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PARATY, RJ (FOLHAPRESS) – A Padaria Esperança perdeu um computador, um ventilador e duas tortas nas quatro horas de apagão que atingiram a cidade de Paraty na noite de quinta-feira (23), em plena Festa Literária Internacional de Paraty. Ian Calixto, gerente da padaria e tataraneto do fundador, vai entrar com a nona ação contra a Enel.

Ele perdeu a conta de quantas vezes faltou luz na cidade nos últimos anos. Em junho, em um apagão que durou três dias, eles perderam duas geladeiras, frios, bolos, quindins e toda a massa de pão —entraram com uma ação pedindo indenização.

A família estima que o prejuízo foi de R$ 15 mil, fora a perda em vendas. A mãe de Ian ficou tão irritada que jogou a massa de pão estragada no carro da Enel.

Assim como a maioria dos restaurantes, lojas e pousadas do centro histórico, a padaria não tem gerador – não há espaço aberto para colocar o equipamento.

No início de outubro, a Justiça do estado do Rio condenou a Enel a pagar multa de R$ 100 mil mensais caso não cumpra as metas de qualidade estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e regularize o fornecimento de energia em Paraty. A decisão também determina que a Enel apresente um plano, em 60 dias, que identifique as causas dos problemas de fornecimento da rede.

Luciano Vidal, prefeito de Paraty (MDB-RJ), organizou um ato nesta sexta-feira (9) em frente à Enel, em Paraty —a empresa, aliás, estava sem energia. Vidal diz que enviará um ofício ao Ministério de Minas e Energia, Ministério da Justiça e Polícia Federal sobre os problemas no serviço.

“Os problemas [de fornecimento de energia] são recorrentes, já morreu um cavalo eletrocutado, há um mês morreu um cachorro eletrocutado no centro histórico”, disse Vidal. “Agora que o Rio e São Paulo estão acordando, mas nós já sofremos com isso há muito tempo.”

O prefeito afirma já ter feito inúmeras reuniões com a Enel, mas disse que “eles só enrolam a gente e não resolvem o problema”. “Não sabemos se é boicote da Enel querendo reajuste tarifário ou se é falta de investimento em infraestrutura, que é pior ainda.”

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, a Enel afirma que na quinta-feira, após um raio atingir a linha de distribuição Mambucaba-Paraty, houve oscilação de tensão na rede que atende o município. “Para realizar os reparos necessários na linha, a empresa precisou ontem à noite realizar um desligamento temporário de forma emergencial.”

A empresa afirmou ter investido cerca de R$ 5,3 milhões em manutenção da rede em 2022 no município de Paraty. A Enel disse estar “atuando no Centro Histórico de Paraty, com um trabalho de manutenção e melhoria das instalações elétricas nas redes de distribuição”.

E, ainda segundo a empresa, reforçou as equipes de campo em Paraty em outubro. “Colaboradores próprios foram incorporados à base operacional do município, atuando em serviços de poda, manutenção e linha viva, além de turnos de emergência.”

O vereador de Paraty Lucas Cordeiro (PSB-RJ) está recolhendo assinaturas para convocar uma CPI da Enel. “Um dia eles dizem que é uma árvore, outro dia falam que é um raio, a gente não acredita mais”, disse Cordeiro. “E se a gente passa perrengue no centro histórico, imagine as comunidades costeiras e rurais, de difícil acesso?”

No centro Histórico, a fiação é subterrânea. Segundo Márcio Binder, presidente da associação de Hotéis e Pousadas de Paraty, seria necessário fazer manutenção e substituir conexões que ficam embaixo d’água na maré cheia no centro histórico, mas a empresa estaria atrasada com isso e recorrendo a medidas paliativas.

Das 25 pousadas que são integrantes da associação, nem cinco têm gerador, segundo ele. Queima de geladeira e ar-condicionado são os prejuízos mais comuns decorrentes da falta de energia.

“Além desse prejuízo material, há um problema de reputação, o hóspede que vem para Paraty e fica sem luz ou sem ar-condicionado vai reclamar no site de reservas na internet”, diz.

Sandra Resende Walsh, proprietária da pousada Aloes, que é fora do centro histórico, perdeu hóspedes no final de semana passado por causa da falta de luz. No ano passado, após uma sequência de apagões, ela e outros comerciantes locais foram obstruir a estrada com pneus queimados, em protesto contra a Enel.

“É insustentável essa recorrência de apagões, e, agora, falta de luz em um dos eventos mais importantes do ano”, diz Sebastian Buffa, vice-presidente do Paraty Conventions Bureau.

PATRÍCIA CAMPOS MELLO / Folhapress

Comerciantes e hotéis de Paraty acumulam prejuízos com apagões recorrentes

PARATY, RJ (FOLHAPRESS) – A Padaria Esperança perdeu um computador, um ventilador e duas tortas nas quatro horas de apagão que atingiram a cidade de Paraty na noite de quinta-feira (23), em plena Festa Literária Internacional de Paraty. Ian Calixto, gerente da padaria e tataraneto do fundador, vai entrar com a nona ação contra a Enel.

Ele perdeu a conta de quantas vezes faltou luz na cidade nos últimos anos. Em junho, em um apagão que durou três dias, eles perderam duas geladeiras, frios, bolos, quindins e toda a massa de pão —entraram com uma ação pedindo indenização.

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A família estima que o prejuízo foi de R$ 15 mil, fora a perda em vendas. A mãe de Ian ficou tão irritada que jogou a massa de pão estragada no carro da Enel.

Assim como a maioria dos restaurantes, lojas e pousadas do centro histórico, a padaria não tem gerador – não há espaço aberto para colocar o equipamento.

No início de outubro, a Justiça do estado do Rio condenou a Enel a pagar multa de R$ 100 mil mensais caso não cumpra as metas de qualidade estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e regularize o fornecimento de energia em Paraty. A decisão também determina que a Enel apresente um plano, em 60 dias, que identifique as causas dos problemas de fornecimento da rede.

Luciano Vidal, prefeito de Paraty (MDB-RJ), organizou um ato nesta sexta-feira (9) em frente à Enel, em Paraty —a empresa, aliás, estava sem energia. Vidal diz que enviará um ofício ao Ministério de Minas e Energia, Ministério da Justiça e Polícia Federal sobre os problemas no serviço.

“Os problemas [de fornecimento de energia] são recorrentes, já morreu um cavalo eletrocutado, há um mês morreu um cachorro eletrocutado no centro histórico”, disse Vidal. “Agora que o Rio e São Paulo estão acordando, mas nós já sofremos com isso há muito tempo.”

O prefeito afirma já ter feito inúmeras reuniões com a Enel, mas disse que “eles só enrolam a gente e não resolvem o problema”. “Não sabemos se é boicote da Enel querendo reajuste tarifário ou se é falta de investimento em infraestrutura, que é pior ainda.”

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, a Enel afirma que na quinta-feira, após um raio atingir a linha de distribuição Mambucaba-Paraty, houve oscilação de tensão na rede que atende o município. “Para realizar os reparos necessários na linha, a empresa precisou ontem à noite realizar um desligamento temporário de forma emergencial.”

A empresa afirmou ter investido cerca de R$ 5,3 milhões em manutenção da rede em 2022 no município de Paraty. A Enel disse estar “atuando no Centro Histórico de Paraty, com um trabalho de manutenção e melhoria das instalações elétricas nas redes de distribuição”.

E, ainda segundo a empresa, reforçou as equipes de campo em Paraty em outubro. “Colaboradores próprios foram incorporados à base operacional do município, atuando em serviços de poda, manutenção e linha viva, além de turnos de emergência.”

O vereador de Paraty Lucas Cordeiro (PSB-RJ) está recolhendo assinaturas para convocar uma CPI da Enel. “Um dia eles dizem que é uma árvore, outro dia falam que é um raio, a gente não acredita mais”, disse Cordeiro. “E se a gente passa perrengue no centro histórico, imagine as comunidades costeiras e rurais, de difícil acesso?”

No centro Histórico, a fiação é subterrânea. Segundo Márcio Binder, presidente da associação de Hotéis e Pousadas de Paraty, seria necessário fazer manutenção e substituir conexões que ficam embaixo d’água na maré cheia no centro histórico, mas a empresa estaria atrasada com isso e recorrendo a medidas paliativas.

Das 25 pousadas que são integrantes da associação, nem cinco têm gerador, segundo ele. Queima de geladeira e ar-condicionado são os prejuízos mais comuns decorrentes da falta de energia.

“Além desse prejuízo material, há um problema de reputação, o hóspede que vem para Paraty e fica sem luz ou sem ar-condicionado vai reclamar no site de reservas na internet”, diz.

Sandra Resende Walsh, proprietária da pousada Aloes, que é fora do centro histórico, perdeu hóspedes no final de semana passado por causa da falta de luz. No ano passado, após uma sequência de apagões, ela e outros comerciantes locais foram obstruir a estrada com pneus queimados, em protesto contra a Enel.

“É insustentável essa recorrência de apagões, e, agora, falta de luz em um dos eventos mais importantes do ano”, diz Sebastian Buffa, vice-presidente do Paraty Conventions Bureau.

PATRÍCIA CAMPOS MELLO / Folhapress

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