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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O corte no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras reduz as projeções de inflação de 2023 para abaixo do limite de tolerância da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,75%. Mas, para o banco Goldman Sachs, torna negativa a margem da estatal na produção do combustível.

A redução de R$ 0,12 por litro foi anunciada pela Petrobras nesta quinta-feira (19). Ao mesmo tempo, a empresa elevou o preço do diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro.

A gasolina é o item de maior peso no IPCA, indicador oficial de inflação no país, e qualquer variação no seu valor tem grande impacto na evolução do índice. Segundo o economista André Braz, da FGV, cada 1% de variação no preço garante 0,05 ponto percentual de variação no IPCA.

“É um impacto razoável e amplia a chance de termos um IPCA dentro do intervalo de tolerância da meta”, afirma. “Mas não acho que é o fim do jogo. Esse conflito não vai acabar por enquanto, tende a se agravar e isso pode influenciar [os preços].”

O último boletim Focus trouxe as projeções do IPCA para 4,75%, exatamente o limite de tolerância da política de metas de inflação para este ano -a inflação de 3,25% mais uma faixa de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A Ativa Investimentos, por exemplo, já previa a inflação abaixo desse patamar, em 4,69%. Após o anúncio do corte da Petrobras, reduziu sua projeção para 4,65%, com queda da estimativa de novembro de 0,31% para 0,23%, mas elevação da projeção de dezembro de 0,57% para 0,61%.

Em nota divulgada ainda na noite de quinta, a Ativa ressalta, porém, que o corte amplia a defasagem entre o preço nas refinarias da estatal e a paridade de importação a R$ 0,30 por litro.

A nova política de preços da Petrobras não se prende mais ao conceito de paridade de importação, mas elevadas defasagens reduzem a margem da empresa para segurar eventuais novas disparadas das cotações internacionais.

Para o Goldman Sachs, a Petrobras passa a ter margem negativa nas vendas de gasolina após o corte de preços. As margens do diesel “continuam saudáveis”, segundo os analistas do banco, o que mais do que compensaria as perdas com a gasolina.

A estatal justificou o corte dizendo que o mercado de gasolina está hoje com excesso de oferta e tende a ter maiores descontos sobre o petróleo após o fim do verão no Hemisfério Norte, quando o consumo de gasolina nos Estados Unidos dispara.

No caso do diesel, mesmo com a alta nas refinarias, diz a Ativa, a defasagem ficaria ainda em torno de R$ 0,35 por litro. Neste caso, o mercado segue prejudicado por redução dos estoques nos últimos meses e é pressionado pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte, que amplia o uso de calefação.

Braz diz que a alta do diesel tem pouco impacto direto sobre a inflação. “O efeito do diesel é indireto e demorado, porque afeta o frete, a geração de energia para termelétricas, a movimentação de máquinas no campo”, explica.

“Indiretamente o impacto [da alta do diesel] é gigantesco em função da matriz de transportes de bens da nação, mas o seu repasse ao consumidor tem uma defasagem temporal maior e o coeficiente é mais incerto”, destaca a Ativa.

NICOLA PAMPLONA / Folhapress

Corte no preço da gasolina ajuda inflação e aperta margens da Petrobras, dizem especialistas

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O corte no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras reduz as projeções de inflação de 2023 para abaixo do limite de tolerância da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,75%. Mas, para o banco Goldman Sachs, torna negativa a margem da estatal na produção do combustível.

A redução de R$ 0,12 por litro foi anunciada pela Petrobras nesta quinta-feira (19). Ao mesmo tempo, a empresa elevou o preço do diesel em suas refinarias em R$ 0,25 por litro.

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A gasolina é o item de maior peso no IPCA, indicador oficial de inflação no país, e qualquer variação no seu valor tem grande impacto na evolução do índice. Segundo o economista André Braz, da FGV, cada 1% de variação no preço garante 0,05 ponto percentual de variação no IPCA.

“É um impacto razoável e amplia a chance de termos um IPCA dentro do intervalo de tolerância da meta”, afirma. “Mas não acho que é o fim do jogo. Esse conflito não vai acabar por enquanto, tende a se agravar e isso pode influenciar [os preços].”

O último boletim Focus trouxe as projeções do IPCA para 4,75%, exatamente o limite de tolerância da política de metas de inflação para este ano -a inflação de 3,25% mais uma faixa de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A Ativa Investimentos, por exemplo, já previa a inflação abaixo desse patamar, em 4,69%. Após o anúncio do corte da Petrobras, reduziu sua projeção para 4,65%, com queda da estimativa de novembro de 0,31% para 0,23%, mas elevação da projeção de dezembro de 0,57% para 0,61%.

Em nota divulgada ainda na noite de quinta, a Ativa ressalta, porém, que o corte amplia a defasagem entre o preço nas refinarias da estatal e a paridade de importação a R$ 0,30 por litro.

A nova política de preços da Petrobras não se prende mais ao conceito de paridade de importação, mas elevadas defasagens reduzem a margem da empresa para segurar eventuais novas disparadas das cotações internacionais.

Para o Goldman Sachs, a Petrobras passa a ter margem negativa nas vendas de gasolina após o corte de preços. As margens do diesel “continuam saudáveis”, segundo os analistas do banco, o que mais do que compensaria as perdas com a gasolina.

A estatal justificou o corte dizendo que o mercado de gasolina está hoje com excesso de oferta e tende a ter maiores descontos sobre o petróleo após o fim do verão no Hemisfério Norte, quando o consumo de gasolina nos Estados Unidos dispara.

No caso do diesel, mesmo com a alta nas refinarias, diz a Ativa, a defasagem ficaria ainda em torno de R$ 0,35 por litro. Neste caso, o mercado segue prejudicado por redução dos estoques nos últimos meses e é pressionado pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte, que amplia o uso de calefação.

Braz diz que a alta do diesel tem pouco impacto direto sobre a inflação. “O efeito do diesel é indireto e demorado, porque afeta o frete, a geração de energia para termelétricas, a movimentação de máquinas no campo”, explica.

“Indiretamente o impacto [da alta do diesel] é gigantesco em função da matriz de transportes de bens da nação, mas o seu repasse ao consumidor tem uma defasagem temporal maior e o coeficiente é mais incerto”, destaca a Ativa.

NICOLA PAMPLONA / Folhapress

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