba, que também foi elogiada pelos “esforços no combate ao terrorismo” —Washington inclui o país caribenho na lista de Estados que, ao contrário, apoiam o terrorismo.

Em eventos paralelos à Assembleia, a delegação chinesa evitou participar de painéis com críticas diretas à política de direitos humanos em Xinjiang e no Tibete e não trouxe contribuições substantivas para o debate sobre prevenção a pandemias ou novas metas contra as mudanças climáticas.

A presença de Han no púlpito em Nova York reflete a decisão de Pequim de dar menos importância à reunião anual das Nações Unidas enquanto trabalha para fortalecer outros fóruns e iniciativas multilaterais, como a cúpula do Brics, ampliada em agosto em movimento diplomático visto como vitória da China no bloco.

Os recados e críticas somam-se ao fortalecimento simultâneo de laços com párias no Ocidente. Nesta quinta, Xi Jinping preferiu patrocinar a nova investida do ditador sírio Bashar al-Assad de romper seu isolamento diplomático ao recebê-lo em Pequim. Assad não visitava o país asiático desde 2004 e chegou em um avião da Air China para sua terceira viagem oficial desde que a guerra civil em seu país começou, em 2011.

Foi também nesta quinta que o ministro Wang Yi, substituto esperado na Assembleia-Geral na ausência de Xi, encerrou uma viagem de quatro dias a Moscou, onde se reuniu com o presidente Vladimir Putin para “aprimorar a confiança estratégica mútua” e “aprofundar a cooperação prática” entre os dois países.

É para a China que Putin, outro ausente em Nova York, deve fazer sua primeira viagem oficial, em outubro, desde que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu em março um mandado de prisão contra ele por supostos crimes de guerra. Nenhuma das duas nações é signatária do Estatuto de Roma, que criou o tribunal.

O líder chinês também escolheu não participar da última cúpula do G20, realizada em Nova Déli, decisão que foi vista pelo governo indiano como uma manobra para retirar o peso da reunião em meio a fissuras entre seus integrantes em assuntos como a Guerra da Ucrânia, a corrida pela produção de chips e questões de segurança regionais.

GUILHERME BOTACINI / Folhapress

China conclui participação na ONU com discurso tão apagado quanto sua presença

BOA VISTA, RR (FOLHAPRESS) – Não coube nem a Xi Jinping, nem ao experiente ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, fazer o discurso da China na Assembleia-Geral da ONU nesta quinta-feira (21). Foi o vice de Xi, Han Zheng, quem subiu ao púlpito com novas ameaças a Taiwan, críticas aos Estados Unidos e acenos ao chamado Sul Global.

Nada que fosse além das expectativas para a participação chinesa em Nova York, no entanto. Sem as duas principais figuras políticas internacionais do país no evento, coube a Han basicamente elencar, sem maiores comprometimentos e ênfases, os pontos principais da política externa da China em pouco mais de 13 minutos —o protocolo pede que os discursos não excedam 15 minutos.

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A fala reforçou pontos de tensão entre o país asiático e o Ocidente, notadamente os Estados Unidos, ao renovar as ameaças a Taiwan e criticar o que Han chamou de uso da democracia e dos direitos humanos para interferência em assuntos internos —referência velada à reprovação internacional do tratamento dado por Pequim à minoria étnica uigur em Xinjiang—, sinalizações costumeiras e sem variações do tom habitual.

“Existe apenas uma China no mundo. Taiwan tem sido uma parte inalienável do território chinês, e ninguém, nenhuma força, deve subestimar o poder do povo chinês de garantir a sua soberania e integridade territorial”, afirmou Han, ecoando a política de uma só China, formalmente adotada pelas Nações Unidas a partir do não reconhecimento de Taiwan, considerada uma província rebelde pela China, como integrante da organização desde 1971.

No discurso, Pequim também cutucou os Estados Unidos com críticas indiretas a seu grande rival na Guerra Fria 2.0. “Um pequeno número de países arbitrariamente impuseram sanções unilaterais ilegais. A comunidade internacional deve resistir conjuntamente a esses atos”, afirmou Han, reprovação que também funciona como aceno a aliados que vão da Coreia do Norte e Rússia a Irã e Cuba, que também foi elogiada pelos “esforços no combate ao terrorismo” —Washington inclui o país caribenho na lista de Estados que, ao contrário, apoiam o terrorismo.

Em eventos paralelos à Assembleia, a delegação chinesa evitou participar de painéis com críticas diretas à política de direitos humanos em Xinjiang e no Tibete e não trouxe contribuições substantivas para o debate sobre prevenção a pandemias ou novas metas contra as mudanças climáticas.

A presença de Han no púlpito em Nova York reflete a decisão de Pequim de dar menos importância à reunião anual das Nações Unidas enquanto trabalha para fortalecer outros fóruns e iniciativas multilaterais, como a cúpula do Brics, ampliada em agosto em movimento diplomático visto como vitória da China no bloco.

Os recados e críticas somam-se ao fortalecimento simultâneo de laços com párias no Ocidente. Nesta quinta, Xi Jinping preferiu patrocinar a nova investida do ditador sírio Bashar al-Assad de romper seu isolamento diplomático ao recebê-lo em Pequim. Assad não visitava o país asiático desde 2004 e chegou em um avião da Air China para sua terceira viagem oficial desde que a guerra civil em seu país começou, em 2011.

Foi também nesta quinta que o ministro Wang Yi, substituto esperado na Assembleia-Geral na ausência de Xi, encerrou uma viagem de quatro dias a Moscou, onde se reuniu com o presidente Vladimir Putin para “aprimorar a confiança estratégica mútua” e “aprofundar a cooperação prática” entre os dois países.

É para a China que Putin, outro ausente em Nova York, deve fazer sua primeira viagem oficial, em outubro, desde que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu em março um mandado de prisão contra ele por supostos crimes de guerra. Nenhuma das duas nações é signatária do Estatuto de Roma, que criou o tribunal.

O líder chinês também escolheu não participar da última cúpula do G20, realizada em Nova Déli, decisão que foi vista pelo governo indiano como uma manobra para retirar o peso da reunião em meio a fissuras entre seus integrantes em assuntos como a Guerra da Ucrânia, a corrida pela produção de chips e questões de segurança regionais.

GUILHERME BOTACINI / Folhapress

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